terça-feira, 9 de abril de 2024

Caracóis ao alto !!!

Vamos conversar !!!


"Tenho lido e ouvido que a equipa do Porto não tem sabido reagir de forma emocionalmente equilibrada aos erros de arbitragem. Por favor, falem-me mais disso."

FC Porto e Sérgio Conceição: futebol sem alegria


"O FC Porto está a tentar segurar o 3.º lugar enquanto espera que a época termine depressa

No final do jogo contra o Vitória SC, e de mais uma derrota no Estádio do Dragão, Sérgio Conceição desabafou: «Sinceramente, começo a perder a alegria e a paixão do que é o futebol». O treinador estava a enumerar queixas contra a arbitragem de Fábio Veríssimo, mas aproveito esta frase para refletir sobre a atual situação do FC Porto - e do seu técnico.
Com pouco mais de um mês por jogar, os azuis e brancos antecipam-se à matemática e já sabem que não vão ser campeões. Também anteveem que não chegarão ao 2.º lugar e à tão necessária oportunidade de encaixar os milhões da Liga dos Campeões. E o que o jogo do último domingo trouxe foi mais um sério aviso: ou a equipa acorda deste estado de renúncia ao campeonato, ou até o 3.º posto pode estar ameaçado. Neste momento, resta a Taça de Portugal e o orgulho em mais uma campanha internacional bem conseguida para disfarçar uma má época.
Mais do que o futebol jogado em campo (porque noutros anos também foi muito questionado, mas acabou quase sempre por ter resultados), o que tem faltado aos portistas é precisamente o maior trunfo de Conceição: uma mentalidade competitiva, sempre ligada no máximo e que mantém os adversários em alerta. Este é um FC Porto apático, que se arrasta em campo à espera que a época termine depressa e que dá mais sinais de vida em protesto contra os árbitros do que na vontade de vencer os jogos. Já não há rasgo de Francisco, golo de Evanilson ou passe de Nico que disfarcem isto: o FC Porto perdeu a alegria e os sinais de desgaste do treinador vão-se acumulando.
Durante a confusão que veio de um torneio de infantis em Espanha, Sérgio Conceição chegou mesmo a dizer que se fosse preciso fazer uma pausa no futebol para provar a sua inocência a faria. Após sete anos de alta intensidade, é normal que o técnico tenha estes desabafos. O que não é normal é que, em campo, a equipa já tenha desistido. O FC Porto de Conceição já teve outras crises - umas de resultados, muitas de exibições -, mas nunca tinha atirado a toalha ao chão, como agora parece ter acontecido. E isso, na minha opinião, não é só resultado de mais uma época com opções muito instáveis (ainda por cima, numa altura invulgar na história do clube, com as eleições mais disputadas em 40 anos à porta), mas também do cansaço do treinador que ainda há umas semanas preparava dois jogos contra o Arsenal de forma quase perfeita e que agora não consegue montar a equipa de forma a ganhar a Estoril e Vitória.
Neste momento, ninguém sabe o futuro do FC Porto e de Sérgio Conceição. Depois de 27 de abril teremos algumas respostas, mas até lá ainda há jogos e conferências de imprensa. Não dá para fazer uma pausa na época, respirar e esperar que esta recomece com outro estado de espírito. Ao treinador e à equipa vão exigir-se respostas em campo, mas uma coisa é certa por agora: parece cada vez mais difícil recuperar a alegria."

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica esclarece que são totalmente falsos os comentários e as informações que apontam para a contratação de um novo treinador.
O foco de toda a estrutura do futebol e do treinador Roger Schmidt está, por inteiro, na passagem às meias-finais da Liga Europa e nas seis vitórias que pretendemos assegurar no Campeonato."

16.ª 𝘾𝙤𝙧𝙧𝙞𝙙𝙖 𝘽𝙚𝙣𝙛𝙞𝙘𝙖 𝘼𝙣𝙩𝙤́𝙣𝙞𝙤 𝙇𝙚𝙞𝙩𝙖̃𝙤 🎥🎞️🏃

O adepto já despediu Roger Schmidt


"A conclusão mais fácil que sempre se tira é a de que o culpado do fracasso é o treinador

O adepto do Benfica há muito que despediu Roger Schmidt. Fê-lo logo, mentalmente e publicamente nas redes sociais, pela forma menos convincente com que se sagrou campeão. Repetiu-o, mesmo depois da conquista da Supertaça e de ter vencido FC Porto e Sporting, após a má prestação na Champions e reforçou a ideia com as exibições menos conseguidas, ao ponto de lhe atirar objetos na altura das substituições, algo nunca visto. Já quando saiu goleado do Dragão, o mesmo adepto encolheu os ombros e disse para os amigos «Eu avisei», juntando-lhe a questão «Lembras-te do que te disse há meses?» na eliminação na Taça e agora na derrota em Alvalade, que parece afastar a equipa do título em definitivo.
Para as bancadas, o alemão não tem futuro no clube. No entanto, e por muito que Rui Costa ainda tenha esse lado apaixonado pelo emblema que dirige e do qual dificilmente se livrará sem que o influencie um pouco, é nestes momentos que um gestor tem de ser racional para poder ser o mais eficiente possível.
Mesmo achando que há responsabilidades de Schmidt na forma como geriu esta temporada, nas dificuldades que teve para assentar as próprias ideias, na estabilização de um melhor onze e até de ser convincente no mercado (seja com o que delineou ou nas decisões em que assinou por baixo ao aceitá-las, não sabemos o que aconteceu), ao ponto de chegar a este momento já em défice e exposto ao KO, não acho que um despedimento no verão, caso se confirme uma época sem títulos, à exceção da tal Supertaça, deva ser assumido de ânimo leve.
Num dos pratos da balança, e com peso considerável, estará a inevitável e insuportável pressão do terceiro anel sobre um treinador já fragilizado. Todavia, não seria a primeira vez que técnicos com épocas em branco voltaram a reencontrar-se e a ter sucesso em Portugal. Conceição, Amorim e Jesus são bons exemplos. Depois, despedir o alemão, que renovou há pouco mais de um ano até 2026, custaria ao clube o mesmo que uma transferência de um bom jogador, como Aursnes ou Neres. Quero acreditar que a estrutura do futebol encarnado encontrou no trabalho diário, além dos jogos, razões suficientes para tal aposta de longo prazo. Ou seja, não pode ter sido obra de um impulso.
Antes de se tomar uma decisão com o impacto de um despedimento, é necessário perceber o que correu mal e se há algo que acrescentado ao projeto poderia ter levado a outros resultados. Uma aposta mais assertiva no mercado com melhor aproveitamento do scouting, uma estrutura de futebol mais presente e reforçada ou até um eventual reforço da equipa técnica em situações específicas, como as bolas paradas. São apenas exemplos.
Se a direção chegar à conclusão de que há um único réu – e essa, apesar de ser a mais fácil de se chegar, também é a mais difícil de entender – é necessário responder a outras questões fundamentais. Qual é o projeto que o clube quer? Para que este seja bem-sucedido que futebol quer jogar? Há uma solução melhor disponível? Em Portugal? No estrangeiro? Mudar tem, sobretudo, de fazer sentido."

Benfica: não é azar, é incompetência


"O Benfica parece apostado em fazer sofrer os seus adeptos de todas as maneiras possíveis e imagináveis. O argumentista deste guião deve pensar que já esgotou todas as ideias (tanto que até já repete cromos: FC Porto campeão na Luz ou levar mais uma manita do rival do norte) até que se lembrou de uma nova: e que tal desta vez ser o Sporting a ter o seu momento Kelvin e marcar um golo nos descontos num jogo decisivo (ou vá, fundamental) para o campeonato.
Parece que o karma persegue o Benfica. Que mais falta? Desde finais europeias perdidas em penaltys ou nos descontos, a goleadas e derrotas nos instantes finais com rivais, já se viveu de tudo. É azar? Sim, algum. Mas é só azar o Benfica vencer um campeonato nos últimos cinco (confirmando-se a perda deste)? É só azar o Benfica já ir para 7 anos sem vencer a Taça de Portugal? É só azar ter vencido a prova rainha apenas 3 vezes nos últimos 27 anos? É só azar já ir para 8 anos sem vencer a Taça da Liga? Não, não é só azar. É incompetência e falta de empenho. O Benfica é o aluno burguês que não estuda o ano todo e não se aplica, porque está convencido que tem mais capacidade que os outros e até se ri dos colegas do lado que tiram apontamentos. E depois quando a coisa aperta até é capaz de fazer uma noitada na véspera do exame e quase, quase tira a positiva. Mas lá está, o karma (ou melhor, a incompetência). Falha na última resposta do exame e tem 49%.
O que o Benfica se esforçou e jogou nestes dois jogos com o Sporting, foi o que não se esforçou e jogou o ano todo. Não fico satisfeito com esta súbita competitividade. Fico frustrado porque os dois resultados foram injustos, mas fico irritado porque esta equipa podia e devia ter feito mais. Não aceito o "low expectation" de "até demos luta e os jogadores correram. Não se pode apontar nada". Não se pode apontar nada? Claro que se pode apontar! O Benfica paga ordenados muito acima de Porto e Sporting. O Benfica tem mais receitas que os outros, gasta mais dinheiro que os outros, tem mais assistência no estádio num Benfica-AVS para a Taça da Liga que no Sporting-FC Porto para o campeonato. Só que já dizia Johan Cruyff: "Nunca vi um saco de dinheiro fazer um golo". Era preciso competência. E aplicação. O ano todo. O caso do lateral esquerdo é paradigmático: sai Grimaldo e gasta-se 14 milhões em Jurasek para só quando chega se perceber que não tem nível nenhum para o Benfica. Traz-se então Bernat e este fica lesionado o ano todo. À falta de melhor, coloca-se Aursnes, o melhor médio do campeonato passado, a lateral o ano todo e em janeiro vai-se buscar um Álvaro Carreras por empréstimo, para chegar e ficar no banco. E assim se vão falhando os alvos e torrando dinheiro. Não é incompetência? E os avançados? Quase 60 milhões gastos em Arthur Cabral, Tengsted e Marcos Leonardo para marcarem apenas a miserável quantia de 15 golos a época toda. Daqui a 1 mês o Benfica gasta mais 20 milhões noutro avançado qualquer e segue o carrossel.
Com pena minha, pois até gostei do alemão e entendo que o sucesso dificilmente se consegue mudando de treinador todos os anos, mas parece-me claro agora que Benfica e Roger Schmidt se devem divorciar no final da época. Aquela renovação por mais dois anos foi um erro, foi uma precipitação (típica da euforia que o clube sente quando está no topo) e que agora vai sair cara. Roger Schmidt foi perdendo todo o crédito que ganhou com um arranque de projeto sensacional e a conquista do título, com esta 2ª temporada péssima. Não sei se haverá memória (pelo menos no nosso clube) de um treinador tirar tão pouco rendimento de um plantel com esta quantidade de opções. Todo o ano o Benfica não teve jogo coletivo, viveu sempre do valor individual e Schmidt nunca soube acertar no onze nem mexer bem nas substituições durante os jogos. Dá ideia que no seu Benfica há folgas a mais e trabalho a menos. E que não estuda os adversários.
Mudar de treinador quando não se tem sucesso é o costume nos clubes de futebol. Mas o problema do Benfica vai muito além do treinador. Querer só essa decisão é olhar para a árvore, mas não para a floresta. É apontar para a lua e só ver o dedo. Há muita incompetência na estrutura dirigente do clube. E acomodação. Saiu Vieira, mas continua lá toda a restante equipa. São pessoas há demasiados anos no clube, esgotados, acomodados e sem sangue na guelra e ideias novas. O clube precisava de um tratamento de choque, de um renovar completo. De começar tudo de novo, com uma injeção de novo Benfiquismo. Um Benfiquismo puro, mesmo que sem experiência, que até podia cometer erros aqui e ali, mas que tomasse a direção do clube como a coisa mais importante do mundo. E que morresse de vergonha se falhasse constantemente. Há pessoas dentro do Benfica que estão lá há anos, se não décadas e a tanto falhanço apenas encolhem os ombros. Honestamente, eu tinha vergonha de ter o Benfica nas minhas mãos, o maior Ferrari do futebol português e falhar tanto. Sentia-me mal e dava a vez a outro.
Mas para o ano estão lá todos outra vez. Eles na tribuna e nós nas bancadas.
"Quero um Benfica a intimidar o adversário. Quero o Manto Sagrado a entrar com vocês, em qualquer estádio, e a assustá-los, pá!" - Vítor Paneira no discurso de encerramento da candidatura de Noronha Lopes, com a tal ambição, entusiasmo, raça e benfiquismo puro que queria de volta ao Glorioso."

Grande participação


"O tema em destaque nesta edição da BNews é a 16.ª edição da Corrida Benfica António Leitão, realizada no último fim de semana.

1. Dulce Félix venceu
A 16.ª Corrida Benfica António Leitão contou com milhares de participantes. Nos homens venceu Fábio Mascarenhas, com Rodrigo Freitas, do Benfica, a terminar na 2.ª posição. Nas mulheres ganhou a atleta do Benfica Dulce Félix.

2. Comunicado
Num comunicado conjunto com o Marselha, o Sport Lisboa e Benfica apela às autoridades que garantam a presença de adeptos de ambos os clubes nos jogos disputados na condição de visitante.

3. Resultados
Em hóquei em patins, o Benfica venceu, por 2-4, na deslocação ao SC Tomar. A equipa B de futebol foi derrotada, por 3-1, no reduto da Oliveirense.

4. Contributo importante
Portugal volta a estar, passados 16 anos, no Campeonato da Europa de andebol no feminino e contou com três jogadoras do Benfica no apuramento.

5. Iniciativa concorrida
Veja as melhores imagens dos campos de férias da Páscoa organizados pelo Benfica."

A metamorfose do Sporting


"Mesmo que não vença campeonato e taça, Rúben Amorim é o maior responsável pela mudança de mentalidade no futebol leonino

Um dos dias mais importantes da história recente do Sporting aconteceu a 4 de março de 2020: Rúben Amorim passou a ser treinador dos leões. Uma das primeiras perguntas dos jornalistas foi: e se corre mal? A resposta de Rúben ficou célebre: e se corre bem? Ninguém esperaria, porém, o desenlace: que tudo corresse tão bem. E, mesmo que o Sporting não venha a ganhar a Liga 2023/2024, a análise continua a ser a mesma: alguém esperava que corresse assim tão bem? Alvalade festejara dois campeonatos nos 38 anos (!) anteriores: 1999/2000 e 2001/2002. No mesmo período (1982 a 2020), o FC Porto vencera 22 Ligas, o Benfica ganhara 13 e o Boavista fora campeão numa. o Sporting voltou a ganhar uma ao fim de 19 anos e está no caminho para uma segundo. Quem são os vencedores? Os sócios, que elegeram Frederico Varandas; este porque escolheu Hugo Viana; este porque escolheu Rúben Amorim; este trio (e mais alguns) porque escolheram os jogadores certos. O futebol, no fundo, é algo simples: escolher os melhores e ter sorte. Por isso, se eu fosse membro da SAD do Sporting, tentava por todos os meios que Rúben Amorim cumprisse o contrato. Seja ou não campeão, vença ou não a Taça. A ele se deve 70 por cento da metamorfose do futebol do clube.
O Benfica só pode sonhar em chegar ao título se ganhar os seis jogos que lhe faltam e terminar a Liga com 85 pontos. Depois, claro, esperar que o Sporting perca, pelo menos, oito pontos e faça, no máximo, 84. Ou seja, três derrotas ou duas derrotas e um empate. Uma das maiores diferenças do Benfica para o Sporting está na perda de pontos para equipas abaixo do 8.º lugar: encarnados perderam sete (3 com Boavista, 2 com Casa Pia e 2 com Farense) e o Sporting apenas dois (Rio Ave). Além disso, Roger Schmidt não tirou partido dos vários pontas de lança que tem ao seu dispor: Tengstedt (3), Musa (4), Marcos Leonardo (5) e Arthur Cabral (5) marcaram juntos, na Liga, 17 golos. É o pior rendimento de um avançado centro do Benfica dos últimos dez anos: 2014/2015: Jonas, 20; 2015/2016: Jonas, 32 golos. 2016/2017: Mitroglou, 16; 2017/2018: Jonas, 34; 2018/2019: Seferovic, 23; 2019/2020: Vinícius, 18; 2020/2021: Seferovic, 22; 2021/2022; Darwin Núñez, 26; 2022;2023: Gonçalo Ramos; 2023/2024: Arthur Cabral e Marcos Leonardo, 5. Se o Benfica quiser metamorfosear-se para 2024/2025, com ou sem Roger Schmidt, tem de começar por potenciar o ponta-de-lança.
É evidente que Pinto da Costa tem razão: as arbitragens dos jogos do FC Porto pioraram quando André Villas Boas se candidatou. A BOLA, aliás, está em condições de afirmar que o Luís André se reuniu com o Artur, o João, o Fábio, o Luís, o Nuno, o Tiago, o António, o Hélder (os dois), o Fábio, o Iancu, o Ricardo e o André, entre outros, para delinearem a estratégia para derrubar o velho presidente. O qual, finalmente, tem medo que alguém o substitua na liderança do FC Porto. Não se sabe quem ganhará as eleições, mas já se sabe quem é o vencedor das afirmações mais estúpidas da campanha."

O FC Porto, o árbitro e as imagens


"Conselho de Disciplina da FPF não agiu tendo por base as imagens da TV e fez mal

No final do Estoril-FC Porto assistiu-se a desacatos entre jogadores e representantes azuis e brancos e os árbitros. Antes já alguns jogadores, Pepe e Francisco Conceição, tinham, ironicamente, aplaudido o árbitro. Antes ainda, já Conceição, o filho, tinha, ao que parece, insultado o árbitro, com transmissão pela TV. Citando o comunicado do FC Porto, «o mínimo que podemos fazer é alçar a voz da nossa revolta». Haverá revolta com a lei?
As leis desportivas são muito exigentes com os praticantes de futebol. Porém, são tão exigentes quanto as leis laborais o são com os trabalhadores. Não nos podemos esquecer que o futebolista é um trabalhador e o campo de futebol um local de trabalho. Compreende-se a exigência de comportamentos ética e socialmente irrepreensíveis que é feita a jogadores, treinadores e outros agentes desportivos.
No caso do futebol existem as sanções previstas no Regulamento Disciplinar da Liga Portugal. E aqui o art.º 157 diz que «os jogadores que utilizem expressões ou gestos ameaçadores ou reveladores de indignidade são punidos: a) no caso de expressões ou gestos dirigidos contra a equipa de arbitragem, com a sanção de suspensão a fixar entre (...) um e quatro jogos». E quando contra os espectadores «d) entre (...) um a dois jogos». Em ambos os casos acrescidos de multa.
Já o art.º 158 determina que o mesmo acontece aos «jogadores que usem expressões, verbalmente ou por escrito, ou façam gestos de caráter injurioso, difamatório ou grosseiro».
A Francisco Conceição foi aplicada a pena de um jogo de suspensão pela expulsão e aberto um inquérito disciplinar por parte do Conselho de Disciplina (CD) da FPF porque, e de acordo com relatório do delegado da Liga, «pontapeou portas a caminho do balneário». A sanção e o inquérito aplicam-se de forma idêntica ao guarda-redes Diogo Costa. A Pepe e aos outros intervenientes na altercação filmada em direto nenhuma sanção, uma vez que o árbitro nada relatou. Mas pensemos, caro leitor: não tem o CD possibilidade de agir tendo por base as imagens da TV? Tem. Fê-lo? Não fez e fez mal: nada justifica não se ter pronunciado sobre o assunto. No mundo de hoje não se pode fingir que as imagens não existem!
Pode ser difícil de aceitar para os fãs mais acérrimos deste desporto, mas o futebol é um espetáculo de entretenimento e o entretenimento quer-se de um modo geral para toda a família. Este é o modelo americano que se tem imposto, tendo por base a matemática capitalista. Uma família gera mais receitas que um só indivíduo. E as famílias querem divertir-se, não correr riscos. Mais, os sponsors não querem clubes ou ídolos com comportamentos censuráveis, é mau para o negócio.
O Direito ao Golo desta semana só pode ser para o Sporting, que ganhou o dérbi de sábado e aumentou a vantagem no campeonato sobre o Benfica para 4 pontos, com um jogo a menos por disputar. Já na 3.ª-feira o Sporting tinha empatado na Luz, num extraordinário jogo de futebol, assegurando assim a passagem à final da Taça de Portugal."

Uma jovem lição


"Antes das decisões sérias, imagens inspiradoras

Decidi o tema desta crónica logo na terça-feira passada, pouco antes das 20 horas. 19.44 horas, mais ou menos. Estava na cozinha, virei-me para a televisão sintonizada na Sport TV quase sem som e o que vi deixou-me maravilhada.
Eduardo Quaresma, de verde, e João Neves, de vermelho, trocavam sorrisos e abraços. Junto deles também Samuel Soares, Tomás Araújo, Tiago Gouveia e António Silva. Tudo antes de um decisivo dérbi, e por inerência tenso, entre Benfica e Sporting, para decidir quem ia à final da Taça. Conversavam, mostravam-se os telemóveis, conviviam, viviam.
Pousei o pano de loiça que segurava, aproximei-me e logo ali estabeleci que não ia escrever sobre o Sérgio Conceição a falar dos árbitros, os árbitros, as provocações do Pinto da Costa e as respostas do Villas-Boas numa campanha para eleger o novo presidente do FC Porto com o triplo do tempo de umas eleições legislativas, o alcaide da Andaluzia a carregar no Conceição, o John Textor a provocar o caos no Brasil, o António Salvador a contar tostões, o enfado do Mbappé a ser substituído nos últimos dias em Paris, o Rubiales a ser detido como nos filmes em Espanha, a utilidade do VAR, o Schmidt a falar dos árbitros, o Vinícius ora a chorar ora a gritar, o provocador Hjulmand ou o pugilista Di María.
Fiquei a olhar para aqueles miúdos, para a sua alegria, pensando no que conversavam. Na verdade não interessa, só o facto de se misturarem ali de forma tão pura, apesar da importância e peso do encontro que se seguiria, merece todos os elogios e que paremos tudo o que estamos a fazer para ver. Também me entristece que de tão raro – se calhar não, as transmissões é que não entram tão cedo em casa das pessoas noutros jogos – nos salte tanto à vista: que adversários possam ser amigos, bons amigos antes e depois de a bola rolar. Mas foi muito bom de ver."

Coincidências!!!

Uma apreciação geral de uma política de juventude e Desportos em Portugal


"Texto escrito em 1983, mas que ainda se mantém atual, pelo sociólogo Mário Bacelar Begonha

1. Introdução
Uma política de Juventude e Desportos faz-se abrindo ‘portas’ à Juventude e não como até aqui: fechando-as! Uma política implica e pressupõe algo que se propõe ante uma realidade concreta. É uma resposta concreta do poder constituído a solicitações feitas (ou exigidas…) por parte da população. Da correta e atempada avaliação da situação e das medidas encontradas para lhe fazer frente, dependerá o êxito dessa política. Neste contexto a Política de Juventude e Desportos, até ao presente, é uma completa frustração, já que não possui uma doutrina, nem um plano, nem um programa. Caminha feito do acaso, conforme as ‘marés’, ao sabor da arbitrariedade de quem vai estando. E o governo que está é o décimo quinto após a Revolução do 25 de Abril. A Juventude, essa, vai resistindo e sobrevivendo como pode!… Uma política de Juventude pressupõe um sistema articulado de Ensino, de Emprego, de Saúde e de Defesa Nacional, entre outros parâmetros.
A política de Juventude tem sido um fracasso porque na verdade nunca houve qualquer articulação entre estes setores. Não tem havido sequer honestidade na condução de tal política e muito menos competência.
A eficácia pressupõe competência e podemos hoje ‘a posteriori’ afirmar tranquilamente que a política de Juventude não tem tido qualquer espécie de eficácia.
Para além dos princípios programáticos de um partido político, peça fundamental e imprescindível em Democracia, há que não perder de vista o interesse nacional que não pode ser de diferente natureza e grau conforme o prisma partidário de que é observado. Assim como o PS, o PSD e o CDS têm todos o mesmo hino nacional e todos por igual veneram os valores imutáveis que fazem e conservam uma Nação e uma Pátria, assim também todos por igual – devem – estar de acordo na defesa intransigente do património nacional que é a Juventude. E em relação à Juventude temos que andar depressa e sobretudo compreender a necessidade de articular as políticas de Juventude das várias formações partidárias democráticas, nas opções fundamentais. É que a Democracia representa alternância no poder, ou seja, na condução da política do Governo, mas no que concerne à Juventude não se pode mudar de política em cada seis meses. E de seis em seis meses tem sido, até ao presente, a média de cada Governo!
Da preservação da estabilidade da Juventude depende um futuro estável para o país sobretudo se tivermos em conta que a Juventude é que vai ser, a curto prazo, a geração do poder. Face a estas perspetivas o poder político, até agora, em contrapartida oferece à Juventude a incerteza, a insegurança, o desemprego, os numerus clausus, para o ingresso na Universidade, um serviço militar desajustado à era tecnotrónica em que nos encontramos e sobretudo a impossibilidade absoluta de constituírem família em bases minimamente dignas e consentâneas com um Estado tradicionalmente subordinado à Moral e ao Direito. É a ANOMIA que está a substituir a Democracia. É a Mediocracia que se implanta.
Convém, no entanto, adiantar que a anomia pode conduzir à amoralidade, à anarquia e por último de novo ao totalitarismo. Temos para nós que a Democracia é sobretudo uma questão de inteligência e de informação (por isso optámos por um Partido, cuja ‘máxis’/política/é a Democracia, e que pretende concorrer para a sua verdadeira implantação em Portugal, o que, como é sabido de todos os presentes, está longe de ter acontecido).

2. Doutrina
2.1 - A estrutura da atividade física tem que obedecer às leis imutáveis da natureza.
Assim todo o sistema de Educação Física de um país deve ser estruturado considerando a atividade sincrética, típica da Escola Primária, a atividade analítica característica do Ensino Secundário e por fim a sintética que deverá ser a adotada no Ensino Terciário, dito Superior.
Isto implica que se dê uma maior e mais cuidada atenção à Educação Física que se processa no Ensino Primário e que seja reformulada ou repensada a solução encontrada a nível dos seus agentes de ensino.
O Ensino Secundário no campo da Educação Física tem que passar a funcionar de acordo com os seus objetivos, e não fora deles, como no presente, numa aberrante e chocante situação de imobilismo por parte dos responsáveis e numa autêntica autogestão por parte dos alunos, devido à apatia e indiferença de grande parte dos seus agentes de ensino. Este problema articula-se com a necessidade da estruturação de uma carreira docente que não só resolva a questão da carência de agentes de ensino como também a irracional distribuição dos mesmos pelo país que leva a situações de total impossibilidade de funcionamento da atividade em determinadas áreas do território nacional. A criação de uma carreira no setor da Educação Física evitaria também que particularmente na DGD, na Secretaria de Estado dos Desportos, de uma forma geral, em ‘comités’ federações, etc., etc., estivessem multidões de funcionários sem qualquer preparação específica para equacionar(em) e decidir(em) sobre questões de Educação Física, ao mesmo tempo que certos licenciados de Educação Física estão, e continuam, a produzir um trabalho que quase pode ser feito por qualquer ‘trabalhador indiferenciado’ (sobretudo os da letra C…).
A nível do Ensino Superior nem valerá a pena dizer seja o que for, pois todos sabemos que não existe qualquer disciplina curricular para este grau de ensino, já que o DU mobilizava, até há pouco tempo 0,5% dos universitários.
A carreira profissional a estruturar na Educação Física, deverá abranger três setores distintos; 1. O Ensino; 2. a Gestão; 3. A Investigação Científica.
O sector do Ensino, escolhido por vocação, deverá ser condicionado pela idade, e pela condição física para o exercício da atividade. A Gestão por opção ou inerência à condição física que se perdeu para o ensino. Por último a Investigação, por capacidade muito acima da média e por necessidade absoluta de fazer progredir o setor da Educação Física. Sem investigação o que fica é a estagnação!
A carreira profissional a estabelecer e a implementar tem de levar em consideração, a idade, a experiência anterior e o grau académico adquirido.
Não se pode aceitar que indivíduos muito qualificados permaneçam em lugares para os quais não é requerida alta qualificação ou até que não produzam praticamente NADA.
É evidente que a inexistência de uma ‘carreira’ quase que legitima o que se não faz, pois é de facto impossível e utópico pedir a pessoas comuns um esforço para além do humano. Esta realidade torna inoperante qualquer tipo de Inspeção!

2.2. A transferência da ESEF para Lisboa e para a Cidade Universitária, local próprio, adequado e natural para uma integração real e efetiva e não apenas no papel, torna-se urgente e imprescindível. A melhor política para o declínio cultural é o isolamento! Para além disso o disparatado distanciamento, na Cruz Quebrada, do ISEF, tem servido ideias práticas contrárias à Democracia, a começar pelo recrutamento dos seus docentes que é feito obedecendo a critérios quase exclusivamente partidários e não atendendo à competência, isenção e seriedade dos docentes possíveis.
Por outro lado, o IND deveria passar a funcionar nas atuais instalações do ISEF deixando as suas para a formação de animadores e monitores para a Juventude, nos mais variados aspetos.
Sobre a Alta Competição há que definir uma política que leve em conta duas componentes: a interna, que fomenta a própria atividade desportiva, que serve de exemplo e incitamento à Juventude; a externa, que se prende com a imagem externa do próprio país e que pode servir de propaganda política.
Neste contexto a Alta Competição deve ser apoiada, mas dever-se-á exigir um mínimo de qualidade, critério que pode não coincidir com as exclusivas preocupações técnicas de mínimos estabelecidos pelas federações internacionais ou pelo próprio Comité Olímpico. Aqui pensamos que este setor deve agir de acordo e em sintonia com a política externa prosseguida pelo Estado português.
De qualquer forma há que repensar a ‘AC’ tal como se processa atualmente, pois pode-se recorrer a uma política de ‘Leasing’ em que os grandes clubes de Futebol profissional, Empresas privadas, poderão fornecer toda a matéria-prima, com alto nível e rendimento, devido à utilização do Método de Treino Racional. (M.T.R.)
O Estado limitar-se-ia a ‘subsidiar’ tal atividade o que na prática já sucede, mas com duplicação de despesas em vários aspetos.
Somos adeptos de que o Estado quando concede subsídios deve zelar e vigiar pela aplicação dos mesmos, o que no presente praticamente não se verifica.

2.3 - Sobre a política de instalações desportivas torna-se urgente não só racionalizar o seu critério de implantação como também atender às características geográficas e telúricas da área considerada e estabelecer um paralelo com as estruturas humanas existentes ou suscetíveis de poderem ser retificadas.
Significa isto que o país deve ser considerado por igual e as instalações desportivas deverão surgir por justificação da população local, grupos etários prevalecentes, número de escolas e capacidade de ocupação de tais instalações que o mesmo é falar de rentabilidade no investimento por ocupação. Por outro lado, há que atender ao tipo de atividade desportiva mais compatível com a região (e população) levando em consideração também as suas condições climatéricas.
É evidente que o tipo de atividade física praticada na Serra da Estrela não poderá, nem deverá ser completamente coincidente com a praticada no Algarve.
Deverá ainda ser levada em conta a necessidade de preservação dos jogos típicos e tradicionais de cada região. São tradições orais que é preciso respeitar e que enriquecem o património nacional.

2.4 – Acerca da Imprensa pensamos que até haver jornalistas especializados em Educação Física, capazes de poderem compreender o fenómeno na sua verdadeira dimensão poderão ser assistidos por especialistas para a comunicação social numa ação eminentemente pedagógica de esclarecimento e elucidação tendo como objetivo (o atingir-se) uma unidade de pensamento nos grandes e imutáveis princípios da Educação Física e ainda uma unidade de Terminologia.
A secretária de Estado dos desportos poderia estabelecer formas de cooperação com a Imprensa estatizada e (estabelecer) contratos com as Empresas privadas de Comunicação Social oferecendo como contrapartidas a Formação e especialização de elementos dos seus quadros transmitindo-lhes uma tecnologia que no presente ignoram.

2.5 – Em relação às Forças Armadas torna-se urgente que, através do Ministério da Defesa, se encontre uma forma viável de desenvolver e tornar efetiva uma Educação Física Escolar adequada às necessidades aquando da prestação de serviço militar e tornar extensiva tal preocupação ao chamado Desporto para todos, ou seja, o desporto dos trabalhadores que o mesmo é falar da População Ativa com os seus 4.2 milhões de portugueses.

2.6 - Na temática da Violência no Desporto apesar de especialistas internacionais terem chegado à conclusão recente (DEZ83) de que a única solução é reforçar a vigilância policial, estamos convencidos de que o problema poder-se-á atenuar na medida em que decresçam os ‘espectadores de bancada’ e aumente o número de cidadãos que pratiquem o seu desporto semanal ou bi-semanal, em que a escolaridade obrigatória se eleve e quando se verificar uma diminuição no consumo das bebidas alcoólicas.
Acreditamos ainda que a violência pode ser maior naqueles campos (de futebol) cujos jogos contem para o chamado boletim do ‘totobola’, por razões que são óbvias. Seria também outra forma de diminuir a violência nos campos de futebol a não coincidência desses jogos com o chamado boletim ou matriz do totobola.

3. Considerações Gerais
3.1. A problemática dos Desportos, regra geral anda associada à da Juventude. Em nossa opinião são assuntos distintos, embora complementares. Deve entender -se por Educação Física o conjunto das actividades de Ginástica, Jogos e Desportos. Não é pois correcto dizer Educação Física e Desportos porque estes estão contidos naquela.

3.2. A politica desportiva, em Portugal, foca praticamente os Jogos e Desportos profissionais (Futebol, Ciclismo, Boxe, Atletismo, basquetebol, Andebol, Hóquei em patins, etc...), isto porque a sua importância, como fenómeno (Social) de massas, suplanta por completo a actividade do Desporto Escolar embora este seja, como é sabido, o verdadeiro suporte de todo o ‘EDIFÍCIO’ desportivo de um país.
Em termos políticos é evidente que o Desporto profissional dá mais (e maiores) ‘dividendos’ que o Desporto Escolar, o Desporto de ‘massas’ (Desporto para todos) e a actividade desportiva adequada para a terceira idade, vectores estes que no seu todo constituem de facto a verdadeira EDUCAÇÃO FÍSICA de um país desenvolvido (ou em vias de desenvolvimento)...!

3.3. – Em relação à presente política de Educação Física Escolar a grande questão prende-se com a formação de agentes de ensino e com a falta de estruturação de uma carreira docente neste sector específico como aliás já foi referido.
A Escola Superior de Educação Física deverá apontar pois para três ‘Departamentos’ ou ‘Secções’ dentro da Unidade de ensino que é ela própria: a) ENSINO (Ramo Educacional) b) ADMINISTRAÇÃO DO DESPORTO (GESTÃO DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS E DE PESSOAS); c) Investigação científica, pura e aplicada.
O Desporto ‘profissional’ tende a evoluir como actividade privada apoiada por entidades privadas ou mesmo integrado em Empresas da especialidade.

3.4. A ‘Alta Competição’ será talvez a única actividade que o Estado deve apoiar e subsidiar no âmbito do Desporto-espectáculo profissional.
Mas deverá fazê-lo em moldes diferentes recorrendo inclusive ao ‘Leasing’, consubstanciado aqui no apoio que certos grandes Clubes desportivos podem prestar ao Estado com redução apreciável de verbas que normalmente são despendidas em representações a nível nacional.

4. Propostas
4.1. Indo ao encontro das propostas da Juventude Centrista (feitas) sugeridas em documento publicado dir-se-ia que é possível criar uma nova estrutura eficaz com redução das verbas despendidas actualmente.
Uma Secretaria de Estado da Juventude com 1) Direcção Geral da Juventude, o 2) Conselho Nacional da Juventude (que pensaria a Juventude, a 3) Comissão Interministerial de Juventude, que seria o órgão executivo. Tudo isto em coordenação com a Secretaria de Estado dos Desportos composta por uma 1) Direção Geral dos Desportos para o Desporto Federado, (extra-escolar) o Desporto de massas e a problemática da 3.ª Idade; 2) Uma Direcção de coordenação do Desporto Escolar (e circum-escolar) com Saúde Escolar; e 3) uma Direcção Geral do Desporto-espectáculo com a Alta Competição e o Desporto profissional.

ORGANIGRAMA

5. Conclusões
A política de Juventude e Desportos carece de uma visão de conjunto e em termos concretos ela só pode ser equacionada a partir de uma perspectiva integrada. Ela abarca vários sectores, várias questões, diferentes problemas, dai que seja imprescindível uma Comissão Inter-Ministerial da Juventude a funcionar no âmbito da Vice-Presidência do Concelho de Ministros, para coordenar as acções a desenvolver no âmbito da Juventude.
Em relação à política desportiva torna-se urgente a transferência dos Desportos para o Ministério da Educação por pura questão de vocação e mentalidade para equacionar e resolver problemas formativos e educativos.
A Educação desportiva começa na Escola Primária, adquire importância fundamental no Ensino Secundário e deveria prosseguir no Ensino Superior. Para que tudo isto se possa verificar é preciso estruturar uma carreira docente que racionalize a utilização de mão de obra qualificada de modo a tirar partido da vantagem comparativa e de modo a evitar a atual letargia e as distorções de que enferma o setor. É preciso racionalizar e gerir os recursos humanos procedendo a uma análise de funções. O seu a seu dono.
No âmbito do Desporto federado é preciso ter a coragem de definir o estatuto de Atleta-amador e Profissional de forma clara e não ambígua como actualmente está estabelecido.
É fundamental que o Estado controle a sua política de Alta Competição no que concerne a contactos com países estrangeiros, na medida em que não se pode admitir que o Estado veja através do Comité Olímpico ou congénere, diminuída a sua autoridade ou limitada à sua soberania.
Por outro lado, deve o Estado, desde que subsidie empresas privadas (clubes) vigiar a aplicação dessas verbas.
É fundamental estabelecer critérios racionais e a nível nacional para a construção de instalações desportivas que só devem atender ao interesse nacional e não a pressões quer do poder local (partidárias) quer da resultante da filiação política ou de qualquer outro tipo!…
Pensamos que a atividade do FF do Desporto deve ser vigiada sob o ponto de vista financeiro de forma a moralizar, disciplinar e racionalizar a gestão dos seus recursos financeiros.
Por último acreditamos que é importante exercer uma ação pedagógica a nível dos órgãos de informação de modo a elucidar e esclarecer o que é a Educação Física, para que serve e como pode ser posta em prática."