sábado, 1 de janeiro de 2022

Lixívia 16


Tabela Anti-Lixívia
Sporting...........44 (+4) = 40
Benfica............37 (-3) = 40
Corruptos.......44 (+7) = 37

Mais uma jornada vergonhosa, mais erros com clara influência nos resultados, a serem totalmente ignorados pela descomunicação social desportiva, com os mesmos de sempre a serem beneficiados!

No Alvalixo, expulsão perdoada ao Paulinho, que após este lance, marcou um hat-trick...!!! Sendo que nos protestos pela não expulsão do Lagarto, o capitão do Portimão ainda levou Amarelo, pouco depois viria o 2.º!!!
A perder por 0-1, com 10 jogadores, nunca o Sporting faria a remontada...!!!

No Dragay, mais do mesmo: 1.º golo dos Corruptos, antecedido de Braço na Bola, com o árbitro e o VAR 'calados'!!!
Penalty claro sobre o Everton: quando o nosso extremo ia cabecear a bola, é totalmente albarroado pelo adversário...
No resto do jogo, o habitual critério disciplinar amplo para uns, apertado para outros! Com a expulsão do Almeida, imediatamente a seguir ao 2-1, numa jogada a meio-campo, que nunca, repito, nunca, daria 2.º Amarelo a um jogador dos Corruptos...
Este é dos tais jogos, onde é muito complicado perceber a influência do apito no resultado final, pois muito provavelmente, sem o tal golo ilegal, não teria havido o 2.º golo dos Corruptos, poucos minutos depois, quando o Benfica ainda não tinha digerido o 1.º!!! Já para não falar no 3.º golo, numa altura onde o Benfica com 10, corria atrás do marcador, e arriscava na frente...!!!

A questão do comunicado do Benfica, é uma daquelas situações onde se é criticado, porque sim!!! Se nada tivesse sido dito, haveria criticas; dizendo alguma coisa, também sempre haverá criticas!!!
O silêncio logo a seguir ao jogo, até pode-se justificar com as multas e potenciais castigos, pois podem ter a certeza que jogadores e treinadores do Benfica, seriam castigados sem dó nem piedade...
Mas, neste momento além da corrupção propriamente dita, existe uma pressão comunicacional em cima dos apitadeiros: qualquer erro 'contra' os Corruptos ou os Lagartos, o árbitro será crucificado em público; qualquer erro favorável ao Benfica, também serão crucificados; mas ao contrário, nada se passa...!!!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Moreirense(f), V(1-2), V. Ferreira(Godinho), Prejudicados, Sem influência
2.ª-Arouca(c), V(2-0), Mota(Malheiro), Prejudicados, (3-0), Sem influência
3.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida(Nobre), Prejudicados, (0-3), Sem influência
4.ª-Tondela(c), V(2-1), Martins(Hugo), Prejudicados, (4-1), Sem influência
5.ª-Santa Clara(f), V(0-5), Rui Costa(Soares Dias), Beneficiados, (1-5), Impossível contabilizar
6.ª-Boavista(c), V(3-1), Hugo(Vasco Santos), Prejudicados, Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
7.ª-Guimarães(f), V(1-3), Godinho(Narciso), Prejudicados, (1-4), Sem influência
8.ª-Portimonense(c), D(0-1), Veríssimo(L. Ferreira), Nada a assinalar
9.ª-Vizela(f), V(0-1), Godinho(L. Ferreira), Prejudicados, (0-2), Sem influência
10.ª-Estoril(f), E(1-1), Pinheiro(Esteves), Prejudicados, (0-1), (-2 pontos)
11.ª-Braga(c), V(6-1), Soares Dias(Hugo), Nada a assinalar
12-ª-B Sad(f), V(0-7), Mota(V. Santos), Nada a assinalar
13.ª-Sporting(c), D(1-3), Soares Dias(Hugo), Prejudicados, (2-3), Impossível contabilizar
14.ª-Famalicão(f), V(1-4), Hugo(Narciso), Prejudicados, Sem influência
15.ª-Marítimo(c), V(7-1), Nobre(Hugo), Nada a assinalar
16.ª-Corruptos(f), D(3-1), Hugo(Martins), Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)

Sporting
1.ª-Vizela(c), V(3-0), Nobre(Almeida), Beneficiados, Sem influência
2.ª-Braga(f), V(1-2), Godinho(Hugo), Nada a assinalar
3.ª-B Sad(c), V(2-0), M. Oliveira(V. Santos), Nada a assinalar
4.ª-Famalicão(f), E(1-1), Veríssimo(Godinho), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
5.ª-Corruptos(c), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (3-1), (-2 pontos)
6.ª-Estoril(f), V(0-1), Martins(Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Marítimo(c), V(1-0), Pinheiro(Hugo), Nada a assinalar
8.ª-Arouca(f), V(1-2), Rui Costa(M. Oliveira), Nada a assinalar
9.ª-Moreirense(c), V(1-0), V. Ferreira(L. Ferreira), Nada a assinalar
10.ª-Guimarães(c), V(1-0), Rui Costa(V. Santos), Nada a assinalar
11.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Godinho(V. Santos), Nada a assinalar
12.ª-Tondela(c), V(2-0), Hugo(L. Ferreira), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
13.ª-Benfica(f), V(1-3), Soares Dias(Hugo), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
14.ª-Boavista(c), V(2-0), Almeida(V. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
15.ª-Gil Vicente(f), V(0-3), Martins(Pinheiro), Beneficiados, (1-3), Impossível contabilizar
16.ª-Portimonense(c), V(3-2), Nobre(Malheiro), Beneficiados, (0-2), (+3 pontos)

Corruptos
1.ª-B Sad(c), V(2-0), Correia(Mota), Nada a assinalar
2ª-Famalicão(f), V(1-2), Almeida(Narciso), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Marítimo(f), E(1-1), Pinheiro(Rui Costa), Nada a assinalar
4.ª-Arouca(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
5.ª-Sporting(f), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Beneficiados, Prejudicados, (3-1), (+1 ponto)
6.ª-Moreirense(c), V(5-0), Nobre(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (6-1), Impossível contabilizar
7.ª-Gil Vicente(f), (V1-2), Soares Dias(Malheiro), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
8.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Mota(Martins), Nada a assinalar
9.ª-Tondela(f), V(1-3), Veríssimo(Rui Costa), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
10.ª-Boavista(c), V(4-1), Martins(Almeida), Prejudicados, Beneficiados, (6-1), Sem influência
11.ª-Santa Clara(f), V(0-3), Rui Costa(Narciso), Beneficiados, Sem influência
12.ª-Guimarães(c), V(2-1), Godinho(Soares Dias), Prejudicados, Sem influência
13.ª-Portimonense(f), V(0-3), M. Oliveira(V. Ferreira), Nada a assinalar
14.ª-Braga(c), V(1-0), Nobre(Esteves), Nada a assinalar
15.ª-Vizela(f), V(0-4), Malheiro(L. Ferreira), Prejudicados, Beneficiados, (0-5), Sem influência
16.ª-Benfica(c), V(3-1), Hugo(Martins), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Pinheiro - -2
Esteves - -2
Hugo - -1
Martins - -1

Sporting
Nobre - +3
Malheiro - +3
Martins - +2
Esteves - +2
Veríssimo - +1
Godinho - +1
Almeida - -2
Pinheiro - -2

Corruptos
Almeida - +3
Narciso - +2
Soares Dias - +2
Malheiro - +2
Hugo - +2
Martins - +2
Pinheiro - +1

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Hugo - 3
Godinho - 2
Mota - 2
Soares Dias - 2
V. Ferreira - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Rui Costa - 1
Veríssimo - 1
Pinheiro - 1
Nobre - 1

Sporting
Rui Costa - 2
Godinho - 2
Almeida - 2
Martins - 2
Nobre - 2
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Hugo - 1
Soares Dias - 1

Corruptos
Almeida - 2
Nobre - 2
Malheiro - 2
Correia - 1
Pinheiro - 1
Soares Dias - 1
Mota - 1
Veríssimo - 1
Martins - 1
Rui Costa - 1
Godinho - 1
M. Oliveira - 1
Hugo - 1

VAR's:
Benfica
Hugo - 4
L. Ferreira - 2
V. Santos - 2
Narciso - 2
Godinho - 1
Malheiro - 1
Nobre - 1
Soares Dias - 1
Esteves - 1
Martins - 1

Sporting
V. Santos - 3
Hugo - 3
L. Ferreira - 2
Pinheiro - 2
Almeida - 1
Godinho - 1
Esteves - 1
M. Oliveira - 1
V. Ferreira - 1
Malheiro - 1

Corruptos
L. Ferreira - 3
Rui Costa - 2
Narciso - 2
Martins - 2
Mota - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1
Almeida - 1
Soares Dias - 1
V. Ferreira - 1
Esteves - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Godinho - 2 + 1 = 3
Hugo - 2+ 0 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 2 + 1 = 3
Martins - 2 + 0 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
M. Oliveira - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Pinheiro - 0 + 1 = 1

Corruptos
Rui Costa - 1 + 2 = 3
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Hugo - 3 + 4 = 7
Godinho - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 2 + 1 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Nobre - 1 + 1 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Sporting
Hugo - 1 + 3 = 4
Godinho - 2 + 1 = 3
Almeida - 2 + 1 = 3
Pinheiro - 1 + 2 = 3
V. Santos - 0 + 3 = 3
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Martins - 2 + 0 = 2
Nobre - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 1 + 1 = 2
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 1 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Rui Costa - 1 + 2 = 3
Martins - 1 + 2 = 3
L. Ferreira - 0 + 3 = 3
Nobre - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Mota - 1 + 1 = 2
Soares Dias - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Correia - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Hugo - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores:

Os abraços de Rui Costa


"Numa semana muito turbulenta – demasiado – o Benfica viu-se obrigado a fechar com JJ a sua saída do comando técnico da equipa profissional de futebol. Não pretendo abordar os motivos dessa saída – dado estar consumada – mas realço apenas que mancham a história do Benfica.
Pese embora a forma abrupta como tudo sucedeu, vimos Rui Costa e Jorge Jesus darem a cara após esse acordo de saída do técnico. Considero muito digno esse gesto num momento particularmente difícil para ambos (e também para o Benfica). Dignidade, essa sim, que enobrece o Benfica e a sua história. E seria bem mais fácil emitir um comunicado escrito por assessores.
Após curtas e espontâneas declarações de ambos, Rui Costa e JJ selaram o momento com um abraço. Ao contrário de várias opiniões que escutei, considerei o abraço sentido e revelador de um respeito um pelo outro e pelo Benfica. Há coisas que não se ensaiam, mas é normal que os "velhos do restelo" tenham ali visto uma encenação ou uma farsa. Como se os intervenientes ou o momento fossem propícios a tal.
Como se não bastasse o "ruído" suscitado por esse abraço, mal esperaria Rui Costa que, dias depois, um novo abraço seu provocasse ainda mais reações e "ondas de choque". Refiro-me concretamente ao abraço que deu a Pinto da Costa no camarote presidencial do estádio.
É falar, ler ou percorrer os vários locais de debate benfiquista, para nos apercebermos de uma opinião maioritária sustentando que Rui Costa não deveria ter dado um abraço a Pinto da Costa, por tudo o que isso poderia significar. E, como se diz recorrentemente, por vezes "uma imagem vale mil palavras".
O motivo é evidente: digamos apenas, eufemisticamente, que para qualquer benfiquista, Pinto da Costa simboliza muito do que não aceitamos no futebol (e isso daria um livro).
Concretamente quanto ao abraço, à primeira vista poderia parecer apenas uma atitude educada por parte de Pinto da Costa enquanto bom anfitrião. Isso seria plausível se fosse outro o interveniente. Contudo, no caso concreto, acredito que foi um abraço "envenenado" por parte de quem se sente confortável espalhando conflito nos rivais.
Pinto da Costa, com as câmaras a postos, foi ter com Rui Costa e claramente provocou esse abraço, convenientemente captado pelas câmaras.
Fez isso porque sabia que Rui Costa, enquanto pessoa educada, não o deixaria "pendurado" e porque sabia também que as imagens desse abraço seriam capitalizadas para semear discórdia entre os Benfiquistas.
Perante tal situação inopinada, talvez Rui Costa pudesse ter usado o pretexto da covid-19 para não abraçar Pinto da Costa (tendo até em conta a sua idade) e ficar-se por um aperto de mão.
Não o fez e consumou um abraço que, em qualquer outro contexto, seria um gesto de mera cortesia. Infelizmente comprova-se que no dragão não se pode baixar a guarda por um momento, nem sequer no camarote. E tendo-o feito, Rui Costa errou.
Contudo, perante mais esta rasteira que o nosso rival nos tenta fazer, importa que nos mantenhamos unidos. E não caiamos na esparrela ardilosamente montada para criar crispação no Benfica.
Não duvido do benfiquismo de Rui Costa (acho que ninguém duvida) ou da percepção que certamente tem acerca de Pinto da Costa. Desta forma, perante o sucedido, é confiar que Rui Costa estará mais preparado para as rasteiras que lhe tentarão fazer (e ao Benfica) - agora - fora de campo e que tem tarimba para presidir aos destinos do Glorioso.
Perante toda esta situação, vem-me à memoria as palavras de um grande benfiquista infelizmente hoje a seguir o Glorioso do "quarto anel": "sinto-me do Benfica quando ganho, mas ainda me sinto mais Benfiquista quando perco".
Tendo esta ideia como mote, e sendo enorme a devoção e paixão do adepto benfiquista, é altura de fazermos jus ao nosso lema e estarmos unidos. Especialmente após este "annus horribilis" para o Benfica.
Acredito assim que Rui Costa precise de dar mais um abraço neste início de ano: um abraço a todos os benfiquistas, o qual seja por um lado agregador e que simbolize a união no Benfica e, por outro lado, demonstrativo de determinação e real capacidade para liderar o Benfica rumo ao sucesso, evitando assim que a semente da dúvida se instale na mente (e coração) dos benfiquistas."

Desilusão


"Agora há muitos que se acotovelam para liderarem o pelotão dos que relembram o seu desacordo quanto ao regresso de Jorge Jesus ao Benfica ou renegaram, por cinismo ou esquecimento, a sua concordância aquando da contratação. Não pertenço a nenhuma das tipologias.
Na altura fiquei entusiasmado, apesar de nunca ter sido um admirador da personagem pública Jorge Jesus. Concordei com os pressupostos do regresso: inegável bom percurso anterior no Benfica, complementado com maior experiência e enorme sucesso no anterior clube, o Flamengo. Discordei dos que agoiraram o passo dado em função de uma ideia supostamente verdadeira - não se dever regressar a uma casa onde se foi feliz - pois sobejam exemplos, mesmo no Benfica, que a contrariam, vide Otto Glória ou Eriksson.
Mas a época do regresso de Jorge Jesus foi desapontante. Houve, porém, acontecimentos extrafutebolísticos que justificaram, pelo menos em parte, os mais resultados e o futebol pouco entusiasmante. Faltava aferir em que medida esses acontecimentos prejudicaram o rendimento da equipa, mas em alguma medida certamente o fizeram.
É esta época, sobretudo caracterizada pela inconsistência, em que resultados muito bons constataram com desilusões gritantes, veio exacerbar a análise crítica do que se passara no ano anterior do ponto de vista estritamente futebolístico, fomentando um ambiente cada vez mais impropício para a continuidade do treinador. Acresce a sensação, verdadeira ou falsa, de que os próprios jogadores já não acreditavam que poderiam ganhar títulos com aquele líder da equipa, o que, na minha opinião, é geralmente o que define a irreversibilidade do adeus de um treinador.
Chegados a este ponto, centremo-nos no mais relevante: ainda há muito por conquistar nesta época. Confio que saberemos ultrapassar esta fase e que rapidamente voltaremos ao trilho do sucesso. Se não foi ainda nesta temporada, que se aproveite para aumentar as possibilidades de ser na próxima."

João Tomaz, in O Benfica

Um ano para digerir


"Não foi o ano que desejávamos em termos de futebol masculino do Sport Lisboa e Benfica. Os resultados não estiveram ao nível da qualidade do plantel e de quem o dirige. Às vezes, é mesmo assim, em especial quando se está numa modalidade tão singular como esta. Em especial em Portugal, onde o que se passa fora dos relvados é mais importante que o desporto em si. Não vale a pena fingirmos que não é, porque é.
Até horas de emissão de televisão e rádio, as páginas de jornais impressos e online, as caixas de comentários, a blogosfera, todos estes meios - com honrosas exceções - dão muito mais relevância ao jogo sujo, às tricas, castigos, contratações, erros de arbitragem, declarações polémicas, tribunais e investigações do que a golos de bandeira, rabonas, trivelas, carrinhos no último minuto, defesas impossíveis e jogadas a roçar a perfeição.
O que interessa - o que vende - é o sangue, a discussão, o acirrar de posições. E se o Sport Lisboa e Benfica estiver metido ao barulho, tanto melhor. Neste campo, tal como no número de adeptos, presença geográfica ou lucros de merchandising, não haja dúvidas: o Benfica é maior do que Portugal. E vai continuar a sê-lo em 2022.
O ano que entra é novo, mas a época desportiva vai a meio, e ainda há muito para fazer a disputar. Já não estamos em todos as frentes e não dependemos apenas de nós, mas enquanto adeptos temos de sentir que, no campo, a vontade é maior que a de quem está na bancada e no sofá. Nunca dizemos que não, e estamos sempre lá a puxar pela equipa, mas, deste plantel - e de todos os outros, passados e futuros -, aquilo que esperamos é que também puxe por nós. Com garra, com vontade, com inteligência, astúcia, malandrice sempre que for preciso, com a excelência que estes jogadores e equipa técnica já mostraram em tantas outras ocasiões. É só isso. Excelência. Isto é o Sport Lisboa e Benfica."

Ricardo Santos, in O Benfica

Bancadolândia


"Contorno as teorias das maldições, mas tenho as minhas fezadas. Uma? Há anos que aposto nos mesmos sete números no Euromilhões. A sorte tem sido regular no bordejar da chave, que, no entanto, continua comigo e, juntos, seguimos no domínio da pseudocrença, até ao dia em que, talvez, quem sabe.
No que acredito, sobretudo, é no trabalho e nos seus (potenciais) frutos. Virando a página do calendário, entramos em 2022 e, ao fazê-lo, é na transposição da porta virtual que replicamos votos disto e daquilo, que recriamos desafios e objectivos, que renovamos esperanças e plantamos cogitações pensando no amanhã. Da bancada onde estamos ou nos imaginamos estar, as perspectivas, como digo, são fáceis de esboçar, mas são ainda mais imediatas e autoritárias quando as evidências, objectivas, nos escoram as conjecturas. Por exemplo, no Benfica Campus, o labor produz talento, cada vez mais vincado na quantidade e na qualidade.
No tecto do Futebol de Formação do SL Benfica, valorizando um processo de selecção, peneira, desenvolvimento e depuração, a equipa B - é assim que a vejo - apresenta-se-nos, ao dia de hoje, como uma espécie de montra que expõe e simultaneamente sujeita a exames contínuos o que de melhor se cria. É neste patamar que, entretanto jogadores feitos e de barba rija, os jovens aspirantes têm de justificar e reivindicar que lhes pertence o tempo que há de vir; é com rendimento e provas de maturidade (e de amadurecimento) como as que vêm dando - a liderança na Liga 2 é justamente isso, uma (boa) consequência e não um misterioso acaso - que darão corpo e força à realidade que fará ruir o chavão, e o futuro será mesmo deles.
Da baliza ao ataque, é todo um contingente B que vemos pugnar pela emancipação e afirmação, de olhos na equipa A, como deve ser, mas há (muitos) mais valores no ascensor ou a caminho dele. Como espectador interessado dele, Como espectador interessado, tenho vários rabiscados no meu bloco de notas mental, e é referenciando apenas alguns desses nomes e semeando a curiosidade assente em expectativas, que me despeço de 2021. André Gomes, João Tomé, António Silva, Hugo Félix, João Neves, Diego Moreira, Luís Semedo e João Resende: que avanços terão na vossa escalada e que oportunidades conquistarão no novo ano civil? Cá estaremos para conferir..."

João Sanches, in O Benfica

Ano zero


"Não ficam grandes recordações de 2021, como aliás, não haviam ficado do ano anterior. Nem para o Benfica, nem para o país, nem para o mundo.
A pandemia continuou - e, teimosamente, continua - a condicionar os nossos dias. Muita gente perdeu a vida, a vida de familiares ou amigos. Muitos ficaram sem emprego, ou sem o seu negócio, e ninguém se escapou de um amargo sentimento de ansiedade que foi corroendo os corpos e as almas, e continua a importunar-nos.
É verdade que já pudemos voltar às bancadas do Estádio da Luz. Mas ainda na da nos garante que as mesmas, um destes dias, não tenham de voltar a ficar despedidas.
Em termos desportivos, o Benfica foi, dos chamados 'três grandes', o clube mais penalizado pela covid-19. Quer pela ausência dos adeptos que, em condições normais, teriam enchido os estádios de norte a sul com o apoio a que a equipa estava habituada, quer pelo próprio vírus que atacou em força o plantel numa fase decisiva da época passada.
Não só mais também por isso, nada ganhámos em 2021. E, sem títulos para podermos falar de sucesso, resta-nos olhar para os apuramentos europeus, primeiro para a fase de grupos e depois para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
Também as restantes modalidades acompanharam um certo cinzentismo, pelo menos no plano interno. A excepção foi o voleibol, que ganhou Campeonato e Supertaça. Já nas competições europeias, além do próprio vólei, também andebol, basquetebol e futsal têm obtido resultados interessantes na recente temporada, que esperamos poder ver sedimentar no futuro imediato.
2021 não foi nada bom, 2022 será certamente melhor."

Luís Fialho, in O Benfica

Razão de ser


"Talvez nunca antes, como nos anos mais difíceis, se entenda tão claramente a razão por que o Benfica criou e mantém uma fundação. A solidariedade é uma expressão máxima, ética e civilizacional de cooperação que permite à espécie humana viver e prevalecer, para o bem e para o mal, sobre todas as outras neste planeta azul a que chamamos a nossa casa comum. A espaços o jogo cruel da evolução, tal como o entendemos hoje, faz sobrevir novas ameaças globais, tantas vezes mortíferas. A espaços, também, convocamos o melhor de nós e trazemo-lo à luta da frente, seja pelo engenho humano da ciência e da tecnologia, seja pela vontade, pela união e pela resiliência que nos caracteriza.
É no domínio da vontade que se afirma a importância do futebol e da sua obra social, ao galvanizar a energia que move multidões, canalizando-a para a acção em prol do bem comum. É sobretudo disso que se trata o trabalho da fundação, como e sobretudo nisso que assentam os seus resultados: num Benfica com uma massa adepta imensa e numa ideia de Clube solidário que radica nos valores da primeira hora.
Fazemos muito. Faremos ainda mais! Tal é a razão de ser com que o Benfica nos deu à Luz!
Que venha de lá 2022!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"6
Veríssimo volta a ser chamado a liderar a equipa A do Benfica. Na vez anterior, após a saída de Bruno Lage, dirigiu a equipa em 6 jogos, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Uma diferença relevante em relação à anterior passagem pelo cargo é a de que, desta vez, tem a experiência de ter comandado, com muito sucesso, a equipa B, antes fora adjunto de Lage. Realce para o excelente campeonato que a equipa B está a fazer, em que, à 15.ª jornada, liderava a prova com 4 pontos de avanço, fruto da maior pontuação de sempre do Benfica na II Liga até essa jornada (33 pontos, 10 vitórias, 3 empates);

18
Pizzi completou 356 participações em 'jogos oficiais' pelo Benfica, igualando o registo de Cruz. É agora o 18.º com mais jogos de sempre de águia ao peito em competições oficiais. A glória imediatamente acima nesta lista é Costa Pereira, com 366 partidas. Nestes 356 jogos marcou 94 golos, é o 23.º mais concretizador, com os mesmos golos que Simão, o 22.º:

300
André Almeida atingiu a marca dos 300 jogos em competições oficiais pela equipa de honra do Benfica. É o 31.º a chegar às centenas, e faltaram-lhe 15 partidas para ser o 25.º, a par de Diamantino, neste ranking. É o 5.º com mais jogos na actual Estádio da Luz. No ranking de 'jogos oficiais' seguem-se, no actual plantel, Grimaldo, com 228 (52.º), e Rafa, com 210 (58.º);

408
Chegou ao fim a segunda era Jorge Jesus no banco benfiquista. Orientou a equipa em 408 jogos de competições oficiais, o máximo entre os treinadores da equipa de honra de futebol do Clube - 69,12% de vitórias (282), 15,44% de empates (63), considerando vitórias ou derrotas os jogos com desempate nos penáltis; 2,10 golos marcados por jogo, 0,81 golos sofridos por jogo)."

João Tomaz, in O Benfica