quarta-feira, 31 de março de 2021

Entrevista imperdível


"Pedro Pablo Pichardo, notável atleta do triplo salto, campeão da Europa em pista coberta, uma das figuras de proa do Benfica Olímpico, será o protagonista hoje (quarta-feira, às 17 horas), na BTV, de uma entrevista aberta e intimista em que se dá a conhecer aos benfiquistas.
Pichardo é um atleta extremamente focado no treino e na competição e que se caracteriza pelo enorme talento, formidável aptidão física, impressionante capacidade de superação e incessante motivação para se tornar cada vez melhor.
Avesso a aparições públicas de âmbito social, incluindo entrevistas, o campeão europeu interrompeu brevemente a sua preparação para conceder esta entrevista. Para nosso benefício, reconheça-se, pois teremos assim a oportunidade de conhecermos um pouco mais do que suporta os feitos deste excelente atleta.
Na entrevista já gravada, foram muitos os tópicos abordados. Desde a gratidão ao Benfica à humildade sincera do atleta e a autoexigência que coloca para melhorar os conhecimentos e fluência da língua portuguesa, falou-se de tudo um pouco.
O momento tão ambicionado de cantar o hino nacional, o telefonema do Presidente da República, as mensagens trocadas com Alfredo Quintana, com quem mantinha admiração recíproca, mas que acabou por não conseguir conhecer pessoalmente, a dedicação à família e ao treino em Portugal e os irmãos que deixou em Cuba são outros dos temas incluídos na conversa.
E também, como não poderia deixar de ser, focou-se o lado desportivo, nomeadamente a marca que tanto ambiciona para poder dar o ouro Olímpico aos portugueses, nos Jogos em Tóquio, oferecendo deste modo a sua perspetiva quanto à possibilidade de alcançar mais um grande feito na sua magnífica carreira.
BTV, 17 horas, a não perder!"

Homens do leme e da bola


"Antigos presidentes do Benfica tiveram nos seus currículos o carimbo da prática do futebol. E não só!

Ao longo de 117 anos, o Benfica teve como presidentes da Direcção homens das mais diversas áreas profissionais que, contudo, se uniam em torno de um interesse único: o desporto!
Corria o ano de 1912 quando Cosme Damião reparou nos dotes futebolísticos de um jovem Júlio Ribeiro da Costa, que viria a ser presidente em 1938/39. Vestiu a camisola encarnada como defesa entre 1013 e 1915.
Pela 1.ª categoria, jogou na recém-criada Taça de Honra, em Maio de 1915, frente ao Cruz Quebrada; era então, para além de jogador, secretário da Assembleia Geral. No ano seguinte, rumaria a Coimbra para estudar, onde, pela Briosa, defrontou e foi derrotado pelo Benfica numa digressão feita e jogada totalmente debaixo de água. Retornaria a Lisboa em 1921/22, jogando 7 jogos pela 2.ª categoria do Benfica.
Augusto da Fonseca Júnior, presidente entre 1939 e 1945, também se formou em Coimbra, onde, em 1920, liderou uma revolta estudantil. Antes, alinhou como médio e avançado 'encarnado' por 6 jogos, em 1914/15. No seu último jogo, bisou frente ao SC Império!
Joaquim Ferreira Bogalho, 'o homem do estádio', que dirigiu o Benfica entre 1952 e 1957, guardou a baliza das 3.ª e 4.ª categoria por 11 ocasiões, em 1920/21, anos de calçar as luvas da tesouraria 'encarnada'. Voltaria a jogar enquanto lateral-direito, em 1926/27, numa altura em que assegurava o cargo de secretário da Direcção.
O mais eclético foi Félix Bermudes, presidente em 1916 e 1945, que praticou atletismo, esgrima, natação, ténis, alpinismo, hipismo e futebol, quando esta modalidade ainda se encontrava em crescimento. Jogou como avançado e médio-direito entre 1906 e 1912, tendo sido capitão no primeiro dérbi do Clube frente ao Sporting, em 1 de Dezembro de 1907.
Aos 50 anos, Félix Bermudes participou em provas de tiro nos Jogos Olímpicos, em 1920 e 1924, ano em que também se sagrou campeão em ciclismo numa Volta a Lisboa!
Mente sã em corpo são seria o mote. Félix Bermudes reconheceu, numa entrevista que deu perto de completar os 84 anos, quiçá falando por todos os seus homólogos: 'As possibilidades físicas que ainda hoje possuo, as devo ás práticas constantes de vários desportos!' Curiosamente, Júlio Ribeiro da Costa foi o mais longevo dos presidentes benfiquistas, vivendo 97 anos.
Venha conhecer mais sobre os homens que dirigiram o Clube, na área 28 - Homens do Leme, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

As 5 melhores contratações a custo zero do SL Benfica


"No passado dia 25 de Março, o SL Benfica fazia questão de arrefecer os ânimos histéricos com a possibilidade de Diego Costa se juntar às suas fileiras. Num comunicado oficial, sublinharam-se as prioridades, que passam pela conquista de todos os jogos até final da temporada. Contratações? Só depois. 
Diego Costa seria mais um a chegar a Lisboa a “custo zero”, numa longa linhagem de 64 nomes desde que Luís Filipe Vieira se juntou à direção encarnada – primeiro enquanto administrador da SAD e diretor desportivo, e depois como presidente.
Marco Caneira, Fyssas, Karagounis, Rui Costa, Nolito, Sulejmani, Taarabt, Carrillo, Zivkovic, Seferovic e o último, Vertonghen, são alguns dos nomes mais destacados que chegaram à Luz por essa via negocial e ajudaram os encarnados a baixo custo, quando comparados com outros colegas que exigiram esforços financeiros mais significativos, nem sempre justificados.
Enunciaremos então cinco nomes que marcaram o seu nome na memória coletiva por razões díspares – uns pela evidente qualidade e números estratosféricos, outros pela relação que conseguiram criar com os adeptos, outros até pela misteriosa forma como encararam a fase portuguesa das suas carreiras como intervalo para ganhar fôlego.

1. Jonas (2014/2015) – Nuno Espírito Santo chega a Valência para guiar os “Che” de volta ao topo do futebol espanhol. Estamos em 2014, Real Madrid CF e FC Barcelona são as melhores equipas do mundo – e o treinador português entende que a melhor coisa a fazer é reestruturar o plantel, com Jonas a perder espaço para Negredo e Paco Alcácer.
O brasileiro compreende, agradece a sinceridade, rescinde contrato e espera pacientemente por contactos. O SL Benfica tinha ficado sem Rodrigo e Cardozo, e só Lima assegurava poder de fogo, além de Talisca. Oportunidade perfeita? Sim, disse Jonas, que ao primeiro toque na bola de águia ao peito aproveita para fazer um “cabrito” a um adversário, no círculo central. Aí, todos sem exceção, perceberam o que se seguiria. Até Nuno.

2. Júlio César (2014/2015) – Na baliza oposta e com olhar atento estava Júlio César, à altura o melhor guarda-redes do planeta. Se não era difícil proteger as redes numa defesa com Maicon, Lúcio, Samuel, Córdoba ou Zanetti, o brasileiro era também um pronto-socorro na Canarinha, justificando a cada jogo o seu estatuto de imprescindível.
Com a saída de Mourinho, ele e o FC Inter não conseguiram manter o nível, numa equipa com média de idades mais avançada do que o aconselhado. Júlio César sairia pouco depois rumo à Premier League, seduzido pelo projeto inovador do Queens Park Rangers fC (onde já estava Adel Taarabt). Não resultou, o clube desceria para o Championship.
Seguia-se o Toronto FC, que competia na MLS e não exigia ao brasileiro compromisso máximo – esta sequência de experiências negativas desembocou no vexame do Mundial 2014. No desastroso 1-7 frente à Alemanha em pleno Maracanã, Júlio foi visto como um dos grandes responsáveis e é neste contexto que aparece o SL Benfica – o casamento perfeito, já que os encarnados precisavam de qualidade imediata depois da saída de Oblak e ele de um grande clube, para se reabilitar em termos emocionais.
Em Lisboa é tricampeão, servindo também como tutor de Ederson Moraes.

3. Hans-Jorg Butt (2007/2008) – Hans Jorg Butt construiu carreira muito respeitável na primeira década dos anos 2000: começa por ser titular na final perdida pelo Bayer 04 Leverkusen frente ao Real Madrid CF, em 2002, e termina na baliza do FC Bayern de Munique, no jogo final da Champions 2009-10, frente ao FC Inter de José Mourinho.
Perdeu as duas vezes – não lhe deram oportunidade para marcar uma grande penalidade, exercício através do qual conseguiu 26 golos –, mas que não se pense ser obra do acaso ou testemunho curto da sua competência. Ao serviço da seleção, vai aos Mundiais de 2002 e 2006, já depois do Euro 2000, sempre na sombra do inevitável Oliver Kahn.
Causará estranheza, portanto, a quem aferir os dados do currículo, observar que num SL Benfica instável (que terminou a Primeira Liga no quarto posto) não tenha conseguido ultrapassar a concorrência de Quim – somou 1 jogo apenas, em substituição deste numa partida para a Primeira Liga. Estávamos em 2007 e poucos adivinhariam que seria ele a sofrer o bis de Milito naquela noite no Bernabéu, uns anos depois…

4. Geovanni (2003/2004) – Depois do empréstimo para a segunda metade de 2002-03, a desvinculação junto do FC Barcelona proporcionou ligação permanente ao SL Benfica até 2006. “Soneca” para a massa adepta, que demorou a compreender a forma descomplexada como o brasileiro encarava as épocas: para marcar sempre aos adversários mais fortes, havia que se conservar em desafios de menor importância.
Marca em Alvalade na penúltima jornada de 2003-04, assegurando a qualificação para a Champions à lei da bomba. É ele quem assegura o golo do empate no Dragão, em 2004-05, jogo crucial para o título de Trapattoni. No mesmo ano, alia-se a Simão e elimina o Sporting CP da Taça de Portugal (naquele elétrico 3-3), e é dele o golo que elimina o grande Manchester United FC de Alex Ferguson no ano seguinte, num salto à peixinho que pôs a Luz em delírio.
A Inglaterra chega em 2007, para representar os rivais da cidade – no Manchester City FC estreia-se frente ao West Ham United FC com um golo. Na semana seguinte, outra vez o Manchester United FC pela frente e outro golo, desta vez num remate fora da área. Mas ainda não acabou: no ano seguinte é contratado pelo Hull City FC, acabado de subir pela primeira vez na história à Premier League. Não é preciso dizer quem marcou o primeiro golo de sempre, pois não?

5. Nuno Gomes (2002/2003) – Voltou a Lisboa de contrato na mão, depois da falência técnica da Fiorentina FC. O crescimento tático naquela Serie A, o melhor campeonato europeu à altura, retirou-lhe confiança com o golo – no SL Benfica, de 1997 a 2000, marca 71 vezes em pouco mais de 120 jogos, mostrando apetências fabulosas para a finalização.
No auge das suas potencialidades, viaja até aos Países Baixos selecionado por Humberto Coelho para o Euro 2000 e torna-se o melhor marcador da competição, o que lhe valeu o contrato italiano. Em Itália foi treinado por Fatih Terim e Mancini, partilhou balneário com Rui Costa ou Chiesa e aprimorou noções táticas, que o transformaram num portentoso jogador de equipa – o que lhe custou a proximidade com a baliza adversária.
Só Koeman, em 2005-06, o conseguiu espevitar nesse sentido, numa primeira volta portentosa com 15 golos, dois deles no Dragão, uma vitória encarnada na Invicta que não acontecia desde o bis de César Brito, em 1992!"

Andreas Samaris | O fim de um ciclo?


"A ausência de Andreas Samaris, quer do onze inicial quer da convocatória, começou a causar alarme aos adeptos benfiquistas. Para eles, o grego é um jogador indispensável, não só dentro do terreno de jogo, como também no balneário. O número 22 das “águias” é acarinhado pelos adeptos desde o dia em que chegou, e era uma aposta recorrente dos treinadores que estavam à frente da equipa, nas épocas passadas.
Esta época o caso alterou-se – só vestiu o “manto sagrado” nove vezes. Muitos questionavam se era “birra” de Jorge Jesus ou se havia um problema mais sério relacionado com o jogador. O certo é que, no dia 20 de fevereiro, na conferência de imprensa de antevisão do jogo frente ao SC Farense, Jorge Jesus decidiu dar uma justificação para a ausência do grego: “O Samaris tem um problema físico e há possibilidade até de ser operado”.
O que os benfiquistas mais temiam veio mesmo a confirmar-se: Samaris tem um problema físico e não vai jogar mais esta época. O SL Benfica esclareceu a situação do jogador, dizendo que este foi submetido com sucesso a uma cirurgia, em Madrid, tendo sido acompanhado pelo departamento médico da equipa, no passado dia 26 de março. A operação realizada tem como objetivo o “tratamento de uma tendinopatia cálcica insercional do Aquiles direito”, problema que já acompanha o jogador desde a época passada.
Importa frisar que o médio-defensivo recorreu às redes sociais para confirmar que não vai voltar a envergar a camisola das “águias” no que resta da presente época. No vídeo publicado, o jogador disse aos benfiquistas que este “é apenas um momento menos bom que faz parte da carreira de um jogador” e prometeu que, nos próximos meses, ainda que seja fora de campo, vai ser “sempre mais um, fiel a lutar e a honrar o manto sagrado”.
A questão que se coloca agora é “será que o final da carreira de Samaris está à vista?”. O jogador afirmou que vai “voltar melhor do que nunca”, mas será que volta para representar a equipa dentro das quatro linhas ou apenas como um jogador imprescindível para manter a paixão pelo clube e o espírito de equipa no balneário? Todos sabemos que a carreira de um jogador é curta e o médio já tem 31 anos. 
Katsouranis uma vez confessou que Samaris queria acabar a carreira no SL Benfica, clube que tem no coração mas, apesar do grego já ter demonstrado que essa hipótese é viável, isso é algo que lhe cabe apenas a ele decidir. Por agora a única coisa que os adeptos podem fazer é esperar que a recuperação corra bem e o mais rápido possível.
Ainda que o final da “era” de Samaris, enquanto jogador, possa estar à vista, ninguém tem dúvidas quanto à sua importância. Jogadores como ele são referências para os mais novos e para os que chegam ao clube e, por isso, devem ser “mantidos por perto”. Se o final da carreira se confirmar, há algo que não termina – a sua ligação ao clube e o amor que tem por este. Os adeptos podem sempre encontrá-lo no estádio, a apoiar a equipa, ou quem sabe, vê-lo a exercer outras funções no clube."

A presidência portuguesa da União Europeia e o desporto


"Os três primeiros meses da presidência portuguesa da União Europeia, no que ao desporto respeita, são uma desilusão. Não se encontra uma ideia, um projeto, um sinal de concertação e solidariedades no contexto do espaço europeu.
A pandemia não poupou ninguém nem nenhum país, devastou a generalidade dos sistemas desportivos dos países europeus pelo que era expectável que a concertação de uma resposta conjunta à situação estivesse na primeira linha das preocupações dos responsáveis europeus. Até ao momento, o que se constata, e que seja do conhecimento público, é que são vagas as referências ao tema na agenda política europeia, deixando ao critério de cada Estado o encontrar de soluções.
Um exemplo desta falta de liderança política da situação está no modo como se tratou a oferta das vacinas por parte do Comité Olímpico Internacional, que requeria uma convergência dos Estados membros no sentido de definir uma orientação que, entre outros passos, passaria pela avaliação por parte das autoridades de saúde europeia da vacina oferecida com origem na China.
Ora, como muito bem disse o coordenador nacional da task force nacional, é desejável "a aquisição de todas as vacinas que seja possível trazer ao processo português, desde que tenham qualidade, as garantias necessárias de reguladores credíveis e possam ser administradas em território nacional".
A própria retoma desportiva tem cambiantes distintas em cada país, determinada não tanto pela situação epidemiológica, mas por critérios de natureza técnica distintos, relativos ao grau de risco de contágio. 
Num quadro de enorme instabilidade para os sistemas desportivos dos Estados membros, a União Europeia manifesta-se incapaz de refletir sobre o problema e, por consequência, de estudar medidas comuns de redução dos impactos negativos ocorridos.
Temas como a Inovação no Desporto ou a Diplomacia no Desporto surgem na agenda da presidência portuguesa exprimindo preocupações que dificilmente podem secundarizar aquilo que neste momento é prioritário no espaço europeu: recuperar económica e socialmente os países, neles incluindo os respetivos sistemas desportivos. Na prática, foi construída uma agenda sem agilidade, longe de conseguir responder às necessidades impostas pela conjuntura crítica da pandemia. E políticas sem alcance prático não são mais do que exercícios retóricos fúteis e dispendiosos.
Justiça seja feita ao Conselho da Europa, cuja assembleia parlamentar se prepara para adotar uma resolução sobre a situação que se vive no desporto na Europa após a pandemia, tendo por base a moção "Políticas Desportivas em Tempos de Crise", curiosamente redigida por um deputado português.
Este trabalho tem como propósito desenvolver um plano de ação concreto sobre as consequências de longo prazo da pandemia na sustentabilidade do movimento desportivo europeu, com medidas destinadas a desenvolver políticas intersetoriais que promovam o desporto de base num ambiente seguro e protegido das ameaças crescentes à sua integridade e viabilidade económica.
Está em causa para o Conselho da Europa a salvaguarda do modelo europeu de desporto - que é hoje o maior garante para que a resiliência e demais benefícios da prática desportiva continuem a ser prestados junto da sociedade e dos indivíduos, particularmente os mais carenciados - e que está longe dos horizontes da presidência portuguesa, nomeadamente quando o tecido desportivo do país vive há mais de um ano sem qualquer medida extraordinária que acuda ou mitigue os efeitos imediatos da pandemia num dos setores mais atingidos por esta.
Pode ser que no segundo trimestre se passe das palavras aos atos e nos traga a inspiração que o primeiro não motivou sob pena de a presidência portuguesa da União Europeia se traduzir, para o desporto, numa oportunidade política perdida, adiando as expectativas de agentes e organizações desportivas que desesperam pelo tempo que há muito se arrasta para concretizar aquilo que se proclama."

Estranha mania das tangentes


"Não sei bem porquê mas parece haver no espírito do português um mórbido prazer na vizinhança da desgraça - em montar a tenda bem à beirinha do precipício.
Quando, na sequência do recente jogo com a Sérvia, perguntaram ao seleccionador-treinador como explicava a passagem de uma primeira parte quase perfeita para uma segunda de aflitos, ele, simplesmente, respondeu: “não sei explicar...tínhamos tudo preparado “.
Aqui vai uma ajudinha: nessa exaustiva preparação se incluiu a enfática verbalização dos nomes dos jogadores sérvios - quase todos!- que, para o nosso treinador, constituíam sério perigo para as nossas cores. Pois é, tem-se aquilo que se teme. É aquilo a que os psicólogos chamam “profecia auto-realizada”.
Depois, sabem, parece, de facto, haver em nós um gosto esquisito, quase perverso, pela tangente: quando as coisas estão bem encaminhadas, logo tratamos de as pôr assim-assim- esse tópico consagrado da nossa pegajosa mediania.
Não vou ao ponto de afirmar que o povo português do que gosta é de chicote, embora pareça por vezes, mas é certamente um povo para quem o prazer máximo parece residir no intervalo mínimo entre cada chicotada.
E o que mais me incomoda é pensar que nem sempre fomos assim: que o diga Cabral, Gama, Bartolomeu Dias ou Fernão de Magalhães. Se assim tivéssemos sido sempre não teríamos vencido em São Mamede, Atoleiros ou Aljubarrota.
Então, o que é que nos terá tornado assim tão íntimos da tangente lamentosa? O desastre de Alcácer-Quibir? O terramoto de 1755? (Voltaire viu nele um trágico abalo no optimismo que a Enciclopédia tão ufanamente ostentava), terá sido a decepação do braço imperial, a separação política do Brasil?, o regicídio da Rua do Arsenal?, o assassinato do Sidónio, a esperança do povo? Que coisa é essa que parece impelir-nos para os braços de uma triste sina? O fado? Ou o fado é já ele consequência de assim sermos?
Naquele famigerado jogo de Belgrado, tínhamos tudo tão certinho e até fizemos um golo que não valeu nos últimos instantes... 
Mas este episódio tão ao jeito da nossa clássica propensão para assumir o papel de vítima faz-me lembrar aquela viúva fingida que, com ar compungido, se compraz em ser engolida em abraços e condolências- é o seu secreto consolo.
Imagine-se que até de Espanha surgiram manifestações de solidariedade com o inconsolável Cristiano - não por ele ser nosso, mas por o considerarem deles!
Enfim, não havia necessidade de nos expormos assim tão descaradamente à universal compaixão: bastaria que, em vez do medo de perder, tivessem interiorizado a certeza de ganhar. Mas falta-nos assumir o pleno estatuto de comensais do céu: achamos sempre que algo de infernal nos espreita.
Mas se na Escola de Sagres se tivesse implantado o medo do Adamastor, nunca Portugal teria sido o primeiro campeão mundial da globalização.
Os nossos treinadores não há meio de se convencerem que não é verbalizando, com erudita clarividência, os perigos que deles se livram, bem pelo contrário - é a maneira mais indefectível de os atrair.
Entretanto, revolvemo-nos no prazer espúrio de uma generalizada compaixão que mais não faz que confirmar-nos no nosso atávico sentimento de uma resinosa pequenez. Pensemos alto e ir-se-nos-á essa estranha mania das tangentes.
Somos bons em exercícios de equilíbrio instável: nosso meio de vida é a corda bamba. Mas, cuidado, não vá escorregar-nos o pé e cairmos no buraco, buraco que segue a nossa sombra."

José Antunes de Sousa, in A Bola

Quatro cavalos e um português


"Ruy Lopez, um dos grandes do xadrez de todos os tempos, aprendeu muito com Pedro Damião, um boticário de Odemira que teve de fugir para Roma...

Zafra não fica longe e vale a pena lá ir. É assim como ir a Badajoz, virar à direita e descer um bocado. Chamam-lhe a Pequena Sevilha. Quando o Papa Pio IV resolveu chamar a Roma Rodrigo Lopez de Segura, mais conhecido por Ruy, este não deixou de revelar algum espanto. A missiva só indicava: «Assuntos eclesiásticos». Gaspacho! Cabia um nunca mais de coisas em assuntos desse género. Fez-se à estrada. Afinal Papa era Papa e, em 1559, podia esperar-se tudo de um Papa, até uma ordem azeda de um desanque valente de chicote no lombo. Ainda por cima, Pio IV não era apenas Papa, era um Medici, Giovanni Angelo Medici, da Casa dos Medici, de Florença, gente que nascera sem nobreza acoplada mas fizera fortuna à base do comércio de têxteis e acabaram por se tornar líderes hereditários do Ducado de Florença, pouco tempo depois elevado a Grão Ducado. Não valia a pena embirrar com um Papa, ainda por cima Medici, vamos e venhamos. E sair da modorra de Zafra também não deixava de ser uma aventura para um rapaz como Ruy que tomara recentemente as vestes de pároco e estava à beira dos 20 anos.
Os seus pais não nadavam em dinheiro. Eram comerciantes acomodados, com um palacete na Plaza Grande, e o jovem Rodrigo ia-se entretendo com as confissões das moças da zona na sua função de clérigo da paróquia de Candelabria. Veio a descobrir, já em Roma, que o apelo papal não tinha grande coisa a ver com a sua maior ou menor proximidade com Deus, com Cristo, com o Espírito Santo ou com os Santos Óleos. Pio IV queria era que Ruy Lopez lhe ensinasse os segredos mais profundos do jogo que apaixonava a Europa da época – o xadrez.
Ruy Lopez é um nome que não escapa a nenhum amante da arte dos 64 quadrados brancos e pretos (e se alguém não gostar que chame pretos aos quadrados pretos, procure arranjar um tabuleiro com quadrados de outra cor) e o livro que publicou em Alcalá de Henares, no ano de 1561, é obra obrigatória para estudiosos e não só: Libro de la Invención Liberal y Arte del Juego del Ajedrez, Muy Útil y Provechosa Para los que de Nuevo Quisieren Aprender a Jugarlo. O Papa leu-o, mas não percebeu grande coisa, o que não revela propriamente tacanhez na compreensão mas talvez distrações a mais. Além disso, não fazia tensões de desafiar o padre Ruy. Queria, isso sim, pô-lo a jogar contra Giovanni Leonardo di Bona, também conhecido como Giovanni Leonardo da Cutri e apelidado simplesmente de Il Puttino, O Menininho, considerado o melhor jogador de toda a Itália.
Imagina-se que Pio IV tenha ficado ligeiramente desapontado por Ruy Lopez haver ganho facilmente a Giovanni. Uma vitória inequívoca de um fulano que estudara profundamente a obra de um dos seus antecessores, português de gema, nascido em Odemira em 1475, Pedro Damião, ou Damiano de Odemira, um estratega de altíssimo calibre e um dos primeiros problemista de xadrez, isto é, criador de situações complicadas sobre o tabuleiro que exigia aos seus alunos que resolvessem. A vida correu-lhe mal do Guadiana para cá. Boticário, cristão-novo, escapuliu-se sem dar cavaco para Roma, fugido dos sicários de D. Manuel, onde o deixaram à vontade para trabalhar noutro livro importantíssimo e que Rodrigo sabia praticamente de cor: Questo Libro e da Imparare Giocare a Scachi: Et de Belitissimi Partiti (1512).
Inconformado, Pio IV voltou a colocar Ruy Lopez e Il Puttino frente e, mais uma vez, o resultado se repetiu. Ao perceber que o seu representante mais encarniçado se deixava enlear pela magia da Abertura dos Quatro Cavalos, conhecida por Abertura Ruy Lopez ou Abertura Espanhola, o Papa, teimoso como um Papa, fez avançar Paolo Boi, Il Siracusano, filho de gente rica, afilhado preferido do Duque de Urbino, e que esteve em Lisboa, em 1577, para demonstrar na corte de D. Sebastião toda a sua sagacidade na movimentação das pedras. Rodrigo não fez cerimónias e bateu-o com uma perna às costas. Então, Pio IV desistiu. A ideia, parecia-lhe agora, não fora das tais coisas...
1575: eis que Felipe II resolve, como dizem os italianos, stuzzicare o Papa. Isto é, dar-lhe umas bicadas. Em Madrid, no Escorial, reuniu os quatro maiores xadrezistas da Europa para um torneio. Apresentaram-se os inevitáveis Ruy Lopez de Segura, Leonardo da Cutri e Paolo Boi, aos quais se juntou Alfonso Céron, um sacerdote de Granada que também deixou um livro entretanto desaparecido, escrito em latim: De Latrunculorum Ludo, algo como ‘Do Jogo de Xadrez’. Muitos consideram que esse foi o primeiro campeonato do mundo de xadrez. Da Cutri rebelou-se e saiu vencedor. Recebeu mil ducados de prémio, uma capa de arminho e o seu lugar de nascimento foi poupado a impostos durante vinte anos. A Abertura Espanhola de Ruy fora derrubada pelo Gambito do Rei de Il Puttino. Pio IV podia morrer descansado não se desse o caso de já ter entregue a alma ao criador dez anos antes. Partiu antes do tempo."

terça-feira, 30 de março de 2021

A ver e rever


"Exortamos todos os benfiquistas (e não só) a verem a reportagem especial "Amor à Camisola" estreada ontem, na BTV, e disponibilizada nas várias plataformas em que o Sport Lisboa e Benfica está presente. 
Da autoria do jornalista Ricardo Soares, com imagens recolhidas por André Araújo e pós-produção áudio de Kiko Rúbio, esta reportagem, com duração aproximada de uma hora, incide no indispensável contributo dos técnicos de equipamento para a atividade da equipa de futebol.
Como pano de fundo está o Arsenal – Benfica, disputado na Grécia, a contar para a Liga Europa. A BTV teve acesso aos bastidores e mostrou, com mestria, tudo o que envolve a preparação de um jogo no que aos equipamentos diz respeito.
Ressalta ainda da reportagem a extrema importância que estes funcionários têm para o grupo de trabalho, não se limitando às exigentes tarefas pelas quais são responsáveis, fazendo mesmo parte do próprio grupo; uma pertença que, pela proximidade a jogadores e treinadores, acontece naturalmente. 
João Valentim, Paulo Vaz e Sebastião Fernandes, técnicos de equipamento, são os protagonistas da reportagem, contando ainda com os testemunhos de Isabel Tavares, costureira, e Vanderleia de Jesus, coordenadora da lavandaria do futebol. São um exemplo de dedicação e benfiquismo, a quem é dado o reconhecimento devido pelos beneficiários diretos – jogadores e treinadores – do seu esforço e empenho. Rui Costa, Luisão, Jorge Jesus e Otamendi oferecem o seu testemunho acerca da enorme relevância destes membros do plantel, apesar de quase ignorados pelo grande público.
Esta é também uma homenagem aos saudosos José Luís e Luís Santos, antigos técnicos de equipamento que nos deixaram precocemente. Ambos serviram o Benfica ao longo das suas vidas e contribuíram, em conjunto, para a conquista de 32 Campeonatos nacionais e 19 Taças de Portugal. E deixam, sobretudo, enorme saudade entre todos os que tiveram a oportunidade de conviver e trabalhar com eles.
A reportagem "Amor à Camisola" surge na sequência do trabalho desenvolvido no âmbito do BPlay, que reflete, do ponto de vista comunicacional, a crescente abertura ao exterior e insere-se numa política de valorização do desporto e da necessidade detetada de se dar protagonismo a quem é, de facto, protagonista. Estamos convictos de que este é o caminho certo para a indústria do futebol.
Mais uma vez convidamo-lo a ver (ou rever) este fantástico produto televisivo. A BTV e todos os que contribuíram para a feitura desta reportagem estão de parabéns!"

SL Benfica | Águias a levantar voo?


"O SL Benfica aparenta viver dias melhores. As “águias” têm vindo a levantar voo nas últimas semanas, conquistando vitórias, amealhando pontos e mantendo invioladas as suas redes. O período destrutivo que precedeu esta fase de maior fulgor, no entanto, cortou demasiado as asas à equipa benfiquista, que encara a fase final da época com apenas duas ambições: a conquista da Taça de Portugal e o segundo lugar da Primeira Liga.
É pouco para o muito que se investiu e perspetivou na antecâmara da temporada, mas não deixam de ser objetivos importantes, cuja concretização é de vital importância, sobretudo pelo que representam na construção da época vindoura.
Para garantir o cumprimento destes desideratos, será necessário manter – ou até melhorar – a forma apresentada e manter – ou até acentuar – a curva ascendente de qualidade. O principal requisito será a estabilidade.
Estabilidade emocional, individual e coletiva, estabilidade de escolhas, sobretudo no setor defensivo, estabilidade na comunicação, mormente no que concerne as conferências de imprensa de Jorge Jesus, estabilidade exibicional e estabilidade de resultados.
O mês de abril apresenta-se como fulcral para a continuidade – ou não – da forma que as “águias” vinham espelhando em campo antes da paragem para compromissos internacionais. O mês da liberdade vai permitir perceber se a equipa técnica de Jorge Jesus foi capaz de aproveitar a pausa no calendário para solidificar ideias e unir o grupo.
Caso o tenha feito, os encarnados terão todas as condições para vencer as cinco partidas que mês que se avizinha encerra e dar sequência a uma série positiva que só peca por tardia."

Desmentido


"O Sport Lisboa e Benfica informa que, numa altura em que todas as equipas estão em várias frentes competitivas, o foco passa por alcançar os objetivos delineados para a presente temporada desportiva. Não existem conversações com qualquer treinador nas modalidades de pavilhão.
Nesse sentido, a equipa sénior masculina de basquetebol e respetiva equipa técnica liderada por Carlos Lisboa enquadram-se nesse rumo traçado, em que a convergência total de energias está direcionada para o que falta do Campeonato Nacional e para a final four da Taça de Portugal, fase que foi atingida no último sábado com um triunfo merecido sobre a UD Oliveirense.
Não é hora de avaliações para as modalidades do Clube, mas momento para muito trabalho para alcançar os objetivos que faltam até ao final da época."

segunda-feira, 29 de março de 2021

Amor à camisola


"“São os últimos a deitarem-se, são os primeiros a levantarem-se.”
“São pessoas de uma importância incalculável dentro de um balneário.” 
“Quando se fala de mística, eles têm essa mística.”
Estas são palavras de Jorge Jesus, Rui Costa e Luisão acerca dos protagonistas da reportagem especial imperdível que estreará hoje, dia 29, às 19 horas, na BTV.
Nunca os holofotes do grande público estão direcionados para estes rostos, porém não há jogador, treinador ou dirigente que não reconheça a suprema relevância destes elementos do plantel, os técnicos de equipamento.
Têm uma missão imprescindível: que nada falte à equipa. Trabalham arduamente para que os jogadores somente se tenham de preocupar em treinar e jogar e são os únicos que, quando as portas do balneário são fechadas, permanecem próximos dos atletas.
É-lhes exigida extrema competência, dedicação total e sigilo absoluto. Servem o clube servindo o plantel, do qual fazem parte, também, pelo reconhecimento dos próprios jogadores dessa pertença. As relações de confiança e amizade, assentes no respeito mútuo, perduram além da carreira dos futebolistas, tratando-se de um sinal inequívoco da importância primordial destes funcionários. Exultam com as vitórias, são solidários nas derrotas. E têm permanentemente de ser imunes a estados de espírito, pois há sempre alguma tarefa por fazer.
Conheça hoje, na BTV, o que têm a dizer, sobre estes membros inalienáveis do plantel, quem com eles lida diariamente.
Entretanto, na frente desportiva, tivemos um fim-de-semana de altos e baixos, felizmente mais dos primeiros que dos segundos.
Da muita atividade desportiva, começamos por evocar e elogiar o triunfo das nossas futsalistas na final da Taça da Liga. A série invicta de 85 jogos é impressionante e os títulos e troféus sucedem-se. Uma palavra também para Rochelle Nunes, que conquistou a medalha de prata no Grand Slam de Tbilissi, em judo. Houve ainda a excelente entrada na final do playoff do Campeonato Nacional de voleibol, com a vitória, por 3-0, frente ao AJ Fonte do Bastardo (final à melhor de 5). E assinalamos a magnífica exibição da nossa equipa de basquetebol, em Oliveira de Azeméis frente à Oliveirense, permitindo o apuramento para a final four da Taça de Portugal (84-105).
Em sentido contrário tivemos a final da Taça da Liga de futsal nos masculinos, numa partida que não correu de feição à nossa equipa, desde logo pela ineficácia quando ainda estava por inaugurar o marcador. Estamos certos de que a nossa equipa saberá usar este desaire para surgir mais forte nos desafios vindouros. E, finalmente, referência para a nossa equipa feminina de râguebi que, apesar de não ter sido feliz, discutiu até ao último momento o jogo que decidiu o título do primeiro Campeonato Nacional na variante de 15.
De Todos Um, o Benfica!"

Completa falta de vergonha no focinho!!!


"O dia 1 de Abril chegou mais cedo para os lados de Contumil.
Mais uma amostra do que que é o FC Porto e as habituais táticas de deturpação e manipulação da realidade.

Felizmente, as imagens não mentem e recordar é viver. O lance polémico aqui demonstrado teve lugar na 6ª jornada da época 2004/05, que opôs o Benfica ao FC Porto, em que Petit remata de fora da área, para defesa de Vítor Baía... dentro da própria baliza.
Como este exemplo existem dezenas por parte do FC Porto ao longo dos últimos anos. Tenham mas é vergonha na cara."

domingo, 28 de março de 2021

1.ª Taça da Liga

Nun'Àlvares 2 - 4 Benfica

Mais um Caneco, para as nossas meninas, que mesmo jogando contra obstáculos artificiais, não facilitam!
Temos plantel inclusive para rodar mais o plantel, mas torna-se difícil quando o marcador não ganha a dimensão que deveria!
Parabéns a toda a secção...

Diferença na baliza...

Sporting 6 - 2 Benfica

Fizemos uma boa primeira parte, o 2-0 ao intervalo foi bastante injusto, mas aquilo que conta são as bolas dentro da baliza, e enquanto as ausências dos nossos dois principais guarda-redes se fizeram sentir, do outro lado o Guita fez toda a diferença!
No 2.º tempo, em desvantagem não conseguimos ser 'equilibrados' na procura do golo e com o passar do tempo, o cansaço foi aumentando! Uma coisa é ter um jogo a meio da época, com muitas ausências, outra coisa é fazer 3 jogos em menos de 72 horas, sem vários jogadores da rotação, obrigando aos que 'sobram' um esforço extra, ainda por cima com os nossos dois melhores 'marcadores' neste tipo de jogo, de fora... (o Fits já provou que contra adversários mais complicados, marca pouco...)!
O mais importante até ao final da época, é mesmo a recuperação dos lesionados... e vamos ver se mais ninguém se magoa!

3 pontos...

Braga 0 - 1 Benfica

Resultado 'esquisito' para o Hóquei, mas deu para somar os 3 pontos! Num jogo, mais uma vez, abaixo do nosso potencial, mas desta vez acabámos por nos 'safar' de mais um desaire com o Pedrão a intimidar nas bolas paradas já na recta final (então aquela 15.ª falta...!!!), em mais uma daquelas arbitragens manhosas, tão típicas desta modalidade!

Mau jogo...

Benfica B 0 - 1 Cova da Piedade


Provavelmente o pior jogo da 'era-Veríssimo'... Estamos a chegar à parte final do campeonato, onde os 'piores' adversários, são muitas vezes aqueles que lutam pela sobrevivência... os jogadores têm que perceber que os jogos ganham-se dentro do campo!!!

SL Benfica | A estabilidade assenta no número três


"O SL Benfica de Jorge Jesus tem adotado, ao longo da temporada, um sistema defensivo de 4x4x2, sistema tático bem caraterístico do técnico natural da Amadora. Para além de ser o esquema preferido de Jesus, foi o esquema utilizado durante praticamente toda a primeira metade da temporada, sendo que Vertonghen e Otamendi ocupavam os lugares de defesas-centrais sem qualquer dúvida. Contudo, isto viria a mudar.
No pretérito defeso, o SL Benfica emprestou Ferro ao Valência CF e fez regressar Todibo ao FC Barcelona, que depois o emprestou, novamente, ao OGC Nice. Ferro é uma sombra daquilo que já mostrou ser e Todibo, à conta de lesões, nunca teve uma verdadeira oportunidade para se mostrar de águia ao peito.
No plantel encarnado e mais propriamente no eixo da defensiva surgiam nomes como Otamendi, Vertonghen, Jardel e Morato. Ainda assim, o SL Benfica achou por bem reforçar este setor e contratou Lucas Veríssimo ao Santos FC por 6,5 milhões de euros.
Com a contratação de Veríssimo, o sistema de três centrais tornou-se numa realidade, aliás, até foi assim frente ao Sporting Clube de Braga, em jogo a contar para a Primeira Liga, que o SL Benfica venceu por duas bolas a zero.
A verdade é que um sistema com três defesas pode ser a melhor opção para o SL Benfica nesta altura. Vertonghen e Otamendi serão os “patrões” da defesa, enquanto Lucas Veríssimo será o central que, por ter uma técnica mais apurada e facilidade em sair com bola controlada, será um distribuidor de jogo de primeira instância, ou seja, funcionará como um central construtor de jogo.
Para as laterais, Diogo Gonçalves (direita) e Grimaldo (esquerda) são os nomes que se perfilam para assumir as respetivas posições. Cervi, Nuno Tavares e Gilberto são as restantes opções para desempenhar estas funções.
Pessoalmente sou adepto de uma defesa a três com capacidade em sair a jogar, até porque isto confere mais liberdade tanto para se jogar pelas linhas com laterais mais subidos no terreno de jogo, como possibilita que hajam mais jogadores no corredor central. Com três centrais, os médios não têm de recuar no terreno, fazendo com que a equipa se mantenha equilibrada, especialmente na zona central. 
 Outra vantagem desta tática é que acaba por limitar as opções aos adversários, uma vez que acaba por cortar, quase por completo, a possibilidade de jogarem entrelinhas, obrigando a equipa contrária a canalizar o seu jogo para as laterais, onde é mais fácil de controlar.
Um dos grandes problemas deste SL Benfica nesta temporada são as transições defensivas e, com a aposta neste 3x5x2, Jorge Jesus disfarça aquela que era uma das maiores debilidades desta equipa ao colocar mais jogadores no centro do jogo, disfarçando lacunas de jogadores como Taarabt e até mesmo Pizzi que, por serem mais “ousados”, acabam por expor a equipa a perdas de bola em zonas comprometedoras do terreno.
Assim, uma aposta num esquema tático com três centrais parece-me ser uma realidade deste SL Benfica que tem, certamente, jogadores capazes de desempenhar na perfeição aquilo que Jorge Jesus pretende."

Na raça...!!!

Benfica 3 - 0 Fonte do Bastardo
28-26, 25-15, 28-26

Era importantíssimo vencer este primeiro jogo da Final, para chegar aos Açores, com uma vantagem anímica... Vencer, por 3-0, ainda foi mais importante, e o facto de em dois dos Set's fomos obrigados a ir às vantagens - em ambos os casos fomos obrigados a recuperar na recta final -, ainda reforça mais a importância da nossa prestação! Ainda por cima sem o Rapha, o nosso melhor jogador...

Agora, temos tudo para fechar a Final em 3 jogos, mas na Terceira, as arbitragens costumam dar um empurrãozinho, espero que para estes jogos da Final, as nomeações não sejam as habituais!!! Incluindo os Juízes de Linha...!!!

Na Final...

Benfica 2 - 0 Modicus

Mais uma vitória complicada, com um 0-0 ao intervalo, num jogo que ficou marcado, por mais uma lesão que muito provavelmente vai retirar o Arthur da Final de amanhã!



PS: As nossas meninas do Futsal, na mesma competição, qualificaram-se também para a Final da Taça da Liga! Mesmo com os apitos a tentarem constantemente equilibrar aquilo que é naturalmente desequilibrado, as nossas meninas continuam a golear!!!

Vitória em Oliveira de Azeméis...

Oliveirense 84 - 105 Benfica
22-29, 18-18, 19-32, 25-26

Vingança, após a derrota copiosa para a Liga a semana passada, vitória e qualificação no mesmo pavilhão, contra o mesmo adversário, para a Final-Four da Taça de Portugal! Quando os Triplos entram, é tudo mais fácil...!!!

sábado, 27 de março de 2021

Vitória curta...

Benfica 1 - 0 Albergaria


Não jogámos bem, mesmo antes da expulsão da Seiça, estávamos com dificuldades... e com menos uma, o susto ainda foi maior!!!

Parabéns, Artur Santos!


"Hoje assinalamos o 90.º aniversário de Artur Santos, nosso antigo jogador e presidente do Sport Saudade e Benfica.
Artur é Benfica. Elogia-lhe, quem o viu jogar, o voluntarismo, a abnegação, a intrepidez, a capacidade de sacrifício e o espírito de missão, sobretudo na hora de impedir as investidas adversárias. Um dia chamaram-lhe a "Muralha Benfiquista", epíteto que tão bem lhe assentou e pelo qual é ainda lembrado passadas décadas de ter pendurado as chuteiras.
Natural de Paço de Arcos, nos arredores de Lisboa, chegou ainda adolescente ao Clube. Em 1949/50, a época da conquista benfiquista da Taça Latina, jogou ocasionalmente na equipa de honra, notabilizando-se como titular pela equipa das reservas. Na época seguinte passou a ser utilizado regularmente na defesa liderada por Félix e ganhou o estatuto de titular indiscutível em 1951/52, que manteve, à exceção de 1957/58, até à penúltima temporada de águia ao peito. 1960/61 haveria de ser de despedida de Artur, após uma brilhante carreira recheada de títulos.
Representou a equipa de honra em 382 ocasiões (286 em competições oficiais), distribuídas por 12 épocas, capitaneando-a 70 vezes. Começou por alinhar maioritariamente à direita da defesa, com algumas incursões pela esquerda quando necessário. Com a chegada de Otto Glória, em 1954, estabeleceu-se ao centro da linha defensiva, tendo regressado por vezes à direita, nomeadamente na derradeira temporada.
Ajudou o Clube a sagrar-se campeão nacional na época de estreia do saudoso treinador brasileiro, em 1954/55. Viria a ser campeão novamente em 1957, 1960 e 1961, as duas últimas vezes já sob as ordens de Béla Guttmann. Contribuiu ainda para a conquista de cinco Taças de Portugal (1951; 1952; 1953; 1955 e 1959 – não foi utilizado no percurso vitorioso em 1956/57). E fez parte, como capitão de equipa, da memorável campanha europeia culminada com José Águas a erguer em Berna, pela primeira vez na história do clube, o troféu da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Mereceu do Clube a festa de despedida após terminar a carreira de futebolista (partida amigável com o La Chaux de Fonds, da Suíça, em outubro de 1961) e continuou a servir o Benfica enquanto técnico nas camadas jovens. Prosseguiu com a carreira de treinador noutras paragens até que regressou ao Clube, que nunca havia abandonado enquanto adepto e associado, para tão bem o representar através do Sport Lisboa e Saudade, hoje denominado Sport Saudade e Benfica, o bastião das glórias "encarnadas" e da mística benfiquista.
Não obstante a provecta idade, impressiona todos os que têm a honra e o privilégio de o conhecer pela jovialidade, simpatia e disponibilidade para servir o Sport Lisboa e Benfica. O Presidente Luís Filipe Vieira, na mensagem de parabéns que lhe dirigiu, fez questão de sublinhar isso mesmo: "Felicito o Artur Santos pela celebração de tão bonita idade mantendo o espírito e entusiasmo de um jovem. O Artur é uma referência do nosso Clube, dedicando uma vida a servi-lo, não só como jogador e capitão, mas também na dinamização do Saudade, verdadeiro espaço de vivência da mística benfiquista." 
 Parabéns, Artur Santos! Que continuemos por muitos anos a ter a oportunidade de o podermos felicitar e agradecer por tudo o que representa no nosso Benfica.

P.S.: Está também de parabéns outra enorme glória do Benfica, Vítor Martins, a quem damos os parabéns pelo 71.º aniversário e manifestamos a nossa amizade. O Vítor Martins como o Artur Santos são dois obreiros da mística benfiquista. Obrigado!"

Benfica News, in SL Benfica

SL Benfica | Os 5 nomes que estão prontos para subir à equipa principal


"Apesar de, numa equipa B, os resultados não serem uma prioridade, a “segunda equipa” do SL Benfica tem realizado uma temporada sólida na Segunda Liga. Independentemente de já terem passado por uma mudança de treinador, com Renato Paiva a ser substituído pelo regressado Nelson Veríssimo, a formação secundária das “águias” tem potenciado vários jogadores e, como tal, é natural que se comece a especular que determinados jogadores possam dar o salto para a equipa A. Como tal, selecionei cinco jogadores que considero mais preparados para darem o salto, tendo em conta a experiência e maturidade, as suas qualidades e o seu desempenho individual.

1. Mile Svilar Depois de ter sido muito pouco utilizado nas suas duas primeiras épocas de águia ao peito, estagnando o seu crescimento, Svilar começou a jogar na equipa B, tendo assim a utilização regular de que necessitava para evoluir. O guarda-redes internacional jovem pela Bélgica tem-se mostrado bastante mais seguro e consistente, crescendo sobretudo na abordagem aos lances e no posicionamento entre os postes. Dadas as alterações que têm havido na baliza da equipa A, acredito que Svilar possa vir a assumir a titularidade da mesma na próxima época.

2. Morato A cumprir a segunda época de águia ao peito, Morato rapidamente mostrou que é um dos defesas-centrais mais promissores do futebol mundial, demonstrando uma capacidade acima da média, tanto a nível físico, como a nível técnico. No entanto, tinha claras lacunas a nível do posicionamento em organização defensiva e do controlo de profundidade, lacunas típicas de um defesa vindo do futebol sul-americano. Aos poucos, o central brasileiro tem aprimorado as suas lacunas enquanto jogador e a Segunda Liga já começa a ser curta para ele.

3. Paulo Bernardo Renato Paiva já disse, em entrevista, que considerava Paulo Bernardo como o jogador da equipa B encarnada com maior potencial. Embora se encontre a recuperar de lesão, Paulo Bernardo é um dos indiscutíveis da equipa B e, apesar de ainda ter idade de júnior, rapidamente se tem adaptado às exigências e à realidade da Segunda Liga. Paulo Bernardo é um médio completo com e sem bola, demonstrando capacidade para pensar o jogo e para definir os momentos de pressão. Destaca-se também a sua reação à perda da posse de bola, a sua qualidade de passe e também, embora que em crescendo, a sua finalização.

4. Ilija Vukotic No seu terceiro ano de sénior, Vukotic tem sido um dos jogadores mais utilizados pelo SL Benfica B na Segunda Liga. Podendo tanto jogar na posição de “6” como de “8”, o médio montenegrino tem características físicas e técnicas que, a meu entender, cumprem os padrões de Jorge Jesus para o meio-campo. Dono de um pé esquerdo bastante dotado, Vukotic tem qualidade a nível de passe e drible, uma boa capacidade de chegada à área e é também um bom executante de lances de bola parada.

5. Henrique AraújoAinda com idade de júnior, Henrique Araújo já se assumiu como titular da equipa B, mostrando potencialidades para se vir a tornar um avançado de referência no futebol mundial. Para além da veia goleadora, o ponta-de-lança madeirense também mostra uma inteligência ímpar a movimentar-se em campo, uma grande capacidade para jogar em apoio e na profundidade e define o timing de desmarcação como poucos. Leva oito golos em 19 jogos pelo SL Benfica B."

As estruturas, o homem a homem e a coerência



"Vemos ressurgir o Chelsea e percebemos o dedo de Tuchel, do mesmo modo que assistimos ao brilho intenso de um City refeito por Guardiola ou reconhecemos também depressa que o novo Sporting tem a impressão digital de Amorim, daquelas marcadas a tinta como nos velhos bilhetes de identidade. Mas, ao mesmo tempo, assistimos à ressurreição do Barcelona sem que haja propriamente uma “ideia Koeman”, como ainda nos surpreendemos, tantos anos depois, com uma espécie de paradoxo que são as “oscilações regulares” do Real de Zidane, percursoras dos entusiasmos fugazes com o Man United de Solskjaer. O futebol vai sempre viver assim, algures entre uma ideia que congrega jogadores e grupos de jogadores que sustentam uma ideia. Mas aqui há ovo e galinha, bem distintos, que houve grupos de jogadores desde o proto-futebol e só décadas depois se percebeu a intenção de os ligar num compromisso tático, o que melhorou o jogo.
Vem isto a propósito de dois debates recentes, porque me parece que pelo menos os enquadra, se é que não os anula: o das alterações estruturais – em que as variantes com defesa a 3 são a novidade velha (estou em definitivo dado a contradições) - ou do resgate da marcação ao homem, em boa parte reforçada a partir da alteração legal que autoriza a bola a ser tocada no interior da área após o pontapé de baliza. Foi o detonador para que muitas equipas, mesmo algumas que não têm qualquer intenção de pressionar propriamente, se apressem a condicionar individualmente o rival, mais não seja para o manter mais tempo distante da própria baliza.
A estrutura de três atrás (ou cinco, depende dos momentos), tem óbvias vantagens, seja na proteção que dá aos médios ou na liberdade ofensiva que pode garantir aos laterais/alas, algo claramente visível no actual Sporting, e que fez disparar o rendimento e cotação de Porro, Nuno Mendes ou Palhinha, e nalguns jogos recentes do Benfica, idem para Diogo Gonçalves, Grimaldo, e sobretudo a dupla Weigl/Taarabt de quem deixaram de se questionar as fragilidades defensivas. Não deixa, no entanto, de representar, por regra, a supressão de uma unidade ofensiva, o que obviamente retira soluções em posse. Claro que a qualidade ofensiva dependerá sempre do perfil desses laterais/alas (e dos médios), se de origem defensiva – o mais comum – ou com trajeto de atacantes, como nos modelos de inspiração “cruyffiana”.
A questão da marcação ao homem é mais complexa, até porque sempre existiu e não desaparecerá, pelo menos em alguns momentos do jogo. Já a opção de a colocar como prioridade defensiva, como volta a ocorrer e com particular frequência no futebol italiano, pode criar uma nova dificuldade às equipas de iniciativa, que mesmo circulando bem a bola, ligando e variando os corredores, raramente encontram espaço livre de opositores (que se movimentam em função dos rivais e não da posição da bola, e por isso estarão onde eles estão), mas não deixa de condicionar, e sempre, as próprias opções ofensivas. É que se cada jogada ofensiva (dessa equipa que defende prioritariamente HxH) se inicia com posicionamentos resultantes dos movimentos do rival, dificilmente será possível um processo de construção e criação ordenado e, na decorrência, um critério ofensivo cumprido com eficácia constante. 
Em síntese, a estrutura de 3 (ou 5) defesas, tanto pode ser útil como absurda, que o essencial é ter em conta a intenção tática e o perfil dos jogadores que a servem – desde logo, convém que haja 3 centrais de qualidade, senão mais vale não abdicar do jogador ofensivo que se retira – porque que as estruturas em si não são boas nem más, e serão sempre mais eficazes quanto mais permitirem que os jogadores exibam o que têm de bom e sejam protegidos das fragilidades. Já a eternização do condicionamento (natural) na altura do pontapé de baliza em sucessivas ações de marcação individual não me parece que garanta grandes ganhos, sobretudo em equipas que pretendem o protagonismo no jogo, seja porque coletivamente promove uma anarquia tática que contrária à confiança numa ideia de jogo própria, pensada e trabalhada, seja porque individualmente, e como nos ensinou já há uns 70 anos o mestre Viktor Maslov, um dos pais autênticos do futebol moderno, quase oprime moralmente o jogador que tem de a fazer. No limite, o melhor jogo nunca será nem o das ideias que castram jogadores, nem o da anarquia que desfavorece até os maiores craques. O caminho certo será sempre o da coerência entre as ideias e os jogadores. Se puderem ser dos melhores – ideia e jogadores- como no City, a consagração pode ser retumbante. Mas se houver pelo menos coerência, o sucesso também fica mais perto, como tem acontecido no Sporting."

Já se vê uma luz ao fundo do túnel


"Portugal conseguiu recentemente um enorme reconhecimento internacional nas mais diversas modalidades: foram os Europeus de Pista Coberta de Atletismo, foi o Campeonato do Mundo de Vela da classe 470, foi a qualificação histórica da seleção masculina de Andebol para uns Jogos Olímpicos - só para destacar os mais recentes, porque existiram ao longo deste último ciclo muitos mais honrosos resultados na Canoagem, Ciclismo, Equestre, Ginástica, Judo, Natação, Skate, Surf, Taekwondo, Ténis, Ténis de Mesa, nos Tiros e no Triatlo.
E o que têm todas estas modalidades em comum? Têm atletas integrados no Programa de Preparação Olímpica – Projeto Tóquio 2020.
Este Programa de Preparação Olímpica tem por objeto assegurar as condições de preparação para os Jogos Olímpicos, designadamente através da atribuição de bolsas aos atletas e treinadores integrados no Projeto Tóquio 2020, bem como a concessão de verbas às Federações, consignadas à preparação e participação competitiva dos atletas integrados no Projeto Tóquio 2020.
Face ao adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 para 2021 foram necessárias medidas extraordinárias de gestão da sustentabilidade do Programa de Preparação Olímpica, com o objetivo de minimizar os efeitos da pandemia e proporcionar a possível tranquilidade na preparação dos atletas. 
Tais medidas passaram pela manutenção dos valores comprometidos para o Apoio à Preparação durante o ano de 2020; pelo prolongamento automático, até à nova data dos Jogos Olímpicos, das integrações dos atletas qualificados; pela manutenção dos níveis de todos os atletas integrados no Projeto Tóquio que continuam com possibilidades de qualificação até ser possível a normal realização dos quadros competitivos nas diferentes modalidades; pela manutenção das bolsas de atletas e de treinadores de acordo com os princípios anteriormente apresentados e, com a ausência e indefinição do quadro competitivo, pela solicitação às Federações de adotarem uma gestão responsável dos recursos disponibilizados ao longo do ano passado, cumprida com elevada distinção, na perspetiva de garantir as melhores condições de apoio ao processo de qualificação, que retomou somente no último trimestre do ano passado.
É certo que todas estas medidas ajudaram o topo da pirâmide do movimento desportivo, mas e muito bem expressado na carta aberta ao Primeiro-Ministro subscrita por um grupo de atletas de elite, a importância da Atividade Física e do Desporto não se resume às prestações desportivas de um grupo de Atletas.
Felizmente, a acompanhar as medidas gerais de desconfinamento foi anunciado o regresso gradual do desporto de formação e, reconhecendo a necessidade de medidas extraordinárias para mitigar as consequências da pandemia no Desporto, uma vitamina de 65 milhões de euros, dos quais 30 milhões a fundo perdido para clubes e associações desportivas, 5 milhões para reabilitação de instalações desportivas e uma linha de crédito de 30 milhões para as Federações dotadas de utilidade pública desportiva. 
Já se vê uma luz ao fundo do túnel! Mas a capacidade de alcançá-la dependerá não só da concretização dos apoios anunciados, da burocracia e critérios de acesso, como também da capacidade dos clubes, associações e federações em construírem alicerces que sustentem o topo da pirâmide do movimento desportivo. Porque as dívidas contraídas para recuperar hoje precisarão de ser pagas amanhã, e por mais sólido que seja o telhado todas as casas acabam por desmoronar se não tiverem bases sustentáveis.
Por fim, assinalo que ontem teve início o percurso da Tocha Olímpica pelo Japão, na sua viagem de 121 dias pelas 47 prefeituras do país que de 23 de julho a 8 de agosto vai receber os Jogos Olímpicos.
“Os sonhos são para serem vividos”"

sexta-feira, 26 de março de 2021

Vitoria em Sines...

Leões 1 - 4 Benfica

Não foi fácil, não jogámos o nosso melhor, mas numa partida muito física, conseguimos o mais importante: a qualificação para as meias-finais!

Destaco o regresso do Henmi, algo que será importante para a rotação, pois fazer 3 jogos, em 3 dias não é fácil... e com as ausências do Tayebi e do Jacaré (além dos guarda-redes) todos são precisos para marcar golos!!!

Como não podia deixar de ser, mais um jogo contra os Leões de Porto Salvo, e mais uma demonstração dum ódio visceral ao Benfica! Não se compreende, como alguns vão ficando mais velhos, mas não mudam nada... pelo contrário! A azia no final foi descomunal e aparentemente até tivemos sorte não haver mais um jogador do Benfica na lista de lesionados... Inacreditável!

Amanhã temos a meia-final com o Modicus!