sábado, 19 de agosto de 2023

Demissões...!!!

Quando pedi que fosse auditado o VAR muitos não perceberam porquê…


"Ainda só vamos na segunda jornada e já temos apito forjado. Os 3 pontos não são retirados, o jogo não é repetido, apenas um dia normal na Liga da Farsa!"

ESTA LIGA É UMA FRAUDE


"Para aqueles que aqui vieram questionar o fora de jogo do Paulinho, arvorando-se em especialistas da especialidade, inventando novas regras ou regras não aprovadas, deixo o esclarecimento do Conselho de Arbitragem, logo após o jogo terminar.
«O Conselho de Arbitragem informa que no lance do primeiro golo do jogo Casa Pia-Sporting verificou-se um erro na colocação do ponto que define a linha de fora de jogo.
Ao invés de ser colocado no pé do avançado do Sporting foi no ombro o que conduziu a um erro de análise. O golo não devia ter sido validado uma vez que o jogador encontrava-se fora de jogo por 9 centímetros.
O CA lamenta o sucedido e informa que a equipa de videoarbitragem do jogo ficará fora das nomeações por tempo indeterminado.»
Este jogo TEM QUE SER REPETIDO!! Caso não seja é um ESCÂNDALO!! E se fosse com o Benfica!?
Terá o VAR Hugo "Macron" Miguel beneficiado prepositadamente, o seu clube do coração!?
Só assim se explica a sua suspensão por tempo indeterminado, mal acabou o jogo.
Mas se assim foi, no final da época, se o Sporting for campeão, por uma margem de 2 pontos, será feita a correção ou teremos uma Liga Portugal ganha por um campeão fabricado com erros de arbitragem!?"

O mote da temporada é única e exclusivamente este!


"Esta temporada vale tudo, absolutamente tudo para derrotar o Benfica, seja dentro seja fora do campo!
Se em anos anteriores já era uma prática comum, este ano será 100x pior!
Resta uma coisa, que é a nossa união, união essa que, como assistimos na última semana é facilmente posta em causa em qualquer resultado negativo, que facilmente serve de pretexto para os velhos do Restelo se colocarem em bicos de pés a dizerem mal de tudo e todos.
Se queremos ter sequer hipóteses de sermos Campeões este ano, após tudo o que se assistiu na primeira jornada e no jogo de hoje do Sporting, temos que estar todos a puxar para o mesmo lado, parar de atacar os nossos quando eles erram, porque todos mais tarde ou mais cedo acabam por errar, e dar tempo a todos de se entrosarem na equipa!
A mim também me custa quando perdemos, mas custa-me muito ver outros a serem ajudados jornada após jornada enquanto nós somos prejudicados jornada após jornada!
Vamos, E PLURIBUS UNUM e mais nada!!"

3 pontos!


"- Paulinho em fora de jogo;
- Hugo Macron (VAR) valida rapidamente;
- SportTV não mostra linhas;
Assim vai a Liga Portugal !!"

Vergonha assumida...


"Isto não é uma bronca. É um ESCÂNDALO! Imagine-se se fosse o Benfica! É imperativo que o jogo seja repetido pelo bem da verdade desportiva. As regras são claras! Sendo um “erro” escandaloso e que teve influência clara no resultado final, o jogo tem de ser repetido! PONTO FINAL.
Que vergonha! O futebol português é uma vergonha!"

Golo em claro fora de jogo, visto a olho nu, sem linhas, validado em 20 segundos pelo VAR


"O VAR é Hugo Miguel e o clube em questão é o clube de coração do Hugo Miguel. Hugo Miguel que tem sido VAR do Sporting jogo sim, jogo não.
Entretanto, porque a situação é demasiado clara, óbvia e escandalosa, a Sporttv já recebeu indicações que não vai ser possível mostrar a linha colocada pelo VAR. Está claro que a Liga Batatoon vai invocar problemas técnicos no VAR para este golo vergonhoso ter sido validado.
Na Luz, Rui Manuel César Costa vai continuar a comer um soninho. E Lourenço Coelho pode preparar-se para no final da época levantar o Prémio FairPlay, o segundo em três épocas!
Carrega Liga Batatoon!"

Consequências...


"Que não haja dúvidas que o sonho da Liga é dar o título ao #Portoaocolo e o 2° lugar para o menino especial.
A validação deste golo tem de ter consequências."

Direitos televisivos – ‘quo vadis’?


"Tem o presidente da Liga insistido, de boa-fé, evidentemente, na bondade da centralização dos direitos televisivos como forma de desenvolver a competição do futebol profissional em Portugal, com maior equilíbrio financeiro entre clubes e alegada maior competitividade desportiva.
A insistente luta de Pedro Proença resultou na obrigatoriedade da centralização daqueles direitos por decreto governamental, que impõe, assim, a partir de 2028, que os direitos televisivos do futebol profissional não mais sejam negociados individualmente pelos clubes associados da Liga.
A pergunta que todos colocaram de imediato é muito simples: mas os direitos, nessa altura, vão valer mais do que valem hoje? Para receberem mais dinheiro os clubes mais pequenos, vai ainda assim ser possível que os principais clubes recebam mais do que recebem agora?
Os direitos televisivos do futebol profissional português valem hoje, grosso modo, cerca de 160 milhões de euros por ano. Naturalmente, Benfica, FC Porto, Sporting recebem mais do que todos os outros.
O Benfica foi sempre o clube que mais dinheiro conseguiu dos direitos televisivos, e quando negociou, por fim, com uma das grandes operadoras de comunicações nacionais, abriu uma ‘caixa de pandora’, em 2015, que permitiu, igualmente, a FC Porto e Sporting chegarem a números que, de outro modo, talvez jamais fossem possíveis.
De repente, os três grandes conseguiram contratos (cada um com as suas características) da ordem dos muitos milhões de euros. Em matéria exclusiva de direitos televisivos, chegou o Benfica, como sempre, na liderança, a uns impressionantes 40 milhões por época (para a nossa realidade), sensivelmente 400 milhões por dez anos, o que se justifica (e continuará sempre a justificar) com a dimensão única do mercado que consome a marca benfiquista. FC Porto e Sporting receberam mais dinheiro, na época, mas venderam muitos mais coisas do que os encarnados (além dos direitos televisivos, também a publicidade nas camisolas, publicidade estática no estádio, etc, etc, etc.)!
Na sequência da luta (positiva) de Pedro Proença foi criada a expectativa de os direitos televisivos da Primeira Liga, negociados em conjunto, poderem passar dos 160 milhões, em 2028, ou mesmo antes dessa data, para qualquer coisa como 300 milhões, ou perto disso. O próprio Pedro Proença sempre admitiu esse objetivo, e até mesmo muita segurança em atingi-lo.
Volta a perguntar-se: mas como? Quem paga o dobro por direitos televisivos de um campeonato periférico e menos apelativo? Quem opera o milagre?
Querendo, legitimamente, os clubes de menor dimensão receber mais dinheiro, não querem os grandes clubes passar a receber menos do que recebem hoje. É óbvio e faz todo o sentido.
Como pode o Benfica (e destaco o Benfica por ser o que detém quota de maior mercado em tudo o que diz respeito ao chamado consumo do futebol) aceitar passar a receber menos do que recebe hoje se é o Benfica que faz mover a fatia mais significativa dos interesses económicos associados a indústria do futebol em Portugal? - (desculpem a expressão horrorosa ‘indústria do futebol’, mas não fui eu que a inventei!)
Agora que nos chegam as notícias de operadores televisivos de Inglaterra, França, Brasil, por exemplo, terem desistido dos direitos da Liga portuguesa (os jogos deixam, para já, de ser vistos esta época naqueles países), as interrogações aumentam de tom, como não podia deixar de ser, e isso só vem dar razão aos que, como eu, sempre desconfiaram da possibilidade de os direitos televisivos de uma competição como a nossa poderem valer mais do que valem agora.
E já valem o que valem hoje por causa das tais loucas negociações iniciadas, em 2015, pelo Benfica com a NOS, que se estenderam à outra grande operadora de comunicações do País (a MEO Altice) e chegaram principescamente a FC Porto (MEO) e Sporting (NOS), e atingiram ainda de modo muito significativo alguns outros clubes como SC Braga ou Vitória SC (que melhoraram muito as receitas televisivas graças a contratos também com a MEO Altice).
É, pois, legítimo perguntar-se: direitos televisivos, afinal, ‘quo vadis’? (para onde vão?)
Termino com esta pequena-grande preciosidade: o jogo internacional (pré-eliminatória da Liga Conferência) do Arouca em Bergen, Noruega, não teve direito a transmissão televisiva para Portugal porque nenhum operador televisivo (nem os premium, que são pagos) esteve interessado.
O próprio canal patrocinado pela Federação Portuguesa de Futebol, por exemplo, transmitia, à mesma hora, um jogo da mesma competição, mas entre equipas estrangeiras (o Maccabi Telavive-AEK Larnaca). Por mais razoável que seja a justificação, os adeptos ficam perplexos!
Ora se nem as televisões portuguesas querem o que é nosso, como podemos esperar que o queiram as televisões internacionais?!
Reconheço o mérito e as boas intenções de Pedro Proença e da equipa que lidera na Liga. Mas de boas intenções, meu caro Pedro Proença, está realmente o inferno cheio!"

Obrigado, Roger!


"Obrigado, Roger. O treinador, director de comunicação e presidente do Benfica, tudo em um. A fazer o que devia ser feito por funcionários principescamente pagos para não fazerem absolutamente nada. O jogo do Bessa foi um arraial de porrada e uma arbitragem vergonhosa. Ninguém do Benfica disse nada. E só não se disse, como se permitiu que os Duarte Gomes desta vida difundissem a ideia de uma "excelente" arbitragem. Verdadeiramente revoltante!
Uma nota: Roger deixou esta crítica bem explicita à vergonha que foi esse jogo (se é que se pode chamar jogo a um espectáculo de Pauliteiros), mas não há um único jornal online ou TV que tenha pegado nessa declaração. Aliás, está bem escondida, e alguns jornais como o Record e o Jogo que nem a transcrevem. Sumiu, despareceu, não aconteceu. É a forma de informar desses peões do Anti-Benfiquismo.
Terminamos como começámos, obrigado Roger! O milagre que fizeste a época passada não se vai repetir, obviamente. Vais sofrer muito esta época e vais ser bem queimadinho, para que no fim do ano eles consigam que te metas a andar.
Liga Batatoon prossegue para a segunda jornada."

Vlachodimos ou Trubin? JOGUE QUEM JOGAR AMANHÃ ESTAREI A APOIAR!




"1. Quem me conhece sabe que não sou um particular apreciador de Vlachodimos. No entanto, nunca o assobiei ou, ainda menos, insultei - nem a ele nem a nenhum outro jogador do Benfica.
2. Aqui há tempos lancei um inquérito na minha conta do instagram para saber o que os benfiquistas pensavam da contratação de um novo guarda-redes (na altura falava-se insistentemente do brasileiro Bento): 19% respondeu que não era necessário; 36% respondeu que talvez, no sentido em que Vlachodimos precisava de concorrência; 45% considerou que o Benfica precisava mesmo de um guarda-redes com outro nível.
3. No Bessa, Vlachodimos falhou, é verdade, mas não foi o único a falhar. Não me parece justo carregar unicamente sobre o guarda-redes as culpas da derrota. O próprio Schmidt não está isento de responsabilidades naquilo que correu mal.
4. Quando uma equipa perde, perdem todos; quando uma equipa ganha, ganham todos. Schmidt é conhecido por ter uma relação frontal e transparente com os jogadores, pelo que estou convencido de que a forma como se referiu na conferência de imprensa a Vlachodimos foi também assumida olhos nos olhos com o jogador.
5. De qualquer forma, tenha ou não "culpabilizado" Vlachodimos no recato dos balneários, o certo é que Schmidt atiçou ainda mais a indesejada e desnecessária discussão pública à volta do nosso guarda-redes.
6. Não sei quem vai jogar amanhã. A conferência de imprensa de hoje não foi nem tinha que ser clara, se bem que haja quem entenda que a partir das palavras de Schmidt se pode adivinhar a titularidade de Trubin.
7. Seja quem for, seja Trubin ou Vlachodimos, é certo e sabido que vai ter o meu apoio a partir das bancadas da Catedral. Jamais assobiarei ou deixarei de apoiar um jogador do Benfica!"

O FUTEBOL PORTUGUÊS É UMA ANEDOTA




"Depois querem que a Liga Portugal seja levada a sério! Querem eles exportar este nosso futebol!?
Duas situações bem reveladoras da incompetência de quem tem o poder de dirigir os destinos do futebol em Portugal:
✅ Com castigos destes, qualquer um abertura para fazer o que quer. Uma anedota pegada. Treinador suspenso mas fica sentado num camarote e tem acesso ao balneário!
Quem é que tem interesse em consumir uma liga destas?
✅ Se nem o canal de televisão da Seleções de Portugal , tem interesse em transmitir jogos do quinto classificado da liga portuguesa nas competições europeias, que outro país vai ter interesse!? Mais fácil é assistir a um jogo internacional com clubes estrangeiros, do que com clubes portugueses.
Assim vai o futebol cá do burgo.
É sempre a descer...!! Parabéns aos dois timoneiros do nosso futebol anedótico."

Arthur Cabral e Trubin: O que esperar dos reforços do SL Benfica?


"Depois de um início de campeonato atribulado do SL Benfica, com a derrota frente ao Boavista no Bessa, esperam-se mudanças naquele que vai ser o primeiro jogo em casa da época.
Contudo, passarão essas mudanças pela titularidade dos reforços? Se sim, analisemos então aquilo que se pode esperar das mais recentes águias, Arthur Cabral e Anatoliy Trubin.
Com a expulsão de Musa e a sua respetiva indisponibilidade, as opções para ponta de lança dos encarnados caem em Tengstedt e Arthur Cabral. A escolha óbvia seria normalmente a utilização do reforço, mas, como é sabido, Roger Schmidt nem sempre opta por aquilo que se considera mais óbvio.
Arthur Cabral, que poderá vir a custar 25 milhões de euros aos cofres encarnados, já era apontado à titularidade aquando da sua chegada, mas apesar disso, esperava-se que discutisse a mesma com Musa. Agora, com o caminho livre para o onze inicial, o reforço tem todas as hipóteses de conquistar um lugar na equipa face à ausência do colega. No entanto, o treinador pode acabar por escolher outra alternativa.
Na Suíça, o avançado brasileiro marcou 65 golos em 106 partidas e isso valeu-lhe uma movimentação para os italianos da Fiorentina onde faturou por 19 vezes em 65 jogos ao longo de duas épocas. A grande questão acaba por surgir aqui, pois, através dos fatos, percebe-se que a adaptação imediata ao futebol transalpino não foi algo fácil para o brasileiro, tendo marcado apenas dois golos na primeira época ao serviço da Fiorentina. Mesmo que o futebol italiano tenha um nível de exigência superior ao português, as dificuldades podem surgir da mesma forma.
É sempre bom relembrar todas as expectativas criadas à volta de reforços, principalmente atacantes, que depois acabam por não dar certo. Na história recente dos encarnados, jogadores como Roman Yaremchuck, Raúl De Tomás, ou até mesmo Faundo Ferreyra e Gabigol, chegaram ao clube da luz com selo de goleador e acabaram por ter imensas dificuldades em atingir a melhor forma e vingar nos encarnados.
Carlos Vinícius, por exemplo, numa entrevista recente explicou que quando chegou ao Benfica, Bruno Lage, treinador que o havia contratado, perguntou-lhe no imediato se o mesmo estaria preparado para ser suplente, mesmo tendo custado 17 milhões de euros aos cofres encarnados. Vinícius começou a temporada no banco de suplentes e acabou a mesma como melhor marcador do campeonato naquela época.
Ou seja, com isto, reforça-se a ideia de que um lugar no onze inicial deverá ser sempre muito bem discutido e trabalhado, não sendo uma garantia, proveniente da questão financeira.
Caso Arthur Cabral entre de início frente ao Estrela, o mesmo poderá indicar que, à vista de Roger Schmidt, o avançado já se encontra preparado para jogar nas condições impostas. Se isso acontecer e o mesmo realizar uma boa exibição, um lugar em futuros onzes encarnados já se torna um cenário mais provável.
Por outro lado, se o técnico alemão decidir optar pela utilização de Rafa, Tengsted ou até mesmo David Neres, na frente de ataque, não existe motivo para preocupação. É preferível um tempo de adaptação e integração mais longo do que uma má exibição na estreia que pode prejudicar o rumo do jogador no clube.
No que toca a Trubin, o discurso mantêm-se em certa parte existindo apenas um ponto de diferenciação. Comparado com as restantes posições no terreno, as oportunidades na baliza não surgem tão regularmente e maior parte dos problemas de adaptação não são tão impactantes.
Enquanto em outros casos se é dado mais tempo e pequenas oportunidades contínuas o mesmo não acontece na baliza. Tendo isso em conta, a titularidade de Trubin neste momento depende apenas de Roger Schmidt.
A contratação do novo guardião deu-se alegadamente para que existisse mais concorrência na baliza, e por isso, o lugar de Vlachodimos já não é tão seguro da mesma forma face à chegada do ucraniano.
Visto que a diferente utilização de guarda-redes só se dá normalmente em momentos de crise, relacionados com lesões ou recorrentes más exibições, uma mudança pode ditar a permanência por um longo período de tempo.
Caso Roger Schmidt encare o panorama atual na baliza como um momento de crise, Trubin poderá avançar e conquistar a titularidade já no próximo jogo. Caso contrário, o novo guarda-redes do SL Benfica terá de esperar por outra oportunidade para mostrar verdadeiramente o seu valor aos adeptos das águias."

A evolução da arbitragem no futebol em Portugal nunca fugiu da mesma linha: tem que haver sempre um culpado, um corrupto, um mau da fita


"Quando pensamos seriamente sobre a grandeza que o futebol tem, percebemos logo a capacidade que tem em adulterar o estado de espírito das pessoas. Da explosão de alegria à desilusão extrema, do choro de felicidade aos insultos de raiva, dos festejos exuberantes à tristeza profunda. A viagem é quase sempre a mesma, época sim, época não, ano sim, ano não...
A arbitragem, parte inerente e imprescindível deste jogo mágico, não foge à tendência e percebe-se porquê: nas mãos dos árbitros estão muitas vezes decisões que promovem e despromovem equipas, que ditam qualificações e títulos.
Num universo assim, cada vez menos desportivo e cada vez mais industrializado, este é um sentimento que não se estranha.
Mas a verdade é que as arbitragens são das poucas variáveis que fogem ao controlo efetivo dos clubes, por não estarem no seu domínio, na sua esfera de ação. Não há nada que possam treinar, preparar ou antecipar que afete diretamente a forma como bons árbitros dirigem bons jogos.
Claro que há sempre quem tente a via indireta, a da pressão, da perseguição e do condicionamento, mas os frutos colhidos por aí nunca dão colheitas de jeito. Quanto aos árbitros em si, há uma curiosidade histórica que não pode passar sem comentário. Pensem no seguinte:
- Quando não havia VAR, quando eram eles a decidir in loco, eram todos uma cambada de corruptos, os bois pretos, os maus da fita. Erravam porque queriam, roubavam a torto e a direito, eram maus, desonestos e incompetentes.
Lembram-se? Eu lembro-me. Tenho dezenas de carimbos desses para troca.
Entretanto, com a chegada da vídeo tecnologia, o ónus da malandrice viajou do campo para a sala de imagens. Os árbitros afinal não podiam ver tudo, não podiam acertar sempre nem eram infalíveis, coitados! Já os vídeo árbitros, esses sim, uns terroristas camuflados de honestos, que apenas erravam porque queriam.
Aos olhos dos outros, não há um que se aproveite, não há um que tenha jeito para a função, mesmo que UEFA e FIFA os nomeiem continuamente para jogos relevantes. São todos péssimos profissionais, uns covardes com sede de protagonismo.
Não sei se se recordam, mas em relação às linhas de fora de jogo a história foi mais ou menos a mesma: quando não existiam, os árbitros assistentes eram todos uns vendidos, porque decidiam jogos de forma propositada, assinalando deliberadamente foras de jogo só para beneficiar uns em detrimento de outros. Lembram-se? Eu lembro-me.
E até me lembro de um deles, novo e com qualidade imensa, que deixou de ter carreira devido a um lance controverso num jogo importante em que tomou a única decisão humanamente possível de tomar na circunstância. Outros tempos em que artistas cheios de expedientes tinha poder suficiente para destruir carreiras quando o clube do seu coração perdia. Adiante. Depois os operadores televisivos passaram a usar linhas tecnológicas para avaliar offsides e aí é, meus amigos, aí é que se percebeu a dimensão galática dos roubos, porque os tipos lá na linha afinal decidiam sempre mal, ou porque eram incompetentes ou porque estavam condicionados, afetados, amedrontados ou sabe-se lá mais o quê.
Entretanto, as linhas passaram a ser detidas pela arbitragem, em sala. Agora, com a dupla VAR/AVAR, os árbitros assistentes, coitados, até dão o melhor que podem, seguem as instruções à risca, mas lá dentro é tudo muito rápido. É quase impossível acertarem. Já os outros dois, esses é que manipulam linhas e centímetros e milímetros e mais isto e aquilo… Há na evolução da arbitragem de futebol um denominador muito óbvio:
- Tem que haver sempre um culpado, um corrupto, um mau da fita. Se não for em campo, é em sala.
Se não for a decidir, é a medir linhas ou a ver replays de mão na bola/bola na mão. E quando esses se safam, então a culpa é dos observadores, de quem nomeia, da estrutura ou da APAF. O que nunca pode haver é campeonato com justiça reconhecida por todos, em que o vencedor seja mesmo melhor e mais capaz do que os adversários. Deus nos livre.
Agora que o CA tomou a (excelente) iniciativa de divulgar mensalmente áudios das comunicações "Árbitro/VAR", alguém duvida que a medida será alvo de um rol interminável de críticas, que viajarão da parcialidade das decisões à qualidade gramatical das comunicações? À linguagem usada, às imagens escolhidas? Alguém sensato e racional achará que aquilo que o mundo da bola tanto exigiu - um salto na transparência de processos - irá ficar agradado quando ouvir explicações que colidam com a sua?
Alguém achará mesmo que é ali que terminarão as críticas maliciosas à classe?
Só há aqui uma vantagem evidente: a iniciativa. Foi dado um passo em frente, porque quem não deve, não teme. O resto é apenas o futebol a ser futebol. E o futebol nunca deixará de ser futebol."

O Secretário de Estado não pode assistir calado


"O país está chocado! Ficámos todos a saber da diminuição dos apoios atribuídos às federações desportivas. O rosto da diminuição é a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cuja ação é inaceitável, já que esta instituição detém a exploração do jogo e apostas em Portugal. Porém, o grande responsável pelo desinvestimento no projeto desportivo e olímpico português é o Governo, não só pelos cortes sucessivos que tem feito, como por ter nomeado uma nova Provedora da Santa Casa que ignora a sua função social. Cortar indiscriminadamente está para além da austeridade.
Promover a prática desportiva, em particular nos jovens e na alta competição, deve ser um desígnio de qualquer governo e passa pela cooperação com as federações desportivas. Mas passa-se o inverso: o Governo está a desinvestir no desporto e a ignorar os que garantem a prática desportiva em todo o país. O IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude), tutelado pelo Governo, poderia e deveria ter um papel mais central no apoio às federações e respetivos atletas. Contudo, de 2021 para 2022 observou-se uma redução de 6,5 milhões de euros em apoios.
Ao governante, exige-se que se imponha perante o Primeiro-ministro e o Ministro das Finanças, orientando o instituto que está sob a sua tutela - o IPDJ. Aquele que foi nomeado para ser o principal defensor dos atletas e do desporto não pode assistir calado à paulatina redução do investimento neste capital humano. Tem de cumprir o seu papel!
À Provedora da Santa Casa, cumpre lembrar o papel e a importância da SCML na promoção desportiva, dada o seu desígnio social e a sua posição privilegiada na exploração do jogo e apostas.
Finalmente, porque o desporto não pode ser gerido em estilo de navegação à vista - como o Governo gere o país - é tempo, mais do que nunca e à beira dos Jogos Olímpicos, de planeamento e certezas. A SCML deve divulgar já, sem rodeios, nem expedientes, qual o apoio às federações que a instituição pode e deve dar.
O grito de alerta pelo desporto não pode ficar reduzido à voz das federações, dirigentes e atletas. Tal como ficam sozinhos os atletas na hora de lhes exigirmos resultados… É tempo de a comunidade portuguesa se sobressaltar perante o insólito."