sábado, 1 de janeiro de 2022

Ano zero


"Não ficam grandes recordações de 2021, como aliás, não haviam ficado do ano anterior. Nem para o Benfica, nem para o país, nem para o mundo.
A pandemia continuou - e, teimosamente, continua - a condicionar os nossos dias. Muita gente perdeu a vida, a vida de familiares ou amigos. Muitos ficaram sem emprego, ou sem o seu negócio, e ninguém se escapou de um amargo sentimento de ansiedade que foi corroendo os corpos e as almas, e continua a importunar-nos.
É verdade que já pudemos voltar às bancadas do Estádio da Luz. Mas ainda na da nos garante que as mesmas, um destes dias, não tenham de voltar a ficar despedidas.
Em termos desportivos, o Benfica foi, dos chamados 'três grandes', o clube mais penalizado pela covid-19. Quer pela ausência dos adeptos que, em condições normais, teriam enchido os estádios de norte a sul com o apoio a que a equipa estava habituada, quer pelo próprio vírus que atacou em força o plantel numa fase decisiva da época passada.
Não só mais também por isso, nada ganhámos em 2021. E, sem títulos para podermos falar de sucesso, resta-nos olhar para os apuramentos europeus, primeiro para a fase de grupos e depois para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
Também as restantes modalidades acompanharam um certo cinzentismo, pelo menos no plano interno. A excepção foi o voleibol, que ganhou Campeonato e Supertaça. Já nas competições europeias, além do próprio vólei, também andebol, basquetebol e futsal têm obtido resultados interessantes na recente temporada, que esperamos poder ver sedimentar no futuro imediato.
2021 não foi nada bom, 2022 será certamente melhor."

Luís Fialho, in O Benfica

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