terça-feira, 29 de novembro de 2022

Uma taça para ganhar


"A ideia de encaixar a fase de grupos da Taça da Liga durante o Mundial tem vantagens e desvantagens.
Para os jogadores que não foram ao Catar é importante manter o ritmo competitivo. Esta é também uma oportunidade para os menos utilizados poderem mostrar-se ao treinador e aos adeptos. Por outro lado, ao subtrair a Taça da Liga e as suas principais equipas de alguns dos seus melhores elementos, está-se irremediavelmente a desvalorizar a competição. E a Liga deveria ser a última entidade a fazê-lo.
Os quadros competitivos portugueses (e não só) carecem de uma profunda reflexão e reformulação. Ela deveria começar por um corte substancial no número de clubes na primeira liga, concentrando recursos naqueles que efetivamente têm dimensão histórica, económica e demográfica para lá estar. Como os perus não votam a favor do Natal, podemos esperar sentados até que essa redução venha a ser, um dia, concretizada. Nesse ponto, a pandemia foi uma oportunidade única.
Outro aspecto obtuso é o fecho do mercado já com as competições em curso - coisa com a qual aparentemente ninguém está de acordo, mas que, à semelhança de outras, prevalece sem se saber porquê.
Contrariando esta tendência conservadora, a Taça da Liga tem sido objecto de inúmeras alterações do formato, sem que lhe tenham trazido, diga-se, qualquer beneficio substancial.
É uma prova jovem, bonita, que deve ser preservada e valorizada. Se outros não o fazem, façamo-lo nós. A verdade é que o Benfica sempre a encarou com a máxima seriedade. Ganhou várias edições. É recordista de triunfos.
E também já é tempo de voltar a ganhá-la."

Luís Fialho, in O Benfica

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