terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Bruno Lage é a escolha óbvia

"O Benfica anunciou oficialmente que Bruno Lage será o treinador a título definitivo. Passando por cima do facto de todos os treinadores estarem a trabalhar a título provisório e nenhum ser treinador a título definitivo, pormenor que a CMVM não estará muito interessada em conhecer, diga-se que a escolha de Luís Filipe Vieira é a escolha óbvia, atendendo ao contrário.
Mais uma vez se prova a importância das circunstâncias na vida de um homem. Há quem lhe chame destino, há quem veja, em tudo, a mão de Deus ou do Diabo. Certo é que Bruno Lage estava na hora certa no sítio certo. Ele próprio, humildemente, confessava que tinha apenas na ideia ser preparador físico, que é coisa que, afinal, nem um profissional de treino desportivo deve dizer, de tão redutor que isso é, mas percebe-se a ideia. Lage, nem nos sonhos mais impossíveis imaginaria chegar tão cedo a treinador da equipa principal do Benfica. Chegou depressa ao cume e, agora, tentará agarrar a oportunidade que este imprevisto upgrade lhe proporciona.
Lembraram, e bem, os jornalistas o que Rui Vitória sugeriu sobre a necessidade de um treinador tão jovem e inexperiente precisar de uma protecção sólida da estrutura que o envolve. Lage teve uma resposta que apenas faz prova da sua ingenuidade, mas é bom que perceba o conselho do novo homem das arábias. Rui sabe bem o que disse e porque o disse. Lage pode ainda não ter percebido, mas a declaração era a seu favor. Quando a estrada se tornar íngreme e feita de pedras (uma mera questão de tempo) irá perceber melhor que a equipa não se esgota nele e nos futebolistas que dirige."

Vítor Serpa, in A Bola

Carta para o Divino Negro

"Já lá vão cinco anos sobre o morte de Eusébio. Alguém um dia perguntou: porque passam os anos tão depressa e as horas tão devagar? Não sei onde ele se encontra. Mas escrevo-lhe. Como se fosse uma profunda necessidade.

Lisboa, tantos do tal. Há cinco anos já que Eusébio partiu para o Grande Vazio. Ou para o Grande Desconhecido, se quiserem. Não conheço quem de lá tenha voltado para descrever essa planície infinita de mágoas e de saudade.
Onde estás, amigo? Em que lugar concreto desse céu para o qual olho na convicção de te ver correr por entre as galáxias, fazendo dos astros fingidos meros holofotes desse teu brilho negro, incandesceste e inconfundível?
Fazes-me falta.
Fazes-nos falta.
Eras uma espécie de segurança só por estares lá. A segurança de, um dia, qualquer garoto de rua, descalço sobre a terra batida, poder ignorar o grito da mãe que o chama da janela da infância, para ficar a marcar golos atrás de golos nessa sua vocação de ser menino para sempre.
Por isso estavas, mesmo não estando. Estavas na recordarão inesquecível de um traço, de um gesto, de um salto vertical em direcção ao céu que será a intuição de asas nos pés desafiando a lei da gravidade.
Para ti nunca houve leis. Como não havia nem tempo nem espaço.
O tempo esse, começámos a senti-lo no dia em que resolveste, talvez por cansaço, talvez por tédio ou lassidão, sair pela porta da frente da vida rodeado por uma cidade inteira que, à chuva, atirou para as ruas os seus diminutos pecadores que quiseram, por um segundo que fosse, tocar as tábuas do teu caixão.
Garcia Lorca falava dos sons negros.
Poucos negros terão sido tão divinos como Eusébio.
Sons negros que queimavam as gargantas como uma água feita de vidro.
Quantas gargantas queimaste quando, numa passada, deixavas de ser homem para te tornares fera? E os olhos abriram-se para que todos pudessem acreditar no inacreditável.
Pois... onde andas tu?
Desafias os anjos da tua rua do paraíso para jogos de bola com balizas de nuvens?
Os deuses, maiores ou menores, mais inquietos ou mais melancólicos, deixam-se espantar pela maneira como corres driblando a lógica relutante dos planetas? E os filhos dos deuses pedem-te para apareceres a seu lado nas fotografias  dependuradas nas paredes azuis-pacífico do firmamento?
Gostava de me sentar a teu lado e ouvir-te falar do que se passou entretanto nesse teu outro lado da vida.
Falarias devagar, como costumavas fazer, da maneira como um Ser acima de todos os outros te foi receber aos portões escancarados da Eternidade. E de como te fez uma vénia humilde, baixando a cabeça de cabelos longos e brancos, só para observar com atenção a fantasia melodiosa que se desprendia dos teus pés abençoados. E de como, logo na primeira noite, de arranjaram uma mesa sobre a qual pudesses pousar o teu corpo já vazio ou ainda por encher, e da pressa com que todas as entidades extintas e por inventar se envolviam numa luta para se sentar à tua direita.
O silêncio de um abraço.
Sei (sabemos) que não voltas. Tens, agora, mais do que fazer.
És continuamente assoberbado pelos favores que os duendes e os arcanjos, as musas e as necromantes te pedem a cada minuto. Aí, como aqui, exigem-te que carregues o mundo sobre os ombros, Sísifo de pele escura, igual à que me recobre o coração e que me mostrou que talvez um dia pudéssemos ser irmãos como naquele silêncio em que ficámos, certa noite, lado a lado na janela de um avião espreitando o brilho eléctrico de uma tempestade cada vez mais próxima. E esse medo que sentias era também a forma de te tornares o mais parecido possível com os banais humanos.
Voaste para longe, tu que só gostavas de voar sobre a segurança inimitável da relva.
Quantas foram as pequenas verdades que transformaste em sonhos? Quantas foram as minúsculas regras científicas que despedaçaste à força de remates trovejantes?
Ora, e por que não fechaste simplesmente a porta quando viste que era a morte que a ela batia? Sentiste necessidade da sua macabra companhia?
Queria enviar-te esta carta, mas não há quem saiba dizer-me em que órbita vives agora. Avisaram-me apenas que teria de seguir pelo trilho dos sons negros de Lorca, dobrar as esquinas das ondas do mar da nostalgia, continuar por um caminho estreito, apertado por entre entre árvores de gelo fino, e não olhar nunca, mas nunca, para os sóis que queimam as íris de todas as cores e as reduzem às cinzas da cegueira da estupidez. Se no final dessa jornada entrar por um lago de erva verde, sem longitudes nem latitudes, apenas com um crucifixo em cada ponta a imitarem balizas de uma religião que nada me diz, é provável que te encontre.
Mas não esperes por mim. Agora, depois de todas as horas que estive à tua espera, incapaz como eras de ser pontual, é a minha vez de chegar tarde.
Levo-te notícias do teu país: o país das fadas.
Levo-te qualquer coisa encarnada porque será sempre para ti um consolo.
Aposto que te encontrei na companhia de uma bola.
Vendo bem, nem saberias viver sem ela.
De tudo o mais que poderia dizer-te, escolho o silêncio de um abraço."

Afonso de Melo, in O Benfica

'Histórica atitude'

"Em ano de comemoração ímpar, Benfica e Sporting uniram-se para homenagear um congénere

Em 1975, o Ginásio Clube Português (GCP) comemorou o seu centésimo aniversário. Para parabenizá-lo, o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Portugal deixaram rivalidades de lado e 'resolveram dar as mãos e promover a primeira grande festa dedicada ao centenário clube'.
Aprovada pelas respectivas direcções, a 'histórica atitude' - assim classificada pelo jornal A Bola - foi comunicada ao GCP, a 26 de Fevereiro, por dirigentes dos dois clubes organizadores. A concretização teria lugar a 17 de Março, 'vésperas do dia dos cem anos do Ginásio Clube Português', no Pavilhão da Luz.
O evento que contou com 'o alto patrocínio do Comité Olímpico Português', consistiu num festival gimnodesportivo de entrada livre, 'permitindo assim que um maior número de público se associe a tão justa homenagem'. Entre as 21 horas e a meia-noite, desenrolou-se um vasto programa, 'aliciante para todos os desportistas', garantia de antemão o Diário de Lisboa. 'Ali estiveram, as lutas (...), a força do halterofilismo, a fúria agressiva do jogo do pau, a subtileza elegante da esgrima de florete, o espectáculo acrobático dos saltos com cama elástica e minitrampolim', entre tantas outras demonstrações do ecletismo do clube aniversariante. De destacar o desafio de futebol de salão, 'entre escolas de jogadores dos dois clubes homenageantes', sem árbitro, cabendo aos 'jovens atletas a responsabilidades da definição das suas próprias faltas', e a 'consagração da ginástica em toda a sua expressão e beleza' através da actuação 'das classes de ginástica do Sporting e do Benfica'. Houve ainda tempo para os habituais discursos e para o Parabéns a Você na voz do Orfeão do Benfica.
As comemorações do centenário do GCP estenderam-se por todo o ano de 1975. Entre 18 de Janeiro e 18 de Dezembro, foram vários os eventos que visaram festejar a longevidade daquele que é considerado 'o mais antigo instituto de educação física existente em Portugal'. O Benfica associou-se à festa e, como agradecimento, o GCP agraciou-o com uma medalha de colaboração.
A medalha entregue na cerimónia de encerramento das comemorações, a 18 de Dezembro de 1975, é um dos muitos objectos que constituem o acervo do Sport Lisboa e Benfica que, não integrando a exposição permanente do Museu Benfica - Cosme Damião, se encontraram em reserva no Departamento de Reserva, Conservação e Restauro."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

Um projecto de estabildade

"De 2009/10 até hoje, Bruno Lage é o terceiro treinador a comandar o plantel da equipa principal do Benfica. Nas últimas 10 temporadas, a estabilidade vivida entre a Luz e o Seixal não encontra paralelo em nenhum outro clube português e, mesmo nos principais colossos europeus, é difícil encontrar quem tenha trocado tão poucas vezes de treinador em igual período de tempo.
A estabilidade é, claramente, uma marca do Benfica e essa é também uma das razões para o sucesso desportivo que se conheceu na última década. Com os dois treinadores anteriores (Jorge Jesus e Rui Vitória), o Benfica conquistou 16 troféus. Venceu tudo o que poderia vencer em Portugal, esteve em finais europeias, estabeleceu novos recordes de transferência de jogadores e afirmou a sua Academia como referência mundial na formação de talentos.
Não poderia fazer mais sentido, pois, que o novo treinador do Benfica fosse, também ele, um produto da formação do clube – como, de resto, já tinha acontecido com Rui Vitória, treinador da nossa equipa de juniores entre 2004 e 2006.
A aposta em Bruno Lage tem, contudo, uma particularidade especial: tornou-se o primeiro a técnico a orientar todos os escalões de formação do Benfica, a sua equipa B e, por fim, a equipa principal. Um percurso que o torna, desde ontem, um caso ímpar. Uma aposta para o presente e para o futuro e que encerra, em definitivo, o processo de escolha do novo treinador.

PS: O Benfica inicia hoje, em Guimarães, um ciclo de jogos no Minho que esperamos ver prolongado até à final da Taça da Liga. Podem ser quatro duelos naquela região no curto espaço de 12 dias: dois com o Vitória de Guimarães, um com o FC Porto e ainda a possibilidade de enfrentarmos Sp. Braga ou Sporting, no dia 26, no derradeiro jogo da Taça da Liga. Os nossos adeptos serão fundamentais para que o habitual calor do Estádio da Luz se transfira para o Minho durante duas semanas."

Vendidos !!!

"Esta notícia tenderia a passar despercebida. Está redigida em modo lacónico. É assinada pela "redacção". É uma notícia sem cara, mas tem uma marca que não é "A Bola". Por um motivo que gostaria de ver esclarecido a cobertura de "A Bola" ao denominado processo "jogo duplo" deixou de referir alguns elementos noticiosos do mesmo.
Em anteriores edições "A Bola", sobre este tema, informava que "...A procuradora do MP defendeu penas efectivas de prisão para Carlos Silva, conhecido como Aranha e elemento da claque Super Dragões, para o empresário...". Realmente, um dos chamarizes para este processo seria a percepção de um eventual envolvimento da claque super dragões numa actividade criminosa relacionada com a viciação de resultados desportivos. Era o primeiro processo do género em Portugal e envolvia um destacado elemento da referida claque, que chegou a ter uma medida de coação para não perturbar a realização da prova. Em causa podia estar uma prática de associação criminosa para a corrupção em resultados desportivos.
A relevância do futebol na sociedade portuguesa justificaria um acompanhamento objectivo e rigoroso do tema, até para se compreender o putativo alcance que a dita claque, ou, pelo menos, este seu destacado membro, poderiam ter na adulteração de resultados em competições profissionais. 
Subitamente, "A Bola" notícia o agendamento da leitura do acórdão deixando cair esta parte da notícia! Substituindo-a pela referência a "um elemento de uma claque"! Claque de quem? Do Benfica!? De um clube da Associação de Futebol de Setúbal, de Bragança, de Castelo Branco? Quem tem afinal ligações a este processo em fase de julgamento? A quem aproveitava a alegada associação criminosa?
Pois é.. o futebol é muito mais que um "jogo duplo", meus caros! Actualmente, é um jogo de bastidores. Sem cara. Onde jogam sempre de camisola vestida os jogadores da bola e de outras esferas. Tudo cada vez mais profissionalizado. O campeonato ganha -se disputando cada lance, antecipando a jogada, fazendo compensações, etc... "A Bola" rola e quando o jogo é mal jogado mais parece que enrola..."

É uma pena: Tinoco está indisponível

"Vou partilhar com o leitor uma convicção minha: Rui Vitória não era o melhor treinador do mundo. Atrevo-me ainda a acrescentar: o próximo treinador do Benfica, seja Bruno Lage ou outro, também não será o melhor treinador do mundo. Esta é uma garantia absoluta que estou em condições de avançar. Isto, porque aquele que é sem sombra de dúvidas o melhor dos melhores não está disponível. Falo do Tinoco, individuo que encontro amiúde no Bar da Igreja de Crespos, cá em Braga. O leitor nem imagina a sapiência que reside dentro daquele crânio. É o melhor treinador que conheço. Por enquanto, apenas de bancada - infelizmente. O homem sabe sempre tudo. Sabia que o João Félix renderia muito mais ao centro. Sabia que o Alfa tinha de entrar em Atenas para resolver o jogo através da meia-distância.
Em 2016, o Éder surpreendeu milhões de adeptos, mas não o Tinoco. 'Eu já sabia que a lesão do Ronaldo até iria ser melhor para Portugal' - assegurou ele mal o árbitro apitou. O Tinoco sabia que aquela bola tinha de ser bombeada para a área, no Bessa, há dois anos; em 2013, sabia que alguém tinha de derrubar o Kelvin antes do remate; em 2000, sabia que os membros superiores do Abel Xavier deveriam ter sido amputados antes do jogo com a França.
É pena esta crónica estar limitada a 1600 caracteres, porque seria muito interessante preencher o jornal com as infinitas situações que o Tinoco já previu. É verdade que só tive conhecimento de todos elas já após a ocorrência, mas provavelmente é coincidência. Para grande azar do Benfica, o Tinoco está indisponível para assinar. Não tem sequer a escolaridade obrigatória, quanto mais o curso de treinador."

Pedro Soares, in O Benfica

Cantigas de maldizer

"O rescaldo da saída de Rui Vitória permitiu distinguir cabalmente aqueles que se limitavam a constatar que os jogadores já não respondiam em campo à mensagem do ex-treinador, daqueles que pretendiam usar as más exibições do Benfica e as críticas ao técnico para desestabilizar o clube.
Estes últimos rapidamente viraram agulhas para o presidente, acusando-o, por exemplo, de demasiada demora no dito despedimento. Tenho a certeza de que esses seriam também os primeiros a acusar Vieira de precipitação, caso tivesse demitido Rui Vitória (então um treinador com dois campeonatos em três) no início da temporada, e as coisas depois não corressem bem. É fácil fazer o Totobola à Segunda-feira, e quem quer apenas maldizer não precisa de argumentação muito profunda mas tão-somente de uma língua afiada.
Atrás deles seguiu uma minoria de jovens adeptos que, apesar de se fazer ouvir num sector do Estádio, ou ler em alguns fóruns da Internet, será porventura tão representativa dos milhões de benfiquistas espalhados pelo país e pelo mundo como uns quantos “coletes amarelos” o são da sociedade portuguesa em geral. Também criticam tudo, também querem mudar tudo, mas não sabem bem como, nem porquê. Não se recordam do Benfica do início do século, nem do trabalho desenvolvido desde então, e acham que se ganha por decreto.
Uma maior maturidade permitir-lhes-á um dia distinguir o essencial do circunstancial, perceber que os actos trazem sempre consequências, e que os impulsos são quase sempre maus conselheiros. Então sim, saberão valorizar o grande Benfica que encontraram e que não apareceu por magia."

Luís Fialho, in O Benfica

Bruno Lage

"A escolha de Bruno Lage para treinar a equipa principal do Sport Lisboa e Benfica é um grande momento de afirmação do futebol de formação. Aos 42 anos e a cumprir a nona época ao serviço do maior clube português, Bruno Lage passou por todos os escalões. Recordo o título conquistado, em 2008/09, pelos iniciados A, com 13 pontos. Batemos o Sporting, o SC Braga e o FC Porto.
Recordo o brilhante triunfo, em 2010/11, pela equipa de juvenis A - cinco vitórias e um empate. O FC Porto ficou a 6 pontos, e o Sporting, a 11. Os resultados alcançados pela equipa B, na II Liga, provam a sua competência. Pelas suas mãos passaram alguns dos maiores talentos do futebol português. No plantel principal, destaco Bruno Varela.
No lote dos ex-jogadores que dão cartas por esta Europa fora, existem 13 exemplos: Ederson (Manchester City), Bernardo Silva (Manchester City), João Cancelo (Juventus), Gonçalo Guedes (Valência), Hélder Costa (Wolverhampton), Ivan Cavaleiro (Wolverhampton), Rony Lopes (Mónaco), Pedro Rebocho (Guingamp), Miguel Vítor (Hapoel Be'er Sheva), Miguel Cardoso (Dínamo de Moscovo), João Nunes (Lechia Gdsank), Cafu (Legia Varsóvia) e Sandicino (Lausanne).
Na I Liga existem 10 jogadores em destaque: Ricardo Horta (SC Braga), Rochinha (Boavista), David Simão (Boavista), Fábio Cardoso (Santa Clara), Pedro Nuno (Moreirense), Rúben Lima (Moreirense), Diego Lopes (Rio Ave), Nélson Monte (Rio Ave), João Teixeira (Chaves) e Tiago Silva (Feirense). Na II Liga, mais três: Romário Baldé (Académica), Romeu Ribeiro (Penafiel) e Miguel Rosa (Cova da Piedade).
São 27 atletas. Um verdadeiro plantel."

Pedro Guerra, in O Benfica

O planeta fantástico

"O projecto KidFun é projecto de Educação para Valores e, como tal, assenta em dois pilares fundamentais: a Educação e os Valores! Levando esta imagem dos pilares um pouco mais longe, sabemos que eles se cravam na terra e nas fundações para dar estrutura a um edifício, neste caso, moral, de que depende o nosso bem-estar colectivo e a vida em sociedade. Assim, o que se pretende verdadeiramente com o projecto KidFun é trabalhar e autdeterminação e o desenvolvimento da personalidade enquanto exercício de liberdade e cidadania que ajuda as nossas crianças na sua preparação para a vida em sociedade.
Bem entendido, numa sociedade em que não valha tudo para atingir fins, colectivos ou pessoais, e em que a felicidade e a realização individual não atinjam a plenitude sem a contribuição para o bem-estar do outro.
Pode dizer-se que se trata de uma utopia. É-o certamente! Como o nosso Benfica de resto, que surgiu apenas do sonho e da vontade... Mas essa utopia social não é mais que a reafirmação da matriz de valores judaico-cristãos que enforma o mundo ocidental, a que nos envaidece chamar evoluído, mas cujas práticas estão muitas vezes longe dos seus ideais. Por isso, e porque para as crianças brincar é construir mundos, uma das actividades conclusivas das crianças, motivadas pelos nossos animadores na escola e imersas num extraordinário Estádio da Luz insuflável, constroem dois planetas opostos: o Planeta Horrível e o Planeta Fantástico, brincando ao 'faz de conta' com 4 grupos com distintos papéis: o de Deuses ou Super-Heróis que tudo podem, o Ambiente em que vivem, o Povo que nela habita, e o Governo que o organiza.
Não vou aqui descrever o que dizem sobre isto as crianças, mas posse dizer - isso, sim - que o mundo devia ser como o Planeta Fantástico que as 50 000 crianças KidFun descreveram. Devia, seguramente, mas será que podia mesmo? Perguntem às crianças..."

Jorge Miranda, in O Benfica

Uma resposta célere sob enorme pressão

"O lance de penálti e posterior correcção para livre directo ocorrido no Santa Clara-Benfica obrigou a um rápido cruzamento de informação, num contexto complexo.

Como costumo fazer neste espaço de opinião, mais do que falar especificamente sobre um determinado lance sob a perspectiva da tomada de decisão do árbitro, acrescentando a minha opinião sobre esse mesmo lance, venho é trazer uma situação que se relaciona com diversas interpretações da lei, das normas e do protocolo, descrevendo assim alguns conceitos teóricos que sustentaram as diversas tomadas de decisão, quer da equipa de arbitragem no terreno de jogo, quer do videoárbitro (VAR).
O jogo ocorreu na passada sexta-feira, entre o Santa Clara e o Benfica. O lance foi ao minuto 40, quando Fábio Cardoso cometeu uma infracção sobre Pizzi e o árbitro assinalou de imediato penálti, por considerar que a infracção ocorreu dentro da área, mostrando cartão amarelo ao jogador do Santa Clara por considerar que nessa infracção ele tinha cortado um ataque prometedor. O VAR, ao “checkar” o lance e por achar que houve um erro claro e óbvio na decisão inicial do árbitro, informou-o pelo intercomunicador e fez com que João Capela fosse ao monitor, ver ele mesmo as repetições.
Na sequência de tudo isto, o árbitro reverteu a sua decisão técnica, transformando o penálti em livre directo, e a sua decisão disciplinar, anulando o amarelo e substituindo-o por cartão vermelho directo. 
Face ao que aconteceu, e de forma resumida, vamos então aos pontos de análise deste lance. O VAR tem duas razões principais para poder intervir que estão contempladas no protocolo: por um lado, a análise da parte disciplinar, pois pode intervir quando há lances passíveis de cartão vermelho e, neste caso, o facto de achar que se tratava de uma clara oportunidade de golo e não de um ataque prometedor; e a questão do penálti, por considerar que a infracção sucedeu fora da área e não dentro. Em ambas, ou pelo menos numa delas, ao considerar que houve um claro e óbvio erro, comunicou ao árbitro essa informação (mas não a decisão a tomar) e levou-o a iniciar um processo de revisão no respectivo monitor (on field review).
Relativamente à decisão disciplinar do árbitro, o facto de considerar que se tratava de uma clara oportunidade de golo, foi por ter em conta que as quatro seguintes circunstâncias se verificaram: a distância entre o local da infracção e a baliza era curta (estava sobre o limite da área de penálti, a 16,5m), a direcção da jogada (Pizzi ia na diagonal mas directo ao guarda-redes), a possibilidade de manter ou controlar a bola (neste caso tinha mesmo a bola controlada), e a posição e o número de defensores (só César, central da equipa açoriana, é que eventualmente poderia intervir, mas estava de lado e afastado e o árbitro entendeu que já não teria hipóteses de tentar impedir o jogador do Benfica de finalizar).
Ainda dentro da vertente disciplinar, mais uma referência a propósito da chamada tripla penalização. Até à alteração da lei, sempre que um jogador cometia dentro da sua própria área um penálti e que, simultaneamente, anulasse uma clara oportunidade de golo, ele e a sua equipa sofriam uma tripla penalização, ou seja, penálti, ficavam com menos um em campo e no jogo seguinte esse jogador não poderia actuar. Agora, com a alteração da lei e em determinadas circunstâncias, isso já não acontece. 
Assim sendo, quando um jogador comete uma infracção sobre um adversário dentro da sua área de penálti, impedindo a equipa adversária de marcar um golo ou anulando uma clara oportunidade de golo, e o árbitro assinala um pontapé de penálti, o infractor é advertido se a infracção tiver acontecido numa tentativa de jogar a bola. Em todas as outras circunstâncias (por exemplo, agarrar, empurrar, puxar, sem possibilidade de jogar a bola), o jogador tem de ser expulso.
Fábio Cardoso, ao ter usado a mão para travar Pizzi, quer fosse a infracção dentro ou fora da área, seria sempre expulso. A partir do momento que o árbitro entendeu que se tratava de uma clara oportunidade de golo, ou seja, com livre directo (infracção fora) ou penálti (infracção dentro), porque usou a mão na infracção e não os pés ou joelho na tal tentativa de jogar a bola, seria sempre cartão vermelho.
Por último, e olhando para a parte técnica (livre directo ou penálti), as infracções por regra são punidas no local onde tem início a sua acção, com a excepção prevista na lei 12 (Faltas e Incorrecções), que diz: “… Se um defensor começa a agarrar um atacante fora da área de penálti e prossegue a sua acção para o interior da área, o árbitro deve conceder um pontapé de penálti”.
Ora, João Capela alterou o penálti para livre directo com base em uma de duas hipóteses: ou achou que Fábio Cardoso agarrou Pizzi, mas que o largou ainda com este fora da área (e relembro que o que conta neste lance não é a colocação dos pés de quem sofre a infracção, mas a zona da falta, mão no ombro e sua projecção para o solo), ou então considerou que não houve um agarrão propriamente dito, apenas um contacto com a mão que impediu a movimentação e originou a queda. E como isso se deu inicialmente fora da área, mesmo que se prolongasse para dentro, e como não se tratava de “agarrar”, seria sempre punido no início da sua acção.
Um lance cheio de interpretações da lei, que teve de ter por parte do árbitro e do VAR uma resposta célere, sob efeito de enorme pressão de tempo, o que mostra de forma clara o grau de dificuldade de ser árbitro, videoárbitro e sobretudo o de ter de decidir."

Lixívia 17

Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 38 (-5) = 43
Corruptos.. 43 (+19) = 24
Sporting... 35 (+11) = 24

Chegados ao final da primeira volta, podemos anunciar que estamos a assistir ao mais 'roubado' Campeonato do que eu me recordo!!! E até tenho uma boa memória para este tipo de coisas!!!

Em São Miguel, tivemos o 'prazer' de assistir a autêntico elogio da incompetência!!! O critério disciplinar do Capela foi o habitual espectáculo da inconsistência, mas o lance determinante, foi a expulsão do Fábio Cardoso:
- marcou penalty e deu Amarelo ao Fábio!
Vistas as imagens, até me parece que o penalty foi bem marcado... o Amarelo, como o César estava por perto, também me pareceu bem mostrado. Mas a forma como alterou a decisão após consulta do VAR, parece que mostrou Amarelo não por causa do César, mas porque usou a nova 'indicação' da tripla-penalização! (Outro erro, pois as novas indicações de não dar Vermelho, em penalty's, é só no caso do defesa ter tentado jogar a bola... o que neste caso, nunca aconteceu)!!!
- o VAR (Rui Costa) depois de mais de um minuto, chamou o Capela!!! Não o devia ter feito, pois o protocolo, exige que as imagens sejam claras, para que exista uma 'inversão' da decisão!!!
Eu até admito que possam ter dúvidas, se a falta foi cometida dentro ou fora da área, mas não acredito que alguém possa afirmar com certeza absoluta, que a falta foi cometida fora da área. Sendo assim, a decisão inicial, tomada pelo árbitro de campo, devia ser mantida...
Mudar o Amarelo para Vermelho, também foi um erro. Pois o Pizzi ainda teria o César pela frente, antes de chegar à baliza...!!!

No amigável dos Dragartos, com dois Lagartões a apitar, qualidade de jogo paupérrima, arbitragem medrosa... e mais uma vez, expulsão perdoada ao Bruno Fernandes!!! E não foi só naquela falta no final da 1.ª parte, já no 2.º tempo, tentou simular uma agressão do Herrera, que na minha opinião também merecia um Amarelo!!!

Uma nota especial para o completamente absurdo penalty marcado a favor do Chaves... como é que com um VAR, um penalty daqueles é marcado!!!


Não é fácil manter um critério uniforme, durante tanto tempo, em tantos jogos. Como sempre assumi, esta tabela, terá sempre uma característica subjectiva. Por mais que tente ser o mais objectivo possível, é impossível... não só devido ao meu Benfiquismo, mas porque esta rubrica tem uma duração aproximada de 10 meses, e às vezes a nossa percepção muda...!!!
Sendo assim, resolvi emendar um erro!!! Na jornada 10, no Corruptos - Braga, tinha concluído que não havia lances significativos com interferência no resultado. Os Corruptos ganharam 1-0, o golo foi legal, e não houve penalty's nem golos anulados duvidosos!!! Mas houve uma situação que noutros jogos relevei e neste tinha deixado 'passar: o jogador que marcou o 1-0, devia ter sido expulso, com o resultado ainda em 0-0!!! E neste caso, devia ter sido expulso duas vezes: o Soares!!!
Para não deixar dúvidas irei emendar as últimas 7 Lixívias...

Anexo(I):
Benfica
1.ª-Guimarães(c), V(3-2), Pinheiro(Sousa), Nada a assinalar
2.ª-Boavista(f), V(0-2), Mota(Malheiro), Nada a assinalar
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho(Sousa), Prejudicados, (2-1), (-2 pontos)
4.ª-Nacional(f), V(0-4), Veríssimo(Xistra), Prejudicados, Beneficiados, (0-7), Sem influência no resultado
5.ª-Aves(c), V(2-0), Rui Costa(Paixão), Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
6.ª-Chaves(f), E(2-2), Capela(Esteves), Prejudicados, (1-3), (-2 pontos)
7.ª-Corruptos(c), V(1-0), Veríssimo(Sousa), Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Belenenses(f), D(2-0), Soares Dias (V. Ferreira), Prejudicados, (1-0), Impossível contabilizar
9.ª-Moreirense(c), D(1-3), Almeida(Esteves), Prejudicados, (3-3), (-1 ponto)
10.ª-Tondela(f), V(1-3), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
11.ª-Feirense(c), V(4-0), Rui Costa(Mota), Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
12.ª-Setúbal(f), V(0-1), Xistra(Sousa), Prejudicados, (0-2), Sem influência no resultado
13.ª-Marítimo(f), V(0-1), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Braga(c), V(6-2), Soares Dias(Esteves), Prejudicados, (7-2), Sem influência no resultado
15.ª-Portimonense(f), D(2-0), Mota(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Rio Ave(c), V(4-2), Godinho(Sousa), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
17.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Capela(Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Chaves(c), V(5-0), Almeida(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Belenenses(f), V(2-3), Xistra(Capela), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(c), D(2-3), Veríssimo(Paixão), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Malheiro(Ferreira), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Setúbal(f), V(0-2), Manuel Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
6.ª-Tondela(c), V(1-0), Godinho(Malheiro), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Benfica(f), D(1-0), Veríssimo(Sousa), Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Feirense(c), V(2-0), Rui Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Marítimo(f), V(0-2), Xistra(Sousa), Beneficiados, Sem influência no resultado
10.ª-Braga(c), V(1-0), Soares Dias(L. Ferreira), Nada a assinalar
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Hugo Miguel(Veríssimo), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
12.ª-Portimonense(c), V(4-1), Mota(Pinheiro), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
13.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Godinho(Esteves), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
14.ª-Rio Ave(c), V(2-1), Martins(Malheiro), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
15.ª-Aves(f), V(0-1), Pinheiro(Soares), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
16.ª-Nacional(c), V(3-1), Rui Costa(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
17.ª-Sporting(f), E(0-0), Miguel(Martins), Prejudicados, Impossível contabilizar

Sporting
1.ª-Moreirense(f), V(1-3), Martins(Miguel), Nada assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(2-1), Manuel Oliveira(L. Ferreira), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Godinho(Sousa), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
4.ª-Feirense(c), V(1-0), Rui Oliveira(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+ 2 pontos)
5.ª-Braga(f), D(1-0), Soares Dias(Veríssimo), Beneficiados, Sem influência no resultado
6.ª-Marítimo(c), V(2-0), Almeida(Sousa), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
7.ª-Portimonense(f), D(4-2), Miguel(L. Ferreira), Nada a assinalar
8.ª-Boavista(c), V(3-0), Xistra(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
9.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota(V. Ferreira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
10.ª-Chaves(c), V(2-1), Martins(M. Oliveira), Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Xistra(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, (2-3), Impossível contabilizar
12.ª-Aves(c), V(4-1), V. Ferreira(L. Ferreira), Beneficiados, (4-3), Impossível contabilizar
13.ª-Nacional(c), V(5-2), Veríssimo(Miguel), Beneficiados, Prejudicados, (3-2), Impossível contabilizar
14.ª-Guimarães(f), D(1-0), Godinho(Sousa), Nada a assinalar
15.ª-Belenenses(c), V(2-1), Capela(Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
16.ª-Tondela(f), D(2-1), Almeida(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
17.ª-Corruptos(c), E(0-0), Miguel(Martins), Beneficiados, Impossível de contabilizar

Anexo(II):
Benfica:
Sousa: 0 + 5 = 5
Pinheiro: 3 + 0 = 3
Mota: 2 + 1 = 3
Rui Costa: 2 + 1 = 3
Esteves: 0 + 3 = 3
Nobre: 0 + 3 = 3
Godinho: 2 + 0 = 2
Soares Dias: 2 + 0 = 2
Capela: 2 + 0 = 2
Xistra: 1 + 1 = 2
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Almeida: 1 + 0 = 1
Malheiro: 0 + 1 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
V. Ferreira: 0 + 1 = 1

Corruptos:
Vasco Santos: 0 + 4 = 4
Veríssimo: 2 + 1 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Xistra: 2 + 0 = 2
Godinho: 2 + 0 = 2
Miguel: 2 + 0 = 2
Capela: 1 + 1 = 2
Martins: 1 + 1 = 2
Sousa: 0 + 2 = 2
L. Ferreira: 0 + 2 = 2
Esteves: 0 + 2 = 2
Almeida: 1 + 0 = 1
M. Oliveira: 1 + 0 = 1
Rui Oliveira: 1 + 0 = 1
Mota: 1 + 0 = 1
Soares Dias: 1 + 0 = 1
Rui Costa: 1 + 0 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
Pinheiro: 0 + 1 = 1

Sporting:
Miguel: 2 + 2 = 4
L. Ferreira: 0 + 4 = 4
Sousa0 + 4 = 4
Martins: 2 + 1 = 3
Xistra: 2 + 0 = 2
Godinho: 2 + 0 = 2
Almeida: 2 + 0 = 2
V. Ferreira: 1 + 1 = 2
Veríssimo: 1 + 1 = 2
M. Oliveira: 1 + 1 = 2
Malheiro: 0 + 2 = 2
Rui Oliveira: 1 + 0 = 1
Soares Dias: 1 + 0 = 1
Mota: 1 + 0 = 1
Pinheiro: 1 + 0 = 1
Esteves: 0 + 1 = 1
Épocas anteriores: