quarta-feira, 14 de junho de 2023

Da Luz ao Marquês


"Nem parece verdade, mas já se passaram duas semanas desde que houve aquele bonito desfiladeiro de autocarro desde o Estádio da Luz até ao Marquês de Pombal. Já repassei essas imagens dezoito vezes, portanto neste momento conheço tão bem esse percurso que até me sinto capaz de ser eu a conduzir o autocarro no próximo ano. Só me falta a carta de pesados, pelo que vou tentar entrar em contacto com o Fábio Coentrão.
Tem sido também um teste à paciência da minha namorada, que me pergunta todos os dias quando é que vamos começar a ver a série Rabo de Peixe quando o único rabo que tenho vontade de ver e rever é o do Neres a dançar em cima do palco no Marquês.
Esta viagem é um momento que nunca deixa de ser maravilhoso, apesar do impacto significativo nos ponteiros do relógio. Em condições normais, fazer este percurso no espaço de uma hora levaria qualquer condutor ao desespero. O mesmo caminho, com as ruas pintadas de vermelho, a entoar músicas do Benfica, até podia durar umas três ou quatro e ninguém se aborrecia.
Adormecer às 5h da madrugada destrói a energia de qualquer um nos dias que se seguem à noitada. No entanto, perder horas de sono para celebrar a conquista de um campeonato do Benfica tem precisamente o efeito contrário. O aumento da produtividade no trabalho não passa pela tão badalada semana dos quatro dias. Esqueçam isso. A fórmula mais acertada para elevar o rendimento dos trabalhadores é festejar um título do Benfica todas as semanas.
A Liga e a FPF que tratem de criar as competições, o mister Roger Schmidt que se encarregue de pôr a equipa a jogar com a qualidade que nos habituou e, no espaço de três ou quatro anos, teremos ultrapassado o PIB dos EUA."

Pedro Soares, in O Benfica

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