sexta-feira, 10 de novembro de 2023

10

Benfica 10 - 1 Belenenses

Bom jogo, contra um adversário acessível, mas às vezes contra este tipo de equipas, demonstramos muitas dificuldades, hoje não foi o caso...

44

Benfica 44 - 28 Marítimo
27-15

Muitos golos, numa vitória esperada, mas com uma diferença apreciável...

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica lamenta o arremesso de tochas durante a partida com a Real Sociedad.
Apesar de todos os apelos renovados nos últimos dias para que o jogo fosse vivido por todos sem qualquer incidente, tal não sucedeu, pelo que nos cumpre pedir desculpa pelo episódio. Felizmente, não há feridos a registar.
O Sport Lisboa e Benfica está totalmente empenhado em colaborar com as entidades competentes para que estes comportamentos não voltem a ter lugar."

Schmidt no deserto vermelho


"Leve é a mão em Portugal que vai ao bolso para tirar o lenço branco e Roger Schmidt conhece agora, um ano e meio depois da chegada a Lisboa, este lado impaciente e malsofrido do adepto nacional, que não é uma exclusividade benfiquista, grassando violentamente por esses estádios fora.
Nesta era digital, é quase nostálgico que se use algo tão analógico como um lenço branco para mostrar insatisfação, numa daquelas comunicações simbólicas que só um estádio de futebol reconhece. É tão mais digno que um esbaforido e colérico comentário numa qualquer rede social e que estas pequenas idiossincrasias do futebol nunca acabem, por favor. Mas há que olhar à semiótica, porque os gestos têm significado. Um lenço branco é coisa de quem desistiu, de quem não acredita em mais nada, rendendo-se na guerra, admitindo a derrota. O que, face à realidade, parece um exagero algo dramático por parte do adepto benfiquista.
Roger Schmidt está a ser vítima do seu próprio sucesso. Os primeiros meses na Luz foram francamente bons, falemos de resultados ou do nível exibicional. Dava gosto ver o Benfica jogar, a intensidade que se juntava à arte plástica. O Benfica tinha então Enzo Fernández, o médio que tudo colava, num onze que raramente mudava, porque a dinâmica estava criada. Sem o argentino, que saiu em janeiro no meio de uma novela que poderia ter sido particularmente nociva para o Benfica, apesar do dinheiro em caixa, os encarnados continuaram a ganhar. Em abril, chegou a renovação de contrato para Schmidt.
Foi pouco depois dessa renovação, que nem o próprio treinador esperava que fosse tão precoce, que veio a primeira crise, com os 10 pontos de vantagem a minguarem, depois de uma derrota frente ao FC Porto na Luz em que mais preocupante nem foi a perda de três pontos, mas a inércia de quem não soube ler o jogo. Jogando melhor ou pior, a sangria foi estancada e o Benfica foi festejar ao Marquês.
A nova temporada trouxe, desde logo, questões de planeamento. A saída de Grimaldo não foi acautelada. A de Gonçalo Ramos sim, mas Arthur Cabral parece ainda um corpo estranho num Benfica algo tresmalhado, sem um onze que dê absolutas garantias e com umas quantas contratações falhadas. O Benfica do último mês é uma equipa amorfa, nervosa, precipitada.
As equipas amorfas, nervosas e precipitadas tendem a tornar os adeptos em gente amorfa, nervosa e precipitada. Veja-se o silêncio que assolou o Estádio da Luz quando o Casa Pia empatou no último sábado. Daí até aos lenços brancos foi um tirinho. Mas também é aqui que é preciso crescer. Ainda há seis meses, sonhava-se com umas meias-finais de Champions para o Benfica, agora há quem peça a demissão do treinador, desacreditando-se completamente numa reviravolta, que isto não é mais que um momento mau. Talvez Roger Schmidt nunca tenha sido o verdadeiro revolucionário, o dono da chave que permitia que o bom futebol e os resultados se entrelaçassem num bonito e forte passou-bem. Mas não será, seguramente, merecedor de lenços brancos ao primeiro baque.
Não será este o primeiro momento da verdade para Rui Costa, que enquanto presidente já despediu Jorge Jesus. Mas o que fará com esta potencial crise não será menos importante: até onde irá a confiança no treinador que escolheu a dedo para o seu novo Benfica? Se aquela renovação for responsável por tornar o nosso futebol mais paciente, já fez o seu propósito. Mas como há deveres para todos, Schmidt também terá de mostrar que é capaz de sair do deserto vermelho."

Um processo de aprendizagem


"Que conclusões tirou Schmidt de Anoeta, e o que que aprendeu para aplicar no dérbi?

A primeira meia-hora do Benfica em San Sebastián, período em que sofreu três golos, foi salvo de outro (justamente) pelo VAR e viu o adversário desperdiçar um penáti, trouxe à memória o descalabro de Vigo, a 25 de novembro de 1999, quando os encarnados, comandados por um compatriota alemão de Roger Schmidt, Jupp Heynckes, campeão europeu com o Real Madrid e o Bayern, se afundaram perante o Celta por 0-7. Felizmente, para a turma da Luz, que a sangria desatada que estava a verificar-se começou a ser estancada aos 31 minutos, quando Schmidt introduziu um mínimo de racionalidade na equipa — que não estava defrontar, com o devido respeito, nem o Arouca, nem o Chaves — e retirou João Neves do suplício da direita (e Florentino do pesadelo de jogar sob pressão), colocou alguém que sabe pisar os terrenos da ala esquerda, e chamou Aursnes para a direita, onde já começa a ser um clássico.
A partir dessa altura, recuperados padrões mínimos, o Benfica equilibrou as operações face a uma Real Sociedad que já sabia que os três pontos não iriam fugir-lhe.
O sonho Champions do Benfica, matematicamente, esfumou-se; e mesmo a possibilidade de aceder à Liga Europa surge remota, não só porque os encarnados ainda devem jogar em casa do principal rival (que venceu na Luz), mas essencialmente porque a qualidade do futebol do Benfica, que não deixou de estar mergulhado em dúvidas desde que a época começou, não convence ninguém.
É neste contexto que os encarnados, três pontos atrasados em relação ao Sporting, vão subir ao relvado da Luz na noite de domingo para o dérbi. Se Roger Schmidt não perceber que precisa de onze jogadores que se dêem, com igual generosidade e empenho, ao processo ofensivo e ao processo defensivo; se Roger Schmidt não perceber que só pode jogar com três centrais se tiver alas que façam os corredores; se Roger Schmidt não encontrar uma forma da sua equipa sobreviver à pressão alta do adversário; e se Roger Schmidt continuar errático na escolha dos avançados... Então o Benfica continuará mergulhado na crise de identidade que se vê a olho nu, poderá não só dizer adeus à UEFA, como colocar-se numa situação periclitante na Liga, e desperdiçará um investimento que foi, genericamente, bem feito, mas que está a léguas do seu potencial."

Momento...

Foram três pintxos mas podia ter sido um banquete inteiro e o Benfica está fora da Champions


"Noite terrível para o Benfica frente à Real Sociedad, numa derrota por 3-1 que podia ter sido uma goleada histórica, depois de uma entrada completamente falhada, com o novo sistema de três centrais a explodir na cara de Schmidt. A quarta derrota em quatros jogos significa que os encarnados já estão fora da próxima fase da Liga dos Campeões

Talvez tenha sido da hora. O Real Sociedad - Benfica arrancou eram 17h45 de Lisboa, e não às 20h costumeiras, será que foi isso que enganou os encarnados? Porque o Benfica não chegou ao jogo a horas. Verdade seja dita, quando chegou também não ficou por muito tempo e o 3-1 do marcador não conta nem de perto nem de longe o descalabro que foi este final de tarde funesto em San Sebastián, o colapso incompreensível de uma equipa coxa de soluções, a viver agora de uma invenção tática que vai servindo para consumo interno mas nunca para jogar em casa de uma das equipas mais dinâmicas e bem treinadas de Espanha.
Aos 21 minutos de jogo, o Benfica já perdia por 3-0, podiam ser mais até, bastantes mais, a Real Sociedad ainda colocou a bola mais duas vezes na baliza e à meia-hora de jogo ainda se deu ao luxo de falhar um penálti. Durante esses 30 minutos, os encarnados foram meros espectadores da facilidade com que os jogadores da Real tocavam a bola, variavam flancos, superavam linhas, do talento de Take Kubo e da batuta de Zubimendi. Da forma como Mikel Merino e Oyarzabal chegavam a zonas de finalização. É, de facto, um privilégio assistir à qualidade destes artistas; se o Benfica foi ao País Basco competir, não pareceu, talvez tenha ido apenas em viagem gastronómica em busca dos melhores pintxos. Houve vibes de Vigo, às tantas.
Só na 2.ª parte se viu algum Benfica, pouco. Rafa marcou aos 49’ depois de um bom entendimento entre Arthur Cabral e Otamendi, o mesmo Otamendi que minutos depois ia surpreendendo Remiro com um remate do meio da rua. Mas a reação durou menos que a chama das malditas e inopinadas tochas que adeptos encarnados atiraram aos congéneres bascos e às autoridades, delinquência e falta de inteligência num só, haja pachorra para tamanha falta de noção, porque a partir daí o Benfica voltou à névoa exibicional, a uma ausência imperdoável que não se coaduna com este nível, logo o Benfica que há um ano andava a bater o pé a PSG e Juventus nesta mesma competição. E, perante oposição tão acanhada, a Real limitou-se a geriu até ao final, nunca abdicando da sua cultura.
O Benfica está fora da Liga dos Campeões, resta-lhe lutar pelo fraco consolo da Liga Europa com o Salzburgo, depois de quatro derrotas em quatro jogos e apenas um golo marcado. Não menos animador é perceber que o sistema de três centrais que Roger Schmidt tem experimentado não serve, principalmente porque o Benfica não tem jogadores para o executar em níveis minimamente aceitáveis em jogos internacionais. No Estádio Anoeta, o principal prejudicado foi João Neves, duplamente danado: foi absolutamente devorado por Barrenetxea no lado direito da defesa - porque, vamos lá ver, João Neves não é um ala direito - e desguarneceu um meio-campo em que Florentino e João Mário estiveram, à falta de melhores palavras, aos papéis.
A defesa encarnada não esteve muito melhor. Aos 6’, incapaz de ganhar as segundas, terceiras e quartas bolas, o Benfica sofreu num lance de insistência da Real Sociedad, com Mikel Merino a aparecer no momento certo para emendar um remate enrolado de Muñoz. Aos 11’, o atraso de Florentino saiu torto, Otamendi não teve capacidade de reagir e quando tentou o corte já Oyarzabal seguia que nem flecha para a baliza de Turbin, para fazer o 2-0. Quatro minutos depois, o guarda-redes ucraniano voltou a ir buscar a bola ao fundo da sua baliza, mas o lance seria anulado. Só que cheirava a golo basco, sempre, a cada minuto. E ele apareceu aos 21’, num lance estonteante de Barrenetxea, a dar um nó a João Neves e a rematar ao ângulo, forte, colocado, animalesco.
Só estabilizou o Benfica depois do pontapé de penálti falhado por Brais Méndez, falhado com a bazófia de quem já está a muito por cima - aquele golo nem seria preciso para nada, tal era a superioridade dos espanhóis. Foi então que Schmidt tirou Florentino (exibição desastrada e desastrosa) para lançar Jurasek, colocando João Neves na sua posição natural, de onde nunca deveria sair. Só que este plantel do Benfica nasceu torto e as lesões vieram destapar fragilidades em posições essenciais. O checo pouca dimensão deu ao jogo do Benfica, mas pelo menos ajudou a estancar o caos.
Poderia ter sido uma noite histórica para o Benfica, no pior sentido possível. Salvou-se de um resultado pesadíssimo, é certo, mas não do peso de uma exibição desonrosa."

Roger Schmidt,


"Não vou pedir a tua cabeça nesta altura da época. No entanto, não consigo branquear mais alguma decisões tuas. São claramente mal tomadas.
O tempo é de reflexão, não só para ti, mas também para jogadores e Direção. É nestes momentos que deves, não só perceber que algo não vai bem, mas também que necessitam de um outro rumo, mais condizente com os pergaminhos do Benfica. E é já no próximo jogo que deves dar uma resposta cabal aqueles que são os anseios da massa adepta do clube.
Só há um caminho daqui para a frente. Ganhar ao Sporting e vencer o 39. Não tens margem para errar. Estes resultados na Champions League vão ter custos elevados ao Benfica. Já vão preparando os adeptos para a perda de jogadores nucleares e muito queridos de todos. São as consequências das perdas financeiras de uma prestação péssima a todos os níveis na maior prova de clubes da Europa.
Espera-te uma semana difícil, cheia de críticas, que serão disparadas de todos os quadrantes. Já devias saber que no Benfica não há espaço para derrotas como estas.
Aquilo que te peço é que caias na real e entendas que o Benfica nasceu para ganhar. Não nasceu para ser vulgarizado e muito menos para experiências a meio da época.
São as palavras de um sócio, adepto e simpatizante do SL Benfica, o MAIOR CLUBE DE PORTUGAL.

P.S: de lamentar o comportamento de alguns adeptos, mesmo depois dos pedidos para não causarem problemas dentro do estádio.
O BENFICA NÃO É ISTO!!"

Ainda pior que o resultado foi a exibição...


"Real Sociedad 3 - 1 Benfica

1. A segunda parte de Milão na primeira de San Sebastian. Muda o sistema, mas os erros individuais e as incapacidades coletivas são as mesmas. Vamos no quarto mês da época oficial - este plantel não é capaz de mais? Não vale mais? Não dá mais? Estamos destinados a isto?
2. É uma vergonha, é uma tristeza, é uma humilhação o Benfica ter prestações destas na Europa. E o resultado hoje podia até ter sido muito pior. Não é hora de apontar culpados, porque culpados são todos. Alguém pode sacudir a água do capote? Direção, estrutura, equipa técnica, jogadores?
3. É hora de serem tomadas medidas. Todas as que sejam necessárias para inverter o rumo de uma época que já tem a Europa perdida. Porque ainda há muito para ganhar. Mas não a jogar assim. Tem a palavra Rui Costa.
4. Pior do que a equipa só a vergonha da merda das tochas! Outra questão que tem que ser resolvida. Um dia destes o Benfica joga fora sem qualquer apoio.
DOMINGO LÁ ESTAREI NA CATEDRAL.
A APOIAR. BENFICA ATÉ MORRER!"