quinta-feira, 8 de setembro de 2022
O ano um de Rui Costa
"Muitos analistas, perante as escolhas efetuadas no Benfica, sublinharam, com verdade, o caráter de risco das mesmas por representarem uma profunda renovação em tudo o que existia e estava consolidado no Benfica: primeiro treinador estrangeiro em muitos anos, nova estratégia, novos métodos de trabalho, mudanças de jogadores, uma limpeza de balneário, contratações e, sobretudo, uma mudança de mentalidade.
Tantas mudanças em tão pouco tempo representavam, obviamente, um risco, para mais quando os dois rivais mais diretos mantinham o essencial. Desde logo, mantinham no comando técnico os treinadores que venceram a Liga nos últimos dois anos.
Mesmo que a equipa tenha vencido estes últimos dois jogos (Paços de Ferreira e Vizela) com maior dificuldade, embora de forma justa, e que possa estar a acusar algum cansaço, isso não tem nada de surpreendente se pensarmos que, só nesta semana, o Benfica tem três jogos oficiais. Mas as escolhas estão a resultar em pleno, com nove vitórias seguidas.
Parece-me particularmente interessante a forma como o presidente do Benfica tem conseguido levar a água ao seu moinho e operar uma reestruturação tão completa. Acusado por alguns de ser pouco dado a ruturas, a verdade é que vai operando a sua renovação de forma segura, sem grandes alardes, exercendo uma espécie de "soft power". Em contraste claro com o estilo antiquado que se pratica no Dragão e com o estilo mais equívoco de Alvalade. Bravo, Maestro.
Positivo: O campeão do Mundo de natação sub-18 Diogo Ribeiro; Neres e João Mário em destaque.
Negativo: Fábio Veríssimo e a inacreditável expulsão de Gonçalo Ramos, com um duplo erro arbitral."
Fora-de-jogo semiautomático
"O futebol que era um jogo criativo e que dava azo à improvisação está a ser jogado num colete de forças. No fundo está-se a tornar um jogo tecnológico e pouco humano, porém, isso é triste. As mudanças são constantes. O jogo que dependia de talentos está a desaparecer e tornou-se muito metodológico e estatístico.
O jogo realiza-se no campo, mas é no computador com a análise e a estatística para tentar controlar tudo ao pormenor. Essa ânsia tira beleza ao jogo e inteligência natural do jogador.
O futebol é um jogo simples e não deve ser desvirtuado constantemente. Agora não se sabe quando é falta, quando é mão, quando é penálti ou quando é expulsão.
O VAR que foi criado para ajudar o árbitro e tornar o jogo mais preciso, correcto e verdadeiro, infelizmente está a transformá-lo. Agora as culpas passaram do árbitro para o VAR.
Na Supertaça da Europa que disputaram o Real Madrid e o Eintracht de Frankfurt utilizou-se o fora-de-jogo semi-automático. Esta tecnologia do sistema de impedimento semiautomático (SAOT) consiste em ter múltiplas câmaras para melhor rastrear os membros dos jogadores e definir o momento preciso do passe. Uma ajuda para tomar decisões mais precisas e rápidas. Esperemos que sim, as paragens constantes no jogo para se verificar os lances são demasiadas e influencia o decorrer do jogo negativamente.
Será com certeza um apoio valioso para a tomada de decisões, especialmente quando o incidente de impedimento é muito apertado e muito difícil.
Uma tecnologia que resultou em pleno foi a tecnologia da linha de golo. Eu sei que é mais simples, mas é muito útil e eficaz.
Eu sou a favor que não se esteja a fazer mudanças constantes, mas aperfeiçoar e fazendo pequenos ajustes. Por vezes, não sabemos o que está a ser discutido nos lances, falta transparência com quem assiste ao jogo e com os jogadores. O facto de deduzirmos o que está em análise gera polémica sobre o VAR. Os árbitros têm que continuar a treinar afincadamente a utilização do VAR.
A indefinição morosa quanto à validação é exasperante. É irritante festejar um golo e ele ser anulado.
O grande problema reside na invalidação de golos devido a fora- de- jogo por poucos centímetros, sabendo-se que a tecnologia é limitada na sua aplicação, não se pode garantir a fiabilidade de todas as decisões. Em Inglaterra, as linhas correspondem a cinco centímetros e, caso estejam sobrepostas ou juntas, o lance é validado.
Por este andar, um dia vamos ter árbitros robots. Mas, para já há algo que não depende de utilizar da tecnologia. O tempo efectivo de jogo tem que aumentar, as constantes perdas de tempo, paragens por lesões fictícias e os árbitros a falarem com os jogadores. Deve-se aumentar o tempo de jogo nem que para isso se dê mais 15 minutos de tempo adicional, para lá, dos 90 minutos.
Nota: O Benfica cumpriu e continua num registo de vitórias. O Sporting surpreendeu e vulgarizou o Eintracht Frankfurt. O FC Porto tinha uma missão muito difícil, mas mostrou galhardia e personalidade perante o Atlético de Madrid. Perdeu, mas não mereceu sair derrotado."
R&C...
"Hoje os diários desportivos quiseram dar um ênfase maior aos resultados apresentados ontem pelo SL Benfica, no que respeita ao Relatório e Contas. Nenhuma surpresa...
Ora vamos lá fazer a dissecação do R&C que eles não quiseram fazer:
✅ É verdade que o resultado é negativo em 35 milhões de euros.
No entanto, os capitais próprios (a diferença entre o passivo e os ativos) são de 109 milhões de euros positivos favorecidos pelo aumento dos rendimentos operacionais que cresceram 80% (de 94 milhões para para 169,3 milhões) fruto do regresso do público e das receitas provenientes de uma excelente campanha na Champions League.
✅ É verdade que houve um aumento da dívida de 100 milhões para 147 milhões em resultado impacto da pandemia proveniente do Covid (foi necessário cobrir prejuízo de 35 milhões ) mais o investimento feito no plantel.
O SL Benfica e a sua direção deram prioridade à vertente desportiva, daí a opção de renovação e refundação do plantel face à solidez das contas. Foi feita uma redução da massa salarial de forma a aumentar a competitividade. Cumpriu-se o objetivo de reduzir número total de jogadores e aumentar quota da de jogadores vindos da formação. Hoje o SLBenfica tem 9 jogadores vindos dos laboratórios do Benfica Campus. Nunca aconteceu antes.
✅A aposta desportiva reflete-se também, na forma como foram mantidos alguns jogadores. Bastaria ter aceitado as propostas em alguns jovens para que mudasse este resultado. Muito facilmente era invertido para dois dígitos positivos. Prioridades, portanto.
Estes pilares, em que se baseou a Direção, demonstram uma inabalável confiança no futuro. O porque plantel está estabilizado e a retoma do público após dois anos de covid são as bases para essa confiança. A aliar a isso, o SL Benfica conseguiu mais apuramento para a maior prova de clubes do mundo, tendo por si um plantel muito mais valioso que o anterior.
Existe, pois, uma forte perspetiva de regresso aos lucros já no próximo exercício. O equilíbrio entre pilar econômico e pilar desportivo assentam na aposta estratégica na formação. Para que no futuro, como sintetizou Rui Costa, o Benfica venda quem, como e quando quiser, nos timings por si definidos, sem ser ao desbarato e sob pressão.
✅O Benfica - ao contrário do quer dar a entender a sempre isenta cs cá do burgo - não está em risco de incumprimento em matéria de fair play financeiro. Apesar de este ser o segundo pior resultado da SAD desde a sua fundação.
Mesmo assim obteve o melhor resultado de sempre de receitas correntes (de quase 170 milhões de euros.
Ponto menos positivo terá sido o aumento da dívida líquida em 46%. Para 147 milhões de euros.
✅ Se pensarmos que há dois anos, com Jesus, o Benfica gastou 115 milhões de euros em reforços, sem resultados, em oposição, este ano gastou apenas 65 milhões.
Saíram de forma definitiva de 29 jogadores com contrato e 13 jogadores foram emprestados. Aqui há que valorizar a importância em reforçar a equipa até 30 de junho, impactando este exercício, por forma a começar bem a temporada e enfrentar eliminatória da Liga dos Campeões.
✅ Por fim, Pizzi, Seferovic, Everton, Vertonghen, Roman, Weigl e Meite permitiram uma substantiva redução da massa salarial. Por conseguinte, a equipa tornou-se mais competitiva face às caras novas que agora entraram no plantel. Mais o Nesta redução da massa salarial devemos ter em conta ainda as saídas do Nemanja e do Valentin, além do Darwin Núnez. A redução da massa salarial em termos potenciais é de 15 milhões de euros com as saídas, apesar das novas entradas.
Resultado: temos uma equipa mais competitiva, compacta e mais barata.
Tudo isto somado transmite-nos confiança no trabalho que está a ser feito e abre muito boas perspectivas para o futuro. Facilmente se percebe, até pela qualidade do plantel, que o próximo exercício será totalmente diferente.
Mantemos o foco, rumo ao 38.
Carrega Benfica 🔴⚪🦅"
Confusões!!!
"🎙 «Somos a terceira equipa com mais jogos nesta competição, mas não se sente esse peso.»
𝑆𝑒́𝑟𝑔𝑖𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑖𝑐̧𝑎̃𝑜
Dizemos-lhe ou deixamo-lo descobrir sozinho?"
Fonte de rendimento!
"“Sei que o Rui Costa gosta muito de túneis...“
Jorge Amaral
Quando tens memória seletiva dá nisto. Mas nós avivamos-lhe a memória.
No tempo em que Jorge Amaral se orgulhava de ser benfiquista assumido, e dizia no seu círculo de amigos mais próximos à boca cheia que deixava entrar frangos, propositadamente, nos jogos contra o SL Benfica, ou nos anos em que foi treinador e preparava as suas equipas para perder contra o SL Benfica, havia um sujeito (conhecido por guarda Abel) de arma de fogo na algibeira, que passeava pelos túneis do Estádio das Antas onde semeava o medo e o terror.
Nessa altura, o "benfiquista" Jorge Amaral entrava lá e nem um piu dava... Este Amaral de agora é um vendido aos euros da CMTV. Vendeu-se para proteger o FC Porto contra o seu clube de coração. É um traste. Um traidor. Um cartilheiro da pior espécie. Decidiu passar a semear ódio ao SL Benfica devido a necessidades/dificuldades económicas."
Interpretações!
"Simulação diz ABOLA, diz o Record, mas para o jornal O Jogo a palavra simulação não existe. No caso do Taremi, foi uma "queda".
Estes pelo menos não fazem simulações. Assumem que não fazem jornalismo, são canetas de aluguer assumidos e com orgulho."
Este recusou-se a dar esmola, para o peditório!!
"Por cá era penalti e expulsão do defesa contrário.
Na Europa não vão em mergulhos... Segundo amarelo e expulsão por simulação.
Por aqui também se pode observar a fraca qualidade da arbitragem portuguesa. Não admira que não vá nenhum árbitro Português ao campeonato do mundo."
Actor...
"O indivíduo mais nojento, asqueroso, mentiroso, trapaceiro, batoteiro da história do futebol Português. A forma como estica as pernas e as atira contra Witsel que até se encolhe e recolhe é nojento. Sem palavras. Como é possível isto ser considerado jogador profissional de futebol? Tudo o que o desporto não quer e não precisa.
Em palcos Europeus e Mundiais, a desonestidade é punida na devida medida. Árbitros estrangeiros não têm que obedecer a Fontelas, Bertinos e Paulo Costas. Na merda do Tugão, esta mesma desonestidade dá direito a penaltis vezes sem conta. Percebem o porquê de nós aqui insistirmos em árbitros estrangeiros e var´s estrangeiros para os jogos de Benfica, Putedo e BCP com a máxima urgência? Não vamos ganhar absolutamente nada enquanto estes nomes se mantiverem ao comando das instituições desportivas em Portugal. É o domínio total e os árbitros nem se importam de ser completamente gozados e enxovalhados pela falta de profissionalismo que apresentam em campo. São moços de recados desta gente apenas.
Só mesmo neste futebol do Proença, Fontelas, Gomes e Craveiro, um actor destes não é expulso todas as jornadas pelo motivo pelo qual foi expulso hoje em Madrid.
Fechem o futebol em Portugal, isto é uma farsa total!"
Diálogo entre o árbitro e Taremi:
"- Rua, não entendo mergulhês!"
Sem dúvida alguma que em Portugal seria marcado penalti e o expulso seria o defesa do
Atl.Madrid.
Mais uma demonstração de que o que se passa em Portugal não é só incompetência. É intencional, treinado e propositado. Mostra bem o estado a que chegou a arbitragem portuguesa. Razão pela qual não vai nenhum árbitro ao Campeonato do Mundo."
🏊♂️🏊♂️🏊♂️🟨🟥
"O lugar dos piscineiros nas competições europeias é no balneário, onde têm banheiras e chuveiros para brincar com a água à vontade.
Pois, não são os do costume!!!
"Mais um dia normal na vida deste batoteiro. Mas hoje teve azar.
Em Portugal, penálti.
Na Champions, expulsão."
Criminosos assumidos, surpreendidos...!!!
"Pensavam eles que Madrid era o “Planeta dos Macacos“ e podiam chegar e fazer o que queriam.
Logo eles que matam adeptos do próprio clube e filmam para o mundo ver. Logo eles que lançam livros onde assumem roubos e agressões. 😉"
Lápis verde
"Que o clube ainda não tenha retirado a “queixinha”, desautorizado o seu informador/delegado e pedido desculpa à jornalista (aliás, a todos os jornalistas) é totalitário e perigosamente antidemocrático
Em apenas três minutos Rita Latas arriscou causar mossa à sua carreira como jornalista da Sport TV por ter feito o seu trabalho, vendo-se a braços com um processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que podia conduzir à aplicação de uma sanção, que começa na repreensão, passa pela multa e pode chegar à suspensão. Desses três minutos, só os últimos dez segundos é que interessam, quando a jornalista pede a Ruben Amorim que comente as declarações de Slimani.
Quem viu a “flash interview” em directo não terá achado que algo de anormal acabara de acontecer, nem quanto ao teor da pergunta, nem quanto à resposta do treinador. Todavia, um longíssimo regulamento da FPF (Regulamento das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional) determina no seu art.º 91.º que a entrevista rápida tem a duração máxima de 90 segundos, versando exclusivamente “sobre as ocorrências do jogo”.
O delegado do Sporting não gostou “da lata” da jornalista e fez questão que o delegado da Liga registasse no relatório de jogo que Rita Latas tinha violado as normas da competição, o que desencadeou o processo disciplinar. Esta “queixinha” do clube de Lisboa é própria dos antigos informadores da polícia politica. Este incómodo do delegado do Sporting é evitável e tolo, tanto mais que Ruben Amorim foi na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo questionado sobre o mesmo assunto, que sempre lhe seria impossível evitar.
Este incidente é, no mínimo, ridículo. Não obstante, o assunto entrou na agenda mediática e levou a sensatas, óbvias e fortes tomadas de posição por parte de jornalistas, sindicatos, juristas e até pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e pelo Ministro que tutela a comunicação social. Fruto destas pressões, a FPF veio, entretanto, corrigir a mão e anunciar que, afinal, não “pondera sancionar a jornalista”.
Parece que a história vai ter um final feliz. Talvez não seja exactamente assim: é que a FPF não anunciou que vai desistir de instaurar um processo disciplinar contra a jornalista; antes comunicou, levando o caso ao absurdo, que vai iniciar e instruir um processo disciplinar urgente para não punir ninguém… Com a decisão final já previamente anunciada, é só mais um ridículo a somar aos demais.
Um processo disciplinar não é o sítio certo para “testar” a constitucionalidade de uma norma de um regulamento de uma competição desportiva, e, fosse o caso, a resposta é evidente: é claro que a regra é inconstitucional e ilegal!
Os jornalistas, atenta a importância da sua função numa sociedade democrática, gozam de protecção da Constituição e da lei (nomeadamente da Lei da Imprensa), não só se tutelando a sua liberdade geral de expressão e de opinião como, especificamente, a liberdade de expressão e de criação jornalística, o que implica, entre outros, independência no exercício da sua actividade e livre acesso às fontes de informação.
É elementar que um jornalista possa perguntar o que bem entender sem quaisquer impedimentos ou discriminações.
Que o regulamento de uma competição desportiva tente derrogar a lei e a Constituição, criando impedimentos à liberdade de imprensa é, infelizmente, resultado da forma como as competições desportivas são organizadas, designadamente das interdependências (também financeiras) que se estabelecem entre os operadores televisivos titulares dos direitos de transmissão e o mundo do futebol. Que o delegado de um clube tente censurar uma jornalista, procurando-a usar como exemplo para todos os outros, é coisa grave e de tempos já idos ou de outras latitudes.
Que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol sequer alimente esta possibilidade demonstra bem o quão necessário é, diariamente, defender o jornalismo e os jornalistas, que é o mesmo, na verdade, que defender o direito de todos nós a sermos bem informados.
Que o clube de Lisboa ainda não tenha retirado a “queixinha”, desautorizado o seu informador/delegado e pedido desculpa à jornalista (aliás, a todos os jornalistas) é totalitário e perigosamente antidemocrático."
Talvez um dia, Ricardo Horta. Talvez...
"Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a divisão exata do passe de Ricardo Horta.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a real e inicial estratégia do SC Braga.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a última proposta oficial do Benfica.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a razão da despedida do jogador na Pedreira.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a comissão pedida por Jorge Mendes.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a influência de um fundo de investimentos na tentativa de acordo.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir qual foi a exigência do Málaga para o negócio sair.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir quais foram os passos que levaram ao fracasso da novela.
Daqui a alguns anos talvez iremos nos acostumar com a transparência nas negociações no futebol.
Daqui a alguns anos talvez iremos descobrir a verdade da boca do próprio Ricardo Horta. Talvez...
Tudo isso, claro, se não houver interferência de algum acordo que venha a ferir a constituição ou, sei lá, um assessor de imprensa pronto para interromper as perguntas."
Um furacão, o duelo de sábios e o melhor trio de sempre
"A Premier League está com uma qualidade que não admite comparação. Os jogos apresentam um andamento incrível e os talentos multiplicam-se graças a uma capacidade de investimento que também não autoriza cotejo. E nada pode ser dado como adquirido, quando setembro mal começou. Aos primeiros sinais, equipas de gastos milionárias como West Ham, Aston Villa e Nottingham Forest esbracejam no fundo da tabela, enquanto exibem eficácia projetos realistas mas coerentes (e bastante distintos na proposta tática, já agora), como os de Brighton ou Brentford. Os maiores perdem pontos, todos eles, e o Liverpool experimenta mesmo dificuldades semelhantes às de há dois anos. Já o Manchester United, como aqui previ há um mês, reergue-se debaixo da competência de Ten Hag, com o genial Antony a reforçar argumentos e Cristiano Ronaldo a fazer o caminho das pedras em resultado das más decisões que tomou no defeso. Mas começa a não haver dúvidas de que volta a haver uma equipa a sério em Old Trafford. E Arteta criou um Arsenal encantador como há muito não se via, mais o Tottenham com a competitividade costumeira nas equipas de Conte e ainda um Chelsea que, passada a turbulência do pós-Abramovich, se há de reencontrar pela mão competente de Tuchel. Acima de todos estará ainda o City, mais ainda quando tem em atividade permanente o furacão Haaland. Na aparência seria um corpo estranho, numa ideia de jogo feita de associações consecutivas. Acontece que nenhuma equipa como a de Guardiola está treinada para esperar pacientemente pelo momento de atacar o espaço certo e desferir o golpe certeiro. Passou simplesmente a ter em campo a arma mais letal para o fazer com sucesso. Os números não mentem.
Em Espanha, também o Barcelona mostra que a coerência é um trunfo. Xavi Hernández comprova que sabia o que queria, mesmo sendo mais fácil fazê-lo com muito dinheiro, como foi o caso. Revolucionou o plantel seguindo o método tradicional de livro de cheques numa das mãos e uma vassoura na outra, mas de caminho estabilizou um onze que se alimenta do talento imberbe de Gavi e Pedri e se orienta pelo farol raro que é Lewandowki. Aos 34 anos, o polaco está na plenitude do conhecimento sobre o jogo, tendo na cabeça todas as soluções com que ocupa os espaços para encerrar as jogadas. Vai ser emocionante seguir o duelo dos velhos sábios, que Benzema não faz por menos em Madrid, finaliza e arrasta, descobre espaço e serve. Em particular serve o jogo agora profícuo de Vinícius, já intrometido entre os melhores do mundo. Quanto ao Atlético mantém-se no lado sombrio do jogo e continua a ser frustrante ver João Félix tantos minutos longe da zona onde faz a diferença e em correrias inúteis para provar que é hoje um jogador mais “completo”. Não sei se ele próprio terá hoje noção do tempo que anda a perder em Madrid.
Em França, o PSG é, finalmente, qualquer coisa diferente para melhor do que a reedição futebolística dos Globetrotters. O discreto Galtier estabilizou a equipa com uma estrutura de três defesas e sobretudo percebeu o que era decisivo para garantir assistência de qualidade ao seu ataque de sonho. Deixou a ideia de médios guarda-costas (Paredes, Gueye, Danilo) e optou por um suplemento de qualidade no serviço, com recurso à dupla vitamina V, Verrati e Vitinha. Deles saem mais vezes os passes que os da frente reclamam. E resto é com eles, os membros do trio mais fabuloso que o futebol já viu numa mesma equipa de clube: o génio influenciador, o malabarista de sonho e o foguete que concretiza. Dificilmente veremos outros assim, ainda para mais ao mesmo tempo."
Entrada a vencer
"Roger Schmidt avisara que seria necessário um desempenho muito positivo para conseguirmos os três pontos ante o Maccabi Haifa e foi isso mesmo que aconteceu. Este é o tema em destaque nesta edição da News Benfica.
1
Com o campeão do mundo júnior de natação Diogo Ribeiro junto do Presidente Rui Costa na tribuna presidencial e mais de 55 mil espectadores nas bancadas, o Benfica venceu, por 2-0, na jornada inaugural da fase de grupos da Liga dos Campeões. Um triunfo inteiramente merecido ante um Maccabi Haifa que demonstrou de forma inequívoca por que chegou a este patamar da prova, após eliminar sucessivamente os campeões da Grécia, de Chipre e da Sérvia.
2
Na opinião de Roger Schmidt, "foi um jogo difícil para nós". "O opositor é uma boa equipa, muito física, boa taticamente, com muitas marcações individuais. Não foi fácil encontrarmos espaços abertos para atacar, algo que tentámos na primeira parte. Precisámos de 45 minutos para conseguir ter o nosso ritmo. Na segunda parte foi importante marcar cedo. Estivemos muito focados e disciplinados na defesa, também tivemos oportunidades para marcar golos que nos dessem mais confiança. Merecemos a vitória", disse.
Schmidt foi ainda questionado sobre as dez vitórias consecutivas desde o início da temporada, um registo que só uma vez aconteceu anteriormente, em 1982/83: "O importante são os jogos que se seguem, é nisso que temos de estar focados (…) e temos já um jogo no sábado [com o Famalicão]."
Veja a conferência de Imprensa do nosso treinador na íntegra, aqui.
3
Questionado sobre o mesmo tema, João Mário alinhou pelo mesmo diapasão: "Estamos no bom caminho, mas mal termina um jogo a preocupação da equipa é recuperar para o próximo. Acima de tudo, queremos estar com a motivação ao máximo e fisicamente bem."
Leia o essencial das declarações de vários jogadores no Site Oficial e veja o resumo da partida.
4
Horas antes deu-se a entrada infeliz na UEFA Youth League, num jogo atípico em que a única equipa que procurou o triunfo saiu derrotada, excessivamente penalizada pela ineficácia e, também, pela má arbitragem. Apesar das muitas oportunidades de golo criadas e do Maccabi Haifa praticamente nada ter feito a nível ofensivo, perdemos por 0-1.
5
A seleção portuguesa de futebol (feminino) venceu ontem a Turquia, por 4-0, e garantiu a presença no play-off de acesso ao Mundial de 2023. Andreia Faria, Andreia Norton, Carole Costa, Francisca Nazareth e Sílvia Rebelo foram as jogadoras do Benfica utilizadas na partida. Destaque para os golos de Francisca Nazareth e Andreia Faria: a rever a espontaneidade e a genialidade da primeira e o extraordinário remate da segunda nos segundo e quarto golos de Portugal.
6
A Benfica, SAD apresenta nesta tarde o relatório e contas relativo a 2021/22, com transmissão em direto pela BTV a partir das 15h00 e também no Site Oficial."
Cadomblé do Vata
"1. Perdoem-me por favor o vocabulário, mas... porra Rui, que merda é essa da cláusula do António Silva ser só de 100 milhões?
2. É impressão minha ou o Grimaldo parece melhor agora que está em final de contrato? Com contratos de 3 meses, fazíamos dele um Roberto Carlos.
3. É desta que as associações de defesa dos animais nos caem em cima a sério... já não bastava o ritual da águia antes dos jogos, agora também temos o Grimaldo a atirar direitinho ao sitio onde mora a coruja.
4. Com a titularidade de hoje, Enzo Fernandez passou a custar mais 2 milhões de euros... com um prémio de vitória de 2,7 milhões, hoje quase pagávamos para jogar na Champions.
5. O que é que o Schmidt diz aos jogadores do Benfica quando não ganham? Ninguém sabe, nunca aconteceu..."