segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Vermelhão: Regresso às vitórias...

Tondela 1 - 3 Benfica


Por muitas voltas que se possa dar, o Futebol é golos! Sem golos, não se pode ganhar jogos, pode-se jogar bem, ou jogar mal, mas se a bola não entra, tudo é mau... os jogadores não prestam, os treinadores são maus, a direcção é banana!!!
Nestas duas últimas semanas, ficámos sem o nosso melhor marcador, por motivos completamente estúpidos, a FIFA autorizou jogos oficiais de Selecções em cima de datas oficiais dos Clubes, e no nosso caso, coincidência ou não, não ganhámos um único jogo nos noventa minutos!!!
Darwin terá os seus defeitos, até pode decidir mal, algumas vezes, mas é de longe a nossa principal arma ofensiva, e quando joga, obriga os nossos adversários a 'defender' de forma diferente. Sem o Uruguaio, somos menos fortes... Até porque, enquanto outros jogadores importantes, noutras zonas do terreno, podem ser mais ou menos competentes, mas o jogo colectivo, até pode disfarçar os seus erros, agora, quando os goleadores, não marcam golos, todas as insuficiências, são expostas!!!

O Benfica continua à procura duma equipa... neste momento, nem um 11 titular temos, e o treinador ainda está à procura de um esquema! Hoje, além das ausências esperadas: Verissimo, Pinto, Seferovic, Yaremchuk. Gilberto... também tivemos o João Mário de fora! Mas ao contrário de outros jogos, as bolas entraram (grandes golos, todos eles...), ainda acertámos duas vezes nos ferros, e não houve golos válidos, anulados, nem penalty's decisivos por marcar... não houve manipulações do VAR nas linhas de fora-de-jogo, e até beneficiámos de um duplo amarelo(boa decisão!), a um jogador do Tondela, algo raríssimo (a 'norma' nos jogos do Benfica, são Amarelos aos nossos adversários só após os 60 minutos...), no Tugão nas últimas épocas!

Não fazendo uma exibição de encantar, ganhámos justamente, até com alguma tranquilidade... Destaco o Darwin, o Everton e o Grimaldo... O Gonçalo, apesar do golo, não fez uma exibição de encher o olho, mas para mim é essencial o Benfica jogar com o Gonçalo e mais um avançado, em condições normais o Darwin: não só trabalha na pressão, como com o Darwin a descair para os flancos, é importante ter outro avançado no meio... além de ser o nosso melhor avançado, a jogar entre-linhas!
Uma nota para o Livre do Darwin: só me recordo dum Livre no Bessa (jogo que perdemos por 3-0), marcado pelo Darwin! Em 1 época e meia, com muitos minutos em campo, é a segunda vez, que o Darwin tem hipóteses de marcar um Livre Directo no Benfica, naquela posição, e em ambas, acertou no poste! Isto demonstra que além de não beneficiamos de penalty's, os apitadeiros, nem Livres potencialmente perigosos, marcam a favor do Benfica!
Novo golo sofrido num Canto, nova jogada onde somos 'comidos' ao primeiro poste...

Próximo jogo, na Luz, com o Santa Clara, não será fácil. Os Açorianos nas últimas épocas, tem feito sempre grandes exibições na Luz, e o Benfica está de longe de transmitir confiança... Será muito importante, terminar a época com uma série de vitórias, pelo menos nos confrontos com este tipo de equipas! Mais instabilidade e desconfiança, só irá prejudicar a planificação da próxima época...

Ganhar!


"Os comandados de Nélson Veríssimo tornam hoje a entrar em campo focados em voltar aos triunfos. Regressar de Tondela com os três pontos é o objetivo. Entretanto, tivemos vários bons resultados no fim de semana e constatámos mais dois exemplos gritantes da disparidade de critérios de arbitragem no futebol português.

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Nélson Veríssimo, referindo-se à abordagem benfiquista à partida desta noite em Tondela, foi taxativo: "A resposta que temos de dar é ganhar." O nosso treinador considera que "temos de melhorar" e acrescentou: "Sabemos o que é preciso fazer para isso acontecer e chegar a Tondela para dar uma resposta positiva. E uma resposta positiva é ganhar o jogo."
Sobre a preparação para o embate, Veríssimo revelou que sentiu, na equipa, "uma grande vontade de dar essa resposta no jogo com o Tondela, em termos de qualidade, mas acima de tudo na procura dos três pontos, que nesta fase é o mais importante".
O momento da equipa não é positivo e tal tem de ser alterado: "Os jogadores, treinadores e toda a estrutura sabem a dimensão do clube que representam, e essa dimensão não é compatível com os últimos resultados. Há que assumir isso e aceitar essa responsabilidade. Sabemos que o único caminho é ganhar."
Veríssimo abordou ainda a questão das más arbitragens: "Não justificam tudo, mas contribuem para a situação. Olhando para as decisões das equipas de arbitragem desde a minha entrada aqui, no jogo com o FC Porto, tivemos algumas situações que nos causam alguma apreensão."

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A nossa equipa feminina de futebol deu, ontem, um passo importante para a conquista do almejado bicampeonato, ao vencer, por 0-1, na visita ao Sporting (primeiro golo de águia ao peito da recém-chegada Jéssica Silva). Longe de decidido – afinal ainda se disputa a primeira volta da fase de apuramento do campeão – não deixa de ser importante termos obtido uma vitória no campo de um dos adversários na luta pelo título. Com cinco jornadas realizadas, lideramos a classificação com três pontos de avanço do Famalicão e seis do Sporting.

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Nas camadas jovens, depois de, na sexta-feira, a Equipa B ter empatado com um dos candidatos à subida, o Casa Pia, e assim permanecer da liderança da II Liga, ontem foi a vez de os Sub-23 entrarem em ação, logrando um triunfo ante o Braga e, com esse resultado, manter-se no primeiro posto da classificação. Os Sub-17 e os Sub-15 também venceram os seus jogos.

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Relativamente às restantes modalidades, é nosso dever e orgulho congratular os nossos atletas André Sousa e Afonso Jesus por terem contribuído para que Portugal se tenha sagrado novamente campeão europeu de futsal (e também dirigir uma palavra de apreço a Robinho e Chishkala por terem chegado à final ao serviço da Rússia).
Destacamos também, entre muitas vitórias, o duplo triunfo, no voleibol, ante Sporting e SC Espinho e, no futsal feminino, os três pontos conquistados na deslocação ao Nun'Álvares, o segundo classificado.
Evocamos ainda os títulos ganhos nas camadas jovens. Masculinos: Campeonato Nacional Sub-18 de atletismo em pista coberta; Campeonato Distrital Sub-19 de hóquei em patins; Campeonato Distrital Sub-16 de basquetebol. Femininos: Campeonato Distrital Sub-15 de futsal; Campeonato Regional de Cadetes no voleibol. E nota para o nosso atleta Rui Coelho, que se sagrou campeão nacional de marcha em estrada (20 km).

5
Por fim, no futebol português, a arruaça e o desrespeito ainda compensam e pagam dividendos. Tanto no jogo do FC Porto como no do Sporting nesta jornada assistimos a comportamentos reprováveis de jogadores de ambos os clubes, beneficiando estes, de parte dos árbitros, de uma margem de tolerância inimaginável para quem constata, semana após semana, o zelo com que os nossos jogadores e equipa técnica são impedidos de se manifestarem.
Não é preciso recuar muito no tempo para encontrarmos exemplos: alguém do Benfica no banco levantar-se e dizer "isto é queimar tempo" resultou em expulsão, ou o amarelo a Vertonghen, capitão na partida, por se dirigir ao árbitro após o incompreensível lance anulado que nos impediu de chegar à vantagem ante o Gil Vicente.
O Benfica tem procurado contribuir para o melhor ambiente possível no futebol português, sem que lhe seja retribuído o devido respeito, enquanto outros teimam em chafurdar na lama continuada e impunemente, para mais beneficiados pela arbitragem, o que nos obriga a repensar a postura que deveremos adotar."

Benfiquismo genuíno na gestão do Benfica


"Sendo conhecida a composição da SAD do Benfica, após a imposição por parte de José António dos Santos de um administrador que ninguém desejava e nada acrescenta, serviu esta "dança das cadeiras" para trazer uma reflexão essencial:
Quem deve compor a gestão do SLB (não apenas na SAD, mas igualmente no Clube)? O que precisa e de quem precisa o Benfica na sua gestão/estrutura decisória? Que critérios deverão ser utilizados para essa escolha?
Desde logo, creio que o Benfica precisa de mudar e renovar, sendo esse um sentimento comum a grande parte da nação Benfiquista. Para isso, deverá desde logo abrir a sua gestão (Clube e SAD) a vários saberes e origens. A pluralidade de perspetivas, pontos de vista e experiências profissionais e pessoais deverá ser valorada. Quem trabalha e decide habitualmente em equipa sabe o valor de opiniões díspares e de diferentes pontos de vista.
Parece que o Benfica não está (ainda) preparado para um verdadeiro debate de ideias e de decisões plurais (hábitos antigos que devem mudar), desperdiçando assim o crescimento que a procura de consensos gera. O tempo dos "iluminados" já lá vai, sendo altura de expandir horizontes, não se encontrando razões para a resistência à mudança. Novas perspetivas e abertura ao mundo são necessários à estrutura decisória do Benfica, aliados a comprovada competência.
Para além do acima referido, há também algo que o Benfica não tem conseguido trazer à sua de gestão/decisão: o "Benfiquismo", naquela forma genuína e especial de viver o Clube, aquele sentimento de adepto que está profundamente enraizado. E esse é um bem precioso que o SLB não tem aproveitado, traduzindo-se num desperdício incomensurável.
Neste sentido, para quem acha que esta forma de Benfiquismo deve cingir-se às bancadas e não às salas de decisão (porque, segundo alguns, razão e coração não podem coabitar), deixo apenas um exemplo paradigmático de que se tivesse a gestão do Benfica um elemento com essa "mentalidade", poderia ter enormes benefícios.
Recordo que em plena pandemia, o Benfica (sem sequer perguntar aos sócios) devolveu aos detentores de "Red Pass" (lugares cativos) o valor equivalente a 5 jogos da época 2019/2020 (fruto da impossibilidade de ter público). Em concreto, e segundo o último relatório e contas, esse valor totalizou € 1.868.000,00.
Estivéssemos a falar de uma qualquer empresa e esta devolução não traria grandes questões. Contudo, o Benfica é o Benfica e, por isso, não pode ser encarado e gerido "apenas" como uma empresa.
Perante o exemplo, faltou a quem decide lembrar o contexto e a forma de sentir o Clube… Nesse sentido, deixo a pergunta: Porque não propôs o Benfica aos sócios que ao invés da devolução do valor (ainda que através de saldo na "carteira"), pudesse por exemplo ser criado um mural no estádio homenageando os sócios (e constando o nome de todos eles) os quais, num momento difícil de pandemia, prescindiram dessa devolução, honrando o lema e tradição do Clube?
Estou certo de que para a maioria dos sócios a eternização desse momento para as gerações vindouras (filhos e netos, quando um dia esses sócios vejam o Benfica do alto do "quarto anel") seria bem mais valiosa que essa devolução. E estou convencido que mais de 90% dos sócios nessas condições optariam por constar nesse mural (e os que não optassem seria por impossibilidade financeira, sendo a esses naturalmente devolvido o valor), ajudando assim o Benfica.
Isto porque os sócios do Benfica têm uma paixão ao Clube única e uma resiliência historicamente comprovada, onde a vontade de eternizar a ligação ao Benfica não tem limites. Assim lhes seja dada essa possibilidade. Alguém pode esquecer os incontáveis exemplos de colaboração na construção do (antigo) Estádio da Luz?
Dito isto, com o referido exemplo, mesmo levando em conta o custo da construção desse mural com os nomes de todos os sócios e a devolução do valor a quem o solicitasse, acredito que com essa medida o Benfica teria, em momento de aperto financeiro global, poupado mais de 1,5 milhões de euros. E ninguém se lembrou, precisamente porque não têm a tal perspetiva do Benfiquismo.
Este é apenas um exemplo ou ideia com o intuito de realçar a importância de a estrutura decisória do Benfica ter alguém que consiga genuinamente entender e personificar essa forma de Benfiquismo. Isto nada tem a ver com ser mais ou menos Benfiquista, mas sim com formas diferentes de ver e sentir o Clube, fruto das experiências de cada um (profissionais, sociais, pessoais, geográficas ou de vivência enquanto adepto).
A gestão do Benfica não pode continuar tão distante dos sócios, desaproveitando as suas capacidades, conhecimentos e outras perspetivas valiosas do Benfica a vários níveis.
Neste sentido, falta ao Benfica a criação de uma estrutura que aproveite efectivamente as contribuições dos sócios. A meu ver, para além de uma equipa para o efeito, passará por ter um administrador (e/ou vice presidente) específico com este "pelouro", que sinta esse Benfiquismo e necessariamente o represente de igual forma, transformando-se num "provedor/embaixador" dos sócios do Benfica.
Hoje em dia, um sócio do Benfica não tem um canal efetivo e uma estrutura a quem se dirigir se quiser apresentar uma ideia/projecto que considere benéfica para o Clube. E isso necessita ser mudado.
Desde 1904 que os fundadores perceberam que a maior riqueza do Benfica são os seus sócios e adeptos, mas mesmo quase 120 anos volvidos, nunca é demais relembrá-lo.
O Benfica não pode ser gerido tendo (apenas) por base "folhas de cálculo", até porque não existe fórmula para contabilizar ou quantificar o valor desta forma de Benfiquismo."

Vitória e liderança reforçada...

Sporting 0 - 1 Benfica
Jessica


Finalmente, uma vitória num dérby... foi pena o penálty desperdiçado já nos descontos!!! 0-2 tinha sabido melhor!!!
Estratégia diferente, após a perda de bola, baixámos as linhas, não pressionamos alto, a nossa linha defensiva jogou muito perto da nossa área, demos a iniciativa ao Sporting, anulando assim, o espaço que normalmente existe entre a nossa linha defensiva e a Leté, que o Sporting, principalmente através da Diana é especialista em aproveitar...!!!
Grande jogo da Pauleta e da Andreia Faria... e com a Bia taticamente muito bem!

Estamos bem encaminhadas, mas cuidado com o Famalicão, muito provavelmente o adversário que nos vai dar mais trabalho!


PS: Parabéns à Selecção Nacional de Futsal pelo bicampeonato Europeu de Futsal, principalmente aos nossos André Sousa e Afonso Jesus...
Realce para o também muito bom campeonato do Chishkala... O Robinho acabou por se lesionar...

Regresso às vitórias...

Benfica 1 - 0 Braga


Regresso ao Seixal, regresso às vitórias, depois de uma derrota e um empate, mantendo a liderança...
Grande golo do Gerson... mas a equipa já rendeu mais!

Não sei do que estão a falar, mas discordo


"Chega a parecer pavloviana a forma como, por parte de algumas pessoas com espaço na comunicação social, são entendidas e abordadas algumas das temáticas do futebol. O mercado de inverno é um bom exemplo.
Anos há em que movimentações nesta janela de transferência são, num sentido, reveladoras de falta ou de mau planeamento da época, apostas em jogadores sobrevalorizados ou excedentários por alguma razão, noutro, um recurso para colmatar problemas de tesouraria e/ou compor ou mesmo disfarçar uma gestão deficitária.
Mas outros anos há em que as compras são reveladoras de acutilância negocial, scouting esmerado e poder financeiro, sendo que as vendas se enquadram na resolução antecipada de eventuais problemas futuros, propostas irrecusáveis.
Chamem-me faccioso ou conspirativo, mas cá para mim a variável determinante nestas oscilações opinativas reside, sobretudo, na actuação benfiquista. O Benfica faz uma coisa, a reacção é uma. O Benfica faz outra, a reacção é outra, quais cães amestrados a babarem-se pelo biscoito da crítica ao Benfica em função do momento.
Neste âmbito, acaba por ser indiferente se o Benfica, numa janela de transferências concretas, procedeu mal ou bem. Ou se procedeu mal ou bem de acordo com o contexto ou com o encontro ou desencontro entre oportunidades de mercado e necessidades identificadas. Abram-se os cordões à bolsa, fechem-na a sete chaves, gaste-se todo o  dinheiro, se possível adiantado do século seguinte, poupe-se, que é essencial, venda-se já, recuse-se toda e qualquer proposta por inútil que seja o jogador, enfim, já ouvimos e lemos de tudo.
Pois eu tenho uma opinião formada há anos e não a mudo. Defendo que se deve estar sempre predisposto a comprar ou vender atletas seja em que altura for e sem olhar a quem, assim o binómio financeiro-desportivo saia reforçado.
Passe o jogo de palavras já é tempo de as opiniões troca-tintas sobre janelas de transferências (e outros assuntos) serem defenestradas. Já não há paciência."

João Tomaz, in O Benfica

Remédio santo


"Já cansa, esta coisa de não haver jogo sem que a equipa principal de futebol do Sport Lisboa e Benfica seja prejudicada. São os foras de jogo posicionais, as cargas sobre os nossos defesas, os puxões aos nossos avançados dentro da área contrária, os amarelos e vermelhos que ficam por mostrar, as grandes penalidades que, a nosso favor, não merecem sequer a análise míope do VAR. Cansa mesmo.
Como adepto, sinto que entro para cada jogo com uma nuvem pesada por cima. Basta o árbitro apitar para o início da partida, e fico logo com a sensação de que algo de estranho se vai passar. Primeiro são as faltas não marcadas e meio-campo, depois é a complacência com o anti-jogo, seguem-se as leis da vantagem, a intensidade do contacto físico e, sem darmos por isso, conseguem encostar-nos às cordas com livres à medida do freguês ou do alcance de decibéis do adversário que teatraliza no relvado. Cansa tudo isto.
O Glorioso, através dos seus profissionais de futebol, só tem um caminho pela frente: jogar mais. Não é apenas aumentar a qualidade das exibições, apesar de esse passo também ser importante. Jogar mais é jogar mais do que os adversários: chegar primeiro, entrar mais forte, pensar mais rápido, aproveitar a qualidade e a criatividade, não ficar refém de esquemas táticos fáceis de desmontar. Se jogarmos mais e melhor do que os nossos adversários, se marcarmos mais golos, se formos mais eficazes, os consecutivos problemas da arbitragem têm tendência e desaparecer.
Num jogo de aflitos, com um golo solidário, qualquer erro (nosso e da arbitragem) pode ser a diferença entre zero, um ou três pontos. Num jogo desnivelado, onde toda a qualidade e excelência que são pedidas a quem veste de vermelho são postas em prática, não há forma de nos prejudicarem. Muitos destes jogadores já provaram em campo serem, como equipa, melhores do que todos os adversários. Está na hora de o fazerem novamente. No mínimo, têm, de tentar."

Ricardo Santos, in O Benfica

Rebenta a bolha, Mística!


"Como é natural, neste momento as atenções benfiquistas estão completamente centradas num desafio crucial para esta época: o Benfica B - Casa Pia de logo ao final da tarde. Campeonatos nacionais já são 37, e taças de vencedor da Segunda Liga ainda não há nenhuma, portanto não me choca que coloquemos aqui as fichas todas. Compreendo que não tenhamos ido às compras no mercado de inverno, porque a equipa que comanda e segundo escalão tem dado conta do recado. Ao contrário daquilo que se possa pensar, a aposta no Seixal não deixou de ser uma realidade, tem é sido feita pela equipa B, uma vez que temos um espaço por preencher no Museu Cosme Damião.
Ver o Benfica a perder por quatro vezes em quatro jogos realizados com o FCP e o SCP no espaço de dois meses é um sintoma que não deixa margem para dúvidas: não sei qual é o nome desta nova variante de covid que leva o maior clube do mundo a ser incapaz de fazer frente a estes dois adversários, mas é muito importante que a Pfizer se chegue à frente para fornecer uma vacina que seja rapidamente administrada anos nossos jogadores. Depois da quebra no campeonato, a eliminação da Taça de Portugal e a derrota na Taça da Liga, é bom que a nova medicação fique disponível porque daqui a uns dias temos os oitavos de final da Champions com o Ajax e temos de nos proteger a tempo para evitarmos a quarta dose.
No passado sábado, mal terminou o dérbi, percebi que aquele dia era, de facto, de reflexão. Mas já se passou uma semana e ainda continuo a reflectir. Acho que continuamos todos. Adeptos, jogadores, equipa técnica, direcção, funcionários: depende de todos devolver a maioria absoluta à mística dentro do Benfica."

Pedro Soares, in O Benfica

Bancadolândia


"Num sopro, já estamos em Fevereiro, o mês do 'F', de feminino. A propósito do género, e também de outro 'F', de futebol, é natural e normal que se olhe para os jogos das Inspiradoras do Benfica, seja em que frente competitiva for, somente com uma ideia no pensamento: ter sucesso. A ambição e a perseguição constante do êxito são elementos inalienáveis do ADN da equipa, germinam das raízes do projeto, que tem substância para dar muito que contar nos próximos anos.
No coração do colectivo encarnado que defende o título nacional existem diversas valias para os mais variados gostos dos entusiastas na plateia, mas quem aprecia misturas empolgantes como peixão, garra, talento, intensidade, nervo, seguirá travar a vontade de fazer pelo menos meia dúzia de vénias e uma atleta do calibre de Lúcia Alves.
Na nossa imensa bancada, não nos devemos acanhar nem ter pejo: palmas para a atleta, mas também uma vincada ovação que a transformou. Em Junho de 2019, quando ocorreu a oficialização do seu ingresso no Clube, Lúcia Alves foi apresentada como extrema/avançada. Porém, em Setembro de 2020, aprestando então uma taxa de utilização abaixo do expectável, recuou uma casa e voltou ao Valadares Gaia, por empréstimo. Volvidos nem quatro meses completos, em Janeiro de 2021 reentrou no Benfica para andar alguns metros para trás e muitos quilómetros para a frente.
O corpo técnico da equipa feminina de futebol mudou, no Glorioso, e o entendimento sobre as potencialidades da futebolista natural de Paredes também. Surpresa, surpresa foi vê-la, destra, carrilar como defesa-esquerda, uma autêntica locomotiva no flanco, melhorando de jogo para jogo, refinando-se taticamente e projetando-se para um patamar 'inimaginável'.
Aos 24 anos, não cessa de crescer futebolisticamente, de ampliar a sua influência e preponderância nas dinâmicas da equipa que batalha pelo bicampeonato e que nesta época, 2021/22, se estreou nos grupos da Liga dos Campeões (onde Lúcia Alves, foi, não por acaso, a MVP no histórico empate 0-0 frente ao Bayern Munique, na ronda de arranque daquela fase). No meio desse caminho, e como corolário de um trabalho consistente e produtivo, já ascendeu a internacional A de Portugal. Mais uma lição pertinente nos dias que correm: 'desistir' é verbo que não cabe neste dicionário."

João Sanches, in O Benfica

Muito em jogo


"O futebol é o momento. Este é um chavão muitas vezes utilizado, mas que faz todo o sentido sempre que puxamos a memória um pouco para trás.
As épocas são extensas, e é muito raro uma equipa não ter oscilações de rendimento. No fim, ganha quem menos oscila, quem é mais regular.
Estamos no início de Fevereiro. E se recuarmos quatro meses encontraremos um momento em que o Benfica acabara de golear o Barcelona, levava onze vitórias e dois empates em treze jogos, e à sétima jornada liderava o Campeonato com quatro pontos de vantagem sobre os rivais. Tudo eram rosas, e passaram apenas quatro meses.
Entretanto, como se sabe, as coisas correram mal. Perdemos jogos, perdemos pontos, perdemos troféus, perdemos confiança e perdemos estabilidade. Porém, a época ainda não terminou.
Quanto aos pontos e às taças perdidas nada há a fazer. Já a confiança e a estabilidade dependem em parte de nós próprios, e quando falo em nós estou a referir-me a toda o universo benfiquista - dirigentes, técnicos, atletas e adeptos.
É preciso lembrar que estamos no lote das dezasseis equipas apuradas para a fase a eliminar da maior competição de clubes do mundo. E que vamos defrontar um adversário forte, mas não intransponível. Um Benfica igual ao de há quatro meses pode discutir a eliminatória com o Ajax, e ainda escrever uma página de história nesta prova. Não faz sentido lutar tanto para chegar à Champions, vibrar tanto com os apuramentos, e depois esquecemo-nos de que lá estamos.
E quanto ao Campeonato, faltam catorze longas jornadas, com confrontos directos pelo meio. Só em Maio se saberá quem mais oscilou."

Luís Fialho, in O Benfica