"Em boa verdade, o Benfica não é bem um clube: é um exagero. Ali é tudo ou é nada. É sol ou chuva. Aliás, é sol ou é chuva, neve, granizo, ventos fortes e aviso laranja em todo o país.
No Benfica não há dias cinzentos, não há manhãs tranquilas e não há noites amenas. Não há cessar-fogos, nem armistícios. Não há bom senso, comedimento ou moderação.
No Benfica não há meio-termo.
Não há linhas retas, nem círculos perfeitos. Não há boa-vizinhança, nem amizade.
Ali é branco ou preto. Amor ou ódio. Guerra ou paz, céu ou inferno. Ali é Ocidente ou Oriente, Estados Unidos ou China, Reagan ou Khrushchev. Prost ou Senna, Ronaldo ou Messi. Atenas ou Esparta. Mário Crespo ou Valentim Loureiro.
No Benfica ou se ganha como um herói ou se perde como um vilão. Não há meias-palavras, nem meias-medidas. É tudo desmedido. Desmesurado e descomunal.
Na melhor das hipóteses, o Benfica é pela medida do impossível. As paixões são avassaladoras e as zangas são colossais. É uma dança frenética, uma exaltação permanente.
É uma loucura, no fundo, que se vive à flor da pele.
E é essa loucura à flor da pele que constrói a alma do clube. Quando apontada na direção certa, é uma imensa epopeia. Um poema épico à espera de ser escrito.
Depois de ontem, ficou claro que a equipa precisa de manter esta imensa loucura do lado certo. Porque a fronteira é muito fina, e o equilíbrio não é possível.
No dia em que o for, já não será o Benfica."
Serginho, está-te a custar sentar???? Compra 1 alfomadinha e evita seres ENCAVADO...
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