sexta-feira, 1 de novembro de 2024
🤍 O sonho do Luís!
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— SL Benfica (@SLBenfica) October 31, 2024
Mais uma conferência de imprensa surreal
"IMAGINEM BEM SE TUDO ISTO
SE PASSASSE COM O BENFICA
1. O responsável de um clube - Manchester United - a confirmar que a contratação de um novo treinador, que trabalha noutro clube, está feita.
2. Esse treinador - Rúben Amorim, comunicador único - a falar nervosa e descontroladamente do assunto em conferências de imprensa de pós e pré jogos.
3. Esse treinador reconhecer que falar do assunto é "mais uma desestabilização para o plantel", que "os jogadores sentem ansiedade", que "não estavam normais".
4. Com os adeptos à toa e todas e mais algumas especulações no ar, o presidente do clube refugia-se no silêncio de um comunicado seco e minimalista para a CMVM.
5. O treinador continua no seu cargo e aponta para o fim do jogo de amanhã com o Estrela da Amadora para o esclarecimento total do assunto, ao mesmo tempo que em todas as respostas dá a entender que vai sair do clube e que os "clubes estão a negociar".
6. Bem sei que com o mal dos outros podemos nós bem. Mas o que dizer do que se vem passando por estes dias com a mais do que elogiada e infalível estrutura do Sporting? Já imaginaram o que seria se isto se passasse com o Benfica?"
A surreal conferência de imprensa de Rúben Amorim
"Quem é que quer convencer de que a responsabilidade de sair do Sporting agora (ou daqui a umas semanas…) é do Man. United, que chegou ao clube e bateu a cláusula, resgatando-o, a atentar à justificação do treinador, qualquer que seja a sua vontade?
A conferência de imprensa de Ruben Amorim foi surreal e negativa para o ainda treinador do Sporting. O hábito de bom comunicador que responde a tudo e o pós-jogo com o Nacional levaram Amorim à inevitabilidade de uma exposição no mínimo insólita e sem dúvida constrangedora, da qual não sairia sem beliscadela. Todavia, saiu com mais.
Amorim não quer passar pelo líder que abandona os seus e o projeto do bicampeonato por objetivo de carreira e vida mais ambicioso. Mas nada que possa (não) dizer, por mais hábil na argumentação, lhe retira esse ónus. Quem é que quer convencer de que a responsabilidade de sair do Sporting agora (ou daqui a umas semanas…) é do Man. United, que chegou ao clube e bateu a cláusula, resgatando-o, a atentar à justificação do treinador, qualquer que seja a sua vontade?
Amorim escusou-se a assumir essa vontade, insistindo que ainda não tinha decidido sobre o seu futuro e que quando o fizesse viria então dar explicações. O que quer dizer com isso? Que poderá ficar no Sporting, depois disto? Por quem toma a todos, principalmente os sportinguistas? Convenhamos que a situação e o momento não era (são) fácil(eis): estar na própria casa a assumir que vai sair por melhor. Valiam mais essa coragem e frontalidade do que esconder-se no absurdo.
Amorim quer sair para o United agora, como quis sair no final da temporada transata para outro clube inglês, mas não se proporcionou. Então, agiu mal, assumiu o erro e o Sporting perdoou-lhe, porque não se aliena, por orgulho, um ativo como Ruben Amorim. Mas agora é vontade e urgência dos red devils a tramarem."
Análise: O Benfica de Lage continua a crescer
"Os jogos a seguir à pausa das selecções trouxeram algumas novidades naquilo que são as ideias de Bruno Lage para este Benfica. O treinador dos “encarnados” já vinha a construir um 4-3-3 que nunca tinha sido visto com Roger Schmidt e retirou bons dividendos, mas desta vez ainda adaptou mais e com isso, parece ter chegado a uma versão mais sólida para a equipa.
1. Construção a três… com Carreras
Até agora, o Benfica construía com 2 ou 3 jogadores, sendo que no caso de serem 3, era Kökçü a descer para pegar no jogo. A partir deste momento, já não existe essa necessidade porque Bruno Lage incutiu uma nova dinâmica na equipa. Hoje, o Benfica constrói com Otamendi ao centro e à sua direita tem Tomás Araújo (que é um central muito evoluído com bola) e à sua esquerda tem Carreras que é um lateral que joga bem por terrenos interiores. Assim, Kökçü pode pegar mais perto do meio campo e pautar o jogo já depois da primeira linha de pressão ter sido batida.
2. Bah, no espaço!
O lateral dinamarquês nunca se distinguiu pela sua capacidade de construção até porque… não a tem. Bah tem de receber com espaço e Bruno Lage percebeu isso e retirou-o da construção e projectou-o no corredor. Neste momento, os jogos têm demonstrado que o Benfica procura largura com Bah a receber junto à linha e já no meio adversário enquanto Di Maria vem para dentro como tanto gosta. Todos ganham. Por uma lado, Bah fica muito mais confortável e enquadrado naquilo que são as suas melhores qualidades, por outro, a equipa retira da construção um jogador que a colocava em perigo.
3. No meio está a Virtude
Lage retirou Florentino do “onze” inicial nos jogos com Rio Ave e Santa Clara e lançou Aursnes no corredor central ao lado de Kökçü. À frente destes, Di Maria e Aktürkoglu formam o quadrado que tem trazido muitos problemas aos adversários. O ex-Galatasaray ocupa uma posição nas costas de Pavlidis, semelhante com aquilo que fazia Rafa Silva no passado, mas junta-lhe uma capacidade de finalização que Rafa nunca teve (precisava de muitas oportunidades para marcar). Di Maria ao vir para dentro está confortável não só para atirar na baliza, como para variar o centro de jogo. Já Kökçü, ganha opções à sua frente e isso facilita-lhe o trabalho. Para alguns jogos, Florentino será essencial pela sua capacidade de roubar bolas, mas para grande parte dos jogos de competições internas, Aursnes acrescenta uma capacidade de passe e de chegada ao último terço que o 6 português não tem.
4. Esquerda do Beste
Na esquerda, a grande novidade é a titularidade de Beste. É um jogador que tem uma grande capacidade de cruzamento e de bola parada, mas acima de tudo é muito disponível para trabalhar em prol do coletivo e tem um conhecimento tático do jogo que lhe permite estar sempre a pensar nas compensações defensivas. Contra o Atlético de Madrid, Kerem fechou o corredor esquerdo ao lado de Carreras fazendo assim uma linha de 5 defesas, agora, é Beste que tem essa tarefa já que Aktürkoglu passou a estar no corredor central pronto a disparar. Além disto, é um jogador que adora a linha e o Benfica ganha largura com a sua presença em campo. Beste iniciou como titular mas depois da lesão e da troca de treinador, parecia perder espaço só que a boa exibição frente ao Pevidém e a boa entrada frente ao Feyenoord colocaram o alemão de novo na rota da titularidade.
Bruno Lage ainda tem poucos dias de treino com todo o grupo disponível mas tem tido uma capacidade de passar a mensagem muito interessante e que tem potenciado praticamente toda a gente (Rollheiser talvez seja o caso mais complicado de explicar). Enquanto que Schmidt jogava sempre igual, Lage, estuda e adapta-se ao adversário e não é fácil fazer com que o grupo perceba as suas ideias quando existem tantos jogos e paragens de selecções que o deixam com apenas 6 ou 7 jogadores. Porém, tem conseguido e deve receber mérito por isso.
O desaire com o Feyenoord foi um jogo onde tudo saiu mal e onde o adversário anulou todas as peças do Benfica que pareciam ainda vir adormecidas das selecções. Nesse jogo, Lage foi surpreendido pelo treinador contrário, mas em todos os outros, até ver, Lage tem sido um estratega e tem recolhido frutos e… muitos golos."
Na final four
"O Benfica venceu o Santa Clara, por 3-0, e está apurado para as meias-finais da Taça da Liga. Este é o tema em destaque na BNews.
1. Vitória justa
Para o treinador do Benfica, Bruno Lage: "É uma vitória justa e o objetivo que pretendíamos era seguir em frente e estar na final four. Temos uma entrada muito boa no jogo. Depois, mais uma vez, ir buscar ao banco jogadores com enorme talento e uma vontade enorme de ajudar na exibição e no resultado."
2. Primado do coletivo
Pavlidis, autor de um bis e de uma assistência, salienta: "O mais importante é a equipa vencer. Dou sempre o meu melhor para ajudar a equipa."
3. Homem do jogo
Di María marcou um golo antológico e foi considerado Man of The Match.
4. Ângulo diferente
5. Um dos nossos
Saviola, campeão nacional de águia ao peito em 2009/10, esteve no relvado do Estádio da Luz.
6. Formação do Benfica em foco
A excelência da formação do Benfica Campus volta a estar em destaque num estudo do Observatório do Futebol (CIES). O clube que tem mais jogadores formados nas suas fileiras a atuar nas 49 melhores ligas do mundo é o Benfica.
7. Desaire europeu por um ponto
Em jogo a contar para a fase de grupos da EuroCup Women, a equipa feminina de basquetebol do Benfica perdeu, por 76-75, na Bélgica, frente ao Basket Namur Capitale
8. Agenda para sexta-feira
Os Sub-23 e os Sub-19 recebem o Sporting no Benfica Campus (16h00 e 11h00, respetivamente). A equipa feminina de andebol é anfitriã, na Luz, da AA São Pedro do Sul (13h00) e a de voleibol é visitada pelo Leixões às 17h00. Em futsal há o Benfica-Torrense na Luz (19h00). Às 21h00, o Benfica joga em voleibol, no pavilhão n.º 2 da Luz.
9. 20 anos do complexo de piscinas do Estádio da Luz
O impacto na comunidade das piscinas do Benfica."
Bola de Ouro: Rodri vence Vinícius na recta final
"Esta Bola de Ouro 2024 está envolta em polémica, no dia 28, de manhã, era dado como vencedor Vinícius, mas, de tarde era Rodri que tinha essa primazia.
Vamos por partes para perceber o que se passou. A votação para eleger o melhor jogador do Mundo tem duas fases. A primeira fase resulta numa lista de 30 nomeados (finalistas), escolhidos por jornalistas da France Football. Na segunda fase, essa lista é enviada para jornalistas de todo o mundo.
O júri é composto por 100 membros, que representam os 100 melhores países do último Ranking da FIFA. Cada votante escolhe 10 nomes dos 30 indicados anteriormente e ordena-os do primeiro ao último.
Os jogadores votados recebem uma pontuação de acordo com a sua posição, sendo 15 pontos para o primeiro colocado, 12 para o segundo, 10 para o terceiro, 8 para o quarto, 7 para o quinto, 5 para o sexto, 4 para o sétimo, 3 para o oitavo, 2 para o nono, 1 para o décimo respectivamente.
O jogador que somar mais pontos é declarado - Bola de Ouro do ano. Este ano, o vencedor não foi notificado previamente, todas as partes tinham concordado, mas no último minuto, não sei porquê, quiseram mudar a regra.
O Real Madrid tomou a decisão, de não comparecer, é uma forma de estar no desporto prepotente, altiva, falta de humildade, falta de respeito pelos seus jogadores, por si próprio ( Real Madrid venceu o troféu de melhor equipa do ano), pelo seu treinador ( Ancelotti melhor treinador do ano) e por Rodri que é espanhol.
O Real Madrid teve uma semana para esquecer, perdeu em casa com o Barcelona 4-0 e perdeu a Bola de Ouro.
Os critérios da Bola de Ouro são muito claros: 1- títulos; 2- destaque na posição que joga; 3 – representar o fair-play dentro e fora do campo.
Para mim, esta votação é sempre subjectiva, mas este troféu tanto podia ter sido entregue a Vinicius, como a Rodri ou Carvajal.
Não houve favorito claro ou grandes diferenças nos méritos de cada jogador. Rodri venceu porque foi o mais votado pelos jornalistas. Sou a favor que estas votações sejam claras e transparentes para que toda a gente saiba e não haja a mais pequena dúvida.
Anteriormente, havia dois jogadores que estavam acima dos demais: Messi e Ronaldo. Todavia, agora, há um leque de jogadores muito bons que podem vencer este troféu, nenhum se destaca.
Rodri pelo que fez no Manchester City e na selecção espanhola merece este troféu. Foi o melhor jogador do Euro, Vinicius foi eliminado nos quartos-de-final da Copa América, o seu comportamento traiu-o, deu uma cotovelada a James e não pode dar o seu contributo ao Brasil. Verdade que o Real Madrid venceu a Champions ao City, mas só nos penáltis.
Rodri é um exemplo de jogador dentro e fora do campo, ao invés, de Vinícius que tem atitudes e posturas provocatórias. Rodri é discreto, com uma vida sem muitas despesas ou luxos, conseguiu jogar futebol profissional e tirar o curso de Administração e Gestão de Empresas. Um eemplo!
O Real Madrid ao não comparecer à cerimónia mostrou mau perder e pensa que controla tudo. Recordo-me a influência na atribuição da Bola de Ouro a favor de Modric em detrimento de Ronaldo, por este ter saído do Real Madrid.
A Bola de Ouro também não é só marcar golos, se fosse assim, Ibrahimovic marcou golos que nem Messi ou Rolado marcaram, principalmente alguns incríveis de calcanhar. Nesse caso deveria ter recebido várias Bolas de Ouro."
A ‘Nuvem’ que correu pelas estradas do céu…
"Tazio Nuvolari foi um daqueles automobilistas inesquecíveis. A vida tratou de destruí-lo.
Chamaram-lhe ‘Nuvola’ – ‘Nuvem’. Um nome poético para um homem que, com a idade, se foi esfumando na atmosfera baça dos que o rodeavam, tornando-se cada vez mais só. Tazio Giorgio Nuvolari, nascido em Castel d’Ario, na Província de Mântua, corria o dia 16 de novembro de 1892. E, por isso, chamaram-lhe também ‘Il Mantovano Volante’. Aprendeu a voar cedo, ainda criança, no dorso das motocicletas com as quais participava em todas as provas que aceitassem a sua presença. Era o quarto filho de Arturo Nuvolari, um agricultor valente que foi conquistando as suas courelas e juntando uns bons pares de milhares de liras à custa do suor que lhe corria pela testa desde que o sol nascia até que se punha. Percorria quilómetros e quilómetros de bicicleta. Imprimiu nos filhos o prazer do pedal._Mas foi Guiseppe Nuvolari, irmão de Arturo, que encheu as medidas do jovem Tazio e se tornou como exemplo a seguir. Guiseppe era um ás do volante. Um vencedor. Não apenas em Itália._Também no estrangeiro. No dia 5 de setembro de 1904 levou o sobrinho ao Circuito de Brescia. Tazio viu correr pela primeira vez gente com nomes tão sonantes como Vincenzo Lancia, Nazzaro, Cagno, Hémery ou Duray. Saiu de lá com a certeza de que passaria o resto da sua vida com um volante na frente. Deixava para trás as duas rodas. Embarcava nas máquinas que tinham quatro.
A I Grande Guerra assola a Europa. Como a maioria dos jovens da sua idade, Tazio partiu para as trincheiras. Não havia espaço na sua vida para pensar noutra corrida que não fosse a de correr para salvar a pele. Mas o Destino tem aquela força indomável que Guiseppe Verdi deixou marcada numa ópera soberba. Entre 1912 e 1914, Nuvolari vê-lhe atribuída a responsabilidade de conduzir ambulâncias. Daí passa para a função de guiar camiões de transporte e automóveis de oficiais. O volante, sempre o volante. Certa vez despista-se, embate contra uma árvore. Ele e o coronel que levava consigo saem ilesos do acidente. Ouve um conselho que guardará para a vida: «Dammi retta, lascia perdere, l’automobile non fa per te». A partir de então toma a resolução de jamais se deixar dominar pelos caprichos das máquinas.
O tempo passou. Lentamente para uns, rapidamente para outros. É essa a lei do Tempo, assim mesmo, com maiúsculas. Para Tazio passou devagar demais. Perdeu-se em tentativas para obter licença de condução para provas de motociclismo. Só a consegue já com 28 anos. Numa idade em que não queria nem sequer saber das duas rodas. Ainda assim participou em provas e venceu algumas. Finalmente, no dia 20 de março de 1920, em Verona, pôde guiar um carro de corridas: um Ansaldo Tipo 4. Ficará com ele nos dois anos seguintes.
No Circuito Golfo del Tigullio, na Ligúria, a 13 de abril de 1924, ao comando de um Chiribiri Tipo Monza de quatro cilindros, mede-se palmo a palmo com um tipo carrancudo que deixará o seu nome para sempre ligado aos automóveis: é natural de Modena e a sua personalidade impõe-se – Enzo Ferrari. Este escreveu nas suas memórias: «Não dei grande valor àquele magricelas que se cruzou comigo frente à Basilica di Sant’Apollinare. Mas depois percebi que era o único com talento para, no seu carro sem força, ameaçar a minha superioridade». Num movimento muito habitual na Itália da altura, Tazio funda a sua própria marca de automóveis: Scuderia Nuvolari. E, também como era de costume, transformou outros carros em carros seus. Com um Bugatti Grand Prix remodelado vence o Grande Prémio de Tripoli. Atinge o topo. É considerado pelos grandes, passa a ser condutor da Ferrari, ganha em Le Mans, domina a incomparável Mille Miglia.
Ao mesmo tempo que é um vencedor nas estradas e nas pistas, a vida decide derrotá-lo com uma dureza indigna. Giorgio, o seu filho mais velho, morre aos 19 anos com um ataque de miocárdio; Alberto, o mais novo, morre aos 18 atacado por uma estranha nevrite. Algo dentro de si muda para sempre. Os golpes são duríssimos para um homem que fora sempre sentimental. A alegria varreu-se-lhe do dia a dia como se soprada por uma devastadora ventania. O homem chamado ‘Nuvem’ torna-se negro como se as tempestades rebentassem a cada passo que dava. A sua última aparição numa prova deu-se na rampa de Palermo-Montepellegrino. Tinha 58 anos. Tornara-se tão solitário que nem sequer falava com os mecânicos, nas boxes. Um AVC paralisou-lhe a parte direita do corpo. Um outro, poucos meses mais tarde, matou-o. 55 mil pessoas, metade da população de Mântua, acompanharam-no no caminho para o infinito. Os ases erguiam o seu esquife: Alberto Ascari, Luigi Villoresi e Juan Manuel Fangio.Na sua tumba ficou escrito: «Correrás ainda mais veloz pelas estradas do céu»."
Só para ver o golo do Di Maria, valeu a pena vir à Luz
"Benfica 3 - 0 Santa Clara
Boa entrada no jogo. Mas de duração limitada.
Primeira parte fraca.
Segunda parte diferente, para melhor, claro. Jogo controlado, no meio campo contrário, o perigo na área do Santa Clara.
Até que surgiu o monumental golo de Di María! Que maravilha, portentoso, de primeira, sem deixar a bola bater no chão. Atenção: assistência de Pavlidis.
E depois, bem, depois, vieram dois golos oportuníssimos de Pavlidis. Que seja como o frasco de ketchup e venham agora muitos mais.
Objetivo cumprido. Mais um jogo com três golos ou mais. Próxima paragem: Faro.
CARREGA BENFICA!!!"
Benfica-Santa Clara, 3-0 Vinte minutos de luxo após quase uma hora 'à... Schmidt'
"Bruno Lage teve de ir ao banco buscar Kokçu, Di María e Pavlidis para transformar exibição bem insípida numa ponta final brilhante
Há quem diga que não há coincidências. E não há. Bruno Lage nunca vencera um jogo da Taça da Liga e venceu. Pavlidis vinha de um jejum bem prolongado, marcou dois golos e, como cerejinha no topo de bolo bem confecionado, ainda assistira Di María para o golo de abertura. O Benfica segue para a meia-final da Taça da Liga depois de uma hora com ‘cheirinho’ à aguia de Roger Schmidt e, na última meia hora, com ‘cheirinho’ à aguia de Bruno Lage. Não à águia que jogou com o Feyenoord, claro, nem sequer à de Pevidém, antes à das goleadas a Atlético Madrid, Santa Clara, Boavista, Gil Vicente e Rio Ave.
O jogo não começou bem para o Benfica. Como já se esperava, Bruno Lage deixou no banco de suplentes alguns dos titulares dos últimos tempos, como Di María, Kokçu, Pavlidis, Florentino Luís e Tomás Araújo. Talvez por esta opção, o jogo dos encarnados não esteve oleado, também porque o Santa Clara (com oito alterações no onze!) fechou quase todos os caminhos para a baliza de Gabriel Batista. Apenas em dois lances de Beste (3’ e 16’) e num de Arthur Cabral (39’) estiveram relativamente perto de marcar.
Não foi primeira parte entusiasmante, apesar destes três lances e de um remate de Safira (39’) por cima da barra, após jogada brilhante de Klismahn na linha de fundo, ultrapassando António Silva de forma inesperada. Aqui e ali foram-se ouvindo alguns assobios, imerecidos se olharmos para modo como as águias se entregaram ao jogo, compreensíveis atendendo ao jogo demasiado mastigado apresentado pelas mesmas águias.
Sabia-se, porém, que Bruno Lage tinha demasiados trunfos importantes no banco para que o Santa Clara de Vasco Matos pudesse estar demasiado tranquilo para o que ainda faltava jogar. E assim foi quando, logo ao intervalo, Di María entrou para o lugar de Amdouni e Kokçu substituiu Renato Sanches. Se o primeiro tempo fora demasiado chocho por parte do Benfica e intenso do lado do Santa Clara, era preciso introduzir algo eletrizante no onze encarnado para que algo pudesse, por fim, mudar. Os açorianos, compreensivelmente, até porque não jogavam com qualquer autocarro na frente do seu guarda-redes, antes, apenas, um bem mexido 3x4x3 que se transformava num 5x3x2 a defender, fecharam o máximo de espaços possíveis para as progressões do Benfica.
A eletricidade necessária ao Benfica, porém, não apareceu de um momento para o outro. Só mesmo quando Pavlidis entrou para o lugar de Beste e os encarnados passaram a jogar, finalmente, com dois avançados mais fixos, digamos assim, o prato da balança se desequilibrou em definitivo. Ainda antes do primeiro golo, o Santa Clara desperdiçou belíssima oportunidade de golo, com Gabriel Silva, isolado sobre a esquerda, rematar muito por cima da barra da baliza de Trubin.
Honra e mérito ao golaço de Di María, claro que sim, com um volei fulminante de pé esquerdo, mas honra e mérito para Pavlidis, que foi à linha de fundo, como se fosse uma espécie de extremo, cruzar direitinho para a canhota de campeão do Mundo de 2022 fazer o que faltava.
Faltavam, porém, os dois golos do grego que não marcava há uma série de jogos. Pavlidis fez o primeiro de cabeça, após cruzamento de Carreras; o segundo com um pontapé fortíssimo e indefensável para Gabriel Batista. Se há quem precise de golos para viver e respirar, são os pontas de lança. Agora, com estes dois golos e uma assistência, o 14 da Luz volta a respirar a plenos pulmões e recupera, de algum modo, a alegria de jogar, que poderia estar debilitada após tão prolongado jejum."
Di María: um golo que valeu um bilhete, um bilhete que vale a final four da Taça da Liga para o Benfica
"Extremo argentino entrou na 2.ª parte para marcar um incrível golo que abriu caminho a uma vitória do Benfica sobre o Santa Clara que foi menos tranquila do que o resultado (3-0) possa parecer
Haveria pouco para dizer do Benfica - Santa Clara, um jogo quase sempre enfadonho e mastigado. Quando os jogadores das equipas mais carregadas se queixam de que a qualidade do futebol vai baixar com o calendário atulhado de jogos como está, a 1.ª parte deste jogo dos quartos de final da Taça da Liga (tal como a 1.ª parte do Sporting - Nacional da véspera), é um bom exemplo disso: sendo necessária a gestão do esforço de um plantel, não há rotinas, talvez até nem haja grande entusiasmo para jogar um encontro numa quarta-feira de chuva de uma competição menor.
Mas bem, isso são outros quinhentos.
Dizia então que haveria pouco a dizer do Benfica - Santa Clara, jogo que valia um lugar na final four da Taça da Liga. Até que algures na 2.ª parte, o espírito de Zinedine Zidane entrou no corpo de Angel Di María. Com 71 minutos no marcador e muita chatice em campo até então, o argentino, em dia de aniversário de Diego Armando, viu um cruzamento de Pavlidis e acreditou que podia estar ali uma oportunidade de enxotar o marasmo. Puxou aquele sublime pé esquerdo atrás e com um perfeito remate quixotiano, de moínho, leia-se, colocado, cheio de força, bombardeou a baliza do Santa Clara.
Por si só, aquele golo valeu o preço do bilhete. E aquele lindo bilhete abriu caminho para que o Benfica ganhasse o jogo e o direito a seguir em frente na Taça da Liga. Até as comepetições menos relevantes têm direito aos seus momentos de magia.
Aquela obra de arte premiou os mais estoicos. Na 1.ª parte, foi xaroposo o futebol do Benfica, que se entornou no campo depois de uns primeiros 20 minutos em que Gabriel Batista resolveu o pouco que a defensiva do Santa Clara não conseguia controlar. Renato Sanches, percebe-se bem, talvez nunca mais venha a ter aquele cavalgar. Amdouni entremeia bons momentos com jogos apagados - e este foi um deles.
Na 2.ª parte, não havia outro remédio para Bruno Lage que não fosse colocar a cavalaria. Com Di María, Kokçu e, mais tarde, Pavlidis, o Benfica cresceu, mas afunilou em demasia o ataque para o lado direito. Gabriel Silva assustou aos 62’ com uma tentativa de chapéu a Trubin e depois surgiu o tal momento capaz de figurar entre os mais bonitos da carreira de alguém que está carregado de highlights para mostrar. Pavlidis, em greve de golos nas últimas semanas, furou o piquete e bisou aos 76’ e aos 80’, dando um aspeto ao marcador que o marcador talvez não justificasse. Mas para a história ficará aquele remate."
Cadomblé do Vata
1. Pavlidis abriu a garrafa dos golos... Rui, prepara a montagem do pangaio no Marquês para Março.
— A Mão de Vata (@A_Mao_de_Vata) October 30, 2024
2. Depois da rabona contra o AEK na LE, Di Maria volta a desperdiçar uma obra de arte num jogo da treta... se lhe oferecerem a Guernica, ele pendura-a na sala das ferramentas.