"Nesta semana fui às compras, abasteci o depósito do carro, e o Benfica celebrou a conquista do campeonato nacional. Será que podemos repetir já na próxima? Bem sei que não, o que é uma pena. Não acredito que a magia dos festejos perdesse encanto se fosse uma atividade semanal. Eu como todos os dias, amigo leitor, o comer é um exercício que nunca perde interesse. Aliás, se experimentar 24 horas em jejum, o interesse torna-se ainda maior. Passa-se exatamente o mesmo com o Benfica. Se as mesmas 24 horas sem pôr as mãos numa taça são aborrecidas, imagine-se então quase 4 anos.
As apaixonadas comemorações de 38 consumaram-se na visita à Câmara Municipal de Lisboa, e o discurso do presidente, Rui Costa, não poderia estar mais carregado de mística. Para além de deixar bem claro que no Benfica queremos todos ganhar pelo amor ao Benfica, corrigiu ainda, cordialmente, uma imprecisão de Carlos Moedas, que minutos antes tinha puxado a brasa à sua sardinha, enaltecendo esta vitória como sendo uma vitória de Lisboa. Como lembrou, e bem, Rui Costa, o Benfica não é só um emblema nascido na capital, é também um emblema idolatrado por todas as cidades e aldeias de Portugal, sem esquecer os PALOP e os emigrantes benfiquistas espalhados pelo mundo. Rui Costa habitou-se a ser um maestro dentro de campo e como maestro se tem mantido fora dele.
A língua portuguesa é maravilhosa, no entanto não há muitas conjugações de palavras tão belas quanto a seguinte: o Benfica é campeão. A mim não me ocorre nenhuma. Ou, melhor, até me estou a lembrar de uma: o Benfica é bicampeão. Que assim seja. Rumo ao 39!"
Pedro Soares, in O Benfica
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