"Prevê-se que a base negocial dos novos direitos de transmissão dos jogos comece nos 50 mil milhões de dólares e possa ir aos 60 ou 70 mil milhões
Enquando no play-off se decide quem vai ser o 78.º campeão, que nunca terminará antes de 14 de junho, fora das quatro linhas tem estado a decorrer outro importante jogo, menos falado, sobre o futuro da NBA, só que a nível financeiro e que terá reflexos na estabilidade e receitas, no mínimo, na próxima década: os novos contratos televisivos.
Nenhuma decisão importante a nível estrutural, como a tão aguardada expansão de clubes, que também se prevê na WNBA, acontecerá até que esse multimilionário negócio esteja resolvido. Isso parece certo. Os direitos de transmissão da liga feminina, jogos que estão a causar expectativa antes do arranque da época e a esgotar pavilhões, bem mais pequenos do que os da NBA, é verdade, voltarão a ser negociados em conjunto. Por muito que o basquetebol feminino profissional esteja a ser desejado com a chegada de novas e entusiasmantes estrelas, como a n.º 1 do draft Caitlin Clark (Indiana Fever), ainda não tem poder para, sozinho, ter vantagem.
O último contrato televisivo com a ABC/ESPN e TNT entrou em vigor em 2016/17 e termina no final de 2024/25. Nunca antes a NBA assinara por nove anos, mas os 24 mil milhões de dólares (22,40 mil milhões de euros), que têm dado 2,7 mil milhões/ano (2,51 mil milhões) justificavam-no.
Agora, e com as audiências televisivas a terem os melhores números das últimas quatro temporadas, prevê-se que a base de negociação comece nos 50 mil milhões (46,65 mil milhões), no entanto, existe quem ambicione chegar aos 60 ou mesmo 70 mil milhões (56 ou 65,3 mil milhões), dependendo do tempo de duração.
Na passada semana terminou o período de renegociação exclusiva de direitos com a ABC/ESPN (Disney) e TNT (Warner Bros, Discovery), responsáveis pelas transmissões a nível nacional e, como se esperava, não houve conclusão. A NBA, que espera ter este dossier fechado entre junho e dezembro, quer ouvir outros players.
Consta que candidatos não faltam. A começar pela Amazon, via Prime Video, que se tem virado para o desporto profissional, conseguindo por dois anos jogos da NHL (hóquei no gelo) para o Canadá e uma vez por semana para os Estados Unidos, mas também está a atacar as transmissões regionais da NBA e até fora do país, caso do Brasil.
Porém, existem outros interessados em conversar, como a Netflix, que assinou com a WWE (wrestling) por 10 anos e 5 mil milhões (4,66 mil milhões) e esta época tentou ficar com os direitos do In-Season Tournment da NBA, ou a Apple Sports, que em fevereiro passou a transmitir o campeonato de futebol da MLS. Todos desejam alargar o leque de ofertas ao público numa feroz guerra online e por cabo.
Concluído este negócio, a Liga estará em posição de concluir onde surgirão os novos clubes. Las Vegas, Seattle, San Diego, Louisville ou Vancouver estão entre alguns dos candidatos — Cidade de México, que tem uma equipa da G League, parece a história da entrada da Turquia para a União Europeia, está sempre adiada — aos quais terá justificação para exigir a quem quiser juntar-se às 30 equipas existentes qualquer coisa como 3 ou 4 mil milhões de joia. Coisa pouca que valorizará ainda mais todos os clubes."
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