terça-feira, 27 de setembro de 2022

Apesar de tudo... muito obrigado, senhores!


"Chegado o momento de pausa nas competições internas para estender a passadeira ao desfile de compromissos das selecções nacionais, só fazemos contas de somar na análise da performance da equipa de futebol profissional. Das 35 bolas que se aninharam nas redes adversárias em 13 jogos oficiais resultou um peno de vitórias, seis em contexto de Liga dos Campeões (pré-eliminatórias e fase de grupos) e sete no âmbito da Liga Bwin, onde o coletivo liderado por Roger Schmidt, encarando cada desafio como uma final, é líder isolado. O futebol incisivo, intenso e de qualidade entusiasma os jogadores, que transparecem essa mesma alegria na forma como se articulam dentro das quatro linhas, e galvaniza os adeptos, que ainda no último jogo do Campeonato preencheram quase 60 mil lugares no Estádio da Luz. De mãos dadas, a equipa e a Onda Vermelha crescem uma com a outra, como nas melhores (e bem-sucedidas) temporadas.
Todavia, como bem lembra o treinador, estamos apenas no início, há muito caminho para fazer, e no horizonte próximo, pensando já na retoma da competição, surge uma deslocação, historicamente complicada, ao reduto do Vitória de Guimarães, no arranque do mês de outubro. Até lá, vamos ao que mais importa nesta reflexão. As convocatórias das diferentes seleções nacionais levaram do Benfica Campus diversos elementos preponderantes do conjunto encarnado, é verdade. Se tivermos como referência o último onze oficial, partiram (inicialmente) sete jogadores, e só não foram logo oito porque Rafa pediu dispensa da equipa das Quinas, pelas razões que o próprio resumiu em declarações que podem ser lidas no Site Oficial do Clube. Entretanto, na terça-feira a FPF oficializou a convocação de Gonçalo Ramos.
Ponderando o que é dado a observar pelo desempenho dos elementos mais utilizados neste começo de temporada, temos de agradecer aos senhores selecionadores que não incluíram nas suas escolhas jogadores como Grimaldo, Florentino ou Neres, que assim se poupam ao desgaste das viagens e dos jogos internacionais fora do Benfica, podendo, dentro de portas, renovar energias e trabalhar no sentido de consolidar processos para o novo ciclo competitivo que se avizinha. Portanto, 'muchas gracias, señor Luis Enrique'; e muito obrigado, misteres Fernando Santos e Tite. O 'ouro' está bem guardado, e quando precisarem dele para as grandes decisões podem bater à porta."

João Sanches, in O Benfica

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