sábado, 18 de dezembro de 2021

Melhor a emenda que o soneto


O sorteio dos oitavos-de-final da Champions League podia ter sido bem pior para as nossas cores. Esteve, aliás, em vias de o ser, não fosse um erro grotesco da UEFA ter obrigado a uma humilhante repetição do evento.
Em vez do Real Madrid (que, convenhamos, deixaria poucas esperanças de apuramento), saiu o Ajax, emblema histórico, mas francamente mais simpático que o colosso espanhol.
É verdade que os neerlandeses esmagaram o Sporting em Alvalade na primeira jornada da fase de grupos desta edição. Foram então deificados por uma certa comunicação social cá do burgo, que esticou a retórica até os colocar ao nível de Liverpool e Bayern de Munique, carrascos de FC Porto e Benfica respectivamente. Cá para mim, está por mostrar todo esse reluzente poderio. Se olharmos para a classificação da Eredivisie, vemos na liderança um PSV Eindhoven, que, de resto, já havia ganho 4-0 ao Ajax na Supertaça holandesa, e foi afastado da fase de grupos pelo próprio Benfica.
Como é óbvio, tudo isto deverá ser entendido em parâmetros Champions League, pelo que não devemos esperar facilidades. A eliminatória com o PSV foi duríssima, e o Ajax tem dois ou três jogadores (Tadic, Antony e Haller, por exemplo) que merecem preocupação suprema. O histórico com a equipa de Amesterdão também não nos é favorável: três momentos, três eliminações.
Até finais de Fevereiro muita água vai correr debaixo das pontes. Acredito firmemente que o melhor Benfica - aquele que deu 3-0 ao Barcelona - vá reaparecer, ultrapassar o Ajax e chegar, pela quarta vez neste século, aos quartos-de-final da maior prova de clubes do mundo."

Luís Fialho, in O Benfica

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