"Hoje assinalamos o 90.º aniversário de Artur Santos, nosso antigo jogador e presidente do Sport Saudade e Benfica.
Artur é Benfica. Elogia-lhe, quem o viu jogar, o voluntarismo, a abnegação, a intrepidez, a capacidade de sacrifício e o espírito de missão, sobretudo na hora de impedir as investidas adversárias. Um dia chamaram-lhe a "Muralha Benfiquista", epíteto que tão bem lhe assentou e pelo qual é ainda lembrado passadas décadas de ter pendurado as chuteiras.
Natural de Paço de Arcos, nos arredores de Lisboa, chegou ainda adolescente ao Clube. Em 1949/50, a época da conquista benfiquista da Taça Latina, jogou ocasionalmente na equipa de honra, notabilizando-se como titular pela equipa das reservas. Na época seguinte passou a ser utilizado regularmente na defesa liderada por Félix e ganhou o estatuto de titular indiscutível em 1951/52, que manteve, à exceção de 1957/58, até à penúltima temporada de águia ao peito. 1960/61 haveria de ser de despedida de Artur, após uma brilhante carreira recheada de títulos.
Representou a equipa de honra em 382 ocasiões (286 em competições oficiais), distribuídas por 12 épocas, capitaneando-a 70 vezes. Começou por alinhar maioritariamente à direita da defesa, com algumas incursões pela esquerda quando necessário. Com a chegada de Otto Glória, em 1954, estabeleceu-se ao centro da linha defensiva, tendo regressado por vezes à direita, nomeadamente na derradeira temporada.
Ajudou o Clube a sagrar-se campeão nacional na época de estreia do saudoso treinador brasileiro, em 1954/55. Viria a ser campeão novamente em 1957, 1960 e 1961, as duas últimas vezes já sob as ordens de Béla Guttmann. Contribuiu ainda para a conquista de cinco Taças de Portugal (1951; 1952; 1953; 1955 e 1959 – não foi utilizado no percurso vitorioso em 1956/57). E fez parte, como capitão de equipa, da memorável campanha europeia culminada com José Águas a erguer em Berna, pela primeira vez na história do clube, o troféu da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Mereceu do Clube a festa de despedida após terminar a carreira de futebolista (partida amigável com o La Chaux de Fonds, da Suíça, em outubro de 1961) e continuou a servir o Benfica enquanto técnico nas camadas jovens. Prosseguiu com a carreira de treinador noutras paragens até que regressou ao Clube, que nunca havia abandonado enquanto adepto e associado, para tão bem o representar através do Sport Lisboa e Saudade, hoje denominado Sport Saudade e Benfica, o bastião das glórias "encarnadas" e da mística benfiquista.
Não obstante a provecta idade, impressiona todos os que têm a honra e o privilégio de o conhecer pela jovialidade, simpatia e disponibilidade para servir o Sport Lisboa e Benfica. O Presidente Luís Filipe Vieira, na mensagem de parabéns que lhe dirigiu, fez questão de sublinhar isso mesmo: "Felicito o Artur Santos pela celebração de tão bonita idade mantendo o espírito e entusiasmo de um jovem. O Artur é uma referência do nosso Clube, dedicando uma vida a servi-lo, não só como jogador e capitão, mas também na dinamização do Saudade, verdadeiro espaço de vivência da mística benfiquista."
Parabéns, Artur Santos! Que continuemos por muitos anos a ter a oportunidade de o podermos felicitar e agradecer por tudo o que representa no nosso Benfica.
P.S.: Está também de parabéns outra enorme glória do Benfica, Vítor Martins, a quem damos os parabéns pelo 71.º aniversário e manifestamos a nossa amizade. O Vítor Martins como o Artur Santos são dois obreiros da mística benfiquista. Obrigado!"
Benfica News, in SL Benfica
Parabéns grande Artur Santos! E muito obrigado por tudo o que deu (em campo) ao nosso Sport Lisboa e Benfica.
ResponderEliminarSecção antiguidades, tenho quase sessenta anos e só me lembro do vitor martins falhar um penalti em moscovo: fomos eliminados. Anões no meio campo não! Queremos atletas, Coluna era bom no atletismo , no futebol e em vários modalidades.
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