terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Um verdadeiro hino ao futebol


"Foram 120 minutos de futebol de altíssima qualidade, praticado por duas seleções que estiveram, ambas, à beira de conquistar o título maior.

Aqueles que têm memória de muitas finais do Campeonato do Mundo de Futebol poderão dizer, com toda a segurança, que a de ontem, disputada no Qatar, entre a Argentina e a França, não tem qualquer tipo de comparação.
Foram, de facto, cento e vinte minutos de futebol de altíssima qualidade, praticado por duas seleções que estiveram, ambas, à beira de conquistar o título maior.
Acabou por ser a Argentina a arrebatar o almejado troféu. E com toda a justiça.
E o mérito dos seus atletas ficou ainda mas valorizado pela excelente réplica dos franceses, que só caíram no desempate por penaltis, depois de terem chegado a estar também muito perto do sonho de repetir o sucesso angariado há quatro anos na Rússia.
Num desafio sempre emocionante, com sucessivas alternâncias no marcador, Messi acabaria também por justificar a razão pela qual lhe é atribuído o título de melhor jogador do mundo.
Conseguir três golos numa final é mais uma marca que fica na história deste jogador fabuloso, ontem só superado, nesse aspeto, por Mbapé, que rubricou quatro golos dos gauleses.
Um campeonato que chegou a suscitar tantas dúvidas acabou em apoteose, e por entre uma organização verdadeiramente modelar.
Quanto a Portugal, a sua seleção chegou onde pode, os quartos-de-final, onde acabou por tombar frente à grande surpresa da competição, a formação de Marrocos.
Porém, olhando em retrospetiva para a final de ontem, temos de concluir, facilmente, que o futebol português ainda não atingiu a dimensão que argentinos e franceses tão exuberantemente nos mostraram na inesquecível final de Doha."

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