quinta-feira, 8 de setembro de 2022

O ano um de Rui Costa


"Muitos analistas, perante as escolhas efetuadas no Benfica, sublinharam, com verdade, o caráter de risco das mesmas por representarem uma profunda renovação em tudo o que existia e estava consolidado no Benfica: primeiro treinador estrangeiro em muitos anos, nova estratégia, novos métodos de trabalho, mudanças de jogadores, uma limpeza de balneário, contratações e, sobretudo, uma mudança de mentalidade.

Tantas mudanças em tão pouco tempo representavam, obviamente, um risco, para mais quando os dois rivais mais diretos mantinham o essencial. Desde logo, mantinham no comando técnico os treinadores que venceram a Liga nos últimos dois anos.
Mesmo que a equipa tenha vencido estes últimos dois jogos (Paços de Ferreira e Vizela) com maior dificuldade, embora de forma justa, e que possa estar a acusar algum cansaço, isso não tem nada de surpreendente se pensarmos que, só nesta semana, o Benfica tem três jogos oficiais. Mas as escolhas estão a resultar em pleno, com nove vitórias seguidas.
Parece-me particularmente interessante a forma como o presidente do Benfica tem conseguido levar a água ao seu moinho e operar uma reestruturação tão completa. Acusado por alguns de ser pouco dado a ruturas, a verdade é que vai operando a sua renovação de forma segura, sem grandes alardes, exercendo uma espécie de "soft power". Em contraste claro com o estilo antiquado que se pratica no Dragão e com o estilo mais equívoco de Alvalade. Bravo, Maestro.

Positivo: O campeão do Mundo de natação sub-18 Diogo Ribeiro; Neres e João Mário em destaque.

Negativo: Fábio Veríssimo e a inacreditável expulsão de Gonçalo Ramos, com um duplo erro arbitral."

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