"Antes de perder com o FC Porto na Luz, a nossa equipa seguia para recordes históricos de pontuação: em 26 jogos vencera 23, permitindo apenas 2 empates e 1 derrota. Durante meses jogara um futebol empolgante e elogiado por todos, nacional e internacionalmente. Jornada e jornada, deixava cada vez menos dúvidas sobre quem seria o campeão.
Após a derrota em Chaves, no culminar dessa semana negra, o Benfica realizou mais 6 jogos para o campeonato. Venceu 5 e empatou em Alvalade. Marcou 14 golos e sofreu 3, evidenciou em Alvalade. Marcou 14 golos e sofreu 3, evidenciou solidez e por momentos também a nota artística que revelara anteriormente.
Até ao clássico, o nosso rival directo mostrou irregularidade e pouco futebol - o que se traduziu em perda de pontos com equipas menos cotadas.
Depois do clássico, o FC Porto alcançou uma série de triunfos, quase todos eles marcados pelo cinzentismo exibicional, e alguns por interferências de terceiros. É verdade que não desistiu de lutar pelo título até ao fim, mas raramente mostrou merecê-lo. A diferença final de 2 pontos nem sequer ilustra o que se passou durante a época, e só por absurdo (em futebol, por vezes acontece) podiam ter sido campeões.
Uma vitória na Luz, ainda na ressaca de uma pausa para as selecções e em vésperas dos quartos-de-final da Champions League (onde o nosso adversário já não estava), alicerçada num modelo que visou bloquear física e tacticamente o futebol ofensivo do Benfica, terá criado ilusões de um equilíbrio que nem antes nem depois existiu. Tratou-se de um dia mau, em circunstâncias especificas, e no pior do momento dos encarnados em toda a temporada.
Olhando para tudo isto, soam a ridículo, para não dizer a penoso, as palavras preferidas por Sérgio Conceição após a última jornada. É que o Benfica não foi apenas melhor: foi muito melhor!"
Luís Fialho, in O Benfica
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