terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Dois gigantes


"Quando a Santa Casa foi fundada em 1498, Vasco da Gama festejava a descoberta do caminho marítimo para a Índia. Desde então Portugal empreendeu toda a epopeia dos descobrimentos. Camões imortalizou-se em verso, ergueram-se bandeiras em terras de quatro continentes, achou-se e deu-se a independência ao Brasil, passaram três invasões napoleónicas, uma guerra civil fraticida, o ultimato inglês, o regicídio e a queda da monarquia, a proclamação da república, a Primeira Guerra Mundial, a Guerra Civil de Espanha, o Estado Novo, a Segunda Guerra Mundial, o advento dos anos 60 e o 25 de Abril que nos trouxe a democracia em que vivemos em plena União Europeia no século XXI.
Pelo meio ficou o fim de um mundo rural marcado por monarquias absolutas, os avanços filosóficos e científicos do iluminismo e a Revolução Industrial inteira com a invenção, já no século XX, no Estado social. Um século de importância capital na história da humanidade, o século do Benfica, que acompanhou toda a história contemporânea de Portugal, a descolonização e a globalização deste pequeno país sempre aberto ao mar e ao mundo.
Porque trago aqui quinhentos anos de história a propósito de um simples protocolo? Porque, quando se juntam duas instituições com esta dimensão e importância histórica e social, faz-se Portugal. E quando Portugal se faz com Benfica, só podem acontecer coisas boas!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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