quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Na perseguição...

Benfica 5 - 2 Braga
Rodrigues(3), Cacau, Sérgio



Depois de um invulgar 0-0 na 1ª parte, repetindo o jogo com os Italianos, tivemos uma 2ª parte muito boa, com o João Rodrigues em grande destaque, a marcar e a assistir...
Depois da derrota dos Corruptos a semana passada, será de esperar que a 'máquina' queira voltar a ganhar uma vantagem confortável!!! O critério na marcação de faltas neste jogo, foi completamente absurdo... aliás os dois golos do Braga nasceram de livres directos, após o Benfica chegar ao limite das faltas...

Sem espinhas !!!




Benfica 35 - 21 Belenenses





Depois de assistir a jogos destes, torna-se difícil compreender os maus resultados que esta equipa, de vez enquanto nos presenteia!!! O adversário rapidamente ficou com o espírito quebrado, mas a jogar assim, não perdemos nenhum jogo em Portugal...!!!

O diabo a 4 na Rússia

"Depois do diabo do jogo em Guimarães, ainda São Petersburgo: o diabo a 4. Vejamos:

1.º diabo: o terriço em que se tentou jogar. Um regresso insólito aos pelados. Lembro-me do chinfrim à volta do Bósnia-Portugal. O então batatal foi um horto luxo quando comparado com aquela porção de tundra russa sarapintada de umas ervas rasteiras, musgos e liquenes. A UEFA - advogada do diabo - sempre tão sensível quando um jogador tira a camisola ao festejar um golito, foge como o diabo da cruz quando se joga num daqueles baldios.

2.º diabo: Bruno Alves que, adaptado àquela terra não estrumada, entendeu, no seu estilo terra-a-terra, distribuir de motu próprio uma castanhas bem quentes para aquecer a anca e o pé de um tropical brasileiro espanhol. E que, por artes de um outro diabo, não viu a cor do cartão mandá-lo para o diabo. É caso para se dizer venha o diabo e escolha. No dia seguinte apresentou relatório em casa do dragão: o diabo seja cego, surdo e mudo, limitei-me a ser viril.

3.º diabo: o árbitro que, certamente por simpatia metistofélica ou por ter vendido a alma ao diabo, resolveu ajudar o Benfica castigando Aimar... para que este possa jogar nos quartos de final. O cartão amarelo, que não lembra ao diabo, foi tão patético que, com tal critério, iam todos para o balneário enquanto o diabo esfrega um olho.

4.º (diabo): Shirkov que depois de marcar duas vezes ao Porto, resolveu repetir a dose ao Benfica. Um jogador com classe que, espero, deixe de ser um diabo à solta e se sinta perdido no inferno da Luz. Não vá o diabo tecê-las. O Benfica europeu não pode entregar a alma ao diabo."


Bagão Félix, in A Bola

Futebol e... Atletismo

"1. Cumprimos (e com excelente nota artística) mais uma jornada a caminho do título (esperemos...), com uma vitória clara (mais uma!) sobre o Nacional. Mas o meu fim-de-semana foi praticamente todo ele dedicado ao atletismo. E com grande agrado. Nas tardes de sábado e domingo, em Pombal, assisti ao regresso do Benfica ao título nacional de Pista Coberta, que não ganhava desde 1995. Foi confirmado o título de pista do Verão passado. O Benfica volta a ser o primeiro em Atletismo (para já, no sector masculino) e, a par da classe dos nossos atletas, agradou-me especialmente o espírito de equipa existente, com todos os atletas a apoiarem quem estava em acção e a festejarem, no final, as respectivas vitórias. Na manhã de domingo estive em Espinho, integrado na nossa equipa de veteranos que disputou o Campeonato Nacional. Aí, mais importante que os resultados (e a nossa equipa até deu nas vistas) é o convívio. E a jornada não poderia ter terminado melhor: o último atleta a actuar foi o nosso Adriano Gomes, 89 anos bem rijos, a completar a equipa da estafeta de 4x200m do escalão dos 75 anos, naturalmente última a chegar mas com todo o pavilhão a aplaudir e muita gente (entre os quais numerosos atletas de outras equipas) a gritar 'SLB, SLB, Glorioso SLB'. Bonito e até comovente!

2. Não é surpresa, mas é agradável saber: o Benfica foi o 21.º clube europeu com mais receitas na época de 2010/11 e aquele que lidera entre os campeonatos mais pobres, fora das cinco grandes ligas. Entre os 30 primeiros, apenas o Ajax (26.º) também não pertence a essas cinco ligas. E o nosso Clube consegue esta classificação com uma mísera receita de televisão de 8M €, que corresponde apenas a 8% do total de receitas. São vários os clubes que dependem da TV em mais de 50% e, não considerando as receitas televisivas, o Benfica é o 12.º clube com mais receitas, superando mesmo o Inter, Liverpool, Manchester City, Juventus ou Marselha.

Mantendo-nos na Champions, é bem possível que daqui a um ano estejamos a referir uma entrada no top-20 e, quando as nossas receitas televisivas reflectirem o verdadeiro valor do Benfica no mercado televisivo, o pulo será bem maior."


Arons de Carvalho, in O Benfica

Numa noite de sábado

"Sábado à noite, o nosso Benfica jogou com o Nacional e o jogo transformou-se em arte. Isto por mérito das duas equipas e para privilégio dos adeptos que encheram a nossa Catedral. O Nacional foi uma equipa honesta, jogou um futebol positivo, em prol do espectáculo e procurando, sem antijogo, ganhar. O Benfica foi brilhante.

No relvado, a geometria rigorosa das movimentações tácticas foi pano de fundo para a expressão do génio individual. Nolito foi a ousadia do futebol de rua, do futebol desconcertante. Gaitan regressou aos melhores momentos e deixou-nos uma jogada daquelas que, sabemos quando a vemos, servirá de mote à convocação da memória, apenas para podermos dizer “estava lá e vi”. Rodrigo faz-nos acreditar que qualquer jogada, independentemente da zona do campo, é potencialmente um golo do Benfica. Aimar é Aimar, é o nome acima do título do jogo. Na Luz herdou o número de Rui Costa, na Argentina herdou o número de Maradona. Isto basta para fazer dele um predestinado e de nós, espectadores, privilegiados.

O público vibrou, sofreu, aplaudiu e, acima de tudo, sorriu. Ficou com a convicção de que tinha visto longos minutos de futebol supino. A exibição do nosso Benfica teve largos minutos de uma qualidade genuína, que nem a azia de um ou outro ‘opinadeiro’ conseguiu macular.

No entanto, houve um elemento que se esforçou por não estar à altura da dignidade do jogo. Foi aquela figura que conseguiu enervar o público, os jogadores do Benfica e o próprio treinador. Foi a personagem que nos fez sair do Estádio com a certeza de que, para sermos campeões, não nos basta ser melhores… temos de ser muito melhores do que os adversários. Particularmente dos adversários que jogam com um apito na boca."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Democracia versus Populismo

"A matriz democrática do Benfica acompanha-o desde o seu nascimento, resistiu à ditadura, e precedeu à liberdade trazida pelo 25 de Abril. É por isso algo que, enquanto benfiquistas, nos deve orgulhar, por muito que outros tentem reescrever a história à medida das suas conveniências.

Essa Democracia ficou expressa nos diversos actos eleitorais que escolheram líderes e trilharam o rumo do Clube, sempre de acordo com a vontade das maiorias, mesmo quando essas escolhas se revelaram erradas - como, por exemplo, em 1997, quando uma maioria circunstancial se deixou seduzir pela demagogia, à revelia dos que, corajosamente, mas sem sucesso, tentavam avisar para os perigos de tal escolha.

A vontade dos sócios é, pois, o alicerce em que o nosso Clube sempre estabeleceu, e continuará a ser ela a determinar o futuro, mesmo num contexto fortemente mercantilizado como o do Desporto actual.

Não podemos, porém, confundir as coisas. De um lado está a soberania dos sócios, que escolhem os dirigentes de forma democrática e livre. De outro está a legitimidade que, a partir daí, esses dirigentes têm para tomar decisões que lhes cabem, e sobre as quais irão ser responsabilizados a seu devido tempo.

Temos um bom exemplo, nos nossos vizinhos e rivais, de como um clube gerido de fora para dentro pode resultar numa manta de equívocos de inclinação suicida. Recordemos como fecharam a porta a um treinador chamado José Mourinho, e como, anos mais tarde, também deitaram fora o actual seleccionador nacional. Em ambas as situações, o poder da rua sobrepôs-se ao poder eleito, criando um caldo onde a gritaria epidérmica levou a melhor sobre a ponderação sensata. Obviamente, o grande prejudicado foi o clube.

Não é isso que queremos para o Benfica. Aqui decide quem foi eleito para o fazer, até porque mais ninguém tem o conhecimento integral dos dados relativos a cada decisão. Numa altura em que há assuntos importantes sobre a mesa, é também importante que não nos esquecemos dos exemplos aqui evocados."


Luís Fialho, in O Benfica

A evidência dos números

"Há sempre números que dizem mais do que as palavras, embora as palavras sejam insubstituíveis quando se trata de definir estratégias e de expor ideias. Falemos então de números. O Benfica, com 102,5 milhões de euros de receita na última época temporada, está à beira de entrar para o clube dos 15 mais ricos do mundo, o qual é liderado pelo Real Madrid, logo seguido pelo Barcelona e pelo Manchester United. O Benfica encontra-se em 21.º lugar, com um encaixe de receitas notável para o contexto nacional.
Significam estes números que o Benfica tem gerido bem a sua actividade e sobretudo conseguido mobilizar público para os estádios, o que corresponde sempre a uma parcela relevante das receitas obtidas. Este ano, com uma dinâmica de vitória cada vez mais consolidada e com a presença promissora na recta final da Liga dos Campeões, tudo leva a crer que esta tendência para o crescimento se mantenha e se acentue.
O Benfica consegue estar de boa saúde quando a regra, em tempo de vacas magras, não é essa, com tendência, aliás, para se degradar.
Consultando os números em que assenta esta lista milionária, verificamos o peso dos principais campeonatos europeus, podendo extrair-se dessa leitura a seguinte ilação: apesar da profunda crise estrutural que afecta a Europa, este continua a ser o grande continente do futebol enquanto desporto-espectáculo-indústria, com uma cobertura mediática que o globaliza e transforma, neste domínio, em permanente referência mundial. O saldo apresentado pelo Benfica representa um aumento de quase quatro por cento em relação ao valor alcançado na temporada anterior. Para tanto terão contribuído, para além da presença na Liga dos Campeões, a forte e mobilizada massa de apoio com a qual o Clube conta e que é claramente pluri-etária, já que nas bancadas se encontram pessoas de todas as idades, com idêntico grau de entusiasmo. É bom sinal, porque, quando o Benfica está bem, Portugal consegue ficar melhor."

José Jorge Letria, in O Benfica

Valores

"Naquele tempo Jesus chegou à 100.ª vitória pelo Benfica e Cardozo aos 200 golos da sua carreira. Só na Liga leva 14, sem ninguém à sua frente. Mas que se cuide o Tacuara: Rodrigo e Nolito estão igualmente entre os cinco melhores marcadores. O Benfica lidera e agora já fala da vaga de frio que vai por aí nestes termos: menos cinco no Porto, menos oito em Braga, menos 16 no Funchal e em Alvalade.

Talvez por ser cenário de tantas celebrações, o jogo do Benfica com o Nacional levou à Luz mais de 53 mil espectadores e foi uma festa. O segundo golo, com o fantástico slalom de Gaitán e a finalização de Cardozo, foi daquele que valem o bilhete do jogo. Mas depois que bilhete daria para ver o golaço de Rodrigo?

Em tempos de crise, com o País mergulhado cada dia em nova onda de depressão, o Benfica foi sujeito de uma notícia positiva mas escassamente divulgada: um estudo da Deloitte coloca o Glorioso em 21.º lugar da tabela dos clubes com mais receitas, à beirinha de entrar para o Top 20 da Football Money League. A própria Deloitte reconhecia a imensa base de apoio de adeptos do Benfica como a maior riqueza do Clube. Mas o Benfica é um Clube e uma sociedade com os pés assentes na terra e que faz da credibilidade o seu activo mais seguro. Não tem off-shores nem poços de petróleo debaixo do relvado para fazer disparar até aos 18 milhões o preço de um jogador da defesa nem para comprar 20 'reforços' numa época. Vende, claro que vende, porque essa é uma valiosa receita de um Clube de um País com a dimensão de Portugal. Vende activos aos quais acrescenta mais-valias. E compra. O mais recente reforço do Benfica deu mais uma grande alegria ao Clube, à equipa e à bancada: Pablo Aimar fica mais um ano no Benfica."


João Paulo Guerra, in O Benfica

Eusébio

"Eusébio está hospitalizado pela terceira vez em dois meses. A experiência diz-nos que esta frequência é um mau indício e que serão bem-vindas todas as preces para um final feliz, que lhe permita vencer mais este desafio e viver com qualidade junto da família e amigos.

Ele é um ídolo de várias gerações, mas em particular dos que começámos a ver futebol por volta de 1966, o ano em que este desporto maravilhoso despertou definitivamente à escala mundial, graças ao simultâneo desenvolvimento da televisão e das transmissões via-satélite.

A tendência para comparar jogadores de décadas diferentes é um erro comum, em que alguns deles por vezes também se envolvem. Maradona e Pelé, por exemplo, digladiam-se há 25 anos, por vezes com a aspereza picaresca dos velhos dos Marretas. Mas até nos dias que correm a competição incontornável entre Ronaldo e Messi desassossega, alimenta paixões cegas, mas também ajuda ao negócio a ascender ao nível da deificação, sempre irracional e alienante.

Eusébio assumiu muito naturalmente e por decreto popular trono e cetro, adotando com o tempo uma postura majestática, levemente despretensiosa. Gosta que o tratem por “King”, observa os súbditos com paternalismo e, durante muito tempo, gozou de uma abrangência que vem agora sendo posta em causa nalguns ajustes de contas com a história, nomeadamente em relação à sua conturbada relação com o Sporting. Mas nunca invejou a projeção de eventuais herdeiros, tal como no seu tempo soubera relativizar o sucesso em função da grandeza de outros, como Di Stéfano ou Bobby Charlton.

Quem com ele tenha convivido algum tempo e nalgumas missões do seu desempenho de embaixador honoris causa deste país guardará a admiração imensa pela capacidade exemplar de partilhar confiança, vontade e bonomia. Vontade de vencer, em particular, que soube sempre transmitir às equipas do Benfica e da Seleção Nacional, por vezes em ambientes da maior descrença.

Tal como acontece em tantas outras áreas da vida pública, o país não tem aproveitado as suas figuras desportivas de referência, ao contrário do que acontece em praticamente todos os países. É um problema estrutural que decorre da baixa formação desportiva dos nossos dirigentes políticos, que também já emanam hoje das claques e do fanatismo emblemático – fazendo-nos prever, sem margem de erro, que o pior ainda estará para vir.

Mas Eusébio tem uma estátua, um torneio e um reconhecimento público que não carece de mais investimento, nem atenções, embora nem sempre tenha sido assim. A reaproximação promovida pelo atual presidente do Benfica veio retirá-lo de um ostracismo social que afeta realmente todos os ídolos de sucessivas gerações, sem condições de resistirem à voragem do tempo, às modas passageiras e aos epifenómenos que abalam ciclicamente os círculos mais mediatizados. E o seu prestígio inabalável nunca necessitou de qualquer retoque, abono ou aditamento, porque representa uma fase da história em que, sem a mediatização dos nossos tempos, a transparência era total e os dirigentes eram sérios e, sobretudo, responsáveis."


Na defesa da 'nossa' Taça...




Benfica 3 - 1 Fonte Bastardo


25-19, 20-25, 25-21, 25-14



Estou muito curioso para saber qual será o nosso adversário nas Meias-finais da Taça, depois do Guimarães, do Sp. Espinho e agora do Fonte Bastardo, só falta Castêlo da Maia, e depois jogamos a final com a Ac. Espinho ou os Vilacondenses!!!


Hoje, abanámos um pouquinho, mas soubemos reagir, a confiança é muita...

Juniores - Fase Final - 2ª jornada

Benfica 2 - 0 Setúbal



Isto está a começar bem, mas ainda faltam muitos jogos, nada está decidido... o próximo jogo é no antro dos Corruptos, que estão com a corda no pescoço, portanto não será fácil (nunca é!!!)...


Benfica.........6

Braga............6

Nacional.........4

Sporting.........3

Leiria............1

Guimarães.....1

Corruptos......0

Paizinho

"From: Domingos Amaral
To: Bruno Alves

Caro Bruno Alves
O que me incomoda em ti não são as tuas declarações, sempre provocatórias, contra o Benfica. Acho natural que tentes os teus “mind games”, que digas que “o FC Porto é melhor que o Benfica”, o que podias tu dizer de diferente? E também já não me incomodo com o teu estilo trauliteiro, de que a entrada dura em Rodrigo foi mais um de muitos exemplos. Já todos sabemos que pertences à “turma do cacete”, ao lado de cromos como Materazzi, Gatuso ou o saudoso Paulinho Santos. Todos nós sabemos quem são os brutos, tal como sabemos que raramente esses jogadores passam da mediania, e só a dureza os torna célebres.
O que me incomoda em ti são as declarações do teu pai. Há anos que isto é assim. Agrides alguém, e no dia seguinte lá vem o teu pai defender-te nos jornais. Sinceramente, não conheço mais nenhum jogador de futebol no Mundo que esteja sempre a ser defendido em público pelo pai. É um sintoma de menoridade, percebes? Parece que ainda estás no recreio, e no dia seguinte a te teres portado mal, lá vai o paizinho à escola defender o seu filhinho. Não achas que um homem de 30 anos já não precisa que o pai o ande a defender constantemente?
Como se isso não chegasse, o teu pai teve o descaramento de dizer que o Estádio da Luz te devia receber bem porque eras “português”. Olha, acho que vais ter de dizer ao teu pai que isso não vai acontecer. A Luz nunca recebe bem os adversários que quer derrotar, e ainda menos aqueles que odeiam o Benfica e que passam a vida a agredir os seus jogadores. Prepara-te pois. E, já agora, prepara o teu pai."


Indiferença ou resignação?

"Começo por uma declaração de interesses: Sá Pinto é meu amigo. Nestas linhas já o defendi como poucos e, como muitos, desejo-lhe imensas felicidades. Posto isto, e como integrei a lista de Godinho Lopes ao Conselho Leonino, afirmo sem receio: se hoje este projeto fosse a sufrágio, o meu nome não constaria entre os elegíveis, e não votaria no atual presidente do Sporting.

Acreditei num projeto, numa atitude sustentada, ponderada em ideias, e com tempo para a execução das mesmas. Ao invés, constato uma série de incoerências, atos precipitados, indefensáveis do ponto de vista da concordância entre o que se afirma e o que se pratica.

Durante largos meses fui um dos que tentou convencer Carlos Barbosa, recente ex-dirigente leonino e tremendo gestor do maior clube português em número de sócios o ACP, a encabeçar um ideal há largos anos ambicionado por alguns sportinguistas, descontentes pelo caminho traçado pelos ilustres do costume.

A sua saída precoce alertou-me para o que mais receava. Um descalabro que se antevia com os “gritos” de alerta de Domingos. Os erros do treinador, também ele falível, não justificavam a sua saída porque, a julgar pelas palavras de agradecimento do Sporting, Domingos conseguiu em seis meses chegar à final da Taça de Portugal, o que há anos ninguém obtinha, e ainda pela frente estava para jogar meio campeonato. Conforme afirmou Luís Duque, este ERA um projeto que necessitava de tempo.

Mas onde mora a credibilidade de quem ainda dirige o clube? Fotografias autorizadas no túnel dos balneários, que nunca o foram, incêndio no Estádio da Luz sem um mero pedido de desculpa, e uma declaração de Godinho Lopes com juras de amor ao treinador, alicerce essencial para prossecução do tal ideário, desmentida em menos de 24 horas pelo próprio, quando pela frente estava uma jornada europeia importantíssima.

Ao clube não falta amor dos seus adeptos, é a indiferença e a resignação em que cai desamparado que cava a sua sepultura. Quem se resigna uma vez às claques, demite o seu poder à força das mesmas para sempre.

Como se não bastasse tanta, crassa, insensibilidade para a gestão do futebol sénior, ainda dão azo a prosseguir um braço-de-ferro inconsequente com o eterno rival. O próximo Sporting-Benfica, em juniores, estará vedado ao público, e só quem for sócio verde e branco é que pode assistir ao jogo.

Mais um atentado às liberdades e garantias de qualquer cidadão português, e pior, mantendo uma fogueira onde não há incólumes. Em Alcochete há também muitos chamuscados.

Hoje, concluo com um suave sorriso. Como eu compreendo o silêncio de Paulo Bento quando lhe perguntaram uma opinião sobre a promoção de Sá Pinto. Aliás, sorrio eu, e o “Coração de Leão”. Ironias do destino. Boa sorte amigo, boa sorte Sporting."