segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Lixívia 24


Tabela Anti-Lixívia
Benfica.............54 (-8) = 62
Sporting...........58 (+4) = 54
Corruptos.......64 (+15) = 49

Mais um escândalo, no Dragay... nada de novo! Pelo menos os talhos estão seguros!!!

Expulsão ridícula nos primeiros minutos a beneficiar os Corruptos: quem provoca o contacto é o avançado dos Corruptos, que coloca a perna à frente do Gilista, que tentava chegar à bola... Enquanto um jogador se 'afasta' da bola, o outro tenta aproximar-se dela... Falta assinalada ao contrário... com expulsão do jogador do Gil...
Isto numa partida, onde o Mbemba e o Otário deviam ter sido expulsos, por acumulação de Amarelos, e como é costume só Mbemba levou um Amarelo perto do fim, enquanto o porquito acabou mais um jogo sem qualquer cartão!!!
Os Corruptos nunca empatariam este jogo, a jogar contra 11, e com menos 2 !!!
Vergonhoso...


Nos Barreiros, a Lagartada tentou 'inventar' um penalty perto do fim, para puder chorar um bocadinho, mas além da chapada que o Coates dá no defesa do Marítimo antes do cruzamento, no momento do cabeçada, o Uruguaio baixa a cabeça, provocando o contacto... Havendo ainda dúvidas, se houve, ou não fora-de-jogo na jogada, em dois momentos diferentes!


Na Luz, uma 'estranha' boa arbitragem do Narciso!!!
A hesitação no penalty do Gonçalo, ainda me deixou nervoso, mas no geral esteve bem... até no Amarelo cedo ao Alfa!

Curiosamente um dos meus vizinhos de Red Pass garantiu-me que o Narciso é benfiquista(supostamente 'amigo'), tal como já me 'garantiram' o mesmo sobre o Tiago Martins, o Malheiro, o António Nobre... além do Ferrari Almeida! Mas eu duvido muito destas garantias, quando estes senhores durante toda as suas carreiras, vão fazendo fretes ao sistema para se promoveram...!!!

Destaque para a 9.ª nomeação do Macron para um jogo do Benfica esta época!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Moreirense(f), V(1-2), V. Ferreira(Godinho), Prejudicados, Sem influência
2.ª-Arouca(c), V(2-0), Mota(Malheiro), Prejudicados, (3-0), Sem influência
3.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida(Nobre), Prejudicados, (0-3), Sem influência
4.ª-Tondela(c), V(2-1), Martins(Hugo), Prejudicados, (4-1), Sem influência
5.ª-Santa Clara(f), V(0-5), Rui Costa(Soares Dias), Beneficiados, (1-5), Impossível contabilizar
6.ª-Boavista(c), V(3-1), Hugo(Vasco Santos), Prejudicados, Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
7.ª-Guimarães(f), V(1-3), Godinho(Narciso), Prejudicados, (1-4), Sem influência
8.ª-Portimonense(c), D(0-1), Veríssimo(L. Ferreira), Nada a assinalar
9.ª-Vizela(f), V(0-1), Godinho(L. Ferreira), Prejudicados, (0-2), Sem influência
10.ª-Estoril(f), E(1-1), Pinheiro(Esteves), Prejudicados, (0-1), (-2 pontos)
11.ª-Braga(c), V(6-1), Soares Dias(Hugo), Nada a assinalar
12-ª-B Sad(f), V(0-7), Mota(V. Santos), Nada a assinalar
13.ª-Sporting(c), D(1-3), Soares Dias(Hugo), Prejudicados, (2-3), Impossível contabilizar
14.ª-Famalicão(f), V(1-4), Hugo(Narciso), Prejudicados, Sem influência
15.ª-Marítimo(c), V(7-1), Nobre(Hugo), Nada a assinalar
16.ª-Corruptos(f), D(3-1), Hugo(Martins), Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
17.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), V. Ferreira(Godinho), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
18.ª-Moreirense(c), E(1-1), Rui Costa(Esteves), Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
19.ª-Arouca(f), V(0-2), Almeida(Narciso), Prejudicados, Sem influência
20.ª-Gil Vicente(c), D(1-2), Soares Dias(Hugo), Prejudicados, (4-2), (-3 pontos)
21.ª-Tondela(f), V(1-3), Pinheiro(Nobre), Nada a assinalar
22-ª-Santa Clara(c), V(2-1), Malheiro(Melo), Nada a assinalar
23.ª-Boavista(f), E(2-2), Rui Costa(Correia), Prejudicados, Sem influência
24.ª-Guimarães(c), V(3-0), Narciso(Hugo), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Vizela(c), V(3-0), Nobre(Almeida), Beneficiados, Sem influência
2.ª-Braga(f), V(1-2), Godinho(Hugo), Nada a assinalar
3.ª-B Sad(c), V(2-0), M. Oliveira(V. Santos), Nada a assinalar
4.ª-Famalicão(f), E(1-1), Veríssimo(Godinho), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
5.ª-Corruptos(c), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (3-1), (-2 pontos)
6.ª-Estoril(f), V(0-1), Martins(Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Marítimo(c), V(1-0), Pinheiro(Hugo), Nada a assinalar
8.ª-Arouca(f), V(1-2), Rui Costa(M. Oliveira), Nada a assinalar
9.ª-Moreirense(c), V(1-0), V. Ferreira(L. Ferreira), Nada a assinalar
10.ª-Guimarães(c), V(1-0), Rui Costa(V. Santos), Nada a assinalar
11.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Godinho(V. Santos), Nada a assinalar
12.ª-Tondela(c), V(2-0), Hugo(L. Ferreira), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
13.ª-Benfica(f), V(1-3), Soares Dias(Hugo), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
14.ª-Boavista(c), V(2-0), Almeida(V. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
15.ª-Gil Vicente(f), V(0-3), Martins(Pinheiro), Beneficiados, (1-3), Impossível contabilizar
16.ª-Portimonense(c), V(3-2), Nobre(Malheiro), Beneficiados, (0-2), (+3 pontos)
17.ª-Santa Clara(f), D(3-2), Rui Costa(L. Ferreira), Beneficiados, (4-2), Sem influência
18.ª-Vizela(f), V(0-2), Veríssimo(Nobre), Beneficiados, Impossível contabilizar
19.ª-Braga(c), D(1-2), Hugo(Pinheiro), Beneficiados, Sem influência
20.ª-B Sad(f), V(1-4), Correia(Malheiro), Prejudicados, Beneficiados, (2-4), Impossível contabilizar
21.ª-Famalicão(c), V(2-0), Narciso(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
22.ª-Corruptos(f), E(2-2), Pinheiro(Godinho), Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
23.ª-Estoril(c), V(3-0), Malheiro(Hugo), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
24.ª-Marítimo(f), E(1-1), M. Oliveira(Esteves), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-B Sad(c), V(2-0), Correia(Mota), Nada a assinalar
2ª-Famalicão(f), V(1-2), Almeida(Narciso), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Marítimo(f), E(1-1), Pinheiro(Rui Costa), Nada a assinalar
4.ª-Arouca(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
5.ª-Sporting(f), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Beneficiados, Prejudicados, (3-1), (+1 ponto)
6.ª-Moreirense(c), V(5-0), Nobre(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (6-1), Impossível contabilizar
7.ª-Gil Vicente(f), (V1-2), Soares Dias(Malheiro), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
8.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Mota(Martins), Nada a assinalar
9.ª-Tondela(f), V(1-3), Veríssimo(Rui Costa), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
10.ª-Boavista(c), V(4-1), Martins(Almeida), Prejudicados, Beneficiados, (6-1), Sem influência
11.ª-Santa Clara(f), V(0-3), Rui Costa(Narciso), Beneficiados, Sem influência
12.ª-Guimarães(c), V(2-1), Godinho(Soares Dias), Prejudicados, Sem influência
13.ª-Portimonense(f), V(0-3), M. Oliveira(V. Ferreira), Nada a assinalar
14.ª-Braga(c), V(1-0), Nobre(Esteves), Nada a assinalar
15.ª-Vizela(f), V(0-4), Malheiro(L. Ferreira), Prejudicados, Beneficiados, (0-5), Sem influência
16.ª-Benfica(c), V(3-1), Hugo(Martins), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
17.ª-Estoril(f), V(2-3), Nobre(Soares Dias), Beneficiados, (3-3), (+2 pontos)
18.ª-B Sad(f), V(1-4), Mota(Martins), Nada a assinalar
19.ª-Famalicão(c), V(3-1), Rui Costa(Correia), Nada a assinalar
20.ª-Marítimo(c), V(2-1), Melo(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
21.ª-Arouca(f), V(0-2), Malheiro(Hugo), Beneficiados, Impossível contabilizar
22.ª-Sporting(c), E(2-2), Pinheiro(Godinho), Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
23.ª-Moreirense(f), V(0-1), Godinho(V. Ferreira), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
24.ª-Gil Vicente(c), E(1-1), Mota(Rui Costa), Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Martins - -1
Pinheiro - -2
Rui Costa - -2
Soares Dias - -3
Esteves - -4
Hugo - -4

Sporting
Esteves - +4
Nobre - +3
Malheiro - +3
Martins - +2
Narciso + 2
Veríssimo - +1
Godinho - -1
Almeida - -2
Pinheiro - -4

Corruptos
Soares Dias - +4
Almeida - +3
Godinho - +3
Narciso - +2
Malheiro - +2
Hugo - +2
Martins - +2
Nobre - +2
Melo - + 2
Esteves - +2
Pinheiro - +2
V. Ferreira - +2
Mota - +1
Rui Costa - +1

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Hugo - 3
Soares Dias - 3
Rui Costa - 3
Godinho - 2
Mota - 2
Almeida - 2
Pinheiro - 2
V. Ferreira - 1
Martins - 1
Veríssimo - 1
Nobre - 1
V. Ferreira - 1
Malheiro - 1
Narciso - 1

Sporting
Rui Costa - 3
Godinho - 2
Almeida - 2
Martins - 2
Nobre - 2
Veríssimo - 2
Hugo - 2
Pinheiro - 2
M. Oliveira - 2
V. Ferreira - 1
Soares Dias - 1
Correia - 1
Narciso - 1
Malheiro - 1

Corruptos
Nobre - 3
Malheiro - 3
Mota - 3
Almeida - 2
Rui Costa - 2
Pinheiro - 2
Godinho - 2
Correia - 1
Soares Dias - 1
Veríssimo - 1
Martins - 1
M. Oliveira - 1
Hugo - 1
Melo - 1

VAR's:
Benfica
Hugo - 6
Narciso - 3
L. Ferreira - 2
V. Santos - 2
Godinho - 2
Esteves - 2
Nobre - 2
Malheiro - 1
Soares Dias - 1
Martins - 1
Melo - 1
Correia - 1

Sporting
Hugo - 4
V. Santos - 3
L. Ferreira - 3
Pinheiro - 3
Esteves - 3
Malheiro - 2
Godinho - 2
Almeida - 1
M. Oliveira - 1
V. Ferreira - 1
Nobre - 1

Corruptos
L. Ferreira - 3
Martins - 3
Rui Costa - 3
Narciso - 2
Soares Dias - 2
Esteves - 2
V. Ferreira - 2
Mota - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1
Almeida - 1
Correia - 1
Hugo - 1
Godinho - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Godinho - 2 + 1 = 3
Narciso - 0 + 3 = 3
Hugo - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Nobre - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 2 + 2 = 4
Martins - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
M. Oliveira - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Corruptos
Malheiro - 2 + 1 = 3
Rui Costa - 1 + 2 = 3
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Soares Dias - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Hugo - 3 + 6 = 9
Soares Dias - 3 + 1 = 4
Godinho - 2 + 2 = 4
Narciso - 1 + 3 = 4
Rui Costa - 3 + 0 = 3
Nobre - 1 + 2 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
V. Ferreira - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Sporting
Hugo - 2 + 4 = 6
Pinheiro - 2 + 3 = 5
Godinho - 2 + 2 = 4
Rui Costa - 3 + 0 = 3
Almeida - 2 + 1 = 3
Nobre - 2 + 1 = 3
M. Oliveira - 2 + 1 = 3
Malheiro - 1 + 2 = 3
V. Santos - 0 + 3 = 3
L. Ferreira - 0 + 3 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Martins - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
Narciso - 1 + 0 = 1

Corruptos
Rui Costa - 2 + 3 = 5
Malheiro - 3 + 1 = 4
Mota - 3 + 1 = 4
Martins - 1 + 3 = 4
Nobre - 3 + 0 = 3
Almeida - 2 + 1 = 3
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Godinho - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 1 + 2 = 3
L. Ferreira - 0 + 3 = 3
Correia - 1 + 1 = 2
Hugo - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Melo - 1 + 0 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores:

Carta aberta a Rui Costa | A marca da diferença


"Um redator da secção do SL Benfica redigiu uma carta ao Presidente encarnado

Caro Rui,
Espero que esta epístola te encontre bem e, sobretudo, a planear. A planear o que resta da corrente época e a que está por vir, que será de vital importância para o nosso clube. Não apenas pela temporada em si, mas pela nova era que ela terá que iniciar. Obrigatoriamente. Têm sido anos a fio de títulos perdidos e – miseravelmente pior – valores perdidos. Têm sido anos a fio a sentir a alma, benfiquista de génese, desenraizada e desalentada.
Têm sido anos a fio de alienação do clube. Têm sido anos a fio de profunda descrença e inabalável mágoa. Têm sido anos a fio…
Não te ofereço novidade alguma, naturalmente. Estavas lá – estiveste sempre lá. Continuas lá. Espero que percebas a obrigação que essa continuidade te confere.
Acima de tudo, é tua obrigação ser diferente – e fazer diferente. Diferente, inclusivamente, de ti mesmo, de todas as versões que nos foram apresentadas antes de seres consagrado presidente do Sport Lisboa e Benfica.
“És melhor do que tu”, escreveu Fernando Pessoa. És, Rui? Se o és, é chegada a hora de o mostrares – bem sabes que “mais do que ser, é preciso parecer”. E, deixa-me que to confesse, Rui, não pareces. O clube parece continuar perdido e impreparado para o futuro, enquanto aparente não saber lidar com o presente.
Os adeptos parecem estar com a equipa, mas aparentam não saber lidar com a equipa que diriges – a tão badalada estrutura. E, Rui, que tens feito para contrariar isso? Que medidas tens tomado, que palavras tens enunciado, que cara tens dado? Os sócios e adeptos precisam que te abras e que abras o clube. Não se trata de uma necessidade de controlo, mas de conhecimento.
Não é pretensão dos sócios tomarem controlo do que se passa nos meandros mais íntimos do clube (ainda que, talvez, lhes assista esse direito), mas sim tomarem conhecimento de tal. É que, Rui, sentimos por vezes viver na penumbra. Somos o clube da Luz… que sentido é que isto faz?
Deixo-te com a reiteração do meu pedido: sê diferente, Rui. Nós precisamos que o sejas. O SL Benfica precisa que o sejas. Despeço-me com um abraço: não será tão caloroso e reconfortante para ti como o de Pinto da Costa, mas espero que o aceites."

Quão completo és, Mazraoui


"Noussair Mazraoui, nascido a 14/11/1997 (24 anos), é um dos melhores e mais completos laterais direitos da atualidade. O marroquino que coincide com Hakimi na seleção, outro dos melhores laterais direitos do mundo, está cada vez melhor e não tardará em dar o salto para uma equipa com outra expressão e ambições.
Perfil físico bastante interessante, alto para a posição, passada larga, resistente e capacidade de choque. Muito evoluído em todos os gestos técnicos ofensivos e defensivos. Inteligente e com uma tomada de decisão bastante assertiva tanto na construção como na criação. A verdade é que Mazraoui oferece uma variabilidade incrível, conseguindo jogar na construção, envolver em criação, aparecer em zonas de finalização, por fora, por dentro, receber no pé e na profundidade. Também defensivamente é um jogador bastante confiável, capacidade para pressionar (passada, timing e duelos), forte no 1×1 defensivo e bom na proteção da sua baliza.
No Estádio da Luz foi um dos melhores em campo e demonstrou toda a sua qualidade e o quão completo é."

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica repudia as lamentáveis declarações manifestadas e, posteriormente, reiteradas pelo vice-presidente do Conselho de Justiça da AF de Lisboa, Pedro Monteiro Fernandes, que em nada dignificam o desporto nacional, a Associação que representa e constituem um profundo desrespeito pelo Sport Lisboa e Benfica, os seus sócios, atletas e adeptos.
A qualquer elemento de um órgão destinado a promover o desporto e a defesa dos clubes em Portugal exige-se imparcialidade, isenção e independência, além de uma postura mínima de bom senso e inteligência, que manifestamente provou não dispor.
Perante a ausência de uma verticalidade de carácter capaz de o levar a assumir as suas responsabilidades e a ser consequente – pedindo a demissão deste órgão federativo –, o Sport Lisboa e Benfica apela à Associação de Futebol de Lisboa que abra um inquérito disciplinar tendente à sua destituição por total incumprimento de deveres fundamentais no exercício de funções.
O desporto português não pode ficar refém e à mercê de quem o desprestigia e nele não tem lugar."

118 anos e minuto 62


"Em dia de aniversário do Clube, enaltecemos os 118 anos de vida do Benfica, destacamos a imensa emoção sentida no Estádio da Luz em solidariedade com o povo ucraniano, abordamos o triunfo ante o Vitória de Guimarães e somos obrigados, infelizmente, a insurgir-nos contra a arbitragem deplorável na final da Taça da Liga de futsal.

1
Hoje estamos todos de parabéns, o nosso querido Benfica faz 118 anos. Somos o maior e melhor clube português, o mais amado e popular, o mais conhecido além-fronteiras, detentor de uma história gloriosa, única, incomparável.
E é para o futuro que olhamos, sempre ambiciosos e empenhados na edificação de um Benfica à altura dos seus pergaminhos. Como diz o nosso hino, da lavra de Félix Bermudes e censurado pelo Estado Novo, "Honrai agora os ases que nos honraram o passado". Continuemos a honrá-los e a possibilitar que outros ases surjam para que, no futuro, possam ser honrados pelas gerações vindouras de benfiquistas.
Viva o Sport Lisboa e Benfica!

2
Em dia de aniversário, o representante máximo dos Sócios, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Fernando Seara, concede uma entrevista a não perder à BTV, transmitida às 17h30.

3
Ontem, no Estádio da Luz, viveu-se um momento que muito enobrece o Benfica e os Benfiquistas e ultrapassou fronteiras. A mensagem de solidariedade destinada ao povo ucraniano, vítima de uma agressão externa que naturalmente repudiamos, não só é justa como se trata de uma obrigação moral e humanista.
O simbolismo da entrega da braçadeira de capitão a Yaremchuk, quando este entrou em campo por volta dos 62 minutos de jogo, representa os valores do Sport Lisboa e Benfica, um clube cujas dimensões humana e social são muito vincadas desde a fundação. O Benfica é e sempre foi um clube inclusivo, aberto ao mundo e empenhado num contributo decisivo para uma sociedade mais justa e solidária através do fomento do desporto e do associativismo.
Obrigado a todos os Benfiquistas que manifestaram a sua solidariedade para com o povo ucraniano. Foi à Benfica!

4
E como Nélson Veríssimo antecipara, a nossa equipa apresentou-se em campo com a missão de ganhar e jogar bem, o que conseguiu plenamente, galvanizada pelo forte apoio dos Benfiquistas presentes nas bancadas.
O triunfo, por 3-0, sobre o Vitória de Guimarães, refletiu o que se passou em campo, fruto de uma boa exibição ante um adversário competitivo e que tentou dificultar como pôde a tarefa da nossa equipa. Na opinião do nosso treinador, "o que fica, para além do resultado, é um jogo entre duas equipas que jogaram bem, quiseram ganhar e proporcionaram um bom espetáculo".
Nota para a utilização de cinco jogadores da nossa formação e para mais um bis de Darwin, o sétimo na temporada, aos quais acrescem dois hat-tricks. São já 25 golos marcados pelo jovem uruguaio na presente época, perfazendo um total de 39 de águia ao peito em competições oficiais, o que o coloca no top 60 dos melhores marcadores de sempre do Benfica.

5
Por fim, não podemos ficar tranquilos nem indiferentes ao que aconteceu no dérbi da final da Taça da Liga de futsal, ontem, em Loulé.
O resultado traduziu-se numa derrota para o nosso Clube, mas a credibilidade do marcador ficou manchada, desde os primeiros minutos, com uma evidente falta de critério em várias decisões da equipa de arbitragem, as quais serão objeto de uma exposição à Federação.
Como noutras ocasiões, a verdade desportiva foi colocada em causa. E de forma tão evidente, como facilmente se comprova através das imagens televisivas, que se torna incompreensível e intolerável.
O Sport Lisboa e Benfica investe fortemente no futsal e exige o máximo respeito pelos profissionais que compõem as nossas equipas.
A excelente atitude competitiva do plantel de futsal do SL Benfica deve ser sublinhada. Com esta entrega, todos, no Clube, mantemos a convicção de estarmos mais perto das ambicionadas conquistas.
Assim se permita que a verdade desportiva prevaleça."

Glória ao capitão Ucrânia, que joga no Benfica


"O Benfica ganhou ao Vitória por 3-0, mas o mais importante aconteceu à hora de jogo, quando Roman Yaremchuk entrou em campo: Vertonghen correu para lhe dar a braçadeira de capitão, o Estádio da Luz engoliu-o num aplauso e o ucraniano encharcou os olhos para não se desfazer em emoção no relvado. Foi o combate possível de um jogo de futebol contra a desumanidade de uma guerra

O que guardará o olho azul engrandecido pelas órbitas redondas, ele ali sentado, confortável, parece focar a bancada do outro lado, quiçá fitasse um retângulo com azul deitado sobre o amarelo, talvez a mente estivesse a navegar na divagação de como estarão os seus na terra que é sua, o que será de todos os que conhece?, porventura fosse isso a esconder-se na mirada de Yaremchuk, também acredito que as braçadeiras postas por quem joga à bola com o ucraniano a diário lhe tenham chamado a atenção.
Uma vez, a “New Yorker” fez um vídeo com um reformado carteirista feito orador, um ex-malandro convertido ao lado bom da força que se dedicara a dar palestras sobre como a atenção das pessoas é manipulável, explicando-o com uma analogia: as nossas mentes funcionam como o foco de luz de uma lanterna em quarto escuro. É facílimo não repararmos no que está na periferia e deduzo que prioridade de Yaremchuk estivesse longíssimo do jogo a acontecer nas suas barbas.
Ele viu como Estupiñán dirigiu os sprints ao espaço no costado de Morato, o central lento a ajustar a posição como a restante linha defensiva que integra, pachorrenta a lidar com as perdas de bola da equipa e a permitir que o colombiano puxe Vlachodimos para fora da baliza. O grego fez-se na direção do avançado e bloqueou-lhe dois remates, aos 7’ e aos 14’, a flagrância bipolar do Vitória a vulnerabilidade do Benfica quando o adversário acaba de recuperar a posse. Os poucos passes que o Vitória precisa para o deixar na cara do guarda-redes expõe méritos de uns e falhas dos outros.
Porque o jogo assim-assim, muitas vezes feito ao ralenti, com duas equipas que reagem tarde aos toques para reagrupar e divergem no pior que os de Guimarães são a fazê-lo. A lentidão com que são atraídos para o centro do campo, com os laterais sempre seduzidos pelos extremos do Benfica que se colocam na sua frente, culmina com a equipa a ser desfeita com um simples passe longo de Meïté para a corrida de Gilberto nas costas de Rafa Soares, à direita, um simples truque que teve sucesso duas vezes.
O brasileiro cruzaria, primeiro, para Gonçalo Ramos se antecipar a um central e rematar o 1-0, aos 23’, depois para Darwin aproveitar os segundos de solidão na área, sem necessidade de ludibriar marcações, cabeceando o 2-0, aos 37’, e feita está a cronometragem do perigo gerado pelo Benfica. A única outra jogada em que fabrica algo de remotamente ameaçador, logo aos 4’, também tivera Gilberto a servir de parede para uma tabela com Taarabt.
Fabricações como essa — jogadores a trocarem passes curtes e a movimentarem-se enquanto a bola não chegava, tentando uma jigajoga com os adversários — viram-se não muito, apesar de se notar a intenção de usar Ramos ou Darwin como paredes, indo a eles os passes para deixarem algum médio ou extremo de frente para o jogo com um toque na bola. O Vitória tentava-as mais vezes, mas traído pela própria porosidade em cada momento de defender a sua baliza.
O raiar da segunda parte demonstrou-o, de caras, quando os vimaranenses usaram a bola de saída de toque em toque, a respeitar o jogador virado para a baliza, até André Almeida ajeitar para Alfa Semedo rematar à entrada da área; pouco depois, uma bola dividida com pés de estufa por Miguel Maga deixou Gonçalo Ramos entrar área dentro e ser parado com uma rasteira. O penálti de Darwin fez o 3-0, aos 52’, e Rafa falharia o quarto golo logo a seguir, ao ser inofensivo quando só faltava um desvio na pequena área.
E com o relógio a bater na hora, o futebol parou. O holofote de todas as cabeças virou-se para o corpo erguido do banco e passageiro de uma mente que estava longe do Estádio da Luz, lá dentro nunca poderia estar. Roman Yaremchuk aguardava pelo protocolar costume de placas, quartos árbitros, números a serem mostrados e já um coro se formava. Os crescentes aplausos eram para ele, o ucraniano que não precisa de estar na Ucrânia para também estar a ser invadido por uma guerra, daí a sua cara tão solene.
Quem saiu foi Darwin, mas quem correu para encontrar o avançado foi Vertonghen. Chegado à frente de Yaremchuk, despiu a braçadeira e deu-lha, o gesto pareceu surpresa e as palavras para o justificar eram desnecessárias, Roman apertou o seu braço com o simbolismo, correu campo dentro e a alvorada de um estádio barulhento, a tudo de si no aplauso, quase o desmoronou. A câmara focava agora num homem a apertar os lábios, com o azul dos olhos a encharcar-se, a tentar não ser desfeito pela emoção.
Ele entraria no transe do jogo, durante largos minutos e algumas fases de ataque os jogadores do Benfica procuraram-no. Tentaram cruzamentos para Yaremchuk quando podiam rematar, abrandaram quando deviam acelerar para verem onde ele estava, fizeram por servi-lo com o maior dos amuletos do futebol que, a partir da sua entrada, deixou de importar assim tanto. Ou mesmo nada. Nem os artifícios de Quaresma a receber bolas, a boniteza de um remate em arco de Bruno Duarte ou o corpo dado por Vlachodimos para que algum dos 16 remates do Vitória pudesse dar em golo.
O Benfica ganhou, passou a ver o 2.º lugar do Sporting a quatro pontos, mas venceu logo quando ainda restava meia hora para o jogo fechar a pestana. A atenção que todos dedicaram a quem ali mais sofre com uma das piores coisas de que os humanos são capazes. Haver, por causa de uma pessoa, milhares de outras a terem de pegar em armas e dispararem para matar, enquanto milhões fogem, se escondem, temem pela vida e são separadas das famílias, é do mais desumano que pode existir.
O pranto contido de Roman Yaremchuk, a tentar fechar a cara, depois de encher as bochechas e soprar o ar fora enquanto aplaudia as palmas que o embalaram, foi o combate possível de um jogo de futebol contra a desumanidade."

SL Benfica 3-0 Vitória SC: Jogo da liberdade ofensiva encarnada


"A Crónica: Abrem-se Espaços e…

Num final de tarde em que se podia temer uma ressaca pós-Champions, a equipa do SL Benfica recebeu e venceu o Vitória SC por 3-0. Um grande golo de Gonçalo Ramos e um bis de Darwin Nuñez sentenciaram o encontro.
Numa primeira parte recheada de bom futebol, vimos duas equipas a procurar chegar o mais rápido possível à baliza.
Aos 4 minutos, Gilberto deu o primeiro aviso após uma excelente combinação com Taarabt, mas a bola passou a centímetros do poste de Bruno Varela.
Do outro lado, os vimaranenses respondiam por Estupiñam. Durante o primeiro tempo, o avançado procurou causar alguma instabilidade por entre os centrais encarnados e, por momentos, chegou mesmo a conseguir. Aos 7 e 14 minutos, dupla oportunidade para o ponta de lança colombiano, mas valeu Vlachodimos.
Poucos minutos depois, a resistência das redes do estádio da luz quebrou. O jogo exterior do SL Benfica superiorizou-se às ambições vitorianas e Gonçalo Ramos protagonizou um dos momentos da noite. Grande cruzamento de Gilberto para uma finalização à matador do avançado português.
Estava feito o primeiro aos 23 minutos. Esperava-se uma reação vitoriana, mas com os espaços a abrir, ainda foi mais fácil para Gilberto voltar a colocar uma bola teleguiada. Meité voltou a iniciar a jogada, mas desta vez foi Darwin que respondeu assertivamente com um cabeceamento indefensável para Bruno Varela. Era o segundo golo encarnado aos 37 minutos, que dava a tranquilidade necessária à plateia da Luz no final da primeira parte.
O segundo tempo acabou por ser bastante mais tranquilo para os espectadores da luz. O ponto final surgiu aos 52 minutos com um penalti para o SL Benfica por falta sobre Gonçalo Ramos. Darwin assumiu a cobrança dos 11 metros e fez o 3-0 com toda a tranquilidade.
Houve ainda tempo para golos anulados e assobiadelas a Quaresma, mas o momento de paz e harmonia ficou reservado para os 62 minutos.
Yaremchuk entrou dentro das quatro linhas sob um enorme aplauso da plateia da Luz. Gritava-se nas bancadas o nome do avançado ucraniano numa fase muito difícil para o atleta e para todo o povo ucraniano.
Aos 69 minutos, Ricardo Quaresma apareceu isolado, mas valeu mais uma vez Vlachodimos.
Já perto do final do encontro, foi Jorge Fernandes que esbarrou no guardião encarnado.
Ficou assim um 3-0 final num jogo com muitos espaços de parte a parte, mas num clima de harmonia e paz, algo que falta nos dias de hoje.

A Figura
Roman Yaremchuck (SL Benfica) – Como o futebol não é apenas o jogo dentro das 4 linhas, esta nomeação deve-se à emocionante entrada do avançado ucraniano em jogo. Aos 62 minutos, a Luz levantou-se toda e aplaudiu de pé a entrada de um jogador que sofre por ver o seu país em guerra. Menção de honra para os adeptos encarnados que também protagonizaram este bonito momento.

O Fora de Jogo
Rochinha – Um jogo cruel para os pés de um dos principais desequilibradores do Vitória SC. Rochinha tinha o palco da luz para poder exprimir o seu futebol nas transições ofensivas vitorianas, mas, das poucas vezes que a bola lhe chegou aos pés, acabou por não criar o perigo a que nos habituou.

Análise Tática – SL Benfica
A equipa de Nélson Veríssimo apresentou-se num 4-4-2, com destaque para o papel de Taarabt a transportar jogo e na definição de último passe. Por outro lado, Meité acabou por ter um papel também crucial no meio-campo encarnado, passando pelos pés do médio francês os dois primeiros golos do SL Benfica.
Ainda mais à frente no terreno, destaque para os constantes movimentos de rutura dos dois avançados que se viu ao longo dos 90 minutos.
Principalmente na primeira parte, o jogo exterior encarnado acabou por se superiorizar, visto que os dois golos surgiram na sequência de dois cruzamentos teleguiados de Gilberto, o que acabou por ser fruto da diversidade de movimentos deste SL Benfica.
Por ser um jogo com muitos espaços abertos, ainda se notaram algumas lacunas na zona defensiva encarnada com Estupiñán a aparecer em constantes movimentos de rutura.
As substituições trouxeram uma nova lufada de ar fresco a uma equipa que já tinha o jogo resolvido e apenas procurava dilatar o resultado com tranquilidade.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (5)
Grimaldo (6)
Vertonghen (6)
Morato (5)
Gilberto (8)
Meité (8)
Taarabt (6)
Everton (4)
Rafa (6)
Gonçalo Ramos (7)
Darwin (7)
Subs Utilizados
João Mário (5)
Yaremchuk (5)
Diogo Gonçalves (-)
Paulo Bernardo (-)
Tomás Araújo (-)

Análise Tática – Vitória SC
A equipa de Pepa apresentou-se num 4-5-1 muito desdobrável com Estupiñam a aparecer mais solto na frente de ataque e capaz de fazer constantes movimentos de rotura por entre a defesa encarnada.
Esta forma de organização do Vitória SC também se caracterizou por um jogo olhos nos olhos, em que também foram dados muitos espaços ao Benfica sobretudo no jogo exterior onde surgiram os dois golos.
Depois do primeiro golo sofrido, os minhotos perderam totalmente o controlo do jogo e começaram a oferecer ainda mais espaços para o SL Benfica criar mais ocasiões e fechar o encontro.
Só com o resultado fechado é que Pepa procedeu às substituições, que, refira-se, não tiveram um real impacto na equipa.

11 Inicial e Pontuações
Bruno Varela (6)
Rafa Soares (4)
Jorge Fernandes (5)
Abdul Mumin (4)
Miguel Maga (4)
Alfa Semedo (4)
Rochinha (3)
Tiago Silva (4)
André Almeida (5)
Lameiras (4)
Estupiñan (5)
Subs Utilizados
Ibrahima Bamba (4)
Quaresma (5)
Bruno Duarte (-)
Geny Catamo (-)
Nicolas Janvier (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
BnR: O que achou da exibição de Meité, que foi crucial nos dois primeiros golos do SL Benfica, num jogo com muitos espaços abertos?
Nélson Veríssimo: Todos trabalham para ter a oportunidade de jogar e dar uma resposta positiva. Foi o que aconteceu, dentro de uma posição que não é aquela que ele está mais rotinado, mas que, na nossa opinião, com um ou outro problema, cumpriu na perfeição.

Vitória SC
BnR: Hoje só fez a primeira substituição depois do 3-0. Pergunto-lhe se não era um jogo que pedia uma substituição mais cedo e se o facto de ter sido um jogo com muitos espaços abertos também ajudou ao desfecho final?
Pepa: Os espaços procuram-se e trabalham-se, isso também depende da capacidade da equipa. O ataque posicional do Benfica é assimétrico, do lado direito de uma forma e do lado esquerdo de outra. Sabíamos da qualidade na construção com o pé esquerdo de Grimaldo e Vertonghen e Gonçalo Ramos a vir daquele lado. Mas dois cruzamentos e dois golos. Nós discutimos o jogo do início ao fim"

Eficácia encarnada dita a história do jogo


"O Guimarães deslocou-se até à capital para defrontar o Benfica a contar para a 24.º jornada do campeonato. Após a boa exibição dos encarnados a meio da semana, estes iam procurar manter o nível exibicionial perante um adversário numa situação delicada que vinha de duas derrotas e que não sabe o que é ganhar fora de portas desde dezembro. As águias apresentavam-se na Luz sem duas peças fundamentais, Morato e Meite colmatavam as ausências de Otamendi e Weigl.
O jogo começava de feição ao Guimarães, com ataques para ambos os lados o jogo partia-se numa fase inicial e o Vitória chegava com facilidade à baliza de Vlachodimos dado o espaço que a defesa do Benfica concedia ao adversário. Óscar Estupiñán perdeu duas oportunidades claras para abrir o marcador, e como é habitual, quem não marca, sofre. Em duas jogadas que pareciam cópia uma da outra, Meite descobria Gilberto solto pela direita e este assistiu, primeiro, Gonçalo Ramos e depois Darwin Nuñez. As duas equipas acabaram por adormecer um pouco no jogo e chegávamos ao intervalo com as águias em vantagem no marcador.

No regresso ao relvado as águias impuseram o seu jogo e a abrir a segunda parte, Gonçalo Ramos mantinha a sua boa exibição e numa recuperação de bola perto da área do Guimarães, o jogador benfiquista foi derrubado e Darwin Nuñez convertia o penálti dilatando a vantagem dos encarnados. A verdade é que o Benfica nunca foi claramente superior ao Guimarães, uma vez que os vimaranenses acabaram com mais tentativas de golo à baliza benfiquista, isto é, a exibição das águias pode ser algo enganadora uma vez que o Vitória foi demasiado perdulário à frente da baliza encarnada que tinha uma muralha dentro dos postes, acabando por ser decisivo para o resultado final. O Benfica explorou a capacidade de Rafa para conduzir a bola por terrenos interiores e foi, mais uma vez, muito forte nas transições ofensivas.
De notar a homenagem prestada pelos adeptos na Luz, a dar uma força a Roman Yaremchuk e a todos os ucranianos que vivem momentos muito difíceis.
Em termos individuais, de notar a exibição de Vlachodimos que esteve sempre presente quando foi chamado a intervir; Gilberto que fez duas assistências para golo e esteve irrepreensível nos momentos defensivos durante todo o jogo sendo o homem com maior nº de recuperações de bola durante os 90 minutos; e Gonçalo Ramos que foi crucial no momento de ligação defesa-ataque, fez o primeiro golo e ganhou o penálti que deu origem ao 3-0.
Na equipa do Vitória, destacou-se André Almeida no meio campo, taticamente esteve intratável mas não teve companheiros ao nível dele, porque apesar da criatividade de Tiago Silva, a ineficácia de Estupiñán acabou por ser crucial para o resultado final."

Por Yaremchuk e pelo futebol português


"Futebol e política se misturam a todo instante. A toda a hora. Em cada esquina. Em cada olhar. Os olhos marejados e a boca tremula de Yaremchuk não nos deixam mentir.
O Estádio da Luz foi palco de uma das maiores e mais impressionantes manifestações de solidariedade sociodesportiva das últimas décadas. Sem batalhas e nem sequer rivalidades. Empatia pura e emocionante.
Jogadores, dirigentes, torcedores, jornalistas e amantes do esporte que mais une - ou deveria unir - do mundo aplaudiram o atacante ucraniano. Abraçaram o homem ucraniano. Acolheram o filho ucraniano. Um momento raro de reflexão com a bola rolando.
O futebol, quando quer, tem um impacto positivo monstruoso nas nossas vidas e na forma como olhamos para o próximo. Infelizmente, especialmente na atual temporada em Portugal, a imagem estava sendo das piores.
Inúmeras investigações, detenções, suspeitas de corrupção, brigas dentro e fora dos estádios, ameaças, insinuações e falta de respeito entre adversários e até mesmo um bizarro jogo autorizado e iniciado com onze contra nove. As manchas são incontáveis.
Ainda há um percurso árduo, esburacado e repleto de curvas para percorrermos juntos (!), mas nunca é tarde para sermos melhores pessoas, seja no futebol ou na política. Diferentemente das guerras, não há inimigos no esporte.
O futebol português na noite de 27 de fevereiro de 2022 foi manchado... de azul e amarelo. Aquelas que são cores da Ucrânia e, mais do nunca, também da esperança."