quinta-feira, 2 de maio de 2024

4.ª Taça da Liga

Benfica 1 - 0 Sporting


Não foi bonito, mas ganhámos!!!
A Patão no 2.º jogo da Taça de Portugal, mudou a equipa, deixámos de lirismos, e alterámos a estratágia, defendemos mais atrás, adaptámos as nossas Defesas às características das adversárias, deixámos de permitir contra-ataques parvos... os jogos tornaram-se mais feios, com menos oportunidades, mas vencemos!!!


Estamos a 3 jogos de fazer o Triplete, confirmando o domínio interno!!! O Campeonato já devia estar resolvido, mas as derrotas contra o Sporting nas duas voltas, obrigam a não descansar até ao fim: em Valadares na próxima jornada, e depois com o Racing no Seixal, ambos, jogos complicados... e depois o regresso ao Jamor, finalmente, para a Taça de Portugal, novamente, contra o Racing... A época foi comprida, dura, cansativa, mas é necessário não baixar o nível, não abrandar, porque o grau de dificuldade vai-se manter...




Tudo adiado!!!

Sporting 3 - 0 Benfica
25-22, 25-18, 27-25


O nosso pior jogo da Final, no Sábado temos que voltar a demonstrar que jogamos em casa, e na Luz, ganhámos nós!

PS: Inacreditável 'branca' na Final feminina da Liga de basquetebol, fizemos um parcial de 0-20 (quando estávamos com uma vantagem de 19 pontos!!!) que foi na verdade um 8-36 !!! Mesmo assim, conseguimos levar o jogo a prolongamento... onde nova sequência de erros inacreditáveis, nos obrigam a jogo 3, na negra, nos Açores!!! Onde já ganhámos, mas...
Entre muitos problemas, jogar sem uma Base a sério, torna inevitável que se cometa muitos erros parvos... ter a Rapha a 'mandar' no ataque, é um problema...!

Dia de decisões


"O Benfica tem a oportunidade de conquistar três títulos hoje. Este é o destaque na BNews.

1. A uma vitória do penta
Benfica e Sporting voltam a defrontar-se na final do Campeonato Nacional de voleibol, a qual é liderada pelo Benfica (2-1). O jogo 4 é no Pavilhão João Rocha, e, caso os encarnados vençam, sagrar-se-ão pentacampeões nacionais.
Marcel Matz partilha a receita para o embate: "Jogar bola a bola, sem pressa para resolver e fazer um jogo concentrado. Vamos conseguir colocar dificuldade na equipa deles. Temos uma oportunidade agora, vamos com tudo."

2. Aumentar o palmarés
As Inspiradoras procuram a conquista da 4.ª Taça da Liga para o palmarés benfiquista. Hoje, às 17h45, no Estádio do Restelo, Benfica e Sporting disputam a final da prova.
Filipa Patão revela a ambição benfiquista: "Vamos trabalhar e batalhar para ter uma época perfeita, que passa por ganhar todos os títulos [internos]. Fizemos história, atingindo os quartos de final da Champions, já ganhámos uma Supertaça e queremos levar mais uma Taça para casa. Tudo faremos para que isso possa acontecer."

3. Objetivo: reconquista
Depois do triunfo nos Açores, a equipa feminina de basquetebol do Benfica tem a oportunidade, às 14h30, na Luz, de regressar ao topo da modalidade. Uma vitória frente ao União Sportiva dá o título ao Clube.
Eugénio Rodrigues conta com os adeptos: "Tenho a certeza absoluta de que vão estar a apoiar a equipa, que os vai orgulhar."

4. Nomeações
Nos galardões da Confederação do Desporto de Portugal são vários os atletas do Benfica em destaque. João Neves é um dos nomeados para Jovem Promessa. Diogo Ribeiro, Fernando Pimenta, Francisca Nazareth, Teresa Portela, João Ribeiro e Messias Baptista também constam entre os nomeados.

5. Golo do Mês
Os Benfiquistas elegeram o primeiro golo obtido por Marcos Leonardo frente ao Braga.

6. Em busca do sucesso europeu
O futsal benfiquista já está na Arménia, onde luta, nesta semana, pela conquista da UEFA Futsal Champions League. O jogo das meias-finais é com o detentor do título, o Palma, na sexta-feira, às 15h00.

7. Outros jogos do dia
Em hóquei em patins, o Benfica recebe, na Luz, o Juventude Pacense (19h00). Também na condição de visitada, a equipa feminina de voleibol benfiquista enfrenta o Vitória SC no jogo 1 da final da Taça Federação (17h00). E, às 18h00, a equipa feminina de andebol tem desafio no reduto da Academia São Pedro do Sul.

8. Distinções
Os basquetebolistas Terrell Carter e Diogo Gameiro foram distinguidos na 3.ª edição dos Liga Betclic Awards. O poste norte-americano recebeu o prémio relativo aos Desarmes de Lançamento e o base português foi o eleito no prémio Fair Play Mike Plowden, que homenageia uma das maiores figuras do basquetebol benfiquista.

9. Futebol de formação
Nota para duas ações realizadas nos últimos dias: formação dos treinadores das Benfica Escolas de Futebol, na qual participaram mais de 80 técnicos das zonas centro e norte do país; e a segunda visita, na temporada, dos CFT ao Benfica Campus e Estádio da Luz.

10. Casa Benfica Tomar
Esta embaixada do benfiquismo comemorou 69 anos de vida."

"De facto, não temos prova direta disso, mas é uma dedução, pois só pode ter sido assim. Para haver acusação, não preciso de ter prova certa e absoluta, basta apenas ter um raciocínio dedutivo."

Simão Sabrosa, o excêntrico


"O futebol moderno tem matado os especialistas em livres diretos. A obsessão por marcar cada vez mais perto da baliza ajuda a explicar o fenómeno

Foi uma espécie de regresso ao passado. Na jornada anterior o avançado Rodrigo Pinho, do Estrela da Amadora, marcou um golo frente ao Boavista, no Estádio do Bessa, que parece pertencer ao tempo das cassetes VHS: livre de longe, remate em força com o peito do pé. Tão simples quanto belo e... raro. O leitor que faça o exercício: tente recordar-se dos últimos três golos de livre direto da sua equipa marcados pelo mesmo jogador. Se acha que é difícil, não exaspere, o fenómeno é global: os golos de livre direto têm vindo a cair a pique nas cinco principais ligas europeias, onde paradoxalmente estão os melhores executantes, aqueles para quem o couro não tem segredos. Segundo a plataforma estatística Opta, entre as épocas 2014/2015 e 2021/2022 foram apontados menos 75 golos nas big 5 desta forma. Observada a informação em gráfico, percebe-se que a questão é transversal: é uma queda acentuada a várias cores. Mais: em 64 jogos no último Mundial, no Catar (2022), apenas dois golos nasceram de livre direto, onde estavam, portanto, os melhores jogadores do mundo. De Messi a Ronaldo, de Modric a Kroos, de Kane a Mbappé.
Vários motivos estarão por detrás deste fenómeno. A massificação da utilização dos dados ao serviço do futebol será um deles, segundo os quais as probabilidades de sucesso nos remates de longe são baixas, optando-se por jogadas de laboratório sempre que a bola esteja a mais de 30 metros; mas também as barreiras mais densas com a introdução do jogador-prancha, deitado de lado para permitir o salto dos colegas (cada vez mais altos).
Porém se pensarmos que no futebol corrido há cada vez menos golos em resultado de remates de meia distância (os números também o confirmam) facilmente chegamos à conclusão de que o jogo tem vindo a conhecer mudanças na dinâmica ofensiva —todas as equipas, de uma forma ou de outra, estão formatadas para tentar chegar ao golo num futebol cada vez mais associativo e, mais relevante ainda, tentá-lo a uma distância muito mais próxima da baliza, reduzindo ao mínimo o risco (a ousadia!) para o qual se inventaram tantos nomes: tiro, bilhete, bomba, petardo, míssil — termos que, à falta de uso e porque o wokismo um dia também irá estender os seus longos braços a gíria da bola, caminham para um processo de congelação.
Temos assim um futebol sem grandes craques do livre direto, do tiro libre, do free kick. Até o próprio Cristiano Ronaldo se tornou, com o passar dos anos, o oposto do que foi (e não é a idade que o explica), e nem mesmo Messi ficará para a história como um dos melhores executantes, comparado com jogadores de muito menor dimensão futebolística, mas que foram bem mais decisivos a fazer o esférico sobrevoar uma formação de homens alinhados.
Que se faça, pois, a homenagem a especialistas (sem ser necessário recuar a Eusébio, nem a Branco, Maradona, Celso ou Ronald Koeman) de um tempo que parece perdido sem que se entenda bem porquê. Juninho Pernambucano, Nedved, Ronaldinho Gaúcho, Beckham, o guarda-redes Rogério Ceni ou mesmo Simão Sabrosa foram mestres de uma arte que hoje parece estar atirada para a prateleira da excentricidade. Quando Ward Prowse, um razoável jogador do West Ham, é considerado o melhor batedor de livres de atualidade está tudo dito."

O assunto do momento


"DI MARÍA MAIS UMA ÉPOCA
SIM OU NÃO?

OS NÚMEROS NESTA ALTURA
(faltam 3 jogos)
46 jogos
3.818 minutos
16 golos
12 assistências

O QUE SE DIZ DE DI MARÍA
> ESTÁ VELHO, NÃO AGUENTA 90 MIN
Não concordo totalmente Já o vi ser importantíssimo e decisivo nos últimos minutos dos jogos. Um exemplo: remontada contra o Sporting para a Liga na Luz. Ainda recentemente, no final de uma época em que jogou mais do que nunca, foi o nosso melhor jogador em Faro depois de fazer dias antes 120 minutos contra o Marselha (o nosso preparador físico é mesmo top!).
> CLASSE TOP MUNDIAL
É um jogador de classe top mundial, de onde se espera sempre que "tire um coelho da cartola" e resolva um jogo. Isso aconteceu várias vezes esta época. As equipas precisam de jogadores assim. Acresce que chamam a si adversários e libertam espaços para outros na frente.
> PERDE MUITAS BOLAS
É verdade que abusa muitas vezes dos lances individuais até perder a bola. Mas é também quem mais arrisca. É uma questão que o treinador tinha ou tem que resolver.
> É UM A MENOS NO PROCESSO DEFENSIVO
Com outros - Rafa, Neres, Arthur, etc. - impede a equipa de fazer pressão alta e ser mais rápida e mais subida na recuperação da posse de bola.
> ASSUME O JOGO
A bola não queima, chama a si as responsabilidades, é muito importante quando a equipa está sem ideias e sem soluções, o que aconteceu várias vezes esta época.
> NÃO GOSTA DE SER SUBSTITUÍDO
Esse é um problema do treinador e da estrutura. Não conheço nenhum jogador que goste de ser substituído.
> AMA O BENFICA
Penso que é verdade, caso contrário não teria vindo para a Luz com possibilidades de ganhar muito mais dinheiro noutros países.
> CONCLUSÃO
O balanço da época é positivo. Aliás, as notas - Bola Record, Jogo, ZeroZero, GoalPoint e SofaScore - dizem que é, a par de João Neves, o melhor jogador do Benfica na época. Isto é factual, não é uma opinião. Eu votaria SIM à continuidade de Di María. Mas precisa corrigir os pontos fracos apresentados: burro velho aprende línguas? Consegue o treinador levá-lo a isso?"

Contactos no futebol: quando são legais, imprudentes, negligentes ou grosseiros?


"Regresso ao tema dos contactos físicos no futebol, por ser um assunto atual e nem sempre claro para todos.

Em termos teóricos, a questão é bastante fácil de entender:
- Há contactos legais, contactos ilegais que não justificam cartão (os imprudentes), contactos ilegais punidos com amarelo (os negligentes) e contactos ilegais punidos com vermelho (as faltas grosseiras ou a conduta violenta).
Mais complicado é avalia-los em campo, daí o ruído que tantas vezes se vê por aí.
Para tentar ajudar ao esclarecimento, ficam as seguintes dicas técnicas:

1. CONTACTOS LEGAIS
Por defeito, o futebol é um jogo que permite contacto físico. Para que seja legal, tem que ser adequado/proporcional ao movimento que os jogadores realizam, ou seja, o toque de um não pode afetar negativamente o outro.
Um contacto ombro no ombro com bola jogável é correto, tal como uma mão ou braço no corpo do adversário desde que não o empurre, agarre ou prejudique ostensivamente. São os tais aceitáveis no contexto.
Também os contactos decorrentes de abordagem correta à jogada, aqueles que são consequência inevitável de entrada legal à bola, são permitidos: o guarda-redes usa as duas mãos para desviar a bola e na sequência faz tropeçar o adversário; o defesa entra em tacle na bola (sem colocar nada "a mais" ou "acima" do necessário), tocando inevitavelmente no opositor que está à sua frente. À partida, tudo certo.
E há ainda os toques "acidentais/fortuitos", como os choques entre jogadores que procuram a mesma coisa (correndo um em direção ao outro) ou o contacto/pisão que por exemplo acontece quando um jogador tenta intercetar remate ou tentativa de afastar a bola por parte do outro.
Quem não se lembra da lesão de David Carmo, que se projetou para a frente de Luís Diaz, quando a única coisa que o avançado colombiano fez foi rematar à baliza adversária?
Não havendo disputa (ou noção que há disputa) entre jogadores, não há infração se apenas houver tentativa legal em jogar a bola. Percebido?

2. CONTACTOS IMPRUDENTES
São os que manifestam falta de atenção, precaução ou cuidado na abordagem.
Pressupõe disputa de bola entre jogadores, em que ambos estão "obrigados" a ter atenção à forma como se fazem à jogada, sob pena de magoarem o adversário.
Exemplo clássico é o do jogador que persegue o rival, sabendo que corre o risco de o fazer cair com toque ligeiro, (ainda que involuntário) na passada. Nesse caso não se pune a intenção mas o facto de quem vai atrás "pôr-se a jeito", ou seja, escolher aproximar-se demasiado, sem o cuidado necessário para impedir o contacto com quem vai à frente.
Outro: o jogador que salta à bola com o opositor tem que ter atenção na forma como usa os braços, sob pena de o atingir por descuido. Infração sim mas sem cartão desde que, lá está, a abordagem não tenha nada "a mais" ou "acima" do necessário.

3. CONTACTOS NEGLIGENTES
São punidos com cartão amarelo porque não medem o perigo ou consequência que a abordagem pode ter para o adversário. Aqui sim, o jogador põe carga, força ou intensidade acima do que precisa para a disputa, correndo o risco de lesionar o colega de profissão.
São, por exemplo, as entradas que o atingem de forma evitável e desnecessária ou o uso de braços "a mais", que acertam no corpo do opositor com algum perigo.
No fundo, as tais infrações típicas para advertência que muitas vezes são até simples de identificar.

4. FALTA GROSSEIRA/CONDUTA VIOLENTA
O nome diz tudo. As faltas grosseiras são aquelas em que é aplicada força excessiva e totalmente desproporcional (na velocidade, malícia, intensidade ou carga exercida) ou apenas aquelas que põem claramente em risco a integridade física do jogador (por exemplo, de poder partir a perna, rasgar o tendão de aquiles, magoar o joelho, atingir o rosto, etc).
Pressupõem que o jogo esteja a decorrer e que exista disputa de bola entre jogadores.
Já a conduta violenta é a agressão pura e simples. Pode ser com a bola a rolar ou com o jogo parado, pode ser sobre um adversário, colega de equipa, árbitro ou qualquer outra pessoa e pode ocorrer dentro ou fora do terreno de jogo.
É bater, ponto! Dar (ou tentar dar) uma cotovelada, um soco, uma chapada, um pontapé ou até fazer entrada disparatada e agressiva, sem a bola estar presente.
Quando são claras, ninguém tem dúvidas. O problema, claro, é quando umas estão no limite das outras:
Inevitável/fortuito/aceitável... ou imprudente?
Imprudente... ou negligente?
Negligente... ou grosseira?
Se fosse fácil, não se chamaria futebol nem seria tão apaixonante."

Um triste fim


"Na hora da derrota final, Pinto da Costa limitou-se a entrar no carro e a desaparecer na noite da Invicta

É (e será para sempre) indiscutível o legado de conquistas e vitórias que os 42 anos de poder de Pinto da Costa deixaram no FC Porto. Os números são indesmentíveis: mais de 1.300 troféus, dos quais 68 no futebol!
Serão, por isso, mal-agradecidos os 21.489 sócios (80,2 por cento dos que foram votar) que escolheram um novo rumo para os azuis e brancos com André Villas-Boas? Naturalmente que não. Não haverá um portista que não reconheça no agora ex-presidente do clube o mais relevante motor de conquista da história de um clube que, antes da sua chegada, vencera sete vezes o Campeonato e, depois, o celebrou em mais 23 ocasiões e que, em 1987 e 2004, se sagrou campeão europeu.
Porém, não são cegos, surdos e mudos os sócios que, após quatro décadas, decidiram que era hora de retirar o poder a quem, segundo os próprios, o foi perdendo para interesses e influências que o beneficiavam mais a ele do que ao histórico emblema da Invicta.
A gota de água, para quem, eventualmente, se recusava a ver por dentro aquilo que há muito já era visível de fora, foi o clima de violência e ameaças que se viveu na assembleia geral extraordinária de 13 de novembro de 2023 e, sobretudo, a forma leviana como Pinto da Costa a ela se referiu: «Não foi ninguém para o hospital…» E, como dias depois, na sequência da Operação Pretoriano, se solidarizou com o líder da claque SuperDragões, um dos detidos.
A maioria, até agora silenciosa, sentiu que era hora de pôr fim ao medo e à coação, que era hora de libertar o seu amado clube da presença demasiado poderosa de figuras que nada de positivo trazem à sua imagem e cuja principal função não foi mais do que perpetuar alguém no poder.
A campanha eleitoral, sobretudo nos seus derradeiros dias, tornou ainda mais evidente o desespero de Pinto da Costa para se manter na liderança, assinando uma série de decisões em cima do instante final, numa cadeia de acontecimentos que só podia ter por finalidade deixar campo minado para quem lhe sucedesse – sim, porque só à luz de ter conhecimento do que aí vinha (a tal diferença 80/20) se entende as medidas desesperadas das vésperas da assembleia eleitoral no Dragão. O resultado foi muito claro.
E, nem na hora da despedida, Pinto da Costa conseguiu ter um discurso de união. Um discurso que, na verdade, nunca teve, pautando, ao invés, os 42 anos de poder por uma atuação populista e de divisão com o intuito, quiçá, de endeusamento perpétuo... Na noite da derrota, da mais pesada das derrotas, simplesmente entrou no carro e saiu, em silêncio, desaparecendo na noite da Invicta. Um triste fim no dia em que a democracia ditou o seu adeus."

NBA ‘player’ TV


"Prevê-se que a base negocial dos novos direitos de transmissão dos jogos comece nos 50 mil milhões de dólares e possa ir aos 60 ou 70 mil milhões

Enquando no play-off se decide quem vai ser o 78.º campeão, que nunca terminará antes de 14 de junho, fora das quatro linhas tem estado a decorrer outro importante jogo, menos falado, sobre o futuro da NBA, só que a nível financeiro e que terá reflexos na estabilidade e receitas, no mínimo, na próxima década: os novos contratos televisivos.
Nenhuma decisão importante a nível estrutural, como a tão aguardada expansão de clubes, que também se prevê na WNBA, acontecerá até que esse multimilionário negócio esteja resolvido. Isso parece certo. Os direitos de transmissão da liga feminina, jogos que estão a causar expectativa antes do arranque da época e a esgotar pavilhões, bem mais pequenos do que os da NBA, é verdade, voltarão a ser negociados em conjunto. Por muito que o basquetebol feminino profissional esteja a ser desejado com a chegada de novas e entusiasmantes estrelas, como a n.º 1 do draft Caitlin Clark (Indiana Fever), ainda não tem poder para, sozinho, ter vantagem.
O último contrato televisivo com a ABC/ESPN e TNT entrou em vigor em 2016/17 e termina no final de 2024/25. Nunca antes a NBA assinara por nove anos, mas os 24 mil milhões de dólares (22,40 mil milhões de euros), que têm dado 2,7 mil milhões/ano (2,51 mil milhões) justificavam-no.
Agora, e com as audiências televisivas a terem os melhores números das últimas quatro temporadas, prevê-se que a base de negociação comece nos 50 mil milhões (46,65 mil milhões), no entanto, existe quem ambicione chegar aos 60 ou mesmo 70 mil milhões (56 ou 65,3 mil milhões), dependendo do tempo de duração.
Na passada semana terminou o período de renegociação exclusiva de direitos com a ABC/ESPN (Disney) e TNT (Warner Bros, Discovery), responsáveis pelas transmissões a nível nacional e, como se esperava, não houve conclusão. A NBA, que espera ter este dossier fechado entre junho e dezembro, quer ouvir outros players.
Consta que candidatos não faltam. A começar pela Amazon, via Prime Video, que se tem virado para o desporto profissional, conseguindo por dois anos jogos da NHL (hóquei no gelo) para o Canadá e uma vez por semana para os Estados Unidos, mas também está a atacar as transmissões regionais da NBA e até fora do país, caso do Brasil.
Porém, existem outros interessados em conversar, como a Netflix, que assinou com a WWE (wrestling) por 10 anos e 5 mil milhões (4,66 mil milhões) e esta época tentou ficar com os direitos do In-Season Tournment da NBA, ou a Apple Sports, que em fevereiro passou a transmitir o campeonato de futebol da MLS. Todos desejam alargar o leque de ofertas ao público numa feroz guerra online e por cabo.
Concluído este negócio, a Liga estará em posição de concluir onde surgirão os novos clubes. Las Vegas, Seattle, San Diego, Louisville ou Vancouver estão entre alguns dos candidatos — Cidade de México, que tem uma equipa da G League, parece a história da entrada da Turquia para a União Europeia, está sempre adiada — aos quais terá justificação para exigir a quem quiser juntar-se às 30 equipas existentes qualquer coisa como 3 ou 4 mil milhões de joia. Coisa pouca que valorizará ainda mais todos os clubes."

Mais um caso no TJUE


"As conclusões do Advogado-Geral incidem sobre o aspeto da livre circulação

Foram conhecidas as Conclusões do Advogado-Geral do Tribunal de Justiça da União Europeia no âmbito de um processo referente a um jogador de futebol profissional que coloca em causa as normas do RETJ da FIFA, demandando esta e a URBSFA (organismo máximo do futebol belga) num órgão jurisdicional belga, pedindo uma indemnização de 6M€.
O Advogado-Geral propõe ao TJUE que declare que as regras da FIFA que regem as relações contratuais entre jogadores e clubes podem revelar-se contrárias às regras da União em matéria de concorrência e de livre circulação de pessoas. Considera que as normas do RETJ restringem a livre circulação porquanto são suscetíveis de desencorajar ou dissuadir os clubes de contratarem o jogador por receio de exposição a um risco financeiro. As sanções desportivas com que são confrontados os clubes que contratam o jogador podem efetivamente impedir um jogador de exercer a sua profissão num clube situado noutro Estado-Membro.
No que respeita às regras da concorrência, observa que, pela sua própria natureza, o RETJ limita a possibilidade de os jogadores mudarem de clubes e, inversamente, de os (novos) clubes contratarem jogadores, numa situação em que o jogador tenha rescindido o seu contrato sem justa causa. Deste modo, ao limitar a capacidade dos clubes para recrutar jogadores, o RETJ afeta necessariamente a concorrência entre clubes no mercado da aquisição de jogadores profissionais, restrição que, a seu ver, não tem justificação.As conclusões do Advogado-Geral incidem exclusivamente sobre o aspeto da livre circulação de trabalhadores no caso em apreço, não sendo vinculativas para o Tribunal de Justiça, nem a decisão do Tribunal de Justiça vincula a decisão final do Tribunal belga que está a julgar o litígio."