sábado, 30 de setembro de 2023

Vermelhão: Goleada de 1-0 !!!

Benfica 1 - 0 Corruptos


Não sei como seria o jogosem a expulsão (ninguém saberá!) mas com 11 contra 10, pareceu que estávamos a jogar contra o Estrela, com dois autocarros à frente da grande área adversária, com os Corruptos a apostarem exclusivamente em bolas longas, e em bolas paradas 'mal amanhadas' pelo árbitro, para criar 'alguma coisa' com livres laterais!!! E o Benfica não estava preparado para um jogo com estas características... Assim se explica a 1.ª parte, completamente desperdiçada, com os jogadores a não saberem o que fazer com a bola...
No 2.º tempo, tudo mudou, a equipa subiu no terreno, o Kokçu jogou muito mais adiantado, começamos a recuperar a bola mais rapidamente, a paciência na circulação de bola apareceu...  o jogo mudou completamente... O 1-0 chegou tarde, desperdiçamos muitas oportunidades... e como tem sido costume esta época, foi o 'velhinho' Angel a desbloquear a partida!!!

Em vantagem numérica e em vantagem no marcador, seria de esperar que o Benfica marcasse o segundo, mas optámos quase sempre por ter a bola no pé... Excelente opção! Na parte final, fomos obrigados a defender sem bola, porque o árbitro 'não deixou'!!! Inacreditável a sucessão de apitos a todos os mergulhos dos Corruptos!!!

Repito, não sei como seria o jogo 11 contra 11, a surpresa Neres/Di Maria podia ter corrido mal, a ausência do Tino no meio, podia ser fatal, a solução de recurso do Aursnes podia ter saído caro, mas muito sinceramente, acho que as dinâmicas seriam outras e até podiam ser mais favoráveis, porque teria havido mais espaço junto da linha defensiva dos Corruptos, para os nossos criativos 'estenderem' o seu jogo... Com o adversário fechadíssimo lá atrás, muitas vezes com uma linha defensiva de 6 jogadores, com o Piscineiro a jogar praticamente a médio-centro, ter dois Alas, a jogarem de 'pé trocado', com tendência de fintarem para dentro, bloqueou muito o nosso jogo! E acabou por ser uma jogada muitas vezes tentada na 2.ª parte, com o Aursnes a combinar com o Neres a fazer uma 'paralela' de dentro para fora, que o golo apareceu...

Gigante Neves, merecidíssimo o cântico com o seu nome durante o jogo! Muito importante, a mudança tática ao intervalo com a subida do Kokçu... Neres, mesmo no flanco onde rende menos, a desequilibrar... Rafa decisivo, principal a ganhar faltas... Talvez o melhor jogo do Bah, deste ano... Aursnes, decisivo, ao repetir a mesma jogada, até ter dado golo!!! Trubin, mais uma vez, muitíssimo bem... Di Maria com o golo decisivo, num jogo, onde tudo lhe estava a sair mal...

Arbitragem, muito mal: em 4 expulsões, só teve coragem de expulsar um !!! Carmo e Zé Pedro deviam ter visto o Vermelho... e o mini-Conceição no final também... e depois para 'compensar' (a boa decisão que tomou na expulsão do Cardoso), andou principalmente a 2.ª parte, a assinalar faltas a todos os mergulhos dos Corruptos... e depois do golo, chegámos ao cumulo do absurdo!!!


O Cardoso, num primeiro momento, nem fez falta, mas quando se apercebeu que o Neres ia ganhar o ressalto, levantou a perna direita, e impediu o Neres de isolar: vermelho bem mostrado:
O Carmo, não toca na bola, e o Rafa, quando toca na bola, desvia-a para o centro do terreno: vermelho evidente, até para o Soares Dias!!!
A entrada sobre o Neves, só mesmo um cego pode achar que seria Amarelo: pitons na canela e no pé... Chega atrasado, e pisa, com violência... Totalmente diferente, da pisadela inicial do Bah, que joga a bola, e pisa completamente acidentalmente o adversário...
O 'caniche' de algibeira, sem qualquer intenção de jogar  bola, salta para cima do Nico... Repito, sem bola!!! Inacreditavelmente, essa jogada acabou com 2 Amarelos para o Benfica, e 1 para os Corruptos!!!
Aliás, a forma como o árbitro se dirigiu aos jogadores do Benfica e jogo todo, não é normal...!!!

O sentimento da goleada, vem do facto, da vitória ter parecido inevitável desde bem cedo, e dos Corruptos, nada terem feito para marcar um golo!!! A estratégia do Cãoceição, passava novamente pelas bolas longas, e ganhar as 2.ªs bolas... e meter alguns 'cavalos' de corrida no meio, para tentarem 'quebrar' o nosso meio-campo, como aconteceu no golo que o Portimonense nos marcar a semana passada... Mas com a expulsão, tentaram somente ganhar faltas!!!


Temos pouco tempo para 'pensar' nesta vitória, o jogo de Quarta-feita em Milão é importantíssimo... e depois, um jogo teoricamente mais acessível no Estoril, contra uma equipa que mudou de treinador recentemente... e este é mais daqueles, que já nos roubou pontos importante, como treinador de outras equipas! O Roger, nos próximos dois jogos, deverá voltar a fazer rotação, como fez em Portimão...

Estamos na Champions, novamente...!!!

Norrkoping 73 - 83 Benfica
19-17, 26-18, 15-24, 13-24

Não vi o jogo, mas basta olhar para as estatísticas, para perceber que não foi uma vitória fácil... Estávamos a perder ao intervalo por 8, os Suecos, chegaram mesmo a ter 14 pontos de vantagem, mas na 2.ª parte, tudo foi diferente, e estamos novamente na Champions...

Fomos parar ao Grupo G, com o Hapoel Jerusalem, o PAOK e o Galatasaray, três grandes ambientes, três equipas teoricamente superiores, mas vamos dar luta...

Vitória no Minho...

Lank Vilaverdense 1 - 4 Benfica
Maestro, Cauê(2), Prioste


Entrada forte, com 0-2 bem cedo, e vitória 'fácil'...

Estreia com dois golos do Cauê! Promete...

Clássico para ganhar


"O Benfica recebe hoje o FC Porto, às 20h15, em jogo a contar para o Campeonato Nacional. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Três pontos em disputa
Roger Schmidt deixa uma garantia e explica como encara a partida: "Estamos preparados, jogamos em casa com um adversário direto e ao qual podemos ganhar três pontos. É uma grande oportunidade para nós, é assim que vemos o jogo. Sabemos que temos de jogar ao nosso melhor nível. A equipa que for capaz de dominar e encontrar o momento certo e influenciar o jogo de forma positiva, é a que vai conseguir vencer."

2. 50 jogos de Bah e Aursnes
Os dois nórdicos atingiram a meia centena de jogo oficiais pelo Benfica. Veja a entrevista conjunta exclusiva ao BPlay.

3. Relatório aprovado
Em Assembleia Geral da Benfica, SAD, o relatório e contas relativo a 2022/23, cujo exercício teve um lucro de 4,2 milhões de euros, foi aprovado com 100% dos votos.

4. A um passo da Champions
Ultrapassado o AEK Larnaca, campeão cipriota, o Benfica tem encontro marcado com o Norrköping Dolphins, campeão sueco, para decidir o acesso à fase de grupos da Basketball Champions League (hoje, às 19h00, na Turquia).
Norberto Alves deixa um alerta: "Vamos ter de jogar ao mais alto nível para poder vencer." E acrescenta: "Temos de saber o que teremos de fazer nas várias tarefas, sejam elas defensivas ou ofensivas. É importante manter a comunicação entre os jogadores dentro de campo."

5. Dérbi do futsal no feminino
Benfica e Sporting jogam hoje, às 21h30, no Pavilhão João Rocha, na vertente feminina do futsal. Para Ana Catarina, "um dérbi é sempre bem-vindo". A guarda-redes benfiquista revela a chave da vitória: "Temos de estar na máxima força para conseguir superar o Sporting. Dérbi é dérbi, mas nós queremos ganhar."

6. Agenda desportiva
A equipa B também tem um desafio marcado para hoje. É às 18h00 no reduto do Länk Vilaverdense. Consulte a agenda para ficar a par de todos os jogos do Benfica em futebol e modalidades de pavilhão até 1 de outubro.

7. Reforço da presença internacional
Al Nasr SC, da 1.ª Divisão dos Emirados Árabes Unidos, passará a implementar a metodologia SL Benfica na área da formação. Uma parceria internacional apresentada no Dubai nesta semana."

Organização criminosa...


"Em condições normais, o Benfica ganharia o seu jogo de hoje à noite. Porque é melhor, tem melhores jogadores, e joga incomparavelmente melhor futebol. Mas, os jogos contra a organização Mafiosa não são jogos de futebol. E por esse motivo, essa instituição criminosa vai estar sempre mais perto de ganhar estes jogos do que nós. Porque não jogam futebol, porque são um conjunto de batoteiros mergulhadores, porque são péssimos colegas de profissão, porque jogam com regras diferentes de todos os outros e porque têm toda a gente a fazer-lhes reverência, vá-se lá saber porquê. Daí que para o jogo de hoje não esperamos nada de diferente do que este vídeo bem elucidativo que acompanha este post. Um gajo que perde a bola pela linha lateral e se atira para o chão passado 30 anos de ter tido um contacto com um jogador adversário e que, mesmo assim, consegue ganhar uma falta e provocar um cartão amarelo ao adversário. Isto é alguma coisa? Tenham vergonha de uma vez por todas! Isto já cheira mal, já ninguém quer ver esta porcaria em mais lado nenhum do Mundo! Estão a matar o futebol Português, apenas para que a instituição criminosa sobreviva. Isto é inaceitável!"

Singularidades !!!


"O canal de televisão da Federação do Fernando das faturas e do Fontelas Gomes, tem imensos problemas e dúvidas quando a escolha é entre Di Maria e Galeno...
Parece impossível, mas é verdade!!
Portugal é o único país do mundo onde existe dúvidas sobre esta escolha.
E no Canal 11 já nem é a primeira vez que ficam com esta dificuldade..."

Aqui chegados...


"Hoje vai jogar-se o clássico Benfica-Porto. Sendo na 7.ª jornada, a sua importância é sobretudo anímica para as 27 que ainda faltam. Nas primeiras 6 rondas, o Benfica exibiu um bom futebol, ainda que com insondáveis oscilações e muita cerimónia para matar o jogo. E, em tese, tem o melhor plantel da Liga, se considerarmos um núcleo duro de 18 jogadores (como, aliás, se viu em Portimão). Mas a derrota com o Salzburgo evidenciou grande dificuldade sempre que o adversário é capaz de manietar a saída da equipa para o ataque organizado. Mesmo já contando com os 8 pontos que o rival produziu nas sempre oportuníssimas compensações, o Benfica (que jogou 4 dos 6 jogos fora da Luz) terá de ultrapassar o fantasma das recorrentes derrotas na Luz por razões próprias ou alheias.
Com a regra das 5 substituições, a ideia de um onze titular tornou-se mais variável e difusa. Em bom rigor, poderemos falar de um dezasseis titular. No caso do Benfica, António Silva e Otamendi são indiscutíveis, já Morato dá a ideia de, por vezes, se relaxar nos passes entre os defensores e o guarda-redes. Bah é um jogador muito útil, mas, aqui ou acolá, sofre do mesmo tique de Morato (vide a jogada que origina o 1.º golo dos austríacos). As opções para defesa-esquerdo estão, até ver, longe de fazer esquecer Grimaldo. No meio-campo, Kökçü vem consolidando a sua boa influência. João Neves é o tesouro do plantel e Florentino um elemento precioso numa temporada longa e exigente. Não entro na discussão de falsas opções nas alas. É que Di María, Neres, João Mário e Aursnes (e falta Gonçalo Guedes!), todos e cada um, são valiosos, dependendo dos jogos e dos momentos. Rafa é talento e velocidade com lugar assegurado atrás do ponta-de-lança.
A questão mais crítica tem que ver com o primeiro e o último postos: o que salva golos e o que os marca. Não consigo entender como Vlachodimos foi despachado sem justa causa. Afinal, dizia-se - e bem - que ele precisava de um concorrente à altura, como seria Trubin. Não é aceitável que o campeão nacional nos primeiros 5 jogos tenha tido 3 keepers na baliza. O risco aumentou sem necessidade e colocou Trubin numa delicada posição.
Quanto ao avançado, sabendo-se há muito que Ramos iria sair (o próprio Rui Costa o confirmou), custa-me a entender que o seu substituto tenha surgido no fim do mercado, por um preço elevado, com um perfil muito diferente do português, dando a ideia de tudo feito à pressa. O certo é que o Benfica português e europeu terá ficado com este lugar-chave algo abaixo do necessário. Há o voluntarioso e oportuno Musa, o ainda quase desconhecido Tengstedt e Arthur Cabral que, por agora, está longe de justificar a sua aquisição. Espero que não seja uma reedição dos fiascos de Ferreyra, Raúl de Tomás ou Yaremchuk."

Não é um jogo como os outros


"Um clássico à sétima jornada não decide campeonatos, mas cria estados de alma...

O Estádio da Luz vai ser esta noite palco de mais um Benfica-FC Porto a contar para a Liga. Trata-se de um ritual, repetido desde 24 de março de 1935, quando no Campo das Amoreiras as águias derrotaram os dragões por 3-0, na primeira edição da principal prova do calendário nacional.
Nesse tempo já longínquo, quando pontificavam no Benfica Gaspar Pinto e Vítor Silva e no FC Porto Soares dos Reis e Pinga, e a equipa de Lisboa era treinada por Vítor Gonçalves, pai de Vasco Gonçalves que seria primeiro-ministro de Portugal nos anos do PREC, estando à frente do FC Porto o húngaro Joseph Szabo, começou uma rivalidade que dobrou o cabo do milénio e continua pujante, inquinada de há umas décadas a esta parte por uma intolerância que não engrandece nenhum dos emblemas.
Mesmo sabendo que o contexto desta época é diferente, e para alguns bem mais dramático, nenhuma boa razão explica que não se olhe para este Benfica-FC Porto pegando na ideia de Arrigo Sacchi, como um jogo inserido na coisa mais importante das coisas menos importantes das nossas vidas, o futebol. Do ponto de vista desportivo, não há jogos que decidam campeonatos à sétima jornada. Há duelos que podem ser importantes, que são suscetíveis de criar estados de alma com reflexo no futuro, mas não vão muito mais além dessa fronteira.
No jogo de hoje vão defrontar-se duas equipas que ainda não atingiram o seu potencial, o Benfica porque da reformulação do plantel feita resultou a necessidade de uma abordagem diferente ao jogo, que ainda não está, especialmente do ponto de vista defensivo, devidamente interiorizada; o FC Porto porque, entre saídas, entradas e lesões, mantém-se o espírito mas os automatismos estão paulatinamente a ser recriados, sendo, até agora, mais satisfatórios os resultados que as exibições. O que esperar, então, deste clássico?
Ontem, Vítor Serpa, neste mesmo espaço, questionava-se sobre a razão que tem levado o Benfica a estar mais desconfortável do que o FC Porto quando se defrontam na Luz. Mais do que uma questão académica, trata-se de um bloqueio psicológico, que vai novamente a escrutínio, na casa encarnada, a partir das 20.15 horas."

Noite de clássico!


"Não há como esconder. A equipa do FC Porto é a que mais amedronta a equipa do Benfica. Só assim se explica que a equipa do Benfica some apenas quatro vitórias nos últimos 22 jogos realizados com o FC Porto, na Luz, para o campeonato. Não é o chamado número redondo, mas dá ideia clara da supremacia do dragão. Desde 2001/2022, Benfica e FC Porto encontraram-se 22 vezes para a Liga: 10 vitórias dos portistas, oito empates e quatro êxitos das águias. É um rombo. Vale o que vale, como diz Roger Schmidt «é história», mas até o treinador alemão saberá muito bem como a história, no futebol, costuma ter peso.
O próprio Benfica tem a noção exata do debate: que raio de bicho morderá às águias quando se trata de defrontar o FC Porto? Que efeito psicológico se abate sobre os encarnados mesmo em casa própria para uma tão grande diferença de sucessos nos jogos de campeonato?
Ganhar quatro em 22 jogos é realmente pouco para o grande candidato que será sempre o Benfica. Ganhar dez desses jogos na casa do rival não apenas aumenta a autoestima do FC Porto como lhe dá a esperança de estar sempre em condições de se bater pela vitória sejam quais forem as circunstâncias. Durante anos, no interior do próprio Benfica, reconheceu-se que «o FC Porto nunca morre», numa alusão ao caráter da equipa portista mesmo quando eventualmente possa, em teoria - como parece ser agora o caso -, estar em desvantagem relativamente à qualidade do plantel, ao leque de escolha do treinador e ao futebol jogado pela equipa.
Toda a gente sabe que pode, também, a equipa do Benfica argumentar que a equipa do FC Porto não apenas amedronta como intimida, porque é dura. Agressiva, joga mais no limite e tantas vezes o ultrapassa, é uma equipa que não teme, nunca, o confronto físico-atlético, o que a torna muito forte nos duelos, mais ainda quando os árbitros, também não há como escondê-lo, aceitam, para falar apenas nesta edição campeonato, como foi o caso flagrante, diria, do juiz Fábio Veríssimo, a excessiva dureza de entradas como as do médio Eustáquio no Rio Ave-FC Porto, jogado em agosto, que não mereceram sequer um cartão amarelo quanto mais o justificado vermelho. Deixo a referência apenas pela evidência e gravidade dos lances, que retratam, aliás, uma certa forma de competir e uma certa forma de os árbitros agirem. E nem vale a pena remexer na história.
No fundo, faz tudo parte da clara supremacia que o FC Porto foi ganhando sobre o Benfica. Talento, equipas fortes, muita qualidade de jogo, atitude reconhecidamente mais intensa e poderosa, mas também o jogar no risco, desafiar os limites, usar estratégia e menos o jogo pelo jogo, e confrontar permanentemente a coragem e a competência dos árbitros.
O FC Porto tem sido mais forte? Tem. Os números não mentem. Mas também lhe tem sido permitido ser o mais forte. E isso passa. Não fica gravado nos números do resultado. Só fica na memória e não é de todos.
Também não há como negar que este será o FC Porto porventura mais imprevisível que se apresentará na Luz, na noite desta última sexta-feira de setembro. Apesar de Taremi, apesar de Pepê, apesar de Galeno, em teoria a equipa do FC Porto desta temporada é talvez a menos forte dos últimos anos. Teve de incorporar novas caras e está, além disso, num processo de construção de uma nova espinha dorsal, depois de perder Otávio e Uribe, que eram, como bem se sabe, muito mais do que apenas dois dos mais fortes e competentes jogadores portistas.
A interrogação sobre este FC Porto não deve, porém, levar o Benfica a pensar num cenário menos exigente. Apesar do triunfo na Supertaça e da superioridade que os encarnados evidenciaram no segundo tempo, é bom não esquecer qual foi a equipa que entrou, mais uma vez, melhor no jogo então jogado em Aveiro. E é bom que Roger Schmidt e seus jogadores não percam de vista a influência que têm, neste tipo de jogos, jogadores como Pepe (se recuperar, evidentemente), Galeno ou Pepê, ou até mesmo, pelo peso da cultura portista, jogadores que sentem ainda a enorme necessidade de se afirmar, como Alan Varela ou o muito talentoso Iván Jaime.
Pode esperar-se um FC Porto a jogar menos do que tem jogado nos últimos anos; mas manda a prudência que ninguém espere um FC Porto menos combativo, menos agressivo, menos intenso, menos determinado e menos desafiador das regras. O treinador é o mesmo há mais de seis anos, é um grande treinador, vive o FC Porto como ninguém, sabe muito de estratégia e do jogo e conhece profundamente o futebol português. Julgam que isso não faz também alguma diferença? Faz. E não é assim tão pouca como isso.
Alguns sinais dados pelo Benfica nos últimos jogos fazem, mais uma vez, com que paire na Luz alguma preocupação. Menor capacidade de pressionar e recuperar a bola; ideias mais confusas na transição atacante; menos eficácia na execução; mais vertigem e menos controlo do jogo; erros de palmatória a comprometer o resultado (como no caso da estreia europeia com o Salzburg), tendência para complicar e dificuldade em mudar o chamado centro do jogo - o Benfica parece, por vezes, insistir em manter a bola onde o espaço é claramente mais caro por metro quadrado… -, e, por último, mas não menos importante, a cruel ineficácia na finalização - o Benfica tem sido demasiadas vezes uma equipa que precisa de muitas oportunidades para fazer um golo, e quanto mais exigente é o jogo, quanto maior é o seu grau de dificuldade, mais fatal isso pode tornar.
O Benfica tem talento suficiente para se bater com qualquer adversário? Tem, claro que tem. Mas creio que tem, igualmente, um treinador que, apesar de todas as suas competências (e serão certamente muitas) dá a ideia (pelo menos é a ideia que dá) de ter muita dificuldade a ler o jogo e, por isso, muita dificuldade em mexer com o jogo, e o leitor não deixará, no mínimo, de compreender o que quero dizer, podendo, naturalmente, como sempre discordar.
O Benfica perdeu Grimaldo e ao perder Grimaldo perdeu decisiva arma na construção ofensiva. Ganhou a pérola Di María, mas Di María, que aporta tanta genialidade à equipa e dele se espera sempre que faça muita diferença (como fez, aliás, na Supertaça, em agosto), obriga a equipa a ter outro comportamento defensivo. Kokçu ainda está a adaptar-se a uma novíssima e gigantesca realidade comparada com a que tinha, com João Mário numa das alas, Aursnes a lateral-esquerdo e Rafa por dentro, mesmo quando jogam melhor, o Benfica perde largura, afunila demasiado o jogo, já para não falar da tendência para todos (ou quase todos) quererem a bola no pé e, por isso, atacarem menos o espaço. Deixo um termo de comparação: o Sporting, por exemplo, dá muita largura à sua construção de jogo e os jogadores atacam muito o espaço. É o que me parece. E também por isso (não só, mas também), quando joga bem, é a equipa que está a jogar melhor.
O Benfica tem ainda continuado a revelar um problema nas laterais defensivas - Aursnes compensa tudo pelo grande jogador que é, mas não tem a velocidade, nem a prática, que se exige a um lateral, e Bah é melhor a atacar do que a defender, talvez por falta de escola, por falta de exigência (habituado a um nível muito inferior ao que é jogar no Benfica) e compromete demasiadas vezes.
E chega-se ao guarda-redes, ainda muito jovem, mas já suficientemente infeliz para deixar os adeptos com a pulga atrás da orelha. Trubin está, ainda por cima, num clube que tem uma impaciência assustadora para qualquer jogador, porque na Luz, todos sabem, é raro dar-se tempo a um jogador para se adaptar, e muito menos para crescer. Por isso aumentam (mais ou menos justificadamente, mas sempre muito impacientemente) as dúvidas sobre jogadores como Jurásek ou Arthur Cabral, por mais difícil que seja para uns (mais para uns do que para outros) a adaptação às novas realidades. E isso aplica-se a Benfica ou FC Porto ou a qualquer outra equipa.
No caso concreto da impaciência benfiquista, volto, aliás, a lembrar as palavras do ex-avançado da Luz Nuno Gomes, há um par de anos, ditas a propósito de Lisandro López, na altura ponta de lança do FC Porto, ter feito apenas oito golos na primeira época no dragão, antes de explodir como Bola de Prata. «Se calhar, no Benfica era dispensado», foi mais ou menos, se recordo bem, o que disse Nuno Gomes, aludindo à atmosfera impaciente que costumas viver-se no universo encarnado.
Vejam-se ainda os casos, no FC Porto, com David Carmo ou Pepê ou Evanilson. No FC Porto, a exigência é grande, mas a pressão parece claramente menor (ou é mais controlada) e talvez por isso mesmo os jogadores em mais dificuldade conseguem sobreviver melhor.
Estão assim reunidos suficientes pontos de interrogação para o primeiro grande clássico do campeonato. Será o talento da águia suficiente para se impor ao sempre esperado jogo de raça do dragão? A emoção segue dentro de momentos."

Em véspera de clássico vale perguntar


"A QUEM INTERESSA O RETROCESSO NO CONTROLE ANTIDOPING?

1. Foi no período em que o ex-PJ Rogério Jóia presidiu à ADoP, entre junho de 2014 e junho de 2019, que se realizaram a esmagadora maioria dos testes que levaram a UCI a castigar violentamente a equipa de ciclismo W52-FC Porto, conduzindo à sua inevitável e irremediável extinção.
2. Foi na gestão do mesmo responsável que foram implementados, em força, os passaportes biológicos, que são a forma mais eficaz de garantir o controle antidoping. Quando a UEFA determinou que 8 atletas de cada plantel teriam que ter passaporte biológico, já o ex-responsável da ADoP os tinha implementado em Portugal para a totalidade dos jogadores dos plantéis das equipas da primeira e segunda Liga.
3. Foi na gestão do mesmo responsável que os clássicos passaram a ser obrigatoriamente controlados (sempre antes e depois dos jogos). Quando não saíam no sorteio dos três jogos de cada jornada sujeitos a controle, passava essa jornada a ter quatro jogos controlados.
4. O controle fora de competição tem sofrido, também ele, um revés: fazem-se muito menos ações e controlam-se muito menos atletas por ação. Com o decréscimo destes controlos, o atual presidente da ADoP voltou a ser convidado de honra para a final da Taça de Portugal, o que tinha deixado de acontecer com o inspetor Rogério Jóia a partir do momento em que este os aumentou.
5. O incómodo da ação de Rogério Jóia levou a que o seu mandato não fosse renovado por pressão de responsáveis dos organismos que tutelam o nosso futebol e até - pasme-se - do Comité Olímpico Português, que tudo fez para que fosse dispensado, não se percebendo porquê, já que o doping nunca foi tão combatido como no período em que presidiu à ADoP.
6. Sabendo-se que o principal objetivo do controle antidoping é a preservação da saúde dos atletas, pergunta-se a quem interessa o retrocesso desse controle em Portugal. Não é certamente ao Benfica, que venceu 4 dos 5 campeonatos correspondentes ao mandato de Rogério Jóia à frente da Adop."

«Dimanches: au revoir»


"Entrou imposto pelo BES, à semelhança do seu primeiro presidente. E, tal como ele, também foi constituído arguido em processos relacionados com as próprias entidades para as quais trabalharam. Em abrangência de trabalho, lidou e controlou muito mais do que aquilo que o futebol tem para dar numa sociedade desportiva. Mandou mais que os presidentes e era considerado, internamente, como o verdadeiro DDT. Validava, no futebol, as operações financeiras que originaram das maiores transferências jamais vistas em Portugal.
Vai ser contratado por um clube das arábias mas que não irá pagar à Benfica SAD o valor milionário da sua rescisão. Será ainda a sua própria entidade empregadora quem irá assumir, segundo se diz por aí, uma quantia exorbitante a rondar os 3 milhões de euros brutos. Metade vai para os cofres da dupla de sócios benfiquistas Medina e Costa.
Aparentemente, o último ato de Domingos Soares de Oliveira passa pela apresentação das contas da Benfica SAD aos acionistas. Basicamente, no que releva, vai ler dos papéis uma descida da dívida líquida de 4,5 por cento mas fixada em 140,8 milhões. Com a sua saída pré-anunciada, é previsível que se aposente após terminar a sua próxima etapa profissional em Jidá. Aqui irá enriquecer em termos salariais que serão muito superiores aos que auferia na SAD e cuja metade desses rendimentos teve que entregar ao Estado. Vamos esquecer os prémios que auferiu.
Resta saber se manterá alguma atividade relacionada com a Liga de Clubes, a qual apostou nele para assumir um papel fundamental na Liga Centralização que irá promover a definição da proposta para o futuro modelo de comercialização centralizada dos direitos televisivos e multimédia a par dos conteúdos audiovisuais das competições profissionais de futebol em Portugal. Por outras palavras, será esta Liga Centralização quem vai assumir o motor da posterior comercialização dos referidos direitos. Pode ser que angarie, pelo meio do seu trajeto na Arábia, uns investidores para a aquisição dos direitos das nossas Ligas. Sempre são melhores competições que aquela onde vai ingressar. Vamos ver se, após aterrar na nova experiência no estrangeiro, marcará alvos como Veigas para varrer."

O futebol que queremos!!!


"Mesmo tendo sido um dos que usufruiu deste regime de impunidade ao serviço do clube azul da santa aliança, não deixam de ser palavras sábias sobre a podridão do nosso futebol!
“Eu a maior parte destes anos vivi em Inglaterra, também tive alguns anos em Espanha e em Itália.
Itália gosta muito do jogo, da tática, tem normalmente gente a falar sobre isso com mais ou menos polémica ou com maior ou menor agressividade mas é gente de grande credibilidade, tens grandes nomes do futebol a discutirem sobre o futebol.
Em Inglaterra por exemplo, eu cheguei a sentir-me quase enjaulado porque tu não podes sequer comentar o árbitro antes do jogo.
Fui punido, e bem punido por declarações antes do jogo por dizer que esperava que o árbitro estivesse muito bem e que resistisse á pressão de Anfield e que tivesse uma excelente atuação.
Fui punido.
Em Portugal tu dizes dos árbitros aquilo que queres, antes do jogo, durante o jogo e depois do jogo e és punido com multas de risada total.
A impunidade é total.
Obviamente que somos um País que deve gostar disto, porque o tipo de programa que existe em Portugal e em simultâneo em 3, 4, 5 canais diferentes e que se repetem de segunda a domingo e que sobrevivem é porque a nossa malta gosta disto.
Portanto, se calhar temos o futebol que queremos ter. " 
José Mourinho."

Esclarecimento


"O Sport Lisboa e Benfica esclarece, face a informações veiculadas na comunicação social, que em nenhuma circunstância o nome do seu vice-presidente Fernando Tavares foi referido na resposta à Nota de Culpa relativa a irregularidades verificadas na sua secção de andebol.
O Sport Lisboa e Benfica reitera que, após a tomada de conhecimento dessas irregularidades, decidiu instaurar processos de inquérito a dois funcionários do Clube e dispensou outros dois elementos que prestavam serviços à secção.
A seu devido tempo, as conclusões e as ações tomadas relativamente a esta matéria serão divulgadas aos sócios."

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

50

Critério: porrada no Rafa!!!


"É a Liga Batatoon, meus senhores. Onde duas faltas grosseiras para cartão amarelo nem assinaladas são sequer. Como é que explicam isto? Mas alguém quer consumir este produto completamente adulterado? Bem fizeram a França, o Brasil e os EUA. Transmitir esta farsa para quê e para quem? Estão a matar o futebol em Portugal e ninguém parece interessado em saber. Desde que se garanta a sobrevivência do Porto, está tudo bem. Essa é a grande prioridade, custe o que custar. Esquecem-se é que a médio prazo, se continuarem com esta farsa, está tudo falido e sem mama. Continuamos sem perceber o silêncio do Benfica como maior e mais importante instituição desportiva do País perante tudo o que se está a passar."

O júri ainda não se decidiu sobre este Benfica


"«Senhoras e senhores, levantem-se por favor para o Meritíssimo Juiz.»
Imediatamente a sala toda se levanta, num respeito protocolar à entrada do juiz que preside ao julgamento do Benfica 2023/24. Um caso que se renova todos os anos, mas que atrai sempre a atenção de todo o país.
«Podem-se sentar», informa de forma pausada o magistrado, já com muitos anos disto. «Bom, depois de mais uma sessão ontem em Portimão, estão o acusado e demais partes de volta à comarca de Lisboa. Ao longo deste julgamento já foram apresentadas várias provas e evidências, pelo que hoje será dada a palavra aos senhores advogados de defesa e acusação. Peço aos prezados elementos do júri que oiçam com atenção e mantenham um espírito crítico porque a justiça em Portugal é muito famosa por ser rápida e temos um veredito a tomar. Tem a palavra o senhor advogado da acusação. Faça favor, doutor...»
«Muito obrigado Vossa Excelência. Prometo ser breve, na medida do possível, até porque parece-me que o caso deste ano é muito simples. E acredito que os prezados cidadãos que prestam o dever cívico de serem júri neste caso concordarão comigo. Vamos ao cerne da questão: O Benfica deste ano está mais fraco que o ano passado. E os sinais são preocupantes. Senão vejamos: é uma equipa que perdeu Grimaldo, Enzo e Gonçalo Ramos, três jogadores fundamentais do ano passado. O senhor treinador Roger Schmidt só anda a causar problemas no balneário com o que diz e com o que roda ou não roda os jogadores. As mulheres de Morato e David Neres reclamam, Vlachodimos deu um basta.
E agora tem o Benfica na baliza um guarda-redes que pode ter muito potencial, mas está claramente nervoso e pensem, caros jurados, que se aproxima só o FC Porto (e a seguir o Inter). Aursnes anda a rodar pelas laterais, em vez de estar no meio-campo. António Silva e Bah parece que pioraram e Kokcü não faz esquecer o mago argentino dos 120 milhões. O senhor treinador não se decide entre João Neves e Florentino. Também não parece saber lidar com a estrela intocável Di Maria, que já disse que não gosta de ser substituído (mesmo havendo um Neres no banco). E os reforços? Jurasek deu más sensações, Bernat não se estreia e Arthur Cabral parece completamente desfasado da realidade (e talvez com uns quilinhos a mais? Não quero especular numa sala de tribunal).
Este Benfica perdeu na 1ª jornada do campeonato, perdeu na 1ª jornada da Liga dos Campeões, leva sete golos sofridos em seis jornadas e ainda não teve um só jogo convincente fora de casa. Senhor Doutor Juiz, caras testemunhas, o veredito só pode ser um: 'este Benfica 23/24 não presta e não vai ser campeão. Ponham as emoções de lado, encarem a realidade que vos entra nos olhos e a decisão só pode ser uma: Buuhhhh! Abaixo este Benfica!»
«Silêncio! Ordem na sala!», grita o juiz, após a comoção geral, batendo repetidamente no martelo. «Tem agora a palavra o senhor advogado de defesa.»
«Muito obrigado, Vossa Excelência. Caros elementos do júri... já não é a primeira vez que defendo o arguido Benfica e pelo que reconheço das vossas caras também não é a primeira vez que se encontram nesse banco. E digam-me lá se não tiveram uma sensação de déjà vu ao ouvir o meu colega ainda agora mesmo? Não teremos todos nós já aprendido a lição? Continuaremos a ouvir estes velhos do Restelo que desconfiam de tudo e de todos? Que veem sinais negativos e do apocalipse em todo o lado? Ajudam o Benfica ao assobiar Trubin? Ao clamar por "Neres, Neres" aos ouvidos de Roger Schmidt? Ao resmungar e não cantar pelo Benfica no estádio? Peço-vos um favor...respirem fundo.
Este Benfica já venceu o FC Porto este ano, com uma exibição convincente na 2ª parte, ganhou cinco dos seis jogos do campeonato, esmagou o Vitória de Guimarães por 4-0 e só perdeu dois jogos porque ficou reduzido a dez elementos. Foram daquelas situações que acontecem uma em cada mil vezes! Trubin vai ser muito melhor que Vlachodimos, Aursnes joga bem em todo o lado, Kokcü vai continuar a crescer a cada jogo que passa e João Neves é uma delícia. Criticar Di Maria? Uma vedeta que regressou a "mi casa" e que já leva 5 golos esta época! Arthur Cabral precisa de tempo, mas entretanto há Musa! Prezados elementos do júri, Roger Schmidt deixou-vos ficar mal o ano passado? Rui Costa deixou-vos ficar mal o ano passado? Estes jogadores deixaram-vos ficar mal o ano passado? Calma! Confiança! Este Benfica tem muita qualidade e é o melhor grupo de jogadores em Portugal. E por isso, o veredito só pode ser um: "Sííííííííííí! Viva este Benfica!»
(Nova confusão na sala de audiências)
«Ordem na sala! Repito, ordem na sala! O público tem que se comportar na minha sala de audiência ou haverá julgamento à porta fechada! Bom, encerro as alegações dos senhores advogados e peço ao júri que se retire para refletir sobre a decisão a tomar. Se se mantiverem num impasse, encontramo-nos daqui a uns dias. Provavelmente após o jogo com o FC Porto.»
(As câmaras de TV viram-se para os repórteres)
«E como acabaram de acompanhar, caros telespectadores, bateu o juiz o martelo de madeira com imensa força, dando por encerrada mais uma sessão. A procissão segue no adro e temos informações que o júri ainda não tomou uma decisão. Continuaremos a acompanhar este julgamento com a máxima atenção, com atualizações de hora a hora. É tudo por aqui de momento, devolvemos a emissão à régie...»"

O padrão



"No final da importante vitória do Benfica em Portimão, pré-clássico e pós derrota na Champions, o técnico dos encarnados referiu-se à forma como o jogo decorreu, reconhecendo que, nesta época, o Benfica entra normalmente a dominar, chega rapidamente à vantagem, mas desperdiça oportunidades para, de seguida, sofrer um golo e complicar o que parecia fácil e estar resolvido. Tem sido uma espécie de padrão. Concluiu Schmidt que a equipa esteve bem, mas que tem de ser: “mais inteligente”.
Com efeito, já tido sido assim em Barcelos e em Vizela, tendo o Benfica em qualquer um destes jogos deixado encurtar uma vantagem de dois golos.
Em Portimão, mais uma vez, depois de várias ocasiões para matar o jogo, a equipa foi perdendo intensidade e complicando as coisas. Neste caso, não fosse Trubin ter defendido a grande penalidade (bem assinalada) podiam ter-se complicado mesmo. Uma defesa muito importante, sobretudo depois da entrada menos feliz do jovem guarda redes no jogo da Champions.
O padrão desta época tem sido este: melhores exibições, do que resultados.
Já o principal adversário do Benfica tem o padrão exatamente oposto. Não joga quase nada durante 90 minutos, chega ao final do jogo empatado ou mesmo a perder e resolve os jogos ao minuto 95, ou ao 112,… num momento de inspiração ou num golpe de sorte que os árbitros esperam, demoradamente, que aconteça. Melhores resultados, do que exibições. Para já, isto diz-nos pouco em relação ao título e não se aplica ao Clássico. É outro jogo, com outros padrões. Mas, depois da Supertaça, será também um interessante tira-teimas."

Kokçu, o grande líder


"Em quase 40 anos que levo a acompanhar Feyenoord e Ajax no campeonato e nos jogos internacionais como jornalista desportivo, vi muitos capitães. Mas nunca vi um capitão de 20 anos com tanta coragem e bravura em campo como Orkun Kokçu.
Este talentoso médio não tem sido o melhor orador, mas tem sido um dos mais dinâmicos e determinados jogadores no relvado, além de muitas vezes decisivos para a equipa dele.
Foi também por essa razão que o novo treinador do Feyenoord, o superofensivo Arne Slot, imediatamente decidiu entregar a braçadeira de capitão a um jogador com apenas 20 anos. Slot, porém, causou surpresa, porque media, adeptos e rivais do clube de Roterdão não viam, então, um grande líder em Kokçu.
Eu, no entanto, compreendi a decisão. Talvez porque tinha uma vantagem e já seguia Orkun Kokçu desde os 13 anos, na academia do Feyenoord. Lá, um dos scouts, disse-me bem cedo, num sábado de manhã, enquanto víamos jogos das camadas jovens, que o Feyenoord tinha conseguido contratar um talento especial. Um médio que joga qualquer bola, qualquer bola no jogo, do primeiro ao último minuto, para a frente, pensa e executa para a frente. Por outras palavras, um jogador que tem na cabeça o mais fundamental dos pensamentos ofensivos. Nunca Orkun Kokçu quis jogar a bola para trás ou pensar defensivamente. Jogador tão incrivelmente ofensivo jamais tinha sido visto na academia em muitos anos.
Como jornalista, ficamos curiosos e começamos a prestar mais atenção a um talento. E também assisti ao momento em que ele se mostrou preparado para a estreia na equipa principal do Feyenoord. Kokçu tinha 17 anos e ainda era jogador da academia quando foi chamado para um jogo do campeonato, num dia frio de dezembro, fora com o FC Emmen, em relva artificial. Não eram, seguramente, condições mais apropriadas, mas logo marcou com 17 anos e o capitão do Feyenoord nessa altura, Jordy Clasie (mais tarde do Southampton e agora do AZ), disse imediatamente. «É um grande talento e espero que fique já com a equipa. Pode tornar-se um jogador fantástico.»
Kokçu desenvolveu-se rapidamente e continuou a pensar ofensivamente, no estilo do futebol total neerlandês de Johan Cruyff e do ícone do Feyenoord Wim Jansen, que jogou na Laranja Mecânica de Johan Cruyff no Mundial de 1974 e que foi treinador na academia do Feyenoord quando Kokçu lá treinou e jogou. Ele tornou-se uma joia para o clube e, juntamente com o treinador Arne Slot, promoveu a transformação do Feyenoord, que, num instante, ascendeu ao topo do futebol. Sob a liderança de Kokçu.
O Feyenoord disparou como um cometa com Kokçu como o maestro até à final da Liga Conferência contra a Roma de José Mourinho. Um ano mais tarde, Kokçu tornou o Feyenoord campeão e foi votado o futebolista do ano da Eredivisie. Grandes prémios, grandes momentos na sua progressão.
E vou mencionar, ainda, o momento especial por que ele foi o homem com mais caráter e mentalidade nos Países Baixos nos últimos anos. Kokçu participou em 50 jogos na época passada, incluindo clube e seleção. A sua melhor exibição aconteceu a 13 de abril de 2023, contra, outra vez, a Roma de José Mourinho. Perante 50 mil espectadores em Roterdão, Kokçu jogou ao mais alto nível. Pensou dois passos à frente de qualquer adversário e de qualquer dos companheiros. Foi o grande maestro de uma orquestra que dificilmente o poderia manter. Os seus passes foram magníficos, a sua capacidade de correr gigantestca e a sua visão fenomenal.
Outros grandes futebolistas exibem-se assim, às vezes, a nível europeu. Mas Kokçu fez aquele jogo a meio do Ramadão. Estava a fazer jejum. Não tinha comido ou bebido durante todo o dia. Todos sabemos que é nessas alturas que uma pessoa perde a clareza. Poucos líquidos e pouca comida torna-nos fracos. Mas Kokçu manteve-se o grande líder, dando o tom e fixando o volume da sua orquestra. E o Feyenoord ganhou nessa noite.
Espero que continue a crescer de forma consistente num jogador mais importante e decisivo no Benfica, desde que a equipa tenha um estilo de jogo ofensivo."

O clássico mistério do século


"A atitude pode ser uma importante estratégia de sucesso e poucos a usam como o FC Porto

Em vésperas de clássico na Luz, todos os analistas de futebol se debruçam sobre o mistério do século: o que faz o Benfica diminuir-se e, às vezes, até, eclipsar-se, tornando-se uma equipa vulgar, quando joga na sua casa contra o FC Porto?
A maioria chega à conclusão que é um género de bloqueio psicológico coletivo. Nasce fora dos balneários, na insegurança do adepto comum e contamina tudo o resto, de dirigentes a jogadores, de treinadores a técnicos de equipamentos. Fica registado para a posterioridade a curiosa expressão de «medo cénico». Na verdade, qualquer equipa que entre em campo condicionada pelo medo de perder, o mais certo é que perca. É um fenómeno muito comum nas equipas pequenas quando jogam com equipa grandes e contra jogadores de renome. Antigamente, havia também uma expressão significativa que falava do peso das camisolas. No jogo, no adversário e nos árbitros.
É importante pensar que a questão da atitude também pode funcionar como uma estratégia de sucesso. Uma equipa que chega a território adversário e consegue impor-se desde o primeiro minuto, assustando o opositor e causando-lhe dúvida e apreensão, é uma equipa, desde logo, em vantagem. O FC Porto sabe disso e, por isso, não se limita a preparar o jogo com uma semana de antecedência. O FC Porto prepara o jogo da Luz desde sempre, porque, dizem alguns, faz parte do seu ADN e dizem outros faz parte da sua natureza. Quando vem à Luz, o FC Porto, enquanto entidade identitária de uma região e de uma representação antisistema centralizado é um exército treinado no limite da fé, da autoconfiança e do sofrimento.
Ora, o Benfica não pode, nem deve usar as mesmas armas psicológicas. Seria ridículo o Benfica defender o sul contra o norte e ter perante este ou qualquer jogo uma atitude própria de um guerreiro japonês da segunda guerra mundial, para quem a derrota era uma desonra de morte. O Benfica tem outra cultura. Não é melhor, nem pior, é uma cultura nacional (até já foi internacional) e, por isso, uma cultura diferente. É uma cultura que deve obrigar a sentir, em vez de um intimidante medo cénico, uma incentivante superioridade cénica. E isso é algo que não se consegue trabalhar numa semana ou numa época e que se vai consolidando com vitórias."

Uma validação da proposta de análise qualitativa e o todo… sempre diferente da soma das partes. O exemplo do Benfica com Di María, Neres e… Rafa.


"“Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do género humano. E por isso não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por vós”.
(John Donne)

No passado mês de Agosto decidimos finalmente publicar uma proposta de análise qualitativa ao jogo de Futebol, que já vínhamos a desenvolver há alguns anos. Como descrito nesse momento, a mesma pode ser efectuada ao todo (equipa) ou a uma das “partes” (jogadores). Sendo qualitativa, também contemplará a relação infra-equipa e a interação com os adversários, e sendo assim, o termo “partes” acaba por se revelar desadequado. Mas não vamos por aí. No entanto, só procurando compreender essas relações e interações conseguiremos nos aproximar de uma ideia mais real de algo tão complexo como o comportamento táctico em jogo. E relembramos… não o táctico como mais um “factor” do jogo. O verdadeiro táctico enquanto supra-dimensão e que se manifesta pelos comportamentos em jogo da equipa e dos seus jogadores, emergindo da interacção da dimensão técnica, da física-energética, da psicológica-mental e das complementares.
Como exemplo abordámos os jogos que Ángel di María realizou nos jogos de preparação do Benfica. Pelos momentos do jogo chegámos a taxas de eficácia de:
- Organização Ofensiva: 61%
- Transição Defensiva: 58%
- Organização Defensiva: 75%
- Transição Ofensiva: 78%

Ampliando a escala da análise aos sub-momentos do jogo, o argentino registou as seguintes taxas de eficácia:
- Construção: 73%
- Criação: 44%
- Finalização: 23%
- Reacção à perda: 75%
- Recuperação defensiva: 15%
- Defesa do contra-ataque: Não foram registadas acções neste sub-momento
- Impedir a construção: 75%
- Impedir a criação: Não foram registadas acções neste sub-momento
- Impedir a finalização: Não foram registadas acções neste sub-momento
- Reacção ao ganho: 82%
- Contra-ataque: 80%
- Valorização da posse de bola: Não foram registadas acções neste sub-momento

No intencionalmente breve comentário à análise, procurando abstermo-nos de explicar estes números, escrevemos que “as principais qualidades do Argentino estão intactas. Quer ao nível dos recursos que evidencia, quer em Transição e Organização Ofensiva, mostrando-se ainda particularmente preparado para a Ideia de Jogo de Roger Schmidt e nomeadamente ao papel ofensivo que terá, que poderá potenciar as suas qualidades pelos corredores laterais e central”. Parece-nos factual que a análise vai ao encontro do que Di María tem apresentado em competição. Como também nos parece factual que as debilidades que mostra e que têm afectado a equipa e as decisões de Roger Schmidt na escolha do onze também estejam relacionadas com a grande debilidade que apresentou: o momento de Transição Defensiva, em particular, o sub-momento de Recuperação Defensiva. Tal sub-momento apresentou uma taxa de 15% de eficácia nos jogos de treino analisados…
Se um jogador apresentar esta debilidade numa equipa, tal já se torna um problema nos momentos de Transição e Organização Defensiva, contudo, não decisivo e escamoteável na organização geral da equipa. Se em vez que um forem dois ou mesmo três jogadores com debilidades idênticas, já terão efeitos nefastos na mesma perante adversários que as explorem. David Neres, à imagem de Di María, independentemente da sua fenomenal qualidade ofensiva, apresenta os mesmos problemas em Recuperação Defensiva que o argentino. Tal também foi referido noutro artigo sobre as escolhas de Schmidt em determinado momento da época passada. Se bem que estando a jogar noutra função, podemos ainda acrescentar Rafa…
No programa Futebol Total no Canal 11 da passada Terça-Feira, numa brilhante análise, o Pedro não só chegou às mesmas conclusões como explicou tacticamente os porquês destas consequências negativas na equipa. Se uma equipa defender sistematicamente em GR+7 já se torna muito perigoso, que é o que sucede regularmente no Benfica quando João Mário ou Aursnes actuam como “Médios-Laterais”, defendendo em GR+6 torna-se negativamente decisivo contra adversários que atraiam os médios a um dos corredores (nomeadamente aos laterais) para depois explorarem os desequilíbrios criados nos outros corredores.



Se naquele momento, não nos precipitámos em conclusões e deixámos espaço para que Di María actuasse de forma diferente em competições oficiais, a realidade é que isso não aconteceu. Vamos ser sinceros… como seria expectável. Criou-se a ideia no trabalho com as equipas que “o jogo é o espelho do treino”. Se nos parece lógico o conceito, podemos acrescentar que também a competição poderá ser o espelho dos jogos de treino. Os hábitos, o entrosamento e o jogo de qualidade também se criam aí, pois caso contrário não faria sentido serem realizados. Uma vez mais… estamos perante um fenómeno complexo de extrema sensibilidade às condições iniciais. Os jogos de treino, como os treinos no período preparatório, são condições iniciais absolutamente decisivas para o que a equipa e os jogadores irão realizar semanas mais tarde em competição.
Será que mostrar estas análises, em vídeo e depois as taxas de eficácia iria ajudar jogadores como Di María e Neres a crescerem nas suas debilidades? Não temos resposta para isto pois, como o professor Silveira Ramos transmitia nas suas aulas, “cada ser humano é um universo de estudo”. Desta forma, não existindo receitas, pode ser sempre uma ferramenta e um recurso, tal como escrevemos atrás.
“(…) este modelo também pode ser aplicado a cada jogador à luz da sua actuação individual, tendo por base exactamente as mesmas acções e lógica estrutural de análise. Isto permitirá que a equipa técnica potencie o desenvolvimento individual, ou noutro contexto, que o jogador se consciencialize dos seus erros, lacunas e qualidades, e partir daí, preferencialmente no contexto do clube, mas caso o nível de rendimento em que actua não lhe permita essa possibilidade, que recorra a auxilio de técnicos especializados tendo por objectivo o seu crescimento individual.”



Ainda sobre o todo complexo que é o jogo, a informação resultante da análise qualitativa e a análise do Pedro Bouças mostram também, uma vez mais, que o todo não é a soma das partes. O todo é sempre diferente da soma das partes. Para melhor ou para pior. Por muita qualidade individual que Di María e Neres tenham na grande maioria dos sub-momentos do jogo, as suas enormes debilidades actuais em apenas num deles provoca um “efeito borboleta” com grande potencialidade corrosiva no todo. Como foi referido, a equipa até ficará mais fraca nos momentos ofensivos porque, potencialmente, terá menos tempo a bola pois ao defender com menos jogadores, irá recuperá-la menos vezes. A excepção poderá ser uma fenomenal eficiência e eficácia nos sub-momentos de Transição Ofensiva. Deste modo, quando os dois, mais Rafa, coabitam no mesmo onze, esse todo será mesmo… potencialmente inferior à soma das partes…

“É da problemática da complexidade a natureza do que é nela interacção, esfacelar tal realidade é o que promove a mono explicação.”
(Vítor Frade, 2014)"

Chove e não molha


"O que começou como mera busca por proteção tornou-se algo estupidamente recorrente. Tão natural como a luz do dia. Hoje, toda e qualquer crítica quase sempre surge de mãos dadas com um elogio. Um morde e assopra muitas vezes inútil e desnecessário.
O receio (ou medo?) constante de ser perseguido ou até coagido, especialmente com a anarquia desenfreada das redes sociais, nos obrigou, mesmo no jornalismo esportivo, a assumir um papel de equilibrista, quando, na verdade, a nossa função é ser analista.
É raro estarmos completamente desprendidos no momento de uma simples e construtiva opinião. No futebol português, a preocupação é ainda maior, visto a rivalidade ser reduzida entre três grandes clubes. Na véspera de um clássico, então, a inquietação é ensurdecedora.
Antes de condenarmos uma atitude disciplinar de Sérgio Conceição, destacamos prontamente, por exemplo, sua autenticidade e personalidade forte. Uma clara simulação de Taremi é dividida com suspiros sobre seu caráter e qualidade técnica.
Quando discutimos uma contratação falhada do Benfica, fazemos primeiro todo um balanço positivo do mercado no geral. Se António Silva e Trubin têm um erro gritante, automaticamente reforçamos que são jovens e estão em crescimento.
Se Ruben Amorim eventualmente escorrega no discurso, vem logo à tona todo aquele histórico praticamente perfeito do plano de vista comunicacional. As várias quedas forçadas de Paulinho são ofuscadas pela sua entrega tática no ataque. 
Ninguém é totalmente imparcial, tampouco unânime. É preciso, sim, ser sempre independente e honesto. Mais do que isso, ser coerente para não ter a obrigação constante de juntar crítica e elogio no mesmo comentário. A tarefa não é nada simples. É ingrata. E eu falo por mim."

O ridículo ‘keffiyeh’ de Cristiano


"Ingenuidade minha. Ao assistir ao sports washing desavergonhado do regime saudita, e ao êxodo de futebolistas europeus e sul-americanos em direção aos impuros petrodólares, assumi que o regime adotasse medidas e comportamentos mais civilizados.
Assumi, por exemplo, que as execuções em massa de prisioneiros deixassem de acontecer. Assassínios cruéis, parte deles de sabre e decapitação, uma ignomínia. Uma barbárie na Idade Média, uma barbárie no século XXI.
Em 2023, anota a Human Rights Watch no mais recente relatório, 100 cidadãos sauditas morreram às ordens do estado do príncipe Mohammed bin Salman.
Há relatos perturbadores, basta visitar o site da organização e lê-los. Um professor acabou no corredor da morte por se mostrar contrário às políticas do regente. Através de... tweets.
A vítima tinha nome: Muhammad al-Ghamdi. E tinha filhos, familiares e amigos.
Mais afortunada foi Manal al-Gafiri, uma menina (sim, menina) de 17 anos. Também por responsabilidade de «tweets hereges» e «conspiração contra o governo», Manal teve a sorte de ser poupada à lâmina da espada.
Viverá os próximos 18 anos numa prisão.
Ao mesmo tempo, provavelmente num universo paralelo, um tal de Cristiano Ronaldo traja-se à boa moda saudita, enfia o keffiyeh na cabeça, empunha uma orgulhosa espada e sorri para as câmaras.
É o Dia Nacional da Arábia Saudita, e uma das mais influentes figuras do planeta acha boa ideia celebrar o regime criminoso de bin Salman.
Como bem lembrou a jornalista Fernanda Câncio nas páginas do Diário de Notícias, em 2017 Cristiano foi um dos signatários de uma petição contra um juiz, na sequência de uma decisão polémica e injusta sobre um processo de violência doméstica.
«A violência doméstica é um problema muito grave. As vítimas merecem ser tratadas de forma digna e justa.»
Seis anos depois, o mesmo Cristiano esquece as convicções, agita espadas, celebra a vida num país que promove a morte.
É usado como bandeira de um governo anacrónico, onde ainda se condena o adultério e a homossexualidade, e olha altivo em direção à câmara.
Volto e voltarei a este tema as vezes necessárias. Respeitaria mais, infinitamente mais, se Cristiano fosse um cidadão comum, incapaz de cumprir os compromissos financeiros ao final do mês. Mas, um bilionário, um homem com dinheiro para dez vidas a desempenhar este papel?
«Custa-me ver uma figura que é ídolo para tanta gente a vender-se assim.»
É exatamente isto que afirma o Luís Rocha Rodrigues, diretor de informação do zerozero. É uma vergonha assistir à passagem de Cristiano para o lado negro da força.

PS: podia ter colocado o nome de Jorge Jesus e dos outros que alinham nesta brincadeira perigosa chamada liga saudita, mas do treinador pouco ou nada já esperava. De Cristiano, reconheço, sempre achei ter o coração no lugar certo. Uma desilusão."