terça-feira, 29 de outubro de 2024

Ingrato...


Estoril 4 - 3 Benfica
G. Moreira(2), Guga(79')


Voltámos a jogar bem, começamos a perder num lance caricato, demos a volta no início da 2.ª parte, permitimos o empate num grande golo... e já na parte final, voltámos a marcar e a ficar em vantagem!
Mas nos descontos, em duas bolas paradas, acabámos por perder!

Contra um adversário mais velho, faltou experiência e alguns centímetros...

Uma nota para a arbitragem: foi porrada de principio ao fim, com faltas atrás de faltas, muitas duras, cínicas com total impunidade... aliás quem acabou com mais Amarelos foi o Benfica! 

Qual é afinal o 'verdadeiro' Benfica?


"O que foi dominado pelo Feyenoord ou o que goleou Atlético de Madrid e Rio Ave? Ou talvez os dois?...

O Benfica reagiu da melhor forma à primeira derrota da era Bruno Lage, frente ao Feyenoord, na quarta-feira, goleando (5-0) em casa o Rio Ave. Bruno Lage pedira uma resposta com «grande jogo» e foi isso que teve. O Benfica dominou, marcou e fez acreditar que o tropeção contra os neerlandeses foi um acidente de percurso. Mas terá sido apenas isso?
Na verdade, nesta sequência positiva de Bruno Lage no regresso à Luz, que adversários de topo defrontou a águia antes de cair perante o Feyenoord? O Atlético de Madrid, talvez — embora os sinais que vêm do Metropolitano de Madrid não sejam os melhores e os colchoneros tenham vencido menos de metade dos jogos que já fizeram na liga espanhola. De resto, recebera Santa Clara e Gil Vicente e visitara o Boavista para o campeonato, eliminara o Pevidém na Taça de Portugal (em campo neutro) e batera o Estrela Vermelha, em Belgrado.
Não é que isso retire mérito aos encarnados. Afinal, só podes vencer os adversários que tens pela frente. E o Benfica de Schmidt perdeu pontos fora com Famalicão (derrota) e Moreirense (empate) — embora ainda sem ter Akturkoglu, que, como se viu ontem, faz toda a diferença.
Em todo o caso, aqui e ali, por exemplo na Sérvia contra o Estrela Vermelha, o novo Benfica de Lage deu sinais de fragilidades similares às que se viam no velho Benfica de Schmidt. Perante adversários com um bocadinho mais de qualidade, a equipa encarnada tem revelado problemas defensivos preocupantes. Quando isso acontece, a reação normal é deixar de lançar-se no ataque com quase todos os jogadores, como faz muitas vezes, e retrair-se, para tentar não se expor tanto. Ao fazê-lo, raramente corrige os problemas defensivos e cria problemas ofensivos, tornando-se incapaz de ultrapassar defesas bem montadas.
Foi o que aconteceu com o Feyenoord. O jogo com os vila-condenses não respondeu a estas dúvidas, pela diferença de nível entre as equipas mas também pela história do jogo — aos 16' as águias já venciam por 2-0. Mas em breve devemos ter enfim a resposta sobre qual é o verdadeiro Benfica — se o que é dominado pelo Feyenoord, se o que goleia o Atlético de Madrid e o Rio Ave —, porque vem aí visita a Munique para defrontar o Bayern (6 de novembro) e receção ao FC Porto (10 de novembro).
Desconfio que a resposta é que são os dois verdadeiros, e será difícil ter garantias de qual vai aparecer em campo."

Vitória expressiva


"O Benfica goleou o Rio Ave, por 5-0, no Estádio da Luz. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Boa exibição coroada com 5 golos
O treinador do Benfica, Bruno Lage, elogia o desempenho dos jogadores: "A importância resume-se aos três pontos. Estava convicto de que a equipa ia dar esta resposta. Boa exibição em termos defensivos e com uma dinâmica que também me agradou em termos ofensivos, com muitas oportunidades de golo e com golos. Foi uma exibição coletiva muito boa. Uma vez mais também com gente a sair do banco e a ajudar a equipa a ter energia."

2. Homem do Jogo
Autor de um hat-trick, Aktürkoğlu foi eleito o "Man of the Match". O internacional turco releva o triunfo e o papel dos Benfiquistas: "Agradeço a todos os adeptos que nos apoiaram desde o apito inicial. Merecemos a vitória, começámos muito bem e jogámos muito bem. Adoro este Estádio, tem-me dado sorte."

3. Ângulo diferente
Veja, de outro ângulo, os cinco golos do Benfica no desafio com o Rio Ave.

4. Outros resultados
Em Juvenis, o Benfica ganhou, por 2-3, ao Sporting em Alcochete. No futsal, triunfo, por 3-4, na visita ao Caxinas e liderança da classificação à 3.ª jornada. As equipas femininas de basquetebol e voleibol tiveram sortes diferentes: a primeira venceu, por 70-72, no pavilhão do GDESSA; a segunda sofreu um desaire no reduto do Sporting (3-0).

5. Jogo do dia
Os Sub-23 do Benfica jogam no Estoril às 15h00. Vítor Vinha traça o plano para a vitória: "Colocarmos em campo o nosso processo, fazermos o que temos planeado, e, se assim acontecer, estaremos sempre mais próximos de vencer."

6. Terça-feira europeia
São dois jogos na Luz para apoiar o Benfica. Às 17h45, os encarnados defrontam o TATRAN Presov em jogo a contar para a 4.ª jornada da fase de grupos da EHF European League. Às 20h30 é a vez do basquetebol, com Benfica e Bertram Derthona Basket a encontrarem-se numa partida relativa à 3.ª ronda da fase de grupos da Basketball Champions League."

Dos benficas ao Benfica


"“Ponto último: negociar implica cedência, abdicar de algo, para ganhar algo. Portanto, vejamos sempre mais além. Tentemos ponderar o que é melhor para o Clube Benfica. Não há Estatutos à medida de cada um.” O Manuel Serra escreveu isto ontem — logo após o término da AGE — e eu não tive de ceder um milímetro para concordar totalmente com ele. Nos estatutos ou noutros aspetos da vida democrática de um clube, a cedência por um bem comum é o único caminho possível.
Desde os tempos em que apenas tinha 1 voto, sempre acreditei que 1 sócio = 1 voto era a única equação correta, mesmo para quem é de letras. Os anos passaram — já tenho 20 votos —, e continuo a pensar o mesmo. Acredito que haja outras formas de compensar quem mais contribuiu financeiramente para o clube. Porque é disso que falamos nesta questão: dinheiro e poder. Não estamos a falar de mais ou menos amor ao clube, de mais berros no estádio ou no pavilhão, nem sequer de ser totalista nas Assembleias Gerais, estamos apenas no campo do dinheiro. Naturalmente, sei que o destino desse dinheiro é, muitas vezes, uma escolha de prioridade na vida das pessoas. Sei perfeitamente que dinheiro das quotas podia ser usado para mais comida, roupa para um familiar, uns livros, uma viagem, gasolina, etc, e mesmo assim escolhemos dá-lo ao clube — independentemente dos momentos desportivos —, mas não sinto que isso deva tornar-nos mais poderosos do que outro sócio mais recente. Esta é a minha opinião sobre este assunto e, infelizmente, acho que nunca será maioritaria. E está tudo bem com isso, a maioria é que manda — desde que respeite os direitos das minorias.
Chegamos então à ideia que me interessa: a importância da empatia. O respeito pelo outro. O objetivo comum. Só há Sport Lisboa e Benfica se formos empáticos, se respeitarmos o outro, se tivermos o objetivo comum em mente. E isto só é possível pela cedência. No clube, como nas nossas vidas pessoais, o mundo não é feito à nossa imagem — mesmo que as bolhas nas redes sociais ou comunitárias nos façam crer que sim —, somos obrigados a ceder. Não precisamos de “votar contrariados” ou “no menos mau”, mas devemos compreender que o perfeito é inimigo do bom. É melhor fazer do que ficar a pensar como seria. Soam a frases feitas e chavões? Claro, porque são verdades (quase) indiscutíveis.
Todos sentimos que o Sport Lisboa e Benfica é gigante. E, tal como outros grandes clubes, vive no paradoxo de ser o sonho coletivo de muitas visões diferentes. Diria que não há um Benfica, mas milhões de benficas e é tão complicado encontrar um denominador comum. Eu quero acreditar que o nosso Benfica sairá mais forte deste processo, mesmo que mude pouco, porque ao longo destas várias AGE vamos e estamos a reaprender a debater com os nossos. E ouvir e falar com o outro de uma forma empática é uma vitória tão importante como marcar aquele golo nos descontos.
De muitos, um."

Rúben Amorim mostrou o mapa da mina


"No futebol português, há clubes com projetos desportivos, e outros que são placas giratórias de negócios. Os primeiros têm sucesso, os segundos, não…

Cada tempo tem o seu modo e, no futebol português, houve um tempo que tinha o modo baseado no postulado «o jogador é para jogar, o treinador é para treinar, e o dirigente é para decidir.»
Felizmente, por alteração de conjunturas e renovação de mentalidades, esse paradigma redutor, feito de uma estratificação maniqueísta, perdeu razão, se é que alguma vez a teve, e hoje, nos projetos de sucesso, a tomada de decisão surge depois de ouvidos os intervenientes e ponderados os argumentos, sem que para isso o jogador deixe de decidir no momento em que tem de escolher entre rematar à baliza ou assistir um companheiro, o treinador deixe de escolher o ‘onze’ e ser responsável pelas substituições, ou o dirigente deixe de ter a última palavra.
Não foi por acaso que, acima, falei em «projetos de sucesso», que inevitavelmente estão indexados a boas práticas, que visam o êxito desportivo e não têm por escopo manter o dinheiro a circular para potenciar as comissões.
Imagine-se um clube que se vê transformado numa placa giratória de transferências, e onde o treinador, ou aceita as regras do jogo – que passam por trabalhar com os jogadores que lhe colocam à disposição ao sabor das conveniências negociais, e não de um qualquer critério desportivo – ou é substituído por outro que coma e cale, para garantir, pelo menos, o salário no final do mês. Aí – e se procurarmos no nosso universo seguramente encontraremos exemplos que o ilustram, protagonizados por SAD’s com investidores maioritários predadores, que fazem aos clubes o que as pragas de gafanhotos fazem às colheitas – mais ano, menos ano, por não haver projeto desportivo e apenas ganância de forrar os bolsos tão depressa quanto possível, a queda nos infernos está garantida. Citando o grande Otávio Machado, «vocês sabem do que é que estou a falar…»
É neste contexto que ganham relevância as palavras de Rúben Amorim, que, laboriosa e coerentemente, foi capaz de construir aquela que, ao momento, é a melhor equipa de futebol em Portugal, quando revelou, na passada sexta feira, na conferência de imprensa que antecedeu a viagem a Famalicão, que «ao contrário do que muitos pensam, não tenho autonomia para decidir tudo o que se passa aqui, mas sinto que sou ouvido em todas as decisões que envolvem a equipa principal.» Por não ser sensacionalista, não conter nem agressões aos rivais, nem acusações aos árbitros, o que Amorim disse passou quase despercebido, entre ‘soundbytes’ mais apelativos. Porém, para quem quiser descobrir as razões profundas do ressurgimento desportivo do futebol do Sporting, provavelmente estará aqui o mapa da mina.
Quando diz que é «ouvido em todas as decisões que envolvem a equipa principal», Rúben Amorim está a afirmar que todas elas têm um nexo desportivo, e uma orientação no sentido da evolução da equipa. E também que os transvases comunicacionais dentro do clube fluem com eficácia. Parece simples? Claro que sim. Mas este tipo de simplicidade só é possível se ninguém for a jogo com cartas na manga…"

773.845 atletas em Portugal!


"Olhando para os dados oficiais de 2023, Portugal tinha nessa data 773.845 atletas federados, numa população próxima dos 11 milhões de habitantes. Quando pensamos em atletas federados sabemos que se trata da vertente do desporto focada na competição, deixando de fora destas estatísticas milhares de atletas que praticam desporto apenas por recreação.
Voltando aos mais de 750 mil atletas federados verificamos que apenas 10 modalidades representam cerca de 75% da totalidade desses atletas: futebol (215 mil), natação (103 mil), voleibol (59 mil), andebol (48 mil), basquetebol (30 mil), ténis (27 mil), ginástica (23 mil), atletismo (21 mil) campismo (21 mil) e ciclismo (19 mil).
Em sentido contrário, as restantes 70 modalidades com federações oficiais, representam apenas 25% do total de atletas federados existindo 30 modalidades com menos de 3.000 atletas federados registados. Estes números mostram uma divisão clara entre modalidades ricas e pobres em Portugal.
No entanto, se quisermos fazer uma análise profunda sobre as modalidades preferidas dos portugueses não nos podemos fixar apenas neste indicador já que, em muitas delas, o número de atletas de recreação é seguramente muito maior do que o número de atletas de competição.
Pensemos apenas em 5 exemplos: futebol, natação, ciclismo, atletismo e padel. Pensem nos finais de tarde, noites e fins-de-semana e lembrem-se de relvados, sintéticos ou pelados no futebol, piscinas privadas ou municipais, estradas, ciclovias e marginais e clubes de padel e facilmente percebemos que, só nestas 5 modalidades, o número de praticantes por recreação chega às várias centenas de milhares em todo o país.
Pegando no exemplo do padel, a modalidade com maior crescimento em Portugal nos últimos anos, as estatísticas oficiais indicam apenas 11.000 atletas federados em 2023, mas as estatísticas não oficiais estimam que existam uma comunidade de praticantes superior a 300 mil atletas.
É nesta combinação, a soma de atletas federados com atletas de recreação, que podemos verificar a verdadeira dimensão e força de cada modalidade em Portugal. Quanto maior o número de praticantes, maiores serão os volumes de receitas, a venda de equipamentos ou bilhetes bem como a atração mediática e de patrocinadores.
Neste contexto, é crítico que cada federação desportiva portuguesa seja capaz de trabalhar nos diferentes segmentos de adeptos, praticantes e patrocinadores para poder garantir o desenvolvimento e sustentabilidade da sua modalidade a longo prazo."

Luis Enrique: o bom, o mau, o vilão


"Não é fácil gostar de Luis Enrique. Ou melhor, tem dias. Sempre disse o que queria e como queria, e isso é bom, exceto quando não é. Enquanto selecionador de Espanha encantou-me. Lembro o empenho nos vídeos de convocatórias e dias de apresentações de convocados, com à-vontade evidente. No Mundial do Catar, inovava a ver os treinos numa plataforma e até tinha tempo para ser youtuber – ou twitcher, vá – com vídeos em direto em que contava o dia a dia da seleção naquele mundial no deserto. Foi criticado por andar distraído (deixou a seleção depois de ser eliminado por Marrocos) mas depois doou 30 mil euros a um fundo de apoio a crianças com cancro. Há ainda o Luis Enrique que perdeu uma filha de nove anos. Admirável, transformando uma tragédia em força. O bom.
O documentário produzido pelo canal Movistar+ mostra dois lados. «A minha filha Xana veio morar connosco durante nove anos maravilhosos, a Xana vive», diz a certa altura. Mas depois há a forma como o treinador do PSG fala com Kylian Mbappé para o motivar com um discurso sobre a forma como Michael Jordan defendia nos Chicago Bulls. É preciso ter estômago para lidar com esse Luis Enrique. O mau. Ou bom?
Depois há os jornalistas. A parte pior para os dois lados. Ele mesmo já disse que aceitaria reduzir o salário para não falar à imprensa, mas depois perdiam-se momentos como os deste sábado. Disse o que queria, claro, mas numa resposta teve de sublinhar que estava a brincar. «Gosto muito de todos os jogadores portugueses, até dos maus… [Pausa] Não, não tenho nenhum português mau aqui. Era uma piada. Tou de brincadeira», atirou, em resposta a um jornalista português. Ao ser questionado sobre quando regressa Gonçalo Ramos, disse que o PSG não pode depender de um jogador, um recado à ‘era’ Mbappé. Depois do empate com o PSV, tinha dito a uma jornalista francesa que não queria explicar a tática «porque ela não ia perceber». O vilão.
Três facetas numa só pessoa, mas se calhar todos somos assim. Temos dias bons e dias maus. Impaciências. Mas pelo menos que tudo termine sempre com um «tou de brincadeira»."

Goleada Curta Pata Tanta Oportunidade. Siga!!!


"Benfica 5 - 0 Rio Ave

Antes do jogo
> Beste andava a justificar a titularidade. Quem devia ter saído do onze? Bruno Lage é que sabe. Eu estou cá, na Catedral, para apoiar. Seja quem for.
> Hoje temos o Tiago "Moedas" Martins como árbitro. Nunca faço referências a árbitros antes dos jogos, mas este senhor, desde a tanga da moeda, ficou-me atravessado. Que faça uma boa arbitragem!

Durante o jogo
00' Está quase LA, LA, LA, LA, LA, EU AMO O BENFICA!
04' E já vamos em três entradas a doer sobre jogadores do Benfica. Vá que agora saiu um amarelo.
12' AK-TUR-KO-GLU!!! Este homem não perdoa! 1-0!
16'' AK-TUR-KO-GLU!!! Este homem não perdoa! 2-0, agora foi de cabeça. O Beste que continue na esquerda para o goleador ficar mais próximo do golo.
25' Jogo controlado, tranquilo, bola nossa, Rio Ave sem soluções.
30" É bem Di María, é assim que se defende, que se lixe o amarelo, eles não podem é ir por aí fora como se fosse uma autoestrada. Tem que ser sempre assim a travar transições dos adversários.
38' Se os últimos passes estivessem a sair bem, a primeira parte fechava com goleada.
45+1' AK-TUR-KO-GLU!!! Este homem não perdoa! 3-0! Outra bez com o pé direito. Inspira-te, Pavlidis, estás a jogar bem, a trabalhar muito, a abrir espaços pro Aktur, mas... e os golos, crl?
45+3' O Trubin está cá hoje?
53' Belo jogo está a fazer o Aursnes!
63' Obrigado Aktur! Vamos Amdouni.
70' As oportunidades sucedem-se com toda a naturalidade. Umas atrás das outras. Estamos a dever a nós próprios uma goleada das antigas.
76' O vizinho de trás diz que vai entrae o Sholorep. Força Schjelderup! E já ia marcando. 58.961 almas benfiquistas a exorcizarem o Feyenoord.
79' Grande abertura do Renato para jogada concluída pelo Schjelderup!
81' Amdouni lá para dentro na sobra de Schjelderup. O banco a faturar! E vamos em 5.
90+2' Bela goleada que devia ter sido maior, deixámos vários golos pelo caminho.
Próxima paragem: Faro."

No Benfica há um feitiço que faz os golos irem ter primeiro com o seu feiticeiro turco


"Mais uma vez, ficou provada a atração que Kerem Aktürkoglu exerce sobre o golo. No Benfica que Bruno Lage fez abdicar de Florentino Luís de início, o turco ficou ainda mais perto da baliza, fez um hat-trick (leva oito golos em sete jogos) e abriu caminho à goleada (5-0) dos encarnados contra o Rio Ave, que ainda teve a estreia de Schjelderup a marcar

É preciso uns pés e uma cabeça no meio-campo que pensem mais em atacar, tabelar e arriscar? Senta-se então Florentino Luís. Falta alguém com outra genica com a bola, com fintas e passes para a frente? Não faz mal, tira-se Florentino. Um miolo a dois jogadores ou a três precisa de tipos que não se limitem a ser ladrões, a dar não poucos, mas os necessários toques na bola, fazendo o difícil que é jogar simples? É melhor tirar Florentino. Quer-se ter no onze Jan-Niklas Beste, um extremo à antiga, de largura e sem rodeios para cruzar ou rematar? Nada temam, há um médio feito no Seixal, com 15 anos de Benfica, pronto a ser sacrificado.
A história de Florentino Luís tem páginas de sucesso, há duas medalhas de campeão nacional, ele já se fartou de sorrir, mas está repleta de intermitências, de episódios pontuados por questões do cariz das acima feitas em que a resposta invariavelmente desfez o sorriso ao pacato jogador de 25 anos de quem nunca se ouviu uma queixa, notou um olhar de soslaio, um gesto de protesto, nem no banco de suplentes do Estádio da Luz, neste domingo, enquanto o Benfica despertava aos repelões contra o Rio Ave.
Abdicando de Florentino para ter o alemão loiro e barbudo aberto na esquerda, a dar largura ao jogo atacante, foram 10 minutos cheios de solavancos, segundas bolas, passes errados e tentativas bruscas de procurar Pavlidis no jogo direto até Kökçü, por fim, pegar no volante de uma jogada. Quando o turco, no centro-esquerda, se pôs pela primeira vez no sofá de conforto que o esquema de Bruno Lage lhe dá, meteu um passe rasteiro e vertical que galgou as linhas adversárias e encontrou o avançado grego, um clique pareceu ser dado nos encarnados, alguma faísca cortejou a chama que deu tino à equipa até então um pouco dispersa, algo atabalhoada.
Sem Florentino, o Benfica montou-se mais declaradamente numa espécie de 3-4-3 quando teve a bola, havia Beste à esquerda e Bah a tomar conta da ala direita, com Di María mais na órbita de Pavlidis com Aktürkoglu, ambos a espreitarem no jogo interior deixando o volante das jogadas com Kökçü e a Aursnes as tarefas, muitas vezes, de correr. Com o turco muito vigiado e o norueguês preocupado em arrancar em diagonais para a frente de modo a criar espaço para Di María nas ocasiões em que ele, rendido à sua natureza, abria o posicionamento para perto da linha, os encarnados não encontraram saídas fáceis pela relva.
Os golos do maior íman deles, por estes dias, no Benfica, ajudaram a tranquilizar pressas e serenar períodos de habituação. O primeiro de Kerem Aktürkoglu terá que ver com o etéreo, das artes de bruxedo que até fazem carambolas, ressaltos e cortes na área reverterem a sua sobra para o turco tão amigo da baliza, que assim fez o 1-0, aos 12’. Da mesma forma marcaria o 3-0, aos 45’+2, quando a bola que serviu a Di María para ele a cruzar fez ricochete em dois corpos antes de acabar nos seus pés. Pelo meio, o 2-0 também foi seu, aos 16’, matreiro a esgueirar-se área dentro para desviar de cabeça um cruzamento de Di María, numa das jogadas em que se encostou à linha para ser lançador.
Entre o par de golos de rajada e o que apareceria nos descontos do turco que os celebra ao segurar uma varinha mágica imaginária, a varinha, não o seu feitiço peculiar posto às balizas, aos poucos o Benfica acostumou-se à nova fórmula sem Florentino. Controlador das tímidas iniciativas do Rio Ave, equipa demasiado lenta a pensar os caminhos a dar à bola, os encarnados, com o tempo, foram abrindo vias para puxarem os apoios frontais de Pavlidis ao jogo para depois o grego acelerar um passe em quem corria por fora. Di María ainda tentou a sua sorte de longe e o próprio avançado teve a sua chance servido por Aktürkoglu.
O dinamismo que faltava ao Rio Ave estaria no corpo de João Graça, médio que entrou ao intervalo para, com as suas conduções de bola, dar outro andamento às posses inócuas dos vila-condenses. As jogadas alcançaram Kiko Bondoso, o matulão Clayton deixou de ser um avançado só para lutar, os três centrais iam circulando a bola entre eles sem pressão por aí além do Benfica, mas a equipa do metódico Luís Freire, homem com mais de 1.200 dias a treinar o Rio Ave, parecia encravada em si própria.
Quando o corpo não alto mas algo largo de Aktürkoglu, que corre com os braços abertos, como quem procura equilíbrio, foi substituído nos arrabaldes dos 60 minutos - ao sétimo jogo, o turco ainda só terminou dois em campo -, os encarnados refestelavam-se numa velocidade cruzeiro que as alterações iriam agitar. Com mais espaços no já não tão baixo bloco do Rio Ave, desenharam jogadas triangulares, Kökçü e Aursnes já com influência plantada em todas as intenções.
O tanque de Arthur Cabral teve uma generosa dose de minutos, esteve irrequieto, fugiu da área para participar nas jogadas e prendeu atenções dentro dela, rematando para testar os reflexos de Cezary Miszta. O fácil rematar Zeki Amdouni, dono de pés potentes na batida da bola, teve antes na sua cabeça uma bola de golo que o guardião polaco bloqueou. Di María prolongou a sua estadia no relvado, fomentador dos seus cruzamentos, passes picados e remates de esguelha, cheio de uma notória vontade em ver o seu nome também no resultado. Às tantas, a partida enganou.
A desvantagem parecia ser do Benfica, multiplicador de jogadas que acabavam dentro da área adversária, insistente num renovado ritmo sedento por chegar à baliza.
Numa dessas, com direito a bola longa e elegante de Renato Sanches, a rasgar o centro da jogada para a esquerda, Beste esperou por Carreras, o cruzamento rasteiro teve via verde na portagem de Kökçü, que deixou a solicitação passar e ir ter com o pé esquerdo de Andreas Schjelderup, o apelido mais complicado de pronunciar do Benfica que fez o 4-0, aos 79’. Uma recompensa para o talentoso norueguês, miúdo de dribles e ziguezagues, outra vontade com pernas, tronco e membros que foi intensificar a fome da equipa por engordar o resultado. Amdouni, a emendar outra jogada cortada nas últimas pelos aflitos defesas vila-condenses, fixou o 5-0, com 81 minutos jogados.
A sensação de não haver tempo a perder, de as camisolas encarnadas virem com uma certa urgência, provou a “determinação” em fugir à imagem deixada contra o Feyenoord, a meio da semana, que Bruno Lage tanto repetira, na véspera, ter avistado nos seus jogadores. Esse feeling perdurou durante a hora e meia de invasão feita na Luz ao Rio Ave, o primeiro adversário do treinador há quase seis anos, aquando da sua primeira chegada ao leme do Benfica. A tal sentimento juntou-se a vontade dos jogadores, titulares e suplentes (menos a de Florentino, que não jogou), em lavrarem o terreno da ressaca. E o abracadabra de um turco que só vê golos à frente."

Benfica-Rio Ave, 5-0 Aursnes é sir Lancelot na Camelot do Rei Aktur


"Norueguês foi determinante para criar desequilíbrios num modelo já de si bastante híbrido consoante os momentos do encontro. Turco abriu caminho com 'hat trick' e a goleada tornou-se uma inevitabilidade

Bruno Lage acabou mesmo por mexer no onze, mas não onde se esperava. Se tinha desfeito o duplo-pivot de Roger Schmidt logo ao primeiro jogo, acrescentando a Kokçu e Florentino Luís o compromisso de Rollheiser, e depois o de Aursnes em vez do argentino, sempre com a missão de estar atento ao desligar sem bola de Di María, agora, após o primeiro desaire, na Liga dos Campeões com o Feyenoord, não teve receio de voltar atrás, à procura de uma maior presença na área e em mais momentos de finalização. Voltou o 4x2x3x1 - por vezes um 3x4x3 com Carreras por dentro na primeira fase de construção, Bah e Beste projetados, e Di María, Pavlidis e Akturkoglu num tridente mais estreito - que aproximava a unidade com mais golo na atualidade do seu ponta de lança.
A resistência do 5x2x3 dos visitantes, um 3x4x3 wannabe nunca funcional pela dificuldade de se estender em campo, durou apenas 12 minutos. De um ponto de partida bem mais recuado do que antes, Aursnes atacou o espaço à frente de Di María, que baixara, e recebeu a bola como um extremo. Correu, cruzou, Pavlidis não chegou e foi Akturkoglu a levar a melhor no duelo com Aguilera, virando-se e atirando para o 1-0.
Quatro minutos depois, Aursnes voltou a estar sobre a direita e Di María a baixar, desta vez para receber a bola. A canhota do campeão do mundo funcionou à medida, enquanto Akturkoglu passava à frente de Patrick William, saltava antes do defesa e surpreendia o polaco Miszta, que saía da baliza. Toda a estratégia de Luís Freire estava por terra.
Pouco depois da meia-hora, o técnico vila-condense ficou sem Panzo, por problemas físicos, e fez entrar Renato Pantalon. Foi de um mau alívio do central croata já no tempo de compensação - Freire manteve o esquema e a vigilância apertada de Aderlan a Pavlidis -, que nasceu o terceiro das águias. Aursnes recuperou a bola e esta passou por Kokçu, Di María e acabou a ser enviada por Akturkoglu para as redes. Era o hat trick do turco, a atravessar um grande momento de forma, e a justificar a maior liberdade oferecida por Lage com a sua presença em terrenos mais interiores.

À procura de Pavlidis
Já se nota a ansiedade de Pavlidis pela falta de golos. O ponta de lança grego exagerou aqui e ali em alguns momentos e os companheiros tentaram várias vezes, com o resultado controlado, servi-lo para a finalização. Não conseguiram e ainda não foi desta que o goleador voltou a sorrir. Aos 61 minutos e ao mesmo tempo que Akturkoglu deixava o campo para a ovação de pé e para ser rendido por Amdouni, também Pavlidis recebeu ordem para trocar com Arthur Cabral. O brasileiro sentiu o momento e quis aproveitá-lo, apesar dos aplausos do estádio para o colega, e atirou logo de seguida de longe para grande defesa de Miszta.

Uma questão de tempo
Logo depois da bomba de Cabral, seria Beste a ameaçar o quarto e o guardião polaco a responder. A goleada era apenas uma questão de tempo, tais as dificuldades dos visitantes em todos os setores e metros quadrados do terreno. Amdouni e Arthur Cabral ameaçaram várias vezes, tal como Schjelderup, que finalmente assinou o 4-0, aos 79 minutos, após cruzamento e simulação de Kokçu. O turco, dois minutos depois, cruzou, o norueguês não chegou, e foi Amdouni a atirar para o quinto. Sem certezas se o modelo funcionará com rivais mais encorpados, hoje é certo que chegou e convenceu."

Cadomblé do Vata

Já nem adianta falar mais...!


"As regras para os jogos do Benfica são diferentes!
Temos que pedir um compêndio com as regras que que foram feitas para os jogos dos encarnados e distribuir por cada um dos seus adeptos.
Não se compreende...!
Ou então os árbitros já são instruídos para não marcar nada a favor do Benfica."

Escandaloso...

É continuarem calados..

Benfiquices!!!

Este lance só valeu cartão amarelo!!


"Não sei se é incompetência do árbitro e do VAR, ou se querem arranjar uma desculpa para dizerem que estão a manter os critérios do jogo de ontem do Famalicão - Sporting.
Está visto ao que vem esta dupla, árbitro e VAR.
E ainda só se jogaram 5'."