quarta-feira, 11 de outubro de 2023

O trigo e o joio!!!


"𝗥𝗼𝗴𝗲𝗿 𝗦𝗰𝗵𝗺𝗶𝗱𝘁 𝗻𝗼 𝗕𝗲𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮:
66 Jogos
51 Vitórias
7 Empates
8 Derrotas
Aproveitamento: 77.27% ✅

𝗦𝗲́𝗿𝗴𝗶𝗼 𝗖𝗼𝗻𝗰𝗲𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗻𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼:
336 Jogos
244 Vitórias
45 Empates
47 Derrotas
Aproveitamento: 72.61% ✅

𝗥𝘂́𝗯𝗲𝗻 𝗔𝗺𝗼𝗿𝗶𝗺 𝗻𝗼 𝗦𝗽𝗼𝗿𝘁𝗶𝗻𝗴:
169 Jogos
117 Vitórias
25 Empates
27 Derrotas
Aproveitamento: 69.23% ✅

E verdade que os 3 grandes andam a praticar mau futebol. Ainda assim, Roger Schmidt é, de longe, o melhor. A campanha da imprensa contra o treinador alemão tem apenas um objetivo: ferir o Benfica, dividindo os benfiquistas com recurso a fake news sobre o treinador, plantel e universo encarnado.
Que os benfiquistas tenham o discernimento de separar o trigo do joio."

A única comparação que interessa, contra os mesmos adversários, temos os mesmos pontos que em 22/23


"1. Ponto prévio: não conheço um único benfiquista que não esperasse mais (ou muito mais) da equipa neste arranque da época.
2. Há, não obstante, uma boa notícia: contra os mesmos adversários, nos mesmos estádios, temos os mesmos exatos pontos que na época passada (21 num máximo de 24, vejam o quadro).
3. Mais: se não fossem os erros arbitrais a ajudar o super Sporting de Gyokeres e o tal Porto de Sérgio Conceição que nunca se entrega, o Benfica seguia nesta altura, mesmo com exibições aquém do esperado, isolado na frente.
4. Mesmo com exibições aquém do esperado - menos 8 golos marcados e mais 2 sofridos que em 22/23 -, ninguém pode dizer que não merecemos vencer todos os jogos que disputámos na Liga, incluindo o do Bessa, único em que perdemos pontos.
5. Acreditando que Roger Schmidt vai ser capaz de elevar a produção da equipa para níveis consonantes com o potencial do plantel, diria que estamos a passar a fase menos boa da época sem comprometer o objetivo principal: a conquista da Liga.
6. Em suma: o meu estado de espírito não é, nem podia ser, de euforia, mas também não é depressivo-pessimista."

Pólvora seca é o caralh* que vos fod*!


"O Musa é pólvora seca com 4 golos? 3 golos no campeonato em 7 jornadas?
Então que dizer do Taremi que tem apenas 2 golos em 11 jogos? 1 golo em 8 jornadas, marcado ao Estrela da Amadora!
Ou o Fran Navarro com 0 golos em 6 jogos? E Evanilson e Toni Martinez com 2 golos cada?
𝗧𝗼𝗱𝗼𝘀 𝗷𝘂𝗻𝘁𝗼𝘀, 𝗼𝘀 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗮𝘀-𝗱𝗲-𝗹𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗱𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝘁𝗲̂𝗺 𝟱 𝗴𝗼𝗹𝗼𝘀. 𝗢 𝗠𝘂𝘀𝗮 𝘀𝗼𝘇𝗶𝗻𝗵𝗼 𝘁𝗲𝗺 𝟰.
Pólvora seca é o caralh* que vos fod*!
Já agora, o Gyökeres, que andam sempre a elogiar, tem 6 golos na Liga e 2 deles foram de penálti. E joga sempre.
𝗧𝗲𝗻𝗵𝗮𝗺 𝘃𝗲𝗿𝗴𝗼𝗻𝗵𝗮!"

Cá dentro inquietação


"Talvez seja uma tontice sentir tantas dúvidas quando o Benfica acaba de somar a sétima vitória consecutiva na liga, mas é aqui que me encontro. Suspeito que não estou sozinho. Sete vitórias consecutivas, duas vitórias consecutivas contra o FC Porto pela primeira vez em quase 13 anos, e um troféu conquistado num desses jogos. Não é bem síndrome do impostor, mas antes sofrimento por antecipação. É sempre assim: quando somos muito felizes e nos apaixonamos, como aconteceu há um ano, fica connosco a memória desse tempo, mas, mais do que isso, fica connosco o apetite.
O futebol é assim desde que me lembro. Os dias repetem-se e vamos dando por isso, mas nem por isso uma pessoa desarma. Estamos sempre a tentar voltar a esse lugar da felicidade passada. Tentamos as vezes que forem necessárias até confirmarmos uma de duas hipóteses: ou a história se repete e afinal é possível reviver um sentimento que parecia irrepetível (mas que nós adeptos exigimos todos os dias das nossas vidas), ou a desilusão entra em modo gegenpressing e impõe-se, pelo menos durante um tempo, o tempo suficiente para fazer vítimas, até algo ou alguém nos dar razões para voltarmos a sonhar.
Vem isto a propósito de Roger Schmidt e do Benfica 2023/2024. A segunda época de um treinador nunca é fácil, mas esta é uma missão especialmente complicada. Schmidt chegou, viu e, num ápice, encantou o futebol português com uma ideia de jogo tão esfomeada de vitórias quanto os benfiquistas. Juntou a isso uma civilidade quase irritante e a capacidade de comunicar quase todas as suas opiniões ou decisões de um modo que todos percebiam e, mais importante ainda, apoiavam. Roger Schmidt teve ao seu dispor um plantel rico e altamente motivado para abraçar a mudança tática. O grupo teve vários esteios, mas foi abrilhantado por três jogadores formidáveis que entretanto saíram: Enzo, Grimaldo e Gonçalo Ramos. Um fora de série, um lateral muitíssimo produtivo e um avançado de eleição. Todos souberam encaixar perfeitamente nas ideias de Schmidt, e todos atingiram com Schmidt o pico do rendimento desportivo das suas carreiras mais ou menos curtas.
Foi sem estes três jogadores que partimos para uma nova época, e a diferença é muito grande. Os sinais evidenciados pela ausência de Enzo foram atenuados no fim da época passada pelo aparecimento de João Neves, mas esta época verificamos que, não obstante a qualidade da matéria-prima - Kokçuu, João Neves, Florentino, Aursnes ou até João Mário -, o meio-campo está muito longe da produção da primeira metade da época passada. Quando digo muito longe, quero dizer demasiado longe, especialmente se olharmos para o calendário e verificarmos que já estamos em outubro e somamos duas derrotas numa fase de grupos da Champions que temos obrigação de tornar um pouco mais acessível. A par desta fragilidade no meio-campo, junta-se a sensação de que nem todos os reforços, ou quase nenhum deles, produz exatamente o que é esperado ou parece capaz de jogar à la Schmidt. Podia analisar um a um, mas vou deter-me numa explicação do treinador do Benfica dada há poucos dias quando lhe perguntaram pelas dificuldades de Arthur Cabral nestes primeiros meses. Schmidt explicou que o jogador estava habituado a jogar mais sozinho na área e que agora seria necessário adaptar-se a uma nova ideia de jogo. Independentemente dos primeiros indicadores do avançado brasileiro, que não foram animadores, apetece perguntar se não teria sido melhor contratarmos alguém que estivesse mais próximo das ideias de Schmidt e pudesse produzir um impacto mais imediato, neste caso sob a forma de golos, golos esses que já faltaram em alguns jogos esta época.
E depois há o próprio Roger Schmidt. Não me parece prematuro afirmar que o treinador do Benfica está diferente desde a época passada. Parece mais hesitante e confuso em alguns momentos, parece um pouco desanimado e apático noutros. Depois de uma época a jurar lealdade a um onze titular, Schmidt tem revelado uma tendência quase crónica para as mexidas no onze, muitas vezes sem que tal produza os efeitos desejados, antes ou durante o jogo. A expressão mais preocupante desta tendência aconteceu este fim de semana no Estoril, onde uma revolução no onze resultou na pior exibição do Benfica desde que Roger Schmidt chegou a Portugal. O golo de António Silva fez tudo valer a pena, mas não permite mascarar a carga de trabalho que esta equipa tem pela frente para se tornar um pouco mais fiável. Não tenho ilusões. É um facto que não há pedagogia nem conversa que faça esquecer um jogo mal jogado como o deste último fim de semana, mas até nisso se sente uma certa falta de ânimo em Roger Schmidt, cuja gestão de expectativas tem atingido níveis perigosos. Aconteceu há uns dias quando Schmidt explicou que será muito difícil o Benfica repetir a época passada e voltou a acontecer no rescaldo da vitória contra o Estoril, quando Schmidt explica que a exibição não importa, o que importa é ganhar. Percebo o que Schmidt quer dizer, mas confesso que tanto pragmatismo me apanhou de surpresa, porque vem de alguém que parece ter compreendido muito bem, desde o primeiro momento, o que é a exigência do Benfica, no que tem de racional ou até no que tem de irrealista.
Quem representa um clube tão grande e exigente tem de saber no que se está a alistar. Schmidt, que já deu muitas provas de compreender o Benfica, não se deve esquecer disso. É na sua capacidade de compreender e reagir adequadamente a cada momento, bem como na capacidade de melhor adaptar as peças que tem aos tabuleiros em que joga, que se joga o futuro do Benfica esta época. Schmidt pode até pensar que será muito difícil atingir o nível da época passada, mas deve morrer a tentar. Precisamos rapidamente de ver mais."

Gozar com adeptos não vale


"Foi inaceitável a reação de Roger Schmidt à questão que lhe foi colocada sobre as três derrotas que o Benfica já sofreu esta época. Em vez de uma resposta segura, esclarecedora e poderosa, que fosse uma garantia de confiança, preferiu agitar receios e alertar para a dificuldade em repetir o desempenho da última temporada. Fê-lo na análise de mais um jogo que foi um martírio para os adeptos, com uma agravante. Nos casos anteriores assistiu-se a uma parte boa que disfarçou a má, mas desta vez, com o Estoril, foram as duas más. Não tenho explicação para o que se passa, mas se é o próprio treinador a dizer que o «equilíbrio não é perfeito entre os momentos de ataque e de defesa», que «estamos a sentir mais dificuldades para jogar 90 minutos seguros, ao mais alto nível», que «os adversários têm mais oportunidades que na época passada» ou que «no ataque já mostrámos futebol fantástico e criámos muitas oportunidades, mas também, por vezes, diminuímos a intensidade e concentração em campo» é porque alguma coisa corre mal.
Schmidt acredita estar no bom caminho, mas, entretanto, vai pedindo tempo, porque se perderam jogadores importantes, sendo certo, também, que entraram outros cuja qualidade não se questiona. Apesar do clima quente e seco em todo o país, talvez o treinador encarnando previsse chuva na Amoreira na noite de sábado, por isso disse o que disse, e percebe-se, em função do modesto comportamento dos encarnados. «O que mudou na filosofia do treinador, ninguém sabe. Mas qualquer semelhança entre esta equipa que esteve no Estoril, e aquela que no mesmo palco venceu há um ano por 5-1, é pura coincidência», escreveu José Manuel Delgado, que assinou a crónica do jogo em A BOLA. O Benfica ganhou porque tem melhores jogadores e não por alguma decisão de ordem tática que o treinador tenha assumido. Pelo contrário, não interessa como se ganha, afirmou. Ele acha que fez tudo bem, e o estorilista Rafik Guitane também, feliz pela liberdade que lhe foi permitida. Gonçalo Guedes ficou igualmente agradecido ao seu treinador por se ter lembrado dele ao minuto 86 e Musa beijou-lhe as mãos por o ter trocado por Tensgtedt. Schmidt considera que o nórdico esteve bem, mas «infelizmente, não marcou», disse. Pois, a culpa pode ser do azar, mas o jeitinho também não é muito…
Os treinadores não gostam de ver as suas opções questionadas, reagem mal às críticas, mas há fronteiras que não devem ser ultrapassadas e creio que, a propósito deste jogo com o Estoril, Roger Schmidt violou duas: Antes do jogo: ao questionar o valor do seu plantel, o que para mim é um espanto, pois já neste espaço o considerei um luxo em função do investimento realizado. Sei que saíram Enzo Fernandez, Gonçalo Ramos e Grimaldo, mas, depois dos dois nórdicos, que não foram baratos, entraram Angel Di María, Kokçu, Jurásek, Juan Bernat e Arthur Cabral. Voltou Gonçalo Guedes e, enfim, a baliza deixou de ser tema de discussão. Nada contra Vlachodimos, mas parece-me que Trubin é de outra galáxia. Por outro lado, sem se dar conta, admito, foi deselegante em relação ao próprio presidente do clube, deixando no ar a ideia de algum ruído à volta da política de aquisições. Trago à colação o caso de Arthur Cabral, talvez sugestão de Rui Costa, mas mesmo desadaptado, como faz constar, não deve ser tão trapalhão quanto Tengstedt. Depois do jogo: no modo agreste como reagiu. Ele é o treinador e está no direito de não gostar das perguntas que lhe fazem, de embirrar com os jornalistas, mas jamais deve iludir a realidade e desrespeitar os adeptos.
Dizer que não devia ter mexido na equipa mais cedo e considerar que fez uma abordagem correta do jogo penso que, além de escusada manifestação de arrogância, foi gozar com os milhares de adeptos que estiveram no estádio, mais os milhões que seguiram o jogo nos quatro cantos do mundo. Porque foram os adeptos que empurraram a equipa para o título 38 quando ela mais precisou de ser apoiada e sem esperarem que Schmidt lhes pedisse. Declarar que não interessa como se ganha é uma abstrusidade de alguém que ignora o passado da águia. Quem afirma que «será muito difícil repetir a época passada nos próximos anos» é porque não conhece a história do clube, nem o significado da expressão jogar à Benfica. Afinal, o que é que ele fez de tão especial? Chegar aos quartos de final na Champions? Roger Schmidt faz parte de uma geração emergente de treinadores que aprecio, por estudar o futebol além da tática, mas cujo currículo, antes de chegar à Luz, registava apenas um título de campeão ao serviço do Salzburgo. Agora já tem dois. Rui Costa foi campeão europeu como jogador e agora é o presidente de um clube bicampeão europeu. Está muitos patamares acima e precisa de um treinador à sua altura para recuperar o estatuto internacional que o Benfica perdeu. Será Schmidt? A família da águia quer acreditar que sim."

Demasiada acomodação não!


"Já aqui escrevi que apitar e arbitrar não são sinónimos, mas este mau arranque de época sugere que recupere publicamente a ideia. O dicionário de língua portuguesa vinca bem a diferença entre as duas: apitar é a arte de assobiar, usando um apito; arbitrar é a capacidade de dirigir uma competição/partida ou de servir de árbitro. O futebol, sobretudo o de alta competição, precisa cada vez mais de árbitros e cada vez menos de apitadores.
Qualquer pessoa pode entrar num campo de apito na mão e soprá-lo em função do que vai vendo acontecer: lance a lance, jogada a jogada. É fácil, é só reagir ao que se vê. Mas só um árbitro a sério, só um árbitro de verdade, consegue fazer com que as regras do jogo não sejam atropeladas, através de uma abordagem equilibrada, sensata e consistente.
Sou o maior defensor dos árbitros. Sempre fui. Pode haver quem o seja tanto como eu (e haverá com certeza), mas não me parece que alguém o seja mais. Sei disso, porque vivo, sinto e respiro arbitragem todos os dias da minha vida. Tenho a plena convicção que esta geração de árbitros é composta por pessoas honestas e de bem. Tenho a certeza absoluta que todos os que andam lá dentro e os que estão em sala tentam tomar sempre as melhores decisões. Mas, a este nível, a boa vontade é curta. É preciso mais, muito mais.
Esta carreira é francamente exigente e eles sabem disso. Essa exigência constante pressupõe que sintam o peso da responsabilidade que a tarefa acarreta. E é fundamental que tenham a capacidade de transportá-la para cada treino, estágio e jogo, porque só uma atitude superlativa os obrigará a dar o melhor de si, a cada instante.
Infelizmente tenho assistido, nas duas ligas profissionais (é verdade, não há apenas três jogos por jornada), a arbitragens que têm deixado muito a desejar. Não estou a falar apenas de más decisões, de análises erradas. Refiro-me sobretudo a uma gritante falta de atitude.
Tenho visto permissividade, acomodação e falta de concentração gritantes. Como é que é possível? Parece que para alguns (poucos, é certo) arbitrar é apitar. Uma função a cumprir. Um trabalho como qualquer outro.
Parece que arbitrar é andar ali pelo meio, em gestão de esforço, a fazer um jogging para aqui, outro para ali, a correr com os olhos e a apitar em função do que os olhos veem. Isso não é apenas mau, é horrível. Arbitrar é sentir! É estar lá! É viver o jogo intensamente. É perceber cada movimento, cada lance, cada ataque e contra-ataque.
Arbitrar é ouvir o que dizem todos os sentidos, a toda a hora. Arbitrar é antecipar, prevenir, evitar que aconteça. É cheirar, intuir, deduzir.
Arbitrar assim desgasta, porque quem arbitra assim esgota tudo de si, mas esgota bem, porque está a assegurar que o jogo é jogado de forma leal, dinâmica e justa. Arbitrar não é um frete. É intensidade, é diálogo e foco. É compromisso máximo.
Sou muito crítico dos árbitros que agem como se chegar ao topo fosse o fim de um percurso e que agora basta apenas... manter.
Estão errados e o mais certo é que próxima paragem seja em sentido descendente! Arbitrar a sério, arbitrar de verdade é outro nível de superação e quem provar não estar à altura dessa dimensão está na profissão errada.
Acho sinceramente que está na altura de dar o murro na mesa. Não é, repito, apenas uma questão de penáltis, amarelos ou vermelhos. É tudo o que não está a ser feito para chegar lá com qualidade.
É preciso mais atitude, mais energia em campo, mais jogo na mão. É preciso mais presença, mais pulso, mais domínio! É preciso saber sorrir e dialogar quando o lance pede contenção e diplomacia e mais cara feia e cartão quando o momento exige ação, punição. O corpo tem que falar, a voz tem que mudar, a expressão tem que alterar. Nunca pode ser só o apito a falar.
Vamos lá a acordar, se faz favor."

Liga, bem, Europa, mal


 "1. O jovem guarda-redes que o Benfica foi buscar à Ucrânia, Anatoly Trubin, equipou-se inteiramente de preto para defrontar o FC Porto na Luz e equipou-se inteiramente de amarelo para defrontar o Inter, em Milão. Há sempre gente supersticiosa, e houve quem não gostasse de ver Trubin surgir de amarelo - pois se tinha jogado tão bem de negro... - no jogo da Liga dos Campeões que se seguiu ao jogo da Liga portuguesa. Mas aconteceu que, de amarelo ou de preto, Anatoly Trubin fez duas excelentes exibições contra adversários poderosos e pode-se dizer, sem pecado de exagero, que foi ele quem segurou a vitória sobre o FC Porto e que foi ele quem impediu uma derrota em Itália por números mais sonantes.

2. Com Trubin, ao que parece, não vale a pena perder tempo com manias ou fezadas. Trata-se de um guarda-redes de qualidade superior. E é tudo.

3. A reação do FC Porto à derrota que merecidamente sofreu na Luz pode também ser analisada sob a perspectiva da superstição. A equipa de Sérgio Conceição perdeu o jogo, como é domínio público, e terminou com 10 jogadores em campo quando devia ter terminado com 9 porque o lance de David Carmo sobre Rafa é também para cartão vermelho. O perdão a David Carmo veio do árbitro crente na má sorte que lhe traria, certamente, castigar com duas expulsões a equipa visitante.

4. O clássico motivou uma reação do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, que assumiu serem para si os cinco palhaços em torno de uma tenda de circo com que um dos capitães da selecção nacional, Pepe, resolveu ilustrar os seus pensamentos através das redes sociais mal terminou o encontro da Luz. Os porta-vozes de Pepe, que são em número muito apreciável, vieram imediatamente em seu socorro afirmando que a tenda e os cinco palhaços não se referiam aos árbitros e ao VAR, mas, sim, aos comentadores que, na realidade, são muito mais do que cinco, são para aí uns vinte e cinco todos somados.

5. A reação do Conselho de Arbitragem motivou uma reação do FC Porto, que solicitou uma reunião de emergência ao Conselho de Arbitragem para protestar por ter perdido na Luz na sexta-feira passada. As superstições têm muito peso.

6. O Benfica venceu com inteira justiça o FC Porto na 7.ª jornada da Liga e foi derrotado com clareza pelo Inter na Liga dos Campeões. Vamos bem no campeonato nacional, na busca pela liderança, e vamos mal na Liga dos Campeões, sem pontos somados à 2.ª jornada.

7. Falta muito tempo e faltam muitos jogos para a clarificação das reais capacidades do Benfica nas duas competições mais importantes em que está envolvido. O caminho é idêntico, carrega, Benfica!"

Leonor Pinhão, in O Benfica

A dança das cadeiras


"Na Final da Taça de Portugal de Hóquei em Patins, os olhos voltaram-se para os bancos do Benfica e do Oeiras

Diz-se que os treinadores têm sempre as malas prontas, de um momento para o outro, por sua opção ou do clube, podem ter de rumar a outras paragens. O sítio onde se começa a temporada pode não ser o mesmo onde se termina.
Na temporada ed 1977/78, Ernesto Honório, que orientava o hóquei em patins do Benfica desde Junho de 1977, pediu demissão do cargo em Novembro desse ano. A sua saída motivou o regresso de José Lisboa ao comando técnico dos encarnados, após os ter orientado entre 1971 e 1972. Nesse hiato, o antigo atleta notabilizou-se enquanto treinador, ao levar o Oeiras à conquista da Taça das Taças.
Com o Benfica a atravessar um período difícil, sem conquistar qualquer título nas duas temporadas anteriores, os métodos de Lisboa não demoraram a surgir efeito, corroborado com a vitória no Torneio de Abertura, em Dezembro. A realizar uma excelente campanha, os encarnados alcançaram a final da Taça de Portugal pela primeira vez desde que se disputava em formato de eliminatórias.
No jogo decisivo, a atenção virou-se, inesperadamente, para os treinadores. Os técnicos iriam defrontar os seus anteriores clubes. Honório mostrou-se confiante: 'Até há seis meses, era eu o orientador do Benfica. (...) Conheço bem os segredos do Benfica'. Lisboa, mais cauteloso, destacou o bom momento que o Oeiras atravessava: 'Em franca recuperação - e, na verdade, uma equipa que foi ganhar ao Porto por 1-5, e, depois, ganhou cá por 8-1, não pode ser uma equipa qualquer'. A imprensa exacerbava este confronto: 'Oeiras - Benfica. Duas grandes equipas numa luta em que os treinadores terão uma palavra muito importante a dizer'.
O mote resultou num 'Pavilhão dos Desportos cheio como um ovo. (...) O ambiente foi do princípio ao fim de verdadeira festa e euforia'. Ambas as equipas protagonizaram um excelente espectáculo, em que os encarnados revelaram no rinque as características de José Lisboa enquanto atleta: resiliência, evidenciada por Ramalhete, que, mesmo após ter levado seis pontos na cabeça, voltou ao jogo; e objetividade, com Piruças a apontar mais de metade dos golos da vitória por 6-3. Desta forma, os benfiquistas venceram um troféu que já não ganhavam desde 1962/63.
Saiba mais sobre o percurso do Benfica nesta competição na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Semana agridoce


"A vitória ao FC Porto foi mais do que justa. O Benfica, porque tem mais equipa e joga melhor, ganhou conforme esperado, pecando somente pelo resultado escasso. Foi bastante superior, mereceu o triunfo. A derrota com o Inter espelha a superioridade dos italianos na segunda parte e Trubin foi o melhor em campo.
No clássico, Roger Schmidt surpreendeu com a presença de Di María e Neres no onze inicial. Mais do que o argentino ter marcado assistido pelo brasileiro, saliento a dificuldade que a equipa do FC Porto teve para suster as investidas benfiquistas sempre que a bola circulou com velocidade de um lado ao outro do campo. Nessas situações, o talento individual, mais liberto do espartilho portista, fez a diferença. Não fosse a ineficácia, teria sido goleada.
Ouvi e li até à exaustão que o vermelho mostrado a Fábio Cardoso condicionou o FC Porto e enviesa a análise. É evidente que condicionou e teve influência, mas discordo da tese do enviesamento da análise.
Recuemos à Supertaça, disputada em agosto: o FC Porto começou melhor, pressionante, teve mais remates. O Benfica equilibrou o jogo por volta dos 20/25 minutos, Roger Schmidt fez alterações ao intervalo e a partida mudou, com o Benfica a ser muito superior e a ganhar por 2-0. Desta feita, não foi diferente: o FC Porto teve o ímpeto inicial, embora bem menor do que no jogo anterior. Fábio Cardoso foi expulso e a toada passou a ser de equilíbrio. Ao intervalo, Roger Schmidt fez mudanças, não de jogadores, mas, pareceu-me, da forma como Neves e Kokcu estavam a atacar, assumindo o risco de passes verticais e a fazerem circular a bola mais rapidamente, e só deu Benfica. Tendo em conta a Supertaça, alguém poderá afirmar que, com Fábio Cardoso em campo, o rumo do jogo não seria mais ou menos o mesmo?
E nada disto pode escamotear o facto de a expulsão ter sido mais do que justa. Um lance que nasce numa transição rápida e tem em Neres, que jogou no onze com Di María para surpresa de toda a gente, o protagonista mor (eu próprio, que coloquei essa hipótese na BTV após o jogo com o Portimonense, não acreditei, no dia do clássico, que pudesse acontecer).
Aliás, para Artur Soares Dias, o VAR do jogo, até houve uma expulsão perdoada. João Pinheiro talvez tenha razão em ter optado pelo amarelo, mas mais importante é perceber como essa jogada aconteceu, em tudo similar à da expulsão, mas protagonizada por Rafa. Ou seja, o Benfica teve uma estratégia muito bem definida naquela primeira parte, sabendo que os jogos – tanto este como o da Supertaça e todos – têm duas metades.
E o mesmo se aplica a Milão. O inter alterou ao intervalo subindo as linhas e o Benfica não foi capaz de suster as investidas adversárias. A primeira parte foi positiva, a melhor oportunidade é mesmo do Benfica e ficou um penálti por assinalar sobre Neres (já me cansa ser prejudicado pela arbitragem frente ao Inter). No segundo tempo, os italianos foram claramente superiores.
Muito bem esteve Trubin, que já estava a ser queimado por tanta gente ao fim de dois ou três jogos. Houve até um jornal que teve o desplante de entrevistar um antigo guarda-redes, agora treinador de um clube da segunda divisão ucraniana, que nada mais fez do que regurgitar um arrazoado de críticas ao jovem guarda-redes seu compatriota. Pareceu escolhido a dedo. E é com o dedo apontado que eu pergunto: quando sai a próxima entrevista a esse perito?
Termino dizendo que já tive tempo, desde terça-feira, para confirmar dois dados que até cheguei a duvidar em função do que tem sido dito desde o jogo: sim, o Inter foi mesmo à final da Liga dos Campeões na temporada passada e lidera a Serie A."

João Tomaz, in O Benfica

Nunca é tarde


"Como devem ter percebido pelas imagens e pelos relatos que foram surgindo da viagem do SL Benfica a Milão, desta vez não houve o tradicional apoio dos nossos adeptos no Estádio Giuseppe Meazza. Não foi permitida a venda de bilhetes neste primeiro jogo fora de casa para a Liga dos Campeões. Isto devido ao castigo imposto pela UEFA depois do comportamento incorreto da temporada passada, curiosamente contra o mesmo adversário e no mesmo local. A isso juntaram-se 35 mil euros de multa, depois de várias tochas terem sido arremessadas para cima dos adeptos do Inter, situados numa bancada abaixo dos apoiantes do Glorioso. Isto aconteceu em Maio de 2023, a fatura chegou na passada terça-feira, e a culpa é apenas dos prevaricadores.
De um espectáculo de futebol têm fazer parte o público, o apoio, as coreografias, o entusiasmo, a quase irracionalidade dos sentimentos. No entanto, nesse mesmo espectáculo não pode entrar a violência, a estupidez e a colocar em risco a segurança e o bem-estar de quem está nas bancadas. Era expectável e sabida a decisão de exclusão dos nossos adeptos no jogo desta semana (apensar de um punhado deles ter conseguido lá entrar, como se viu na transmissão televisiva), mas não deixa de ser vergonhoso - por culpa própria, mais uma vez - não termos tido um apoio audível ao longo de toda a partida. Nem quando Neres foi derrubado para grande penalidade (não assinalada, claro), nem quando a equipa acusava a pressão italiana e precisava do tradicional colinho. Não foi com certeza por isso que o SL Benfica não ganhou ao Inter, mas, como se viu no malfadado ano da pandemia, a presença de público faz muita diferença nas prestações encarnadas. A ver se aprendemos todos alguma coisa com isso."

Ricardo Santos, in O Benfica

João Maturidade Neves


"Não conheço o nível de força mental do leitor, mas prepare-se porque vou colocá-lo à prova. Já parou para pensar que a sua felicidade, regularmente, está nas mãos de um jovem com 19 anos acabados de fazer? Ou melhor, nos pés, tendo em conta que é nos membros inferiores do João Neves que a bola se mantém cada vez mais tempo a cada semana que passa. Aliás, nem é tanto a duração, mas sim a frequência. Se a redondinha não vai ao João, vai o João à redondinha.
O miúdo não pára de ganhar influência no futebol do Benfica. Isto é extremamente positivo se nos lembramos da qualidade do João Neves, no entanto é extremamente perigoso se nos lembramos de quando tínhamos 19 aninhos. Estamos a falar de um rapaz que não pôde ir para o Urban com os amigos na terça-feira, pois tinha compromissos profissionais em Milão. Os meus compromissos profissionais antes dos 20 eram quando baixava do modo lendário no FIFA. O João não participou na noitada de FC24 na sexta-feira, porque estava no Estádio da Luz a fazer de tudo para que eu e o leitor tivéssemos um fim de semana feliz.
Só posso admirar este nível de responsabilidade. Cá eu, com tantas ausências consecutivas a convívios com a malta, provavelmente já teria metido férias. A própria expressão facial do João, sempre sério e honesto dentro de campo, comprova que seria eleito delegado de turma com maioria absoluta. Ou seja, pese embora a juventude, o nosso menino apresenta uma maturidade ao nível dos deveres que assume: veste a manto sagrado como se dele dependesse o futuro da humanidade. Pelo menos de uns 14 milhões, não há dúvidas de que muito depende."

Pedro Soares, in O Benfica

Fantasmas para trás


"Só no fim do campeonato se saberá, em rigor, qual a importância da vitória do último clássico nas contas do título. Era bom sinal que fosse decisiva, pois indicava que, com aqueles 3 pontos, e graças a eles, seríamos campeões. Uma coisa é certa: com o triunfo afastámos, pelo menos para já, o fantasma que começava a pairar em torno dos jogos com o FC Porto na Luz, o qual, além de perturbador para os adeptos (porventura também para a equipa), era certamente potenciador de confiança no seio do nosso rival.
No próxima Benfica - FC Porto entraremos em campo de cara lavada e com menos pressão. Não a pressão de vencer - que existe em todos os jogos -, mas a da história e da estatística. Jogar na Luz não é, não pode nunca ser, fácil para o FC Porto, nem para ninguém. Em casa mandamos nós. E se falamos de estatísticas, agora também vale afirmar que vencemos três dos últimos quatro jogos contra eles.
Tal não impede que continuemos a analisar, serenamente, dentro de portas, os motivos pelos quais os números negativos se foram acumulando ao longo dos anos. Esta partida teve contornos específicos, e a primeira parte até parecia caminhar no sentido de outros clássicos recentes. Como disse Roger Schmidt, na segunda jogámos à Benfica, e a vitória acabou por surgir com alguma naturalidade. Ainda não estamos onde queremos estar: no 1.º lugar. Seguem-se deslocações a casa dos dois últimos classificados (Estoril e Chaves), intercaladas pela recepção ao Casa Pia. Depois, temos o Sporting na Luz. Há que vencer estas três partidas e esperar pelo Sporting em condições de, então, o ultrapassar. Jogar frente à equipa de Rúben Amorim também não tem sido nada fácil, e o saldo é negativo, mas isso fica para mais tarde. Um passo de cada vez. O primeiro dia do resto do campeonato é amanhã (sábado dia 7), no Estoril."

Luís Fialho, in O Benfica

Desporto é tanto mais...


"Na verdade, desporto é muito mais que desporto. Muitas vezes associamo-lo ao espectáculo, prática lúdica ou à competição, e esquecemos outras dimensões igualmente importantes dessa invenção humana fantástica que é o desporto.
Desporto é também relação, contacto, conhecimento inter-pessoal, tolerância, pertença, equipa, identidade...
Desporto é também foco, concentração, motricidade, autodomínio, ambição, autoestima, higiene, aceitação de nós próprios em todas as idades.
Desporto é ainda saúde, em tantas dimensões que se resumem a um benefício integral para o nosso corpo e mente e, bem assim, a uma palavra que nos melhora e prolonga a vida: Prevenção!
Desporto é, enfim, todas estas coisas servidas na palma da nossa mão, é fazê-lo não escolhe idade, género, orientação sexual, raça, cor, religião, riqueza ou seja o que for: fazer desporto depende apenas de nós próprios.
Faça desporto! Essa é a principal mensagem da Semana Europeia em que nos encontramos."

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"2
O Benfica está pelo 2º ano consecutivo na fase de grupos da Basketball Champions League. No atual modelo de competições europeias do basquetebol, é o único clube português a ter disputado esta fase;
No hóquei patins no feminino, o Benfica ganhou o troféu regional “Taça Professor João Campelo” pela 2ª vez em 2 edições;

3
Kika Nazareth fez um hat-trick ao Marítimo. Já havia marcado 3 ou mais golos pela equipa A em 4 jogos, mas nunca com “apenas” 5 golos obtidos pelo Benfica. 4 ao Moreirense (0-17); 5 ao Atlético (0-13); 3 ao Condeixa (7-0); e 3 ao A-dos-Francos (0-14). Na presente temporada leva 7 golos em 5 jogos;

10
Neres soma 10 assistências para golo em competições oficiais no estádio da Luz. É o 22º a consegui-lo. Ao todo já assistiu para golo 20 vezes em jogos oficiais pelo Benfica;
Chegou ao fim a sequência máxima, na história do Benfica, de 10 jogos fora consecutivos sem derrota em provas da UEFA. O anterior recorde era 5, conseguido 4 vezes;

38
Rafa passou a ser o 38º com mais jogos oficiais de águia ao peito. Soma 284 e está a 21 de alcançar da 30º posição. Tem 75 golos em competições oficiais e é o 31º mais goleador do Benfica, estando a 4 do 30º. Neste século, é o 4º com mais assistências para golo, com 57, atrás de Pizzi (94), Gaitán (81) e Grimaldo (62). Relativamente aos jogos no estádio da Luz, incluindo particulares, passou a ser o 6º no ranking;

40
Florentino tornou-se no 4º jogador formado no Benfica Campus a chegar aos 40 jogos oficiais no estádio da Luz;

50
Musa chegou aos 50 jogos oficiais, 11 como titular) pelo Benfica (9 na presente época, 6 no 11 inicial). Apontou 15 golos (4 em 2023/24), um a cada 124 minutos de utilização (incluindo tempos adicionais)."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1. Em busca da 7.ª vitória consecutiva. A análise e o raio-X para o jogo de amanhã são o tema de abertura desta edição, onde o regresso da presença decisiva dos nossos adeptos fará, por certo, diferença. Ambição nos 3 pontos, foco máximo da nossa equipa na vitória.

2. Nuno Resende é, muito merecidamente, o Protagonista da semana. Grande começo de época dos nossos campeões de hóquei em patins. Vencemos a Elite Cup e a Supertaça. O treinador repete várias vezes a palavra ganhar. É verdade: é mesmo essa a nossa essência.

3. No jornal O Benfica tiramos a fotografia a cada uma das equipas, feminina e masculina, das 5 modalidades de pavilhão. A reportagem no voleibol feminino traça o caminho que se pretende: uma simbiose entre experiência e formação. Construir a ganhar é o mote para uma época que se augura exigente, mas também vitoriosa.

4. Destaque ainda para os 50 jogos de Musa com a camisola do Benfica - numa humildade e ambição que impressionam no avançado croata -, mas também, para a Basketball Champions League, onde o Benfica marca presença, num feito singular no panorama nacional. A análise dos adversários para ver nesta edição."

Pedro Pinto, in O Benfica