quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Di Maria, mais um ano!


É oficial, Angelito fica mais um ano!

Sou contra esta 'renovação'... sendo que o sucesso, depende da gestão do jogador por parte do treinador! E do excesso de reverência que os companheiros tendem a interagir na presença duma Lenda!

Estatisticamente na última época, os golos e as assistências do Di Maria foram muitos, vários decisivos, mas condiciona negativamente a equipa em diversas fases de jogo. O excesso de utilização será mau para todos!

Entusiasmo e paixão


"1. Foi muito bonita a chegada do autocarro com a equipa do Benfica à Praça Centenarium pelo final da tarde do último domingo. Os jogadores e os técnicos caminharam por entre alas de adeptos que os saudaram, a dessa proximidade nasceu um ambiente de entusiasmo e paixão. E o que é o Benfica se não entusiasmo e paixão?

2. Os adeptos tocaram nos jogadores, os jogadores e os treinadores responderam, sorrindo e trocando cumprimentos com os adeptos. Veladora desta cerimónia sem etiquetas, a estátua de Eusébio foi o monumento perfeito para aquela celebração. Foi, assim, que começou a Eusébio Cup, ainda fora do recinto do jogo. Começou assim e acabou com a vitória do Benfica sobre o Feyenoord por uma mão-cheia de golos, e com uma exibição mais do que satisfatória.

3. Começar bem é muito importante dentro e fora do relvado. Que este arranque do ciclo que se avizinha seja inspirador para todos. E, por todos, entenda-se jogadores, técnicos e adeptos. Fica tudo muito mais fácil obedecendo a este princípio.

4. Pizzi concedeu uma interessante entrevista a um canal de televisão. Pizzi não é um jogador qualquer que passou pelo Benfica. No seu palmarés de águia ao peito constam 4 Campeonatos Nacionais, 4 Supertaças, 2 Taças da Liga e 1 Taça de Portugal. Ouçamo-lo, assim, com atenção e com o respeito devido a um tetracampeão: 'Tínhamos um grupo muito bom, nunca tivemos problemas com o Bruno Lage, ele era incrível. A sua saída foi difícil, ele não era o culpado. O futuro do Benfica podia ser o Bruno Lage, ams a direção acabou por optar por outra decisão'.

5. Pizzi e outros seus companheiros do balneário da Luz foram acusados de ter 'tramado' Lage, contribuindo para a sua saída, lembram-se? Pois, tudo indica que as coisas não se passaram bem assim. Habituemo-nos a não dar ouvidos às campanhas negras tão em voga na nossa casa, mal os resultados não são os que desejamos.

6. Sexta-feira, 2 de Agosto, 20:00. Há mais Benfica, e, desta vez, no Estádio Algarve. O adversário é o Fulham. Trata-se do último jogo da pré-temporada. Não desperdiçarão esta oportunidade os benfiquistas algarvios, e os benfiquistas não algarvios que se encontram de férias do sul do país.

7. Os primeiros cinco jogos de preparação do Benfica na versão 2024/25 trouxeram-nos mais motivos do encanto do que de preocupação. E essa é uma boa notícia. Perante o que já nos foi mostrado - por duas vezes em Águeda, por uma vez em França, e por outros duas vezes no Estádio da Luz - não há como iludir a esperança numa temporada digna dos nossos sonhos. É um novo Benfica? Sim, é. Acontece todos os anos assim. O que não muda, nunca pode mudar, é a ambição de vencer. De preferência encantando."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Um encontro entre velhos e amigos rivais


"Em 1980, os veteranos Europeus do Benfica e do Sporting disputaram um desafio de futebol, com muita boa-disposição à mistura

O 26.ª aniversário do antigo Estádio da Luz foi comemorado com um vasto programa, em que o momento muito esperado foi um jogo entre glórias de Benfica que conquistaram o bicampeonato europeu, em 1962, e as do Sporting que venceram a Taça das Taças, em 1964. Ou quase, pois não 'pôde ser rigorosamente assim, mas andou lá perto'. Também estiveram presentes membros da equipa técnica do Benfica da altura, como Fernando Caiado (treinador adjunto de Béla Gutmann), o médico Dr. José Pinho e o massagista Hamilton Marques.
Antes do encontro, almoçaram todos juntos no restaurante do Estádio, apesar de que muitos tivessem preferido que tivesse sido um jantar, para comerem e beberem à vontade. O almoço foi marcado pelo bom convívio, disposição e recordações dos bons velhos tempos, com os jogadores de ambas as equipas a trocarem gracejos entre si. Eusébio não pôde ficar até ao fim, porque tinha de ir orientar 'os meninos da sua escola de jogadores (que) iam participar na festa da Luz'. Era visível que era 'agora, um homem realizado', apesar de que o mais difícil de lidar, na sua opinião, eram 'os papás e as mamãs' que queriam por força que os jovens pupilos jogassem.
Chegou, finalmente, 'a hora do jogo' e os craques foram 'para as cabinas'. Pérides, antigo jogador de ambos os emblemas e na altura técnico das camadas jovens benfiquistas, saltou 'de cabina para cabina', mas acabou por ingressar na equipa leonina, visto que fora um dos jogadores da Taça das Taças. José Águas preferiu ficar de fora, como fiscal de linha, por questões de saúde. Fernando Caiado alvitrou. 'Agora, não desatem para lá a correr feito malucos. Com calma, devagarinho, não se entusiasmem'. As bancadas estavam muito  bem-compostas, quase tanto como no do dérbi da equipa principal dois dias antes, e o público pôde assistir a um jogo 'bem curioso de seguir'. O Sporting começou melhor, chegando ao intervalo a vencer por 0-2, com golos de Oliveira Duarte e Osvaldo Silva. Mas, na segunda parte, Eusébio marcou 'num tiro à Eusébio e criou os outros dois golos para José Augusto', que ditaram a vitória encarnada por 3-2 e que fizeram com que o Benfica recebesse a taça em disputa. E 'confirmando a forma amigável como o jogo se desenrolou, os jogadores de ambas as equipas 'enfiaram' pelo mesmo túnel em direção às cabinas. Num Benfica - Sporting...'.
Saiba mais sobre o bicampeonato europeu na área 12 - Honrar o País, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Lídia Jorge, in O Benfica

Verão de 2022


"Falta apenas a partida, com o Fulham, para que o Benfica conclua a pré-temporada, e se apresente em condições de enfrentar, com vigor, aquele que é o grande objetivo para 2024/25, a reconquista do título nacional.
Até ao momento, nesta fase de preparação, o conjunto de Roger Schmidt defrontou duas equipas espanholas, uma inglesa, uma neerlandesa e uma portuguesa, e ainda não perdeu. Mas mais do que resultados, é importante relevar o bom futebol apresentado, o crescimento da equipa de jogo para jogo, e, sobretudo, a rápida integração dos reforços - alguns deles a mostrar um nível elevadíssimo, desde logo o ponta-de-lança grego Vangelis Pavlidis que veio colmatar, ao que parece de forma eloquente, aquela que considero ter sido a principal brecha do Benfica na última temporada.
Isto faz-me lembrar o verão de 2022, a primeira pré-época de Schmidt, e a forma como todos percebemos logo ali que se estava a formar uma equipa ganhadora. Na altura, reforços como Enzo, Neres, Bah ou Aursnes entraram de rompante na equipa, mostraram de imediato a sua qualidade, e seria preciso chegar ao Natal para que os encarnados cedessem a sua primeira derrota, numa caminhada triunfante que os levarão ao 38.º título de campeão.
Desta vez os reforços são o já mencionado Pavlidis, o excelente Barreiro e, ainda, Niklas Beste, mas também Prestianni - que de presumível emprestado passou, num ápice, e com todo o mérito a presumível titular, evidenciando uma dose de talento que não engana, e à qual está a juntar velocidade, intensidade e critério de passe, o que é notável num jovem de 18 anos, e promete muito para o futuro.
Não fossem as lesões de Rollheiser (que também entrara muito bem) e de Schjelderup, e tudo seria perfeito. A hora é, pois, de esperança, e a equipa tem feito por a alimentar."

Luís Fialho, in O Benfica

Da rua à comunidade


"Estive lá, em Viseu, no parque do Fontelo, para assistir à Final Nacional do projeto de Futebol de Rua da CAIS. Assisti à qualidade do futebol praticado e à dimensão e abrangência do projeto. Foi bonito de ver a alegria e o fair play que dominaram àquela tarde quente de julho que levou equipas de todo o país àquela cidade fantástica, que abraçou o desafio de ser a cidade europeia do desporto no ano que corre.
Neste enquadramento tinha de haver realce à dimensão social do desporto e ao ser contributo decisivo para a sustentabilidade. Tinha de haver, e houve, desporto, do bom! De facto, o nível competitivo da maioria das equipas e o valor individual de alguns destacados jogadores (eles e elas) proporcionaram, a quem assistia, momentos muito bons de futebol e um entretenimento de muita qualidade.
No fim do dia, dignificou-se o futebol e o desporto, motivaram-se ainda mais centenas de jovens e equipas focados do futebol, mas também no serviço à comunidade e na melhoria continua individual. Fez-se Futebol de Rua, mas sobretudo, mostrou-se uma vez mais que todos tempo lugar na nossa sociedade e que, ao reconhecê-lo, todos ficamos mais fortes e ganhamos com isso. Obrigado, CAIS, por não deixar cair a Rua no esquecimento!"

Jorge Miranda, in O Benfica