Arrastando... por arames!!!

Champions?!


"A cartilha portista não perdeu tempo em desvalorizar o feito alcançado pelo Benfica e, logo após a goleada por 6 golos ante o Maccabi Haifa, veio para a praça pública dar descrédito ao 1.º lugar e ao recorde de pontos batidos pela equipa encarnada.
Veja-se bem as aldrabices desta gente. Dizem que por «várias vezes o FC Porto passou com 16 pontos».
Só que, na realidade, as «várias vezes» foram apenas duas:
Uma há quase 30 anos, em 1996, num grupo digno de Liga Europa, com:
FC Porto.
Rosenborg.
Milan.
IFK Goteborg.
Outra em 2018, num grupo digno de Liga Conferência, com:
FC Porto.
Shalke.
Galatasaray.
Lokomotiv Moscovo.
Agora querem comparar estes dois grupos - sim, querem mesmo - a um grupo com PSG e Juventus, sendo o Paris Saint-Germain, atualmente, a única equipa invencível e imbatível (sem qualquer derrota registada em todas as competições) a jogar na Europa, juntamente com o Benfica.
FC Porto e os seus adeptos são isto. Deturpar, manipular e mentir até à exaustão. Toda a sua história está assente nisto. Até a data de fundação!"

Muito bem...

Benfica 63 - 51 Namur
11-18, 22-14, 13-7, 17-12

Continuamos a fazer história! Segundo jogo Europeu, segunda vitória...
Hoje, mesmo com algumas 'brancas' durante o jogo, acabámos por vencer, com alguma 'normalidade', o que não deixa de ser signaficativo!

Neste momento, após duas jornadas, somos os favoritos para vencer o Grupo!!!


Épico


"Noite brilhante do Benfica e um resultado histórico que garantiu o primeiro lugar no grupo e a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Este é o tema em destaque na News Benfica.

1
Em dia de aniversário do nascimento de Cosme Damião, um dos fundadores do Benfica e considerado "pai do benfiquismo", foi um Benfica avassalador que procurou, em Israel, o lugar cimeiro do grupo H da Liga dos Campeões. Tudo se decidiu nos golos marcados como visitante, com o Benfica a suplantar PSG, Juventus e Maccabi Haifa. O nosso melhor resultado de sempre nesta fase da competição (1-6 em Haifa) e recorde benfiquista de pontuação em fase de grupos (14) selaram a tão ambicionada posição cimeira.

2
Foi um Roger Schmidt feliz e orgulhoso da equipa que se apresentou aos jornalistas após o jogo: "Dei-lhes [aos jogadores] os meus parabéns e expressei enorme respeito pelo que fizeram, não só hoje, mas em toda esta fase de grupos. Foram fantásticos, jogaram a um nível muito elevado. Queríamos fazê-lo hoje outra vez, acreditávamos na nossa oportunidade de ganhar o grupo. Mostraram uma grande mentalidade e espírito."
Num grupo disputado até aos minutos finais, Schmidt elogiou o discernimento e crença dos jogadores: "É claro que eles sabiam antes do jogo o que podiam e o que tínhamos de fazer para passar, e nos últimos minutos fizemos de tudo para marcarmos."

3
O sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões é já na próxima segunda-feira, às 11h00. Schmidt refere que "temos de manter a humildade e continuar a respeitar todos os adversários que estão nos oitavos e que têm muita qualidade" e define a prioridade atual: "É importante para os jogadores e para o prestígio do Clube. É um grande feito. Agora estamos focados nas outras competições, a Champions League fica em suspenso. Temos de preparar-nos e pensar já no jogo de domingo para a Liga Portuguesa."
Veja a conferência de Imprensa de Roger Schmidt.

4
Chiquinho, Gonçalo Ramos e Musa foram os porta-vozes do plantel após a goleada conseguida em Israel. Ramos assumiu: "Viemos focados em ganhar, depois no final sentimos ser possível marcar mais golos e conseguimos." Musa salientou: "Era um grupo muito difícil e mostrámos a nossa qualidade. No fim, merecemos ficar em primeiro lugar." E Chiquinho lançou já o próximo desafio: "Pensamos jogo a jogo. O foco agora está na partida fora de casa com o Estoril, para o Campeonato. Vamos continuar a trabalhar e a dar o nosso melhor."

5
A nossa equipa Sub-19 despediu-se da UEFA Youth League com um triunfo, por 2-6, na visita ao Maccabi Haifa. No basquetebol, vencemos na difícil deslocação ao reduto da Oliveirense, por 69-73.
Hoje há jogo europeu, na Luz, de basquetebol feminino. O adversário é o Basket Namur Capitale, da Bélgica, e a bola ao ar está agendada para as 21h00. O apoio dos Benfiquistas é fundamental para ajudar a nossa equipa a somar mais uma vitória.

6
O Benfica marca nova presença relevante na Web Summit, considerada a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo a nível mundial.
No painel "Atletas e saúde mental: quebrar o estigma", participaram Francisca Nazareth e Marta Pen. E o painel dedicado à utilização de dados para melhorar o desempenho dos atletas de alto rendimento contou com as intervenções de Fernando Pimenta e Pauleta, além do responsável pela Quality Assurance do Clube, Rúben Silva.
Saiba mais no Site Oficial, onde pode ver a reportagem da BTV."

Um Benfica esplendoroso na Champions!


"Os comandados de Roger Schmidt encontram reflexo da sua competitividade nos dados estatísticos da UEFA, onde surgem em lugares cimeiros em diversos parâmetros.

É um Benfica total o que se tem revelado na Europa em 2022/23, onde, com brilhantismo, terminou em 1.º lugar no grupo H da Liga dos Campeões! Os números oficiais da UEFA mostram uma equipa de topo, que ombreia com os melhores a nível defensivo e ofensivo, na dimensão coletiva e individual do jogo. Um tratado de futebol que tem cativado tudo e todos.
Que fantástico percurso o do Benfica na presente edição da Champions League, onde conseguiu terminar em 1.º lugar no grupo H com 14 pontos e bateu o seu recorde (de 12 pontos), que datava da época 2011/12. Superou o Paris Saint-Germain, a Juventus e o Maccabi Haifa, ultrapassando o emblema francês graças ao 7.º critério de desempate: o maior número de golos apontados fora de casa (nove contra seis).
Esteve no ataque o detalhe final para um trajeto pleno de qualidade que encontra nos números oficiais da UEFA tradução para a dimensão europeia da equipa comandada por Roger Schmidt, uma formação de todo e para todo o campo, que apresentou uma solidez no seu processo defensivo tão cativante como no plano ofensivo. Mas vamos por partes...

Benfica terminou a fase de grupos da Champions como quarto melhor ataque da competição com 16 golos, nove deles fora de casa
Os seis golos apontados em Haifa na 6.ª e última jornada do grupo H representaram a maior vitória do Benfica no atual formato da Liga dos Campeões e elevaram esta equipa ao patamar de quarto melhor ataque da competição, com 16 golos, a par do Paris Saint-Germain, ficando apenas atrás de Nápoles (20 golos), Bayern Munique (18) e Liverpool (17). A equipa inglesa foi precisamente aquela que mais golos apontou fora de portas (11 em três jogos), sendo que Benfica, Nápoles e Bayern Munique, com nove golos, ficam-lhe logo atrás.
Sublinhe-se também o facto de o Benfica ter sido a segunda equipa com mais golos apontados fora da área, concretamente três, ficando atrás dos quatro do Paris Saint-Germain.
Em 9.º lugar entre as equipas que mais oportunidades criaram (83 contra as 114 do Real Madrid, líder neste item), os comandados de Roger Schmidt têm em João Mário e Rafa os melhores marcadores, com quatro golos, no lote de sextos classificados, a três de Mbappé e Salah, com sete.

Equipa benfiquista foi a 3.ª com mais tackles efetuados e a 7.ª nas bolas recuperadas
Olhando para a componente individual, Rafa está entre os que mais oportunidades de golo criaram (21), as mesmas que Griezmann e Mbappé, superado somente por Vinícius Júnior (25), Lewandowski (25) e Kvaratskhelia (22). E entre as chances que conseguiu gerar, nove delas foram ao alvo, facto que, neste ranking, coloca Rafa na 9.ª posição (a quatro do líder Mbappé).
E se estes números ajudam a explicar parte do sucesso na prova, a defesa, à semelhança do que tem acontecido na série de 22 jogos sem derrotas na presente época, também mostrou argumentos de peso.
Um dos quais está precisamente nos tackles efetuados, em que o Benfica surge como a terceira formação com maior número (93), atrás de Salzburgo (101) e Sevilha (102). E nas bolas recuperadas, os encarnados são a 7.ª equipa com melhor registo, com 252, num ranking liderado pelo Eintracht Frankfurt (296).

Otamendi é o que mais bolas recupera (46) e Florentino o segundo que mais corre
Ainda no campo dos tackles, o indicador defensivo das águias é sustentado por Florentino, que, com 18 ações, só foi ultrapassado por Thiago Alcántara e Verratti. Porém, o capitão Otamendi foi, a par de Balerdi (Marselha), o jogador com mais bolas recuperadas, 46 no total, expressando assim a sua importância no processo defensivo e num parâmetro em que António Silva (39) e Florentino (38) surgem, respetivamente, nos 12.º e 13.º lugares.
A terminar, dois dados individuais significativos. Florentino foi o segundo jogador com maior distância percorrida na fase de grupos da Liga dos Campeões, com 73 quilómetros, apenas a um de Sow (Eintracht Frankfurt), num item em que Grimaldo (14.º com 67,2 km), João Mário e Bah (ambos no 20.º com 65,7 km) figuram no top 20. E Rafa foi o 9.º atleta mais rápido em prova (alcançou os 35,9 km/hora), numa lista liderada pelo ucraniano Mudryk, com 36,6 km/hora.
Com estatuto de cabeça de série, o Benfica aguarda agora pelo sorteio de segunda-feira, 7 de novembro, para saber qual será o adversário nos oitavos de final."

... Com muito amor!...

O lema do Seixal


"Cresci junto de uma taberna onde os burros paravam automaticamente ao fim do dia para “reabastecimento” no regresso dos cavadores de mais uma jornada no campo e onde havia um letreiro que dizia: “Hoje não se fia, amanhã sim”. Imagino que semelhante cartaz esteja afixado no balneário do Seixal, fora da visão dos inteligentes que escrevem crónicas e análises sobre o dia a dia dos jogadores de Roger Schmidt a trabalhar no campo de jogo: “Hoje não se poupa, amanhã talvez”.
É com este lema simples que o revolucionário treinador alemão do Benfica vem escrevendo uma história de dimensão épica. Mentalizando os jogadores de que haverá tempo para repousar depois de darem o máximo frente a quem quer que seja o opositor, a equipa do Benfica supera com distinção as fragilidades e ameaças que se adivinham, transformando-as positivamente através de uma ética de trabalho insuperável, que não distingue adversários nem dispensa contributos. O calendário é apenas uma estrada cujas retas e curvas são percorridas a velocidade constante, independentemente dos perigos que oferecem. É a qualidade da oposição que dita os resultados do Benfica.
General, coronéis, capitães, sargentos, soldados, recrutas: quando cada um sabe o que fazer e dá o seu máximo, o desequilíbrio do exército transforma-se em potencial ameaçador pela soma de todas as forças. Em Israel, as patentes mais baixas marcaram golos importantes, mas foi o major-general João Mário quem puxou dos galões para dar o golpe de misericórdia.
E, se eu fosse um guru do marketing, anunciaria cada dia de trabalho do Benfica pelos campos da bola com este slogan honesto: “Hoje não se perde. E amanhã também não”."

Que venham os oitavos! | SL Benfica


"Quando saiu o sorteio da UEFA no dia 25 de agosto, que ditou os adversários das equipas portuguesas na Liga dos Campeões, era consensual: FC Porto com boas perspetivas, Sporting CP com um grupo equilibrado, mas com boas possibilidades e SL Benfica com uma missão espinhosa num grupo com dois tubarões. Certo é que com um grupo que se previa difícil, as águias foram mesmo das primeiras a apurar-se e dia sete de novembro estarão no lote de 16 equipas para os jogos dos oitavos e com o primeiro lugar no bolso, de forma épica, diga-se.
Com 14 pontos, os encarnados foram das melhores equipas da fase de grupos e uma ‘one to watch’ ao longo de toda a prova.
Houve ‘dedo de treinador’ na formação do Benfica, o que permitiu que a equipa se batesse de igual para igual com Nuno Mendes, Danilo Pereira e companhia de Paris e que fosse carrasco da Juventus FC. Não só pelos resultados (dois empates contra o Paris Saint-Germain FC e duas vitórias contra a Juventus), mas sobretudo pela forma de jogar personalizada e que faz com que a Europa atualmente olhe com outros olhos para o Benfica.
O Benfica teve sempre o destino nas suas mãos e passou aos oitavos de final com uma jornada de avanço, com uma vitória sobre a Juventus que até poderia ter tido contornos históricos. O melhor estaria para o fim, contra o até competitivo Maccabi Haifa FC, onde o Benfica deu conta do recado nos dois jogos, com o último a ter proporções históricas, com a vitória por 1-6 a garantir o primeiro lugar pelo critério g) mais golos fora que o PSG. Surreal.
O percurso iniciou-se na Luz, frente ao Maccabi, onde o Benfica entrou com o pé direito como seria de esperar, num jogo que foi mais difícil do que o previsto. Apesar disso, equipa israelita não causou mossa e os encarnados começaram o grupo em primeiro, com uma vitória por 2-0.
O que viria a seguir seria o que muitos previam como o fim do ciclo dourado dos comandados para Roger Schmidt. Pelo contrário, foi o começo dum período categórico da parte das águias.
Num importante jogo em Turim, num campo complicado e num jogo em que até começaram a perder, a equipa aguentou a tormenta inicial e derrubou a ‘velha senhora’ para calar os mais céticos. Depois da visita a Itália, conquistaram mais oito pontos – que poderiam até não ser suficiente – e terminaram no primeiro lugar.
Dois empates contra o poderoso PSG punham o grupo num patamar incerto, mas com a equipa da Luz a depender apenas de si mesma para se apurar. E o Benfica não quis deixar o crédito por mãos alheias e bateu a Juventus em casa por 4-3, terminando com as esperanças transalpinas e seguindo em frente na prova.
Faltava Israel, contra o Maccabi, enquanto Juventus e PSG jogavam na casa dos ‘bianconeri’. O apuramento em primeiro parecia depender mais do que a ‘Juve’ conseguisse fazer contra a equipa francesa do que os portugueses no seu jogo, uma vez que a diferença de golos que os parisienses levavam em comparação com os lisboetas situava-se em +4. No entanto, eis que acontece futebol.
Schmidt até foi obrigado a mexer e deu bastante tempo de jogo a Chiquinho e Musa, que recompensaram o alemão pela sua confiança, mas o resultado 1-4 a favor da equipa não era suficiente aos 85’, uma vez que do outro lado o PSG vencia por 1-2. Mas como o normal é demasiado aborrecido, o Benfica faz dois golos ao cair do pano e consegue uma vitória histórica, por números expressivos e num país que nunca tinha vencida. Ah, e também o importante primeiro lugar, graças ao critério g) equipa com mais golos fora.
Foram 14 pontos, 16 golos marcados, sete sofridos e uma mão-cheia de exibições para mais tarde relembrar.
O plantel do Benfica pode ser curto e ter até opções pouco consensuais em algumas posições (com Gonçalo Ramos à cabeça), mas os jogadores que foram utilizados demonstraram estar à altura da exigência. Enzo Fernández encantou a Europa, António Silva mostrou-se e elementos que eram ‘patinhos feios’ como Grimaldo e Rafa demonstraram a sua preponderância na equipa com uma excelente campanha na prova.
A melhor fase de grupos da história do clube e agora… que venham os oitavos!"

Cadomblé do Vata


"1. Primeira vitória em Israel, recorde de pontos na Champions e 22 jogos sem perder... o Roger é Chaimite porque arrasa tudo.
2. Preciso de ajuda de alguém que tenha uma marreta e vontade de partir parede, porque fiquei preso na minha sala... estou tão inchado de orgulho desta equipa que nem consigo passar na porta.
3. Um Benfica de duas caras... uma que festeja vitórias e outra que festeja objetivos.
4. O Benfica tem adeptos em todo o Mundo, mas acredito que no Qatar não estejamos no topo das preferências... temos o SC Braga a 6 pontos e despachamos o PSG para o pote dos segundos classificados.
5. Grande ambiente no estádio com 30.000 Israelitas, cerca de 500 Benfiquistas e 1 Sportinguista... que eu bem vi um Cornud vestido de verde e branco."

Maccabi Haifa FC 1-6 SL Benfica: E assim, já dá?


"A Crónica: Excelência Das Águias Na Chegada Ao Primeiro Lugar Do Grupo

Ao Benfica não se exigiam grandes correrias que a tarefa de chegar ao primeiro lugar do grupo dependia em grande parte do que uma Juventus cadavérica poderia fazer na recepção ao PSG. Os italianos pouco ajudaram, chegaram momentaneamente ao empate, mas deixaram-se suplantar pela evidente diferença de qualidade individual. Em Haifa, o Benfica cedo percebeu que tinha de fazer pela vida.
Quando Roger Schmidt tira Aursnes, até ali melhor em campo, e Gonçalo Ramos à passagem da meia-hora, a mensagem transmitida aos adeptos era de relaxamento competitivo e o definitivo abdicar das ambições de vitória no grupo. Poucos imaginariam que o jogo acabasse num estrondoso 1-6 – o melhor resultado de sempre do Benfica neste formato da Liga dos Campeões – mas o Benfica mostrou brio, raça competitiva inigualável e que a segunda linha do seu plantel está à altura das circunstâncias. Musa é quem faz o segundo, Chiquinho ganha o livre para o terceiro, Henrique Araújo entra aos 81’ e mostra-se pouco depois. Bah, com duas assistências – uma delas verdadeiramente sensacional -, cimentou estatuto na ala direita.
A estupefacção geral com as substituições operadas por Roger Schmidt surgia sobretudo pela réplica que os israelitas conseguiram dar na primeira parte, à semelhança do jogo na Luz na primeira volta. Muito combativos, de sangue na guelra, correrias desenfreadas que incomodaram o Benfica e tardaram o previsto controlo dos portugueses, que demoraram muito a assumir-se como patrões do jogo. Só mesmo na segunda parte.
O clique deu-se com o golo de Grimaldo, num livre quase tão bom como o marcado ao Chaves no fim-de-semana: por essa altura, a Juventus faz o 2-2 em Itália mas é anulado por fora-de-jogo. Locatelli estava adiantado. Em Israel, alguém deve ter perdido a paciência com os incompetentes italianos e ordenado à equipa que era para continuar a carregar. «O principal objetivo era ganhar o jogo e com o decorrer do jogo vermos o que podia acontecer. Sentimos que estava ao nosso alcance e continuámos com o pé no acelerador» explicou Gonçalo Ramos nas reacções.
Os golos foram surgindo e o Maccabi passou a ser actor secundário na noite. Jogavam em casa, perante 30 mil dos seus fervorosos adeptos – mas a partir do terceiro de Grimaldo e do quarto golo de Rafa, quando faltava um quarto de hora para o final, tudo foi sobre o Benfica. O estádio foi silenciado por 500 portugueses que, arrumados a um cantinho, deliravam com a enxurrada de futebol ofensivo – os jogadores e multidão israelita olhava atónito para tudo aquilo, sem se conseguir muito bem exprimir ou contestar qualquer intenção benfiquista. As segundas bolas foram todas do Benfica, os lances saiam todos bem, tudo era harmonia naquele final de jogo – a histeria veio definitivamente no sexto golo de João Mário, quando não perde tempo com festejos e sprinta para o banco para perguntar, num português desenrascado: Já dá ou é preciso mais um?

A Figura
Alexander Bah Não foi a melhor das exibições no capítulo defensivo, não senhor. Bah sofreu muito com Cornud e quando Chery pendia para a sua zona de acção. Como já todos percebemos, há arestas a limar nas capacidades táticas do dinamarquês – mas também são óbvias as suas inatas qualidades no ataque à profundidade e baliza adversárias, uma multiplicidade de recursos que poderão fazer dele um lateral de excelência: a velocidade de ponta não impede que o cérebro seja base de todas as suas decisões, a inteligência que se alia a um recorte técnico de alto nível e a visão de jogo de playmaker, que lhe permitiram descobrir Henrique Araújo no quinto golo. A atacar, Bah é já um portento e por isso merecerá hoje todo o destaque, pelo contributo decisivo para a goleada.

O Fora de Jogo
David Neres Sim, quando decidiu aparecer, garantiu um golo feito a Rafa. Mas hoje foi uma daquelas noites em que o brasileiro sentiu muitas dificuldades em se divertir, pelos desafios que lhe impuseram do lado contrário: com um adversário chato – no melhor sentido da palavra –, sempre pronto a lutar pela bola, Neres foi muitas vezes exposto ao choque físico, que não é de todo a sua praia nem o melhor contexto para atingir o auge. Não se soube proteger, não o souberam proteger, não teve desenvoltura nem creatividade de se soltar das amarras táticas que o mantiveram no bolso de Cornud, Mohammed ou Goldberg.

Análise Tática – Maccabi Haifa FC
O 4-3-3 atrevido de Barak Bakhar teve capacidade de fazer mossa na intenção de controlo encarnada pelas variações dos três da frente – Dean David, Chery e Pierrot – que além da intensidade física que conseguiram impôr na pressão, juntavam-se geralmente em zona central, deixando as alas para as investidas de Cornud e Meir. Tanta presença no miolo incomodou sobremaneira na primeira metade, com o Benfica nem sempre confortável na gestão da posse e obrigado a entrar no jogo físico dos israelitas. Com as mudanças na segunda metade e a passagem para um linha de três centrais, o Maccabi perdeu as estribeiras, desleixou-se e acabou por se suicidar tacticamente, permitindo ao Benfica a cavalgada final até ao sexto golo.

11 Inicial e Pontuações
Cohen (2)
Meir (4)
Seck (5)
Golberg (5)
Cornud (5)
Abu Fani (4)
Lavi (6)
Mohamed (5)
David (5)
Pierrot (4)
Chery (6)
Subs Utilizados
Tchibota (3)
Atzili (-)
Arad (-)
Rukavytsya (-)
Menahem (-)

Análise Tática – SL Benfica
Schmidt iniciou de forma previsivel, no 4-2-3-1 habitual com Aursnes em substituição de Enzo Fernández, João Mário e Neres a ladear a dupla Rafa e Gonçalo Ramos. Quando aos 30 minutos faz a misteriosa alteração, João Mário passa a ser o ‘8’, com Chiquinho a preencher a meia-esquerda – papel onde teve prestação muito positiva, mostrando que pode ser opção válida. Por fim e sempre como acontece quando Henrique Araújo entra neste Benfica, o 4-4-2 clássico entrou em acção, com o português em cunha com Petar Musa e Diogo Gonçalves a resvalar na direita. Não se registaram nuances assinaláveis no sistema benfiquista, diferentes daquelas que temos assistido e esmiuçado recorrentemente.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (5)
Bah (8)
António Silva (6)
Otamendi (6)
Grimaldo (8)
Florentino (7)
Aursnes (5)
João Mário (7)
Neres (4)
Rafa (6)
Ramos (5)
Subs Utilizados
Chiquinho (7)
Musa (6)
Diogo Gonçalves (5)
Henrique Araújo (6)
Lucas Veríssimo (-)"

Benfica: a festa não acaba (a crónica da goleada que permitiu às águias passarem em primeiro aos oitavos da Champions)


"Um remate de João Mário aos 92' selou nova goleada (6-1) do Benfica, desta feita contra o Maccabi Haifa, e permitiu que às águias terminassem o grupo H em primeiro, feito obtido por ter apontado mais golos fora de casa do que o milionário PSG. A equipa de Schmidt chegou aos 14 pontos, fixando um novo recorde histórico do clube e continuando uma temporada em que as alegrias não terminam

A dimensão das alegrias e das tristezas depende, muitas vezes, das fasquias que colocamos, dos contextos que as rodeiam. A felicidade não é coisa objetiva, sempre igual, mas assume contornos particulares e subjetivos, atados às especificidades do momento.
Quando o minuto 90 chegou em Haifa, o Benfica goleava o Maccabi por 5-1 e estava em segundo lugar no grupo H da Champions. Se, em setembro, dissessem que as águia estavam a obter a quarta vitória em seis partidas nesta fase, já tendo assegurado a passagem aos oitavos num grupo com PSG e Juventus, a festa seria enorme.
Se, por exemplo, essa transição para as 16 melhores equipas do continente se tivesse dado só com este triunfo, e não com meritória antecipação, os festejos seriam intensos. Mas, como essa passagem já tinha sido assegurada, com brilhantismo, contra a Juventus, ficava um suave amargo de boca da noite do Benfica em Israel. Nova vitória contundente estava a caminho mas, em Turim, um golo de Nuno Mendes permitia ao PSG seguir em primeiro. O que antes seria encarado como um feito (passar em segundo) parecia, ali, um pouco imperfeito, dada a sensação que a liderança do grupo tinha ficado perto.
Mas tudo se tornou perfeito aos 92'. Um remate de fora da área de João Mário fez o 6-1 final e colocou Benfica e PSG empatados na diferença de golos: ambos com 16 marcados e sete sofridos. Os portugueses marcaram mais fora de casa e, por isso, seguem em primeiro para os oitavos. Que o golo tenha surgido num remate de longe de João Mário, o delicado médio que não faz do tiro de longa distância uma das suas armas, testemunha também a metamorfose liderada por Roger Schmidt, capaz de, em poucos meses, virar ao contrário um clube, uma equipa, um grupo de jogadores.
Vencendo por 6-1 o Maccabi Haifa, o Benfica não só segue em frente em primeiro, como chegou aos 14 pontos, fixando um novo máximo para o clube nesta fase da Champions — o anterior era de 12 pontos, estabelecido por Jorge Jesus em 2011/12. Com 18 vitórias e quatro empates na temporada, na liderança da I Liga e conseguindo ficar à frente da galáxia distante de Messi, Neymar e Mbappé na Champions, a temporada continua a ser uma festa permanente para o Benfica 2022/23.
O ambiente em Haifa é dos que costuma gerar vídeos e fotografias que invadem as redes sociais, palco preferencial para a partilha das coreografias e cânticos de um dos mais fervorosos públicos das competições europeias. E foi depois de uma entrada em campo digna dessa fama que os locais dispuseram da primeira oportunidade de perigo, com Dean David, dentro da área, a disparar cruzado, mas sem direção.
O Maccabi entrou cheio de energia, mas rapidamente o Benfica tomou conta das operações. Liderados pelo critério de Aursnes, que parece ser vários jogadores num só — médio recuperador, distribuidor com critério, unidade móvel entre a zona central e as alas, até mesmo condutor da bola com veneno nas botas —, os homens de Schmidt criaram situações que justificaram o 1-0. Gonçalo Ramos, servido pelo norueguês, atirou ao poste, com Grimaldo e Rafa, de fora da área, a também roçarem o golo.
O Benfica chegaria mesmo à vantagem aos 20'. Após canto da direita, Bah insistiu na jogada lançando na área, onde Otamendi assistiu Gonçalo Ramos de cabeça e este, também nas alturas, atirou para o seu 12.º golo em 2022/23.
Durou pouco a vantagem visitante, dado que, seis minutos depois do 1-0, veio o empate dos israelitas. O árbitro entendeu que Bah, dentro da área que defendia, interceptou um cruzamento com o braço e, na transformação do penálti, Chery refez a igualdade.
A muitos quilómetros de distância, em Turim, Mbappé já tinha colocado o PSG a ganhar contra a Juventus, o que deixava o Benfica em segundo no grupo e o Maccabi em terceiro, atirando os italianos para fora das competições europeias. No entanto, aos 39', Bonucci fez o 1-1, deixando tudo como no começo da jornada.
Aos 32', Roger Schmidt fez uma invulgar dupla substituição no primeiro tempo. Gonçalo Ramos, que já tinha sido visto a coxear, e Aursnes foram trocados por Musa e Chiquinho.
No final do primeiro tempo, Grimaldo e Musa levaram algum perigo à baliza do Maccabi, mas o descanso chegaria mesmo com 1-1 no marcador e as contas do grupo H por decidir.
Nas 15 anteriores partidas realizadas nas provas europeias, o Benfica só havia perdido uma, e o reatamento encaminhou definitivamente as águias para manterem esse registo. Ainda não tinham sido disputados 25 minutos da segunda parte e já os visitantes venciam por 3-1.
Aos 59', o Maccabi deu muito espaço para que Bah, na direita, olhasse para a área e cruzasse. O lateral colocou a bola na área, onde surgiu Musa, muito agressivo, a adiantar-se ao seu rival direto e, de cabeça, fazer o 2-1.
O Maccabi, que em boa parte desta fase de grupos competiu dignamente contra equipas com argumentos bem superiores baseando-se muito no entusiasmo e agressividade, perdeu esse vigor no segundo tempo, deixando, também, de lado alguma organização. O Benfica, que está num momento em que tudo sai bem, sentiu essa debilidade e selou o desfecho do duelo.
Aos 69', de livre direto, Grimaldo fez o 3-1. Foi o segundo encontro seguido em que o espanhol marcou desta forma, fazendo a bola sobrevoar a barreira e depois descer rumo à baliza rival. Quatro minutos depois, Neres assistiu Rafa para o 4-1 — o supersónico português tem já 11 golos na temporada, ele que nas últimas três campanhas nunca marcou por mais do que 12 vezes.
Entretanto, más notícias chegavam de Itália. Nuno Mendes fazia o 2-1 para o PSG, voltando a colocar os franceses na liderança do grupo. Com a Juventus sem reagir e com Schmidt a fazer alguma gestão do grupo — saíram Rafa ou David Neres, entrando Henrique Araújo e Diogo Gonçalves —, parecia que o primeiro lugar ficaria a escassa distância para os portugueses.
Mas as chamadas segundas linhas, essas que nem têm sido muito chamadas à titularidade pela repetição constante da equipa inicial feita por Schmidt, deram uma resposta perfeita. Diogo Gonçalves agitou e atirou ao poste. Henrique Araújo, após grande assistência de Bah, fez o 5-1.
Faltava um golo. João Mário encheu-se de fé e rematou para o 6-1. O apito final soou em Israel antes que em Itália. Um golo do PSG recolocaria os franceses no topo do grupo H. O golo não surgiu. O Benfica, por ter marcado mais fora de casa, é primeiro, à frente de um projeto vindo de outra galáxia desportiva e de um clube que pensa em Superligas enquanto, na Champions, sofre cinco derrotas em seis jogos. A festa continua."

TVI: Maccabi...


"No meio disto tudo, continuo aziado por ter celebrado o 6º golo porque os especialistas da TVI garantiram que não chegava, pois o "critério" que imperava - a menos que marcássemos 7 golos - era o "acumulado de pontos nos últimos 5 anos". um "critério" que nem sequer existe, como a imagem demonstra. um amadorismo (para não chamar outra coisa) que nem nos dois rapazes que fazem aqueles relatos nas antas se veria.
O Sport Lisboa e Benfica deveria exigir um pedido de desculpas público àquela gentinha."