Derrota...

Sporting 31 - 29 Benfica
(14-13)

Jogo quase sempre equilibrado, com o Benfica a perder o jogo à entrada da ponta final, com alguns erros desnecessários no ataque, que não conseguimos retificar... Este jogo era decisivo para as nossas aspirações, e assim sendo...!!!
Neste momento temos equipa em condições normais de ganhar a este Sporting, hoje, com o Kukic em campo, não tínhamos cometidos aqueles erros no final (lesão logo no início da partida!), e estou a dar de barato todos os outros erros no resto da jogo, principal nos ataques rápidos...
Na minha opinião, com um Petar no 'outro lado' que também consiga defender, e temos equipa para lutar com os Corruptos! Mesmo ficando muito provavelmente no terceiro lugar (novamente), melhorámos, mas não foi o suficiente...

250 vitórias


"Jorge Jesus atingiu esta semana, com o triunfo benfiquista sobre o Marítimo, um marco importante no seu assinalável percurso à frente da equipa de honra de futebol do Sport Lisboa e Benfica.
A 250.ª vitória do nosso treinador ao serviço do Benfica em competições oficiais nacionais e internacionais, excluindo as três conseguidas após o desempate na marcação de pontapés da marca de grande penalidade (além de duas na Taça de Honra da AFL), foi obtida na sequência de outras cinco, sem quaisquer golos sofridos, naquele que está a ser um dos melhores períodos da equipa na presente temporada.
Na sétima época na Luz, Jorge Jesus contribuiu para a conquista benfiquista de 3 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal, 5 Taças da Liga e 1 Supertaça, totalizando 10 troféus oficiais, um pecúlio só superado no Clube, considerando também as provas regionais, por Cosme Damião, com 11.
Na temporada de estreia no Clube, o título nacional surgiu após 15 épocas em que nos sagrámos campeões apenas uma vez. O Benfica haveria de festejar mais dois títulos de campeão nacional com Jorge Jesus, conseguidos em épocas consecutivas, um feito que já não acontecia há 31 anos.
Merece também destaque o regresso a uma final europeia, em 2013, repetida na época seguinte, passados 23 anos da última presença benfiquista no jogo derradeiro de uma competição continental.
O nosso treinador é o mais experiente entre os líderes de equipas na Liga NOS, ocupando a terceira posição no ranking dos treinadores com mais jogos no Campeonato Nacional. Faltam-lhe 21 para igualar Manuel Oliveira e 47 para superar Fernando Vaz.
Os três títulos nacionais conquistados colocam-no a par, no Benfica, de Janos Biri, Jimmy Hagan e Sven-Göran Eriksson, faltando-lhe um para se juntar a Otto Glória na liderança do ranking dos treinadores mais vezes campeões de águia ao peito.
Que Jorge Jesus continue a acrescentar muitas vitórias, títulos e troféus pelo Benfica ao seu currículo pessoal, é o que todos desejamos.
De Todos Um, o Benfica!"

Diferentes formas de viver uma paixão


"Um escusava-se a assistir, o outro fazia de tudo pelo melhor lugar

Em 1960, o Benfica era, indiscutivelmente, uma das equipas que melhor futebol praticava na Europa, o que suscita o interesse dos amantes do desporto-rei e, principalmente, dos benfiquistas. O Clube contava com uma legião de adeptos, e as assimetrias entre si faziam com que alguns se destacassem: pela maneira como se vestiam, como viviam excessivamente as partidas ou pelos rituais que repetiam nos jogos.
Em 10 de Abril, antes de um escaldante Benfica - Sporting, me que as equipas se encontravam separadas por apenas 1 ponto, nos terrenos circundantes do Estádio da Luz, Guilhermino Pires Geraldes distinguia-se dos restantes adeptos. Com cerca de 50 anos, vestia uma 'camisola à Benfica, de cujo peito pendia um emblema do clube, onde estava suspenso, ainda, um pequeno galhardete, com outro emblema do Benfica, de um lado, e o escudo nacional, do outro; a tiracolo, um saco encarnado, com vários emblemas, mas todos da popular colectividade; ao ombro, uma enorme bandeira... do Benfica' oferecida pelo presidente dos encarnados, Maurício Vieira de Brito. Para além da vestimenta, havia um pormenor de maior realce: tinha chegado sete horas antes do início da partida, tudo porque queria 'apanhar um bom lugar'. A ansiedade de assistir ao encontro fez com que não pregasse olho.
O esforço seria compensado com a vitória dos encarnados por 4-3, aumentando a vantagem sobre o conjunto leonino para 3 pontos. O Benfica manteve a distância pontual até ao final da competição e sagrou-se campeão nacional, conseguindo o apuramento para a Taça dos Clubes Campeões Europeus 1960/61.
Com a participação na competição europeia, as distâncias aumentaram, porém não constituiu um problema para Agostinho Paula. Habituado a seguir os 'encarnados' tanto no país como no estrangeiro, já tinha estado em 'Madrid, em Milão, no Rio de Janeiro, em S. Paulo, em Nova Iorque'. Contudo, era conhecido pelos outros sócios por um aspeto inusitado: apesar de viajar com a equipa e de ver os jogadores entrarem em campo, não assistia às partidas, 'ficava na cabina, solitário e a sofrer, acompanhando desenrolar do prélio pelos ruídos que lhe chegavam das manifestações da multidão'. Foi assim que, resguardado na cabina do Estádio Tynecastle, tomou conhecimento da primeira vitória do Benfica na Taça dos Clubes Campeões Europeus, frente ao Hearts.
Mesmo com formas antagónicas, no final dessa época, Guilhermino e Agostinho viriam a viver uma conquista inédita na história do Clube. Saiba mais sobre este percurso, quando se assinalam 60 anos da vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus, na área 12 - Honrar o País no Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Vertonghen e a “linha de três”


"Enquanto aguardamos a contagem dos votos, vamos falar de bola. Ponto prévio: nunca fui um grande entusiasta da táctica dos três centrais — ou se quiserem, a contemporânea “linha de três”. Todavia, face ao que tenho observado dos jogos do Benfica nesta temporada - e mais do que isso, às características dos jogadores -, acredito que é a mais adequada nesta fase.
Jesus referiu há dias algo do género: “hoje em dia o futebol está a mudar, já não podes estar agarrado apenas a um sistema táctico”. Ok, JJ, então a minha questão é: porquê insistir num modelo que funcionou lindamente, há seis anos, Com Jogadores Excepecionais e querer replicá-lo com um quadro de jogadores incapaz de responder ao 4x42?
Não que tenhamos brilhado a grande altura com os três atrás (não brilhámos em rigorosamente momento nenhum este ano), mas parece-me que dadas as características dos nossos jogadores, a equipa fica mais equilibrada e nem por isso menos ofensiva, senão vejamos:
1) os nossos laterais têm muita qualidade ofensiva e são frágeis defensivamente;
2) é impossível jogar com o Taraabt a “8”. É muito giro, cuecas e tal, mas quem se lixa é o Weigl;
3) os nossos “artistas” da linha da frente ficam mais livres para criar, sem terem de estar constantemente a fazer piscinas;
4) Otamendi, Vertonghen e Veríssimo até são dos nossos melhores jogadores;
5) Vertonghen tem sido dos melhores esta época e não merece de todo o banco.
E por hoje é tudo, saudações benfiquistas."

Recorde Mundial !!!


"João Palhinha ou João Impunidade?
42 (!) faltas sem ver qualquer cartão. Só mesmo em Portugal.
No total, são 68 faltas, 5 (?) amarelos e 0 jogos de castigo.
Impressionante."

Unanimidades...!!!


"“Tribunal O JOGO unânime: penálti do Benfica frente ao Marítimo mal assinalado”
Ainda pensámos que fosse montagem, mas depois lembrámo-nos da idoneidade do jornal oficial do #PortoaoColo e confirmamos que não era penálti, segundo o artigo 15º, alínea B), do regulamento de competições da Liga:
“Um pontapé de penálti é concedido à equipa adversária do jogador que cometa uma das seguintes infrações por imprudência, negligência ou com força excessiva, exceto se for o Sport Lisboa e Benfica que não pode ter penáltis a favor”."

Bertolt Brecht e o filho do açougueiro


"Bertolt Brecht escreveu sobre ele: «Al McCoy/O pior dos campeões dos pesos médios/ – Só sabia apanhar/Finalmente, em 1917/Mike O’Dowd mandou para o tapete/Esse crânio de ferro/E arrancou-lhe o título». Quem lê Placa Comemorativa para Nove Campeões do Mundo não deixa de sentir pena por McCoy. E fica com a ideia que O’Dowd lhe arrancou o título de pesos médios como quem lhe arranca um dente.
Nesse dia 14 de novembro de 1917, em Nova Iorque, no Clermont Avenue Rink, O’Dowd só precisou de seis assaltos para deixar McCoy estendido no chão completamente KO. Não se pode dizer que O’Dowd só soubesse apanhar, mas apanhava bastante, isso é certo. Até discutir, aí, o título mundial de pesos médios vinha de uma assustadora série de resultados. Depois de três derrotas seguidas, a primeira frente a Billy Miske e as duas seguintes face a Jack Britton, conseguiu finalmente uma vitória contra o mesmo Britton para, logo a seguir, ser severamente espancado em dois combates contra Kid Lewis. Nada de muito convincente. A questão é que McCoy era McCoy. Quero dizer, tinha defeitos a mais para ser um verdadeiro boxeur.
Para começar, McCoy não nasceu McCoy. Nasceu Alexander Rudolph, em 23 de outubro de 1894 em Rosenhayn, Deerfield Township, New Jersey. Em garoto ajudava o pai a talhar carne no açougue kosher que abriu em Brooklyn, e ensaiava uns movimentos meio desajeitados no ginásio local. Presume-se que o McCoy foi inventado pelo seu manager, Charley Goldman, que queria esconder as suas raízes judias de forma a não criar atritos na família que era contra todos os géneros de violência.
Brecht bem pôde escrever que Al McCoy só sabia apanhar, mas contra números não há argumentos: nos seus primeiros nove anos de carreira realizou 139 combates e venceu-os todos. Também é verdade que, nesse tempo, os combates ganhos aos pontos eram muito desvalorizados, até porque os juízes tinham uma certa tendência para combinar as votações não garantindo o mínimo de equidade e eram, na sua maioria, os repórteres dos jornais presentes que, por vezes, entre o final de um combate e a saída da edição já tinham alterado o nome do vencedor. O povo que ululuva por sangue em redor dos ringues adorava os campeões que deixavam os adversários completamente grogues ou mesmo sem sentidos. A queda de um homem no tapete era a única coisa que contentava tanto os adeptos como os apostadores. 
A raridade dos KO que entraram na lista de vitórias de McCoy buliram, e muito, com a sua popularidade. Brecht não foi o único a embirrar com ele. Al sentia que precisava de um título para se impor num mundo que não tinha muita pachorra para ver os dois competidores chegarem ao gongo final em pé e com as caras pouco amassadas e os sobrolhos intactos. De um dia para o outro, um combate que tinha marcado com Joseph Chip, em abril de 1914, tranformou-se numa possibilidade sem igual. Joseph caiu de cama, doente, e o seu irmão, George, assumiu a vontade de combater pela honra da família. Com a ligeira diferença de que George era o campeão do mundo de pesos médios e o título passou a ser posto em causa desde que Al derrotasse o seu opositor por KO. Algo que não passava sequer pela cabeça de George. Nunca aquele fedelho de 19 anos seria capaz de derrubar uma montanha como ele.
Charlie Godman sabia uma ou duas coisas sobre boxe. Aconselhou o seu rapaz que só teria hipóteses de bater George Chip se atacasse logo desde início, prevendo que Chip, tranquilo nas suas tamanquinhas, quisesse conduzir o combate para uma conveniente distribuição de pontos. McCoy era esquerdino e tinha um estilo muito pouco ortodoxo. Um minuto e 50 segundos do primeiro round decorridos, encolheu-se como se fosse pousar o joelho esquerdo no chão e ergueu o punho com o apoio de toda a força do corpo. O murro acertou em cheio nos queixos de George que rodopiou antes de ficar de borco no tapete. Como ninguém levava Al muito a sério, a sala do Broadway Sporting Club de Brooklyn estava praticamente vazia. O combate não despertara interesse por aí além. Robert Edgren, do Pittsburgh Express, deixou este naco de prosa quase poético: «McCoy’s left fist started somewhere near his knees. He brought it up with all his strength. His body swung upward with the blow as though he had been swinging at a bag. His fist landed fairly on the point of the crouching champion’s unguarded chin». Já o New York Evening World, desprezou a façanha com o cinismo de Brecht: «Tecnicamente, McCoy pode ter ganho o título, mas como campeão é algo de ridículo».
Al encolheu os ombros e esteve-se nas tintas para o que escreveram sobre ele. Pôs o cinturão em jogo por 14 vezes e bateu todos os adversário. O filho do carniceiro manter-se-ia campeão até novembro de 1917. Finalmente, seis assaltos contra O’Dowd extirparam-lhe o título. Foi ao tapete seis vezes. Valeu-lhe um naco de um poema de Brecht..."