quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Sorteio...


Dia de Sorteio da Champions... Noutros tempos, calculava todas as probabilidades, as melhores e as piores possibilidades, mas hoje, mais velho, mais experiente, já estou convencido que muito provavelmente o Benfica vai ter o sorteio mais complicado de todas as equipas portuguessas! Tem sido assim, em mais de 90% das ocasiões, e o facto do Benfica estar no Pote 1, pouco importa!!!

Pote 1
- Man. City
- Sevilha
- Barcelona
- Nápoles
- Bayern Munique
- Paris SG
- BENFICA
- Feyenoord

Pote 2
- Real Madrid
- Man. United
- Inter Milão
- Borussia Dortmund
- At. Madrid
- RB Leipzig
- CORRUPTOS
- Arsenal

Pote 3
- Shakhtar Donetsk
- Salzburgo
- PSV
- AC Milan
- SP. BRAGA
- Lazio
- Estrela Vermelha
- Copenhaga

Pote 4
- Young Boys
- Real Sociedad
- Galatasaray
- Celtic
- Newcastle
- Union Berlim
- Antuérpia
- Lens

Pessoalmente, gostaria de evitar o Real, o Arsenal, o Man United e o Inter, assim sobra o Borussia, o Leipzig ou o Atlético!
No Porte 3, a equipa a evitar é claramente o AC Milan (Lazio também se reforçou bem...), sendo que as preferidas são o Shakhtar, o Estrela Vermelha e o Copenhaga!
No Pote 4, a evitar o Newcastle... não me importava jogar contra o Antuérpia, o Young Boys ou mesmo o Lens que perdeu vários jogadores... O Gala é uma viagem longa, o Union Berlin será sempre jogos muito intensos e com o 'azar' que temos com os Alemães preferia evitar...

Regresso (II)!!!

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Rafa...


"O Rafa é frequentemente alvo de entradas duríssimas por parte dos adversários, as quais raramente são sancionadas disciplinarmente. E quando o Rafa reclama... recebe em troca um cartão amarelo.
A perseguição constante que ele enfrenta atingiu níveis surreais na época passada - e, infelizmente, parece que continuamos com a mesma tendência: estamos apenas na 3.ª jornada e ele já viu dois cartões amarelos!
O contraste torna-se ainda mais evidente quando comparamos com jogadores como Eustáquio, Pepe e Namaso, verdadeiros virtuosos na arte de distribuir lenha em campo, e que, ainda assim, conseguem a notável proeza de terminar a temporada com menos cartões amarelos do que o Rafa.
Esta é a dinâmica que caracteriza a Liga do Pedro Proença e do Fontelas Gomes: prioriza a proteção dos lenhadores cheios de «rassa» em detrimento do espetáculo, da elegância e do talento mais refinado."

Apesar de parecidos, não são iguais...!!!


"Durante muitos anos, para a cartilha portista, este lance com Carrilho, nunca na vida seria penalti.
Nasceu até a teoria de que João Pinheiro é um árbitro amigo do Benfica. Os Benfiquistas muito protestaram e foram apelidados de "chorões", por não ter sido marcado.
O que mudou desde então?"

Líderes!!!


"A Liga Batatoon é a segunda com menos tempo útil de jogo e a com mais faltas, amarelos e vermelhos por jogo, entre os principais campeonatos europeus, segundo dados apresentados pela UEFA.
Para o palhaço que manda no circo, "A Liga nunca inspirou tanta confiança"! Desde que o Calor da Noite e o Sporting Banca de Portugal ganhem todos os jogos, está tudo impecável!
Ninguém, mas absolutamente ninguém quer saber desta merda!"

O comunicado do CA já saiu?

Regresso desejado


"O anúncio de novo empréstimo de Gonçalo Guedes ao Benfica é o tema em destaque na BNews, na qual também são abordados outros assuntos da atualidade benfiquista.

1. Gonçalo Guedes continua de águia ao peito
Benfica e Wolverhampton finalizaram novo acordo de cedência temporária, válido para 2023/24, de Gonçalo Guedes ao clube que o formou.

2. Forte apoio
A lotação do Estádio da Luz para o embate com o Vitória de Guimarães está esgotada (sábado, 20h30). Existe a possibilidade de reabertura das bilheteiras em caso de devolução de ingressos por parte do adversário e caso seja ativado o mercado secundário. Espera-se, como tem sido habitual, um Estádio da Luz repleto de fervorosos benfiquistas no apoio à equipa.

3. Golo do Mês
Está escolhido o golo de agosto. Os Benfiquistas votaram maioritariamente no golo de Di María frente ao FC Porto, o primeiro dos dois obtidos pela equipa na Supertaça conquistada brilhantemente.

4. Chamadas internacionais
Bah, Aursnes e Schjelderup estão convocados para os trabalhos das suas seleções. Recorde-se que já eram conhecidas as chamadas de outros cinco elementos do plantel.

5. Os Benfiquistas com as Inspiradoras
Foi grande a afluência de adeptos à sessão de autógrafos protagonizada por Andreia Faria, Andreia Norton, Jéssica Silva, Marta Cintra e Anna Gasper. A ação teve lugar na Benfica Official Outlet – Strada, em Odivelas. Entretanto, estão à venda os bilhetes para a meia-final da Supertaça, que opõe Benfica a Braga (sábado, 15h00, no Benfica Campus).

6. Supertaça para ganhar
Benfica e Sporting discutem o troféu de Supertaça de futsal na sexta-feira, às 19h45, em Sines. Os bilhetes estão esgotados.
Mário Silva e Afonso Jesus garantem que a equipa está focada na obtenção do triunfo. O treinador conta com o apoio dos Benfiquistas: "Estaremos muito e bem apoiados em Sines. É isso que espero, e a nossa retribuição maior vai ser em atitude e comportamento dentro de campo." E o futsalista lembra que é "o primeiro troféu do ano desportivo e que nós, Benfica, queremos conquistar".

7. Início da pré-época
As decacampeãs nacionais de hóquei em patins já preparam a nova temporada."

Mais um dia normal no futebol português


"Aconteceu no Sporting, mas poderia ter acontecido em qualquer outro grande clube de Portugal: um comunicado oficial para contestar a arbitragem de um jogo alheio ser publicado mais rápido do que um para repudiar mais um caso de racismo e xenofobia.
Alguns vão dizer que o texto sobre os erros no Rio Ave-FC Porto já estava pronto. Havia uma «programação» para seguir, talvez. Outros, como sempre, vão ignorar os timings e apelar para os mesmos insultos usados para atingir o brasileiro Otávio Ataíde.
A divulgação das ofensas sofridas pelo jogador do Famalicão, na sequência do duelo com o próprio Sporting, surgiram minutos antes de (mais uma) contestação pública sobre a condução de uma partida em que os leões, pasmem, nem sequer fizeram parte.
Onde está a sensibilidade? E o foco? É assim que a roda gira no atrasado futebol português. As prioridades estão muito bem definidas. Não é de hoje, aliás. Longe disso. Basta olharmos para trás e notarmos tamanha impunidade diante de incontáveis acontecimentos preconceituosos.
Quando a questão é rivalidade e, sobretudo, arbitragem, são horas e horas de discussão, notas oficiais e mais notas oficiais, murros na mesa atrás de murros na mesa e, obviamente, pedidos de punições severas. A revolta é geral, independentemente da cor clubística.
Agora, quando a cor em questão é a de um jogador, o que vale quase sempre é o bom e velho discurso político nas redes sociais e televisão. Vez ou outra surgem umas faixas de protesto antes de a bola rolar. Hora ou outra optam por multas sem vergonhas de míseros euros."

Em Barcelos, não deu Galo


"Num clube que é, simultaneamente, um dos maiores do mundo, radicalmente democrático e vivido com uma paixão absoluta que a comunicação social amplifica, qualquer incerteza é, imediatamente, um potencial tsunami.
Muito se tem especulado sobre a instabilidade, a indefinição e as possíveis saídas e entradas no plantel. Com a dificuldade extra do treinador em lidar com um plantel mais enriquecido e em definir o seu onze que na época anterior parecia óbvio desde o primeiro dia.
Neste contexto o jogo de Barcelos tinha um potencial de risco elevado e um deslize seria muito comprometedor pelos efeitos que poderia gerar. Felizmente, a equipa não permitiu que isso acontecesse. O Benfica apresentou-se bem, dominou completamente o jogo durante cerca de 60 minutos e chegou com naturalidade ao 2-0, com destaque para Rafa e Di María. Só que, a seguir, consentiu o golo do Gil e a equipa intranquilizou-se e esteve perto de dar galo. Ao contrário de algumas opiniões que vi, Schmidt mexeu bem e valeu a entrada de Musa para repor a tranquilidade e a justiça no marcador.
Uma vitória muito importante sobretudo quando, na próxima jornada, o Benfica recebe na Luz um dos grandes do Minho, o Vitória de Guimarães que, neste momento, é líder. Lidera a par dos crónicos rivais do Benfica que, neste fim de semana, voltaram a ser bafejados pela arbitragem com expulsões perdoadas a Gyokeres do Sporting e Eustáquio do F. C. Porto, para além de uma grande penalidade muito duvidosa, no jogo de Vila do Conde.
Ao contrário da expulsão de Musa no Bessa: situações iguais, decisões diversas."

Benfica, não é preciso panicar


"O ano passado foi tudo muito claro desde o princípio. Um 4-2-3-1 com Florentino e Enzo no meio, Rafa, João Mário e Aursnes (ou Neres) na frente e Gonçalo Ramos como referência atacante. Na baliza também não havia dúvidas e na defesa também não. Gilberto começou como titular, mas havia a noção clara que Bah acabaria por se superiorizar e depois aconteceu apenas a surpresa de Morato se lesionar e António Silva pegar de estaca. Logo desde os primeiros jogos da pré-temporada, Roger Schmidt estabilizou este onze e usou e abusou dele. E bem, porque o arranque de época do Benfica foi em alta rotação. Também assim teria que o ser à conta das duas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões.
Depois durante o ano surgiu apenas o desafio de colmatar a saída de Enzo Fernández em janeiro. Schmidt testou Aursnes, mas o rendimento do «bacalhau» não foi o mesmo, apostou em Chiquinho e pareceu resultar (até as bancadas da Luz acharam piada), mas em boa hora surgiu João Neves mesmo nas jornadas finais para ajudar a segurar um barco que passava por águas perigosas. Mas tudo fica bem quando acaba bem. Com um onze estabilizado o ano todo, o Benfica foi campeão. Apesar de ter ficado curto nas taças nacionais e deixar a sensação de desgaste na parte final (quando já sonhava em ir ainda mais longe que os 1/4 de final na Champions), reforçando a ideia que o Benfica precisava de mais soluções fortes no banco e maior rotação do seu treinador.
Já em janeiro tinham chegado Guedes, Schjelderup e Tengstedt para reforçar o recheio do plantel e é também nesse prisma que mesmo surgindo Di María, o Benfica resiste a não abdicar de nenhum dos médios ofensivos que já tinha.
Só que este ano está tudo um pouco mais complexo e duvidoso. Pela primeira vez na era Roger Schmidt, sentimos que o alemão não está seguro do que está a fazer. Há indefinição na baliza. Vlachodimos foi afastado por uma má exibição (e porque, sejamos francos, nunca foi fenomenal), Samuel Soares tenta fazer pela vida e Trubin aguarda pela sua oportunidade. O Benfica precisava mesmo que o ucraniano fosse o Oblak de 2013/14. Nos primeiros jogos dessa mítica temporada, também no início o Benfica sofria vários golos com Artur e depois chegou o esloveno e fechou a cadeado a baliza do Benfica. Trubin vai acabar por ser o titular e será muito importante que confirme todos os elogios que lhe fazem. Que pegue de estaca. Se não, o Benfica tem um problema na baliza.
Também há indecisão na lateral esquerda. Grimaldo era um esteio nessa posição nos últimos largos anos e agora o Benfica está órfão dele. As primeiras sensações de Jurásek não foram boas e entretanto lesionou-se. Ristic até começou a titular contra o Porto na Supertaça, mas não saiu mais do banco. Há algo que nos escapa, porque nos poucos minutos em campo, nunca pareceu assim tão mau jogador. E à conta disso andamos com Aursnes a jogar adaptado a essa posição, o que, pese a qualidade e o voluntarismo do nosso querido «bacalhau», é um claro equívoco. Perdemos o seu talento lá na frente e torna-se num jogador limitado pelas circunstâncias.
Também há dúvidas no meio-campo. Kökçü parece intocável (deveria ser? Mesmo tendo custado 25 milhões? Não há dúvidas da sua qualidade, mas ainda parece em busca de adaptação a novo contexto) e, ao seu lado, Schmidt vai hesitando entre Florentino e João Neves. E mais à frente? Novas questões! Di María diz que não gosta de sair, David Neres já faz má cara ao banco, João Mário é a extensão do treinador no campo, mas procura recuperar a melhor forma do ano passado e só Rafa continua a voar, mesmo que aqui e ali continue a desesperar os adeptos com o seu «end product». Schjelderup aparentemente já percebeu que pouco jogará e terá pedido para sair.
E o ponta-de-lança? Também aí Roger tem dores de cabeça. O ano passado era muito óbvio: Ramos o titular, Musa o suplente. Mas este ano Musa entrou bem, só que teve a expulsão. Comprou-se Arthur Cabral, que até agora pouco mostrou. E até Tengstedt veio baralhar um pouco as contas, porque parecia que já nada contava e afinal foi o herói improvável na vitória sobre o Estrela da Amadora.
O Benfica é um barco gigantesco e tudo em si é ampliado. Para o bem e para o mal. É por isso que no bem surge muitas vezes a sensação de euforia e no mal surge a sensação de crise e pânico. Até porque os nossos adversários (e não inimigos, expressão horrível que Pinto da Costa tantas vezes usa nos seus habituais discursos contra os moinhos de vento do centralismo) estão sempre, quais abutres a rondar presas feridas, desejosos de atiçar o fogo no clube da Luz. Mas é importante os benfiquistas terem cabeça fria e parar um pouco e respirar fundo.
Schmidt já mostrou o ano passado a sua competência. O Benfica tem o mais forte e recheado plantel do futebol nacional. Tem uma massa associativa incomparável. Nas três primeiras jornadas ganhou duas e perdeu uma, num daqueles jogos que acontecem uma vez em 20. E conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, dando um amasso ao seu maior rival na segunda parte (aquele que se diz tantas vezes contra quem tem complexos mentais). Amasso esse que só acabou pouco destacado, porque Pepe e Sérgio Conceição chamaram a si os holofotes com um descalabro mental na parte final. Fossem todas as "crises" dos clubes estas, hein? Problemas de abundância no plantel, um troféu já conquistado e um início de campeonato que não tem sido perfeito, mas nada põe em causa.
O que é importante é Schmidt estabilizar o seu onze, provavelmente lançando Trubin na baliza, resolver a questão do lateral esquerdo e acreditarmos na subida de forma de Kökçü e Arthur Cabral. Isso aliado a nova casa cheia na Luz contra o Vitória de Guimarães na próxima semana e o Benfica tem tudo para voltar a fazer muito boa temporada.
Problemas de plantel? Problemas a sério era quando outro técnico alemão que tivemos, Jupp Heynckes, tinha que decidir se punha a lateral direito Okunowo ou Rojas. Se punha no meio-campo Uribe ou Machairidis. Agora Florentino ou João Neves, Di Maria ou David Neres? Prefiro muito mais esta vida de rico."

O «presente» da Arábia a Infantino


"E se o «clube» mais beneficiado com o tsunami futebolístico da Arábia Saudita for a FIFA?
O Financial Times fala mesmo em «presente».
Mas, e primeiro, os Big 4 da Pro Liga financiados pelo Fundo Soberano Saudita. Onde estava este cash em 2022? Creio ser uma boa pergunta. Não existia para a Indústria do Futebol. Neste ponto, CR7 tem razão. Este movimento alucinante de fundos inicia-se com a sua transferência.
O segundo ponto será o «emagrecimento» de planteis demasiado XXL: Chelsea e PSG são ótimos exemplos, mas o essencial (fora do relvado) são as diferenças de receitas entre a UEFA (e a sua Champions) e a Premier League (e o seu «campeonato mundial» de clubes).
O Financial Times avança com números que eu sinceramente desconhecia, tal é a diferença de faturação comercial, por exemplo.
Não se trata de uma novela de Agatha Christie mas, e simplesmente, unir o útil e o agradável: o Projecto 2030 cria uma «nova» Arábia Saudita, Zurique alarga potencial incalculável de receitas e inclui o ainda vago e verdadeiro Campeonato do Mundo de Clubes - que Infantino tem há muito em vista.
Não foi por acaso que o Mundial Feminino obteve um impacto inesperado (para alguns). A FIFA promoveu de uma forma exemplar está «nova» competição.
E será a Arábia Saudita o palco do mundial 2030? O impacto do caso Rubiales poderá ser decisivo. Aparentemente, a poucos anos do anúncio oficial, algo de importância político-social e existencial está a acontecer.
Mas, e com certeza, notaram a imediata preocupação da candidatura espanhola (não ouvi falar de Portugal estes dias), sinal que Madrid vai tomar conta do «castelo»!
E Infantino já faz contas... (to be continued)"

O Mundial, Espanha, Inglaterra e Portugal: o único caminho é para cima


"É claro que ouvir Gianni Infantino anunciar que o Mundial de 2023 gerou 525 milhões de euros são excelentes notícias, mesmo vindas do homem que pouco depois sublinhou que as mulheres devem escolher “as batalhas certas” - diga-nos, por favor, senhor presidente, quais são então as lutas que valem a pena, nós mulheres não sabemos.
Todos esses milhões querem dizer que a FIFA já não perde dinheiro a organizar o Mundial feminino, o que deve satisfazer o departamento financeiro lá nos escritórios na Suíça mais do que qualquer outra coisa, mas centremo-nos nas coisas boas.
Os tais 525 milhões de euros significam que o interesse no futebol feminino não pára de crescer e são sintoma de algo ainda mais importante: o Mundial de 2023 foi o Mundial da verdadeira globalização do futebol feminino, um Mundial de surpresas, com estreantes competitivos a baterem o pé às antigas potências, em que Portugal, um dos debutantes, também fez o seu pequeno-grande estrondo, ficando a meros 12 centímetros de eliminar a equipa bicampeã mundial, os Estados Unidos. Passar o Mundial de 24 para 32 equipas não lhe retirou competitividade - e nisso há que tirar o chapéu à FIFA -, apenas aumentou a montra: hoje, já muitas raparigas podem sonhar em serem futebolistas, tenham estudado numa universidade norte-americana, nascido numa cidade da Suécia ou num bairro pobre do Haiti. E isso vale mais do que qualquer milhão.
E, também por isso, este é ainda o Mundial da mudança de poderes. Antigas potências como Alemanha, Brasil ou Canadá ficaram-se pela fase de grupos. Os Estados Unidos, que caíram nos oitavos de final, tiveram a sua pior participação de sempre. Talvez estas seleções não estejam piores. Mas quando o investimento chega ao futebol feminino, seja onde for, a evolução é frenética e isso é lindíssimo de se ver.
Não é por isso de estranhar que a final de domingo tenha sido jogada por Espanha e Inglaterra, que há 10 ou 15 anos estavam longe de ser favoritas ao que quer que fosse, apesar da rica história de futebol que tinham as costas. A Inglaterra apostou numa reformulada liga em 2011, que em 2018 se tornou profissional. Quase todos os grandes clubes ingleses têm equipa feminina e a liga local é provavelmente a mais forte do planeta. Com a aposta da federação e dos clubes chegaram os patrocinadores, o dinheiro das transmissões televisivas. Nada é por acaso.
No caso de Espanha, que sai da Austrália/Nova Zelândia como nova campeã mundial, a evolução foi ainda mais célere. As seleções jovens iam conseguindo resultados muito interessantes dos Mundiais e Europeus de sub-17, sub-19 e sub-20, com finais e vitórias, mas a seleção principal só se estreou em Mundiais em 2015. O selecionador era Ignacio Quereda, que esteve à frente da equipa inacreditáveis 27 anos, o que diz muito da (nula) ambição. Só a ação das jogadoras depois desse Mundial, exigindo mudanças no corpo técnico e na preparação das equipas, tirou Espanha do marasmo: o país que nos anos anteriores havia ganhado dois Europeus e um Mundial a nível masculino, dava 1% do seu orçamento para o futebol feminino.
Espanha seguiu o exemplo inglês em 2021, profissionalizando uma liga que já tinha no Barcelona uma força em crescimento exponencial a nível europeu. Muitos clubes ajudaram, mas na Catalunha o talento espanhol floresceu, as raparigas que tanto brilhavam nos Europeus e Mundiais jovens começaram a ter oportunidade de o demonstrar no plano sénior. E a seleção nacional, que em 2015 não ganhou qualquer jogo e em 2019 se quedou pelo primeiro jogo a eliminar, venceu à terceira tentativa.
Nem tudo é linear e o conflito entre jogadoras e Jorge Vilda, treinador que sucedeu a Quereda, diz-nos que para as mulheres será sempre mais difícil. O selecionador que até há bem pouco tempo exigia que as jogadoras dormissem de porta aberta e a quem muitas delas não reconhecem qualidade técnica também sai vencedor, o que é agridoce. Cada vitória das futebolistas sai-lhes muito cara. É possível que Mapi León e Patri Guijarro não sejam hoje campeãs mundiais porque as mudanças operadas pela federação espanhola depois de, há um ano, quinze jogadoras se terem recusado a ser convocadas por não concordarem com a abordagem da equipa técnica, foram, para si, insuficientes.
É para tudo isto que se deve olhar deste lado da fronteira. O bom e o mau. É preciso dar a oportunidade às futebolistas de falarem. Elas sabem quais são as batalhas certas, não precisam que ninguém lhes diga. Também foi da revolta delas, em 2015 ou em 2022, que nasceu este título mundial espanhol em seniores. É preciso mais investimento, lembrar que boa parte dos clubes têm feito a sua parte e que muitos outros não conseguem, para já, dar mais. É preciso estar mais vezes nos Mundiais e Europeus de jovens, onde Espanha é hoje crónica candidata: Portugal tem apenas três participações nestes torneios, 2014 e 2019 no Euro sub-17 e 2012 no Euro sub-19. Quando Jéssica Silva pediu e falou em continuarmos a dar-lhes a mão, no regresso da Nova Zelândia, é também por isto: tal como Espanha em 2015, temos aqui a oportunidade de investir e investir e volta a investir, clubes, Estado, FPF e privados, para estarmos permanentemente nestes palcos e utilizarmos todo o nosso potencial, que é imenso. O estado atual do futebol feminino, como vimos neste Mundial, não se compadece com marchas-atrás, com olhares para baixo. O único caminho é para cima. Espanha, entre tantos conflitos, demorou três Mundiais para chegar ao topo. Imaginem até onde podemos nós chegar."

Acabou-se, mas acabou o quê, exatamente?


"A meritocracia é um chavão de metal moldado nas fornalhas deste século e do anterior para dar chão à escalada das pessoas na vida profissional e manter-lhes a cenoura diante dos olhos. É útil e conveniente acreditarmos que os frutos das nossas capacidades vão valer, por si só, recompensas que nos melhorem a qualidade de vida. A meritocracia, porém, também desvia as atenções do esforço ou do stress - no caso dos mais rendidos à roda dentada do trabalho a todo o custo - que mastigam tanta gente, ou para a bajulação, a interesseirice e as pessoas-sim que muitas vezes servem para os realmente melhores de entre todos nós serem ultrapassados. É mais frequente do que raro vermos os de maior capacidade estagnarem na vida enquanto são fintados por gente que prefere as portas das traseiras para ir subindo.
Crer que só depende de nós irmos chegando mais além no mundo laboral é acreditar que um superior hierárquico, na dúvida entre o mais apto, capaz e provado, ou um seu menor em todos os fatores, mas que se ri efusivamente das piadas do chefe e lhe satisfaz, sem pensar, qualquer vontade no trabalho, vai olhar somente para as capacidades factuais e descurar os fingimentos forçados para massajar o ego de quem nos pode fazer subir na vida. Na sexta-feira, com o seu cabelo espetado no ar e olhar penetrante, Jorge Vilda aplaudiu o discurso do seu chefe e ao seu lado, também sentado, o careca Luis de la Fuente bateu uma palma contra a outra quando a pessoa a quem respondem na cadeia de comando disse que não se demitia.
Qual surpresa, então, quando a coluna vertebral dos treinadores das principais seleções da Real Federação de Futebol Espanhola, há horas recostada no assento da Assembleia Geral Extraordinária de onde o aplaudiram, canalizou neurotransmissores para as suas mãos dedilharem as declarações escritas com que criticaram o presidente da entidade que lhes paga o salário, mas só quando a FIFA o suspendeu “preventivamente” no seguimento do processo disciplinar que já lhe tinha instaurado. Abeirado da falésia, com apenas os mindinhos a sustê-lo do empurrão institucional, político e social para o abismo, aí os selecionadores optaram por ir contra quem nem um dia antes optaram por ovacionar, de pé.
No provável verão mais bem-sucedido da história do futebol espanhol, quando as mulheres conquistaram um inédito Mundial e os homens ganharam a Liga das Nações, dois treinadores que chegaram ao cargo em situações similares à lupa da opinião pública - com dúvidas em relação ao seu currículo e capacidade para exercerem os respetivos cargos - jogaram uma cartada semelhante. Viram Luis Rubiales agarrar os seus próprios testículos ao lado da Rainha de Espanha e uma das filhas, em Sydney, na tribuna do estádio onde, no relvado, depois agarrou, com ambas as mãos, na face de Jenni Hermoso, futebolista que beijou nos lábios sem consentimento, mas nada disseram quando o presidente da federação chamou “idiotas” aos seus detratores, “palermices” às críticas ao seu comportamento e “falsas feministas” às pessoas que apoiam a vítima que sugeriu como culpada.
Esses treinadores aconchegaram-se no silêncio, refastelados no aplauso que deixaram perante a gravação das câmaras, também quando Rubiales se recusou demitir devido ao que descreveu como um “pico”, ou um coloquial ‘bate-chapas’ traduzido para português. Quando a federação lançou um comunicado forense (entretanto apagado) a desmentir Jenni Hermoso e a defender-se com imagens da posição dos pés do dirigente para a acusar de mentir. E quando toda a equipa técnica da seleção feminina (11 pessoas) se despediu, em bloco, alegando ter sido obrigada a sentar-se na primeira fila do auditório, para freguês ver, durante o discurso em que Rubiales começou por justificar o seu agarrar de genitália à emoção sentida para com Jorge Vilda, o treinador que agora está, literalmente, sozinho.
“Emocionei-me muito, a tal ponto de perder o controlo e levar a mão ali, quando a tua primeira reação após ganhar o Mundial foi virares-te para a tribuna e apontares para mim”, enterneceu-se o então ainda não-suspenso dirigente para com o seu subordinado a quem providenciou respaldo, com unhas e dentes, quando o treinador enfrentou o protesto de 15 futebolistas há um ano, decididas a renunciarem à seleção enquanto não vissem mudanças para melhor na federação: cresceram, no fim de semana, para mais de 80 futebolistas espanholas se recusam em aceder a qualquer convocatória enquanto não houver “mudanças reais, tanto desportivas como estruturais”. Por esta altura, já clubes espanhóis, futebolistas masculinos, capitãs das melhores seleções femininas e atletas espanhóis medalhados noutras modalidades criticavam Luis Rubiales.
Só depois de tudo isto se leu de Jorge Vilda uma crítica ao “comportamento impróprio” do presidente da federação, “sem dúvida inaceitável” e que “não reflete em absoluto os princípios e valores” defendidos pelo treinador “no desporto e na vida em geral”. Quem antes aplaudiu, de pé, a meia-hora de discurso em que Rubiales se defendeu, atacando, condenou depois “sem paliativos qualquer atitude machista, afastada de uma sociedade avançada e desenvolvida”. No mesmo dia, sábado, Luis de la Fuente, o primeiro dos dois a levantar-se para o ovacionar, censurou também “sem paliativos” o “comportamento errado e fora do lugar” do presidente, dizendo que as suas ações “não respeitaram o mínimo protocolo que se deve seguir nos atos de celebração e não são edificantes, nem apropriados para uma pessoa que estava a representar o futebol espanhol”.
O aplauso e a crítica não se distinguem pela corda-bamba, não é por uma nesga, há um oceano de diferença entre eles. Um dia bastou para o par de homens que selecionam e treinam os e as melhores desse futebol se aperceberem que já iam tarde para atenuarem um próprio ato que escolheram ter na cara do seu chefe.
Luis Rubiales é dono de funções como vice-presidente da UEFA, reeleito há meses para o comité executivo da entidade ainda recolhida ao silêncio, que nada disse sobre o caso, mas é publicamente apoiante da candidatura conjunta de Espanha, Portugal e Marrocos para acolherem o Mundial de 2030. A Federação Portuguesa de Futebol tão pouco se pronunciou oficialmente, nos seus canais e pelos seus dirigentes, quanto a tudo o que se tem passado do lado de lá da fronteira (à hora a que vos escrevo, nenhuma respondeu aos pedidos de reação enviados pela Tribuna Expresso). Em Espanha, as futebolistas que más línguas da pré-História acusam de estarem a fazer barulho por nada, começaram um movimento sob a égide de um “#SeAcabó” já muito partilhado que, para desgraça do seu feito, fez a ressaca da conquista do Mundial focar-se quase inteiramente nesta polémica.
Mas acabou exatamente o quê? Criticarmos só quando as condições para se criticar ficaram mais fáceis? Precavermos os nossos interesses antes de nos atravessamos publicamente por valores que vendemos como maiores do que tudo? Elas, as futebolistas espanholas, estão dispostas a renderem-se ao desvio do holofote para criticarem até às últimas consequências Luis Rubiales, a estrutura federativa da qual ele é o cume e um modus operandi geracional que está a ofuscar a tremenda conquista que conseguiram nos relvados, enquanto as caras das seleções nacionais de um país se pareceram preocupar primeiro com quem assinou os seus contratos de trabalho."

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Guedes...


Finalmente, o Benfica anunciou a renovação do empréstimo do Gonçalo Guedes...!!!
Desportivamente, só vamos ter o Guedes de volta, para treinar no final de Outubro e para jogar, provavelmente, no final de Novembro! Portanto, a influência será relativa...
Mas, emocionalmente, esta 'renovação' era obrigatória! O Gonçalo sacrificou-se pela equipa, na caminhada do 38, foi essencial no empate em Alvalade, na recta final, nessa altura já ao pé coxinho, portanto fico feliz com esta decisão... além disso, tem sido um amuleto 'exemplar' na conquista de Campeonatos pelo Benfica!!!

Agora, devido à recuperação alargada do Guedes, a sua presença no plantel, em nada afecta a construção da equipa, pois o seu regresso ainda é 'incerto'!!!

Golo de Agosto: Di Maria...

Proibição!


"Muito se tem falado acerca do papel das mulheres dos jogadores e das suas publicações nas redes sociais, em relação ao momento que vivem os respectivos maridos.
Estamos em condições de adiantar que a Direção e a estrutura do clube PROIBIU, de FORMA EXPRESSA e VEEMENTE, qualquer publicação das companheiras dos jogadores da equipa principal sobre opções tomadas pela equipa técnica.
A partir deste momento, por cada post que questione as opções do treinador, resultará num jogo de suspensão para o marido.
Este repúdio da estrutura visa evitar estes comportamentos de forma a não existirem novos casos 'Amanda Veríssimo'.
As publicações da esposa de Lucas Veríssimo causaram grande discórdia no seio do plantel e têm tido repercussões, com variadíssimos casos de companheiras que tomaram as dores dos respectivos maridos, querendo fazer elas o papel de treinadores ou de Médicos do clube.
A mão será pesada para as/os 'infratores' e a mensagem já foi passada individualmente a cada jogador.
Os que não estiverem de acordo terão sempre a equipa B disponível para os receber."

"Genial, Presidente, Genial!"


"Minha nossa Senhora, até na Sporttv meteram o Leirós para fazer este papel surreal. O LEIRÓS, malta! O LEIRÓS! "Genial, Presidente, Genial!"
Se isto não fosse profundamente triste, até dava para rir.
Gente que consegue em frente a uma câmara de TV fazer este papel e fazer de burra toda a gente que está a ver. Desonestidade total, mentira, aldrabice, sem vergonha nenhuma na tromba. Está ali a dizer aquelas alarvidades, como se fosse uma coisa natural e a mais pura das verdades. Que podridão, meus senhores, que podridão!
Da parte de Benfiquistas, só um perfeito atrasado mental pode continuar a dar dinheiro a estes bandidos e a subscrever este canal de merda, um verdadeiro braço armado do sistema da Aliança do Altis.
Rui Manuel Cesar Costa, são 10.33h, ainda estás a dormir? Convém marcar uma conferência de imprensa para denunciar o escândalo de ontem, a que acresce o escândalo do Bessa, o de Rio Maior e do Alvalade. Se não for muito incómodo, só naquela! São só 5 nomes que tens de denunciar (para já): António Nobre, André Narciso, Hugo Miguel, Gustavo Correia e Fábio Verdíssimo. Não custa nada...ou se falares vêm cá para fora umas coisas desagradáveis a teu respeito e ainda vais fazer companhia ao Vieira na Carregueira?"

Leirós, o amigo dos Corruptos... e os amigos são para as ocasiões!!!

O FC Porto perdia aos 88 minutos: Interrogações sobre um penálti fantasma em Vila do Conde


"1. Pode um árbitro assinalar um penálti que é impossível ter visto?
2. Pode o VAR confirmar um penalti a partir de repetições que não são minimamente esclarecedoras?
3. A única certeza é o que Gonçalo Borges disse na flash interview: "Obviamente que tocou e dentro da área já sabemos como funciona: quando toca, dá sempre para criar alguma coisa." Se isto não é a confissão involuntária de um teatro, então o que é?
4. Será possível um estádio não ter condições de colocação de câmaras suficientes para o regular funcionamento do VAR? Ou será que as imagens esclarecedoras não foram propositadamente mostradas pela Sporttv?
5. Se houvesse imagens a mostrar que houve falta para penalti, porque não foram entretanto difundidas para colocar um ponto final na polémica?
6. Depois do que vimos Fábio Veríssimo fazer ao longo do jogo, nomeadamente os amarelos/vermelhos inexplicavelmente perdoados a Eustáquio, estamos legitimados a concluir sobre a má fé do árbitro quando assinalou aquele penálti salvador para o FC Porto?
7. Por que não emitiu o Conselho de Arbitragem um acelerado comunicado no fim do jogo?
8. Por quanto tempo vão para a "jarra" o VAR Gustavo Correia e Fábio Veríssimo, um dos piores, se não mesmo o pior árbitro português no ativo?
ABRE A PESTANA, BENFICA!!!"

Senhoras e senhores, Apresente-vos o novo Otávio: Eustáquio, o Inimputável!!!


"1. Onde os especialistas da arbitragem diferem na análise aos dois lances de ontem em Vila do Conde, um aos 4 e outro aos 7 minutos, é se eram lances para amarelo ou vermelho.
2. Uma coisa é, portanto, certa: na melhor das hipóteses, o Porto devia ter ficado a jogar com 10 aos 7 minutos; na pior, aos 4. Acontece que Eustáquio, qual Otávio, nem um amarelo viu - como é isto possível, Fábio Veríssimo? Rafa, o maior saco de faltas sofridas da Liga, já leva dois... Onde é que eu já vi isto?
3. Olhando para as faltas de Musa, no Bessa, e a segunda de Eustáquio, em Vila do Conde, constatamos, com facilidade, como a diferença de critérios é a forma mais eficaz de adulterar a verdade desportiva de uma competição. E ainda só vamos na terceira jornada!
4. Interessante, também, é ver como os especialistas analisaram o lance de Musa e o segundo de Eustáquio. Já sabíamos que mais tarde ou mais cedo a incoerência viria ao de cimo. Só não sabíamos que seria tão rápido.
5. Quem festejou a partida de Otávio, esqueça. Está encontrado o seu sucessor.
ABRE A PESTANA, BENFICA!"

Joguem à bola!


"Opá…joguem mas é à bola que nada disto interessa, faz alguma diferença uma equipa que neste momento devia ter 3 pontos ter 9?
E outra que devia ter 6…ter 9?
Enquanto que a que devia ter 9…tem 6???
Zero diferença…porque o que é preciso é que se jogue muito à bola…que se jogue com A B ou C…tipo disco pedido…e não de acordo com o gajo que limpou o campeonato e a Supertaça e que de bola percebe menos que o bêbado dos bailaricos de verão.
Nada disto interessa…porque para nós…que somos superiores a isto tudo o que é preciso é jogar à bola... porque se jogarmos muito à bola os outros deixam automaticamente de ser levados ao colo como temos assistido nos últimos 40 anos!!!"

Nada de novo!


"Na segunda feira, no Benfica 10h da BTV, António Manuel Bernardo falava de erros de arbitragem.
Até parece que já estava a prever o que iria acontecer no final do dia em Vila do Conde."

Derrota em São Miguel...

Santa Clara 3 - 1 Benfica
Melro


Depois de uma vitória de goleada, uma derrota muito estranha, com erros individuais defensivos em dois golos sofridos, e uma decisão surreal do árbitro no 2.º golo dos Açorianos, que considerou atraso de bola ao nosso guarda-redes, uma bola claramente jogada pelo avançado do Santa Clara!!!
Numa partida, onde fomos quase sempre dominadores!!!

A mesma loiça


"1. Os dados foram relevados pela UEFA. Na última edição da Liga dos Campeões, não houve equipa que corresse mais do que a equipa do Benfica. Ora aqui está mais uma 'prova', que pode certo satisfará muita gente, de como o treinador do Benfica não percebe nada de futebol.

2. Na Champions de 2022/2023, o Benfica percorreu, em média, mais quilómetros - 120,7 Km - do que os demais concorrentes. Em 6 dos 10 jogos que disputou conseguiu ultrapassar os 120 Km de distância percorrida. Nos outros lugares do pódio dos quilómetros da última Liga dos Campeões ficaram os ingleses do Tottenham e os alemães do Bayern de Munique. Venha de lá essa Champions de 2023/2024, que já temps saudades de ver o Benfica nos grandes jogos europeus. É outra loiça.

3. Por cá sempre a mesma velha loiça. O Benfica venceu, com muita dificuldade, o Estrela da Amadora na 2.ª jornada da liga portuguesa conseguindo, depois de muito porfiar, desmontar o autocarro amadorense apenas no último quarto de hora do jogo. O treinador do Estrela, Sérgio Vieira, preferiu no fim do desafio a sua curiosa opinião: 'Se estivesse do outro lado, gostaria de ganhar de outra forma, de forma mais convincente'.

4. Se estivesse do outro lado, caro Sérgio Vieira, gostaria de ganhar nem que fosse com um golo marcado aos 109 ou aos 110 ou aos 112 minutos do jogo, um golinho solitário marcado com o joelho depois de uma confusão na área, um golinho que lhe valesse os 3 pontos em discussão. Não deixa de ser sintonia de presunção montar uma equipa para o zero-a-zero dos pobrezinhos e, depois, exigir que a equipa adversária goleie de forma 'convincente'.

5. O Benfica - Estrela da Amadora foi marcado por algumas estreias entre as nossas cores. Estreou-se, sem mácula, o jovem Samuel Soares como titular da baliza no seu primeiro jogo a contar para o campeonato, estreou-se Arthur Cabral no lugar de ponta de lança e estreou-se finalmente o dinamarquês Tengstedt, que chegou em janeiro ao Benfica, no Estádio da Luz. E que estreia. Entrou em campo para substituir Arthur Cabral e marcou na baliza do Estrela da Amadora na primeira vez que tocou na bola.

6. O golo de Tengstedr foi, naturalmente, muito festejado pelo próprio, mas foi também rijamente festejado pelos seus companheiros de equipa, que correram para o abraçar. Foram muitos os abraços, e abraços dos bons. Também Samuel Soares, no fim do jogo, se viu rodeado pelos seus companheiros, de quem recebeu joviais cumprimentos pela sua estreia como titular na equipa principal. Cá está mais uma 'prova' do péssimo ambiente no balneário...

7. Carrega, Benfica, e deixa-os falar."

Leonor Pinhão, in O Benfica

A noite mais escura


"Numa zona de alegria Fehér eternizou o seu sorriso

Há locais que nos marcam pelos bons momentos aí passados, onde parece que tudo se conjuga de forma perfeita. A cada lembrança, esboçamos um sorriso. O Minho, para Fehér, era um desses locais.
Em Julho de 1998, o húngaro ingressou no FC Porto. No entanto, na Cidade Invicta teve poucas oportunidades para demonstrar todo o talento de quem se tinha estreado na equipa de honra do Gyori ETO FC com apenas 16 anos.
Na temporada 2000/01, emprestado ao SC Braga, Fehér não demorou a evidenciar a sua qualidade. Na 1.ª jornada do Campeonato Nacional, no sempre escaldante dérbi minhoto, decidiu a partida com um excelente golo. Foi o primeiro de 14 tentos, sagrando-se o 6.º melhor marcador da competição.
No regresso ao FC Porto, divergência fizeram com que ficasse uma temporada sem jogar. Em 2002/03, trocou a Invicta pela capital, assinando pelo Benfica. A elevada concorrência no ataque e uma lesão que o afastou vários meses dos relvados fizeram com que tivesse poucos minutos. Na última jornada do Campeonato Nacional, o treinador José António Camacho concedeu-lhe a titularidade. Perante o Vitória de Guimarães Fehér demonstrou possuir todos os predicados de um avançado de excelência. Com uma exibição magnífica, marcou um golo com o pé direito, outro de cabeça e completou o hat-trick com um tento de pé esquerdo. Eleito o melhor em campo, o avançado apresentava-se para a temporada seguinte como uma opção válida.
O húngaro ganhou a titularidade na 2.ª jornada do Campeonato Nacional 2003/04. Frente ao Vitória de Guimarães, nova exibição de gala mereceu rasgados elogios: 'Superou, então, com determinação e notável sentido de baliza, as contrariedades', apontando-se ainda o facto de marcar sempre aos vimaranenses: 'Fehér adora o Berço. Joguem todas as semanas frente ao Vitória de Guimarães! Este bem poderia ser o desejo do húngaro'. A sua prestação valeu-lhe a titularidade nas quatro jornadas seguintes, em que apontou dois golos.
Na 19.ª jornada, em Guimarães, perante o Vitória, com a partida empatada a zero, Fehér foi o primeiro jogador a sair do banco de suplentes. As câmaras acompanharam-no desde que foi para aquecimento até à sua preparação para entrar em campo. Estava no Minho e contra um clube em que tinha predisposição para marcar.
O Benfica acabaria por marcar, o golo não foi seu, mas o estádio em uníssimo clamou 0Mihlós Fehér, Miklós Fehér'. Ao contrário de tantas outras vezes, desta vez não era a celebrar uma grande exibição. Não era um grito, era um apelo por si, para que regressasse à vida, após ter caído inanimado no relvado. Um pedido que não foi atendido. No Minho, onde tantas vezes foi feliz, perante o seu adversário predileto, Fehér deixou-nos na memória gravado um sorriso que não mais se repetiria.
Saiba mais o seu percurso de águia ao peito na área 19 - Águias-Mundi, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Os outros é que são bons


"Ganham à rasquinha, quase sempre para lá da hora, com a corda na garganta, sem mostrar qualidade nas exibições, com os treinadores adversários a baixar as orelhas, com expulsões perdoadas com castigos ridículos por maus comportamentos repetidos até à exaustão, com os comentadores especialistas a perdoarem tudo e mais alguma coisa, em falência técnica ou com perdões bancários que saem dos bolsos de todos nós, mas o SL Benfica é que é fraquinho e merece levar na cabeça.
É graças a estas visões retorcidas que se consegue que um diferendo entre Roger Schmidt e Odysseas Vlachodimos tenha mais tempo de antena do que um erro grosseiro de arbitragem - devidamente assumido pelo Conselho de Arbitragem - que permite uma vitória a uma equipa, alegadamente, na luta pelo título e que já leva 4 pontos a mais em 2 jogos do que legalmente teria direito. Pode ser que lhes dê jeito na luta pela Europa.
A cortina de fumo com a decisão do treinador alemão, serve também para que se queira fazer esquecer o vergonhoso comportamento de Sérgio Conceição no jogo da Supertaça - e o ainda mais absurdo castigo com que foi presenteado. Ou o negócio das Arábias do médio Otávio. Enchem a boca com 60 milhões, mas feitas as costas ficam com 14 milhões. Nem deve dar para pagar os ordenados de toda a SAD.
Bem sei que tudo o que diz respeito ao nosso clube movimenta mais audiências, mais cliques e mais jornais vendidos do que os assuntos de todos os outros clubes portugueses juntos, mas tenham vergonha na cara. Já cheira mal, todos os anos a mesma coisa."

Ricardo Santos, in O Benfica

David Neres é prato principal


"Então o Zenit quer levar o Neres? Não lhes bastava a Ucrânia, agora os russos também querem guerras com os benfiquistas? O único sítio para onde eu admito que o Neres posso ir no futuro é o 11 titular de Roger Schmidt. Não tenho um grau académico superlativo que me permita compreender se o David Neres e o Di Maria podem ser compatíveis em campo, mas sou um adepto de futebol-espectáculo que não tem dúvidas de que há espaços suficiente dentro das quatro linhas para dois craques por quem a bola é apaixonada poderem alinhar juntos. Eventualmente, poderão ser menos compatíveis, mas é para as defesas adversárias. Até eu preferia levar com uma paulada nas costas a levar com o Neres e o Di Maria pela frente.
Na qualidade de adepto de bancada, que felizmente nunca passará disso, até consigo compreender a utilidade de ter alguém com o talento do Neres no banco de suplentes. Significa que, à entrada para os últimos 30 minutos, há um jogador capaz de entrar em campo e mexer com o jogo. No entanto, consigo compreender ainda melhor a utilidade de ter esse jogador com a bola nos pés durante os outros 60. A estratégia de armar secreta resultou bem com o Estrela da Amadora, mas a estratégia de arma não secreta também não resultou nada mal nos primeiros 10 jogos da época passada, que resultaram em 10 vitórias.
O Neres é um dos maiores craques que passaram pelo Estádio da Luz nos últimos anos. O mister Schmidt é quem manda, mas os portugueses não são fãs por aí além de comida gourmet. Preferimos enfrentar uma refeição com o prato cheio. E se o Neres fizer parte do menu, não vai ser para as entradas nem para a sobremesa. É prato principal."

Pedro Soares, in O Benfica

Teste importante


"A deslocação a Barcelos não costuma ser nada fácil. E nas circunstâncias actuais, já depois de uma derrota no Bessa que nos deixou desde logo a 3 pontos dos principais rivais, tendo pela frente uma equipa sólida, aguerrida e muito bem orientada (por um treinador que na época passada, então ao serviço do Chaves, nos venceu), e num momento em que a nossa equipa ainda está a assinalar alguns dos novos reforços, diria mesmo que se trata de um jogo de altíssimo risco.
Deve dizer-se que, até agora, globalmente, o Benfica em nada desiludiu. Venceu a Supertaça com toda a justiça, sendo claramente superior ao adversário (e logo que adversário...) durante dois terços do tempo de jogo; ganhou em casa por 2-0 ao Estrela da Amadora numa partida em que podia ter goleado, dado o elevado número de oportunidades claras de golo que construiu; e a única derrota aconteceu fruto de uma noite tremendamente acidentada, onde tudo o que podia correr mal... correu - a expulsão, o critério do árbitro, os postes, os momentos dos golos, e pior exibição de Vlachodimos com a camisola do Benfica, e mais alguns erros individuais, situações que, cumulativamente impediram um triunfo que, além de natural, seria inteiramente merecido.
É preciso dizer também que o azar do Bessa está a ser o espelho da sorte que os nossos rivais têm tido nestas duas primeiras jornadas. Nós perdemos uma partida que vencíamos aos 89 minutos, Sporting e FC Porto venceram jogos aos 90+9' e 90+10', respetivamente. E no caso dos rivais lisboetas, ganharam na jornada seguinte com um golo reconhecidamente irregular. Nenhum deles mostrou qualidade futebolística particularmente elevada.
Como nem a sorte nem o azar são eternos, as coisas vão mudar. Não podemos é deixar cavar diferenças que mais tarde se tornem irrecuperáveis."

Luís Fialho, in O Benfica

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Saber acolher


"O acolhimento de refugiados é um dos principais desafios das democracias evoluídas. A Europa, muito em particular, confronta-se com a enorme atração que exerce sobre imigrantes e refugiados e com a necessidade de garantir a sua integração social económica para lá da vocação e apoio humanitário. Isso é crucial em todos os países e talvez ainda mais em Portugal, ele próprio com índices de pobreza e problemas sociais bastante severos.
Por isso é preciso saber acolher e aproveitar as oportunidades que migrantes e refugiados também nos oferecem, muito em particular ao nível de renovação demográfica e do fornecimento de mão de obra. Em benefício de todos importa criar condições para a contribuição efetiva destas pessoas para o PIB e para a sustentabilidade da Segurança Social.
Tudo isto é possível e até benéfico para o nosso país além de permitir a estas pessoas com histórias trágicas de vida um novo futuro em paz e harmonia, que é aquilo que procuram.
Mas para isso é preciso saber acolher pessoas em situação temporária de elevada fragilidade, com stress pós-traumático à mistura com medo, vergonha e barreiras linguísticas e culturais enormes.
Nos primeiros tempos há uma coisa que é universal e comunica a sério com todos os seres humanos, e essa coisa é uma bola com tudo o que dela se pode fazer na aproximação e reconstrução de pessoas.
Tal é o poder e a contribuição do futebol para este desígnio nacional e europeu de saber acolher e aproveitar o capital humano que nos chega por infortúnio e de paragens tão distantes."

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"2,33
Jéssica Silva foi a jogadora com melhor média de dribles bem-sucedidos por jogo no Campeonato do Mundo (7 em 3 jogos). Por seu turno, Christy Ucheibe foi a 7ª no desarmes realizados (36) e a 8ª nas interceções (23);

21
Em 3 jogos oficiais, Roger Schmidt utilizou 21 jogadores, dos quais 15 pelo menos 1 vez no 11 inicial. 10 atuaram nas 3 partidas e 4 são totalistas absolutos, com 317 minutos em campo (inclui tempos adicionais): António Silva, Aursnes, Bah e Otamendi. Os seis golos conseguidos pela equipa foram apontados por 4 jogadores (Di María e Rafa, 2; Musa e Tengstedt). Rafa e Neres lideram nas assistências (2 cada – mais 1 de Kokcu);

31
Rafa passou a ser, a par de Seferovic, o 31º mais goleador pelo Benfica em jogo oficiais, com 74 golos. Está a 5 do top30, fechado por Humberto Coelho. No Campeonato Nacional encontra-se isolado na 29ª posição do ranking dos goleadores do Benfica, com 52 golos;

44
Com 44 jogos no atual estádio da Luz, Florentino ascendeu à 3ª posição dos jogadores formados no Benfica Campus que mais vezes representaram a primeira equipa do Benfica neste estádio (incluindo particulares);

50
Neres atingiu a meia centena de jogos pelo Benfica em competições oficiais (34 a titular), nos quais marcou 12 golos e fez 18 assistências;

150
Di María integra os 150 com mais jogos, incluindo particulares, pela equipa de honra do Benfica (146 partidas, tantas quanto o bicampeão europeu Serra);

6090
Otamendi tornou-se no 25º futebolista a estar em campo mais de 6000 minutos de águia ao peito no atual estádio da Luz (incluindo particulares e tempos adicionais);

2000000
O Benfica já tem mais de 2 milhões de seguidores no TikTok."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1. Um Alto Minho vestido de vermelho e branco, com lotação esgotada e muita paixão. O mote está dado para o desafio de amanhã, em Barcelos. Apoio fortíssimo dos nossos adeptos à equipa, sempre tão fundamental na caminhada para o 38 e na conquista recente da Supertaça. É o tema de abertura da nossa edição, juntamente com uma análise ao que tem sido o trajeto do Benfica com o Gil Vicente fora de casa: em 22 jogos, 16 vitórias e 4 empates.

2. Neres atingiu os 50 jogos pelo Benfica, tendo sido titular em 34 e marcado 12 golos. Num conteúdo que sempre assinalamos nas plataformas do Benfica assim que se cumpre e meia centena de desafios, deixa palavras de ambição e compromisso com aquilo que são os objetivos do Benfica. Uma entrevista para acompanhar aqui neste jornal O Benfica.

3. Destaque para Nil Roca como protagonista da semana. O melhor jogador do campeonato na época passada traça a revalidação do título e a Champions League como objetivos para este ano porque, no Benfica, só a palavra ganhar faz sentido. Uma cultura de vitória que está igualmente presente na formação do futebol feminino, onde damos a conhecer, numa reportagem exclusiva, quem neste ano vai ajudar a tornar as Inspiradoras ainda mais fortes, com um tetra no horizonte.

4. O Benfica foi o primeiro clube português a ultrapassar a fasquia de 2 milhões de seguidores no TikTok. Um especial obrigado a todos os benfiquistas pelo apoio e pela incondicional paixão. É com orgulho que assinalamos os números, a par de um trajeto de crescente proximidade com aqueles que são a alma do Clube: os adeptos. Marco importante na estratégia de consolidação e expansão das redes do Sport Lisboa e Benfica, que nos últimos dois anos passou também pela criação de novas contas como o Instagram e o Twitter das Modalidades, o Instagram do Benfica Campus e o Instagram do Benfica eSports.
Vamos, Benfica!"

Pedro Pinto, in O Benfica