sábado, 28 de agosto de 2021

Os mesmo de sempre


"Está interessante este início de campeonato. Ao primeiro empate de um candidato ao título, vem tudo ao de cima. Falo dos mesmos de sempre, claro, o clube que se imagina nacional, mas nem na cidade onde foi fundado consegue a maioria das simpatias. Daqueles que foram a correr inscrever-se no cartão de adepto para fazer boa figura junto do professor incompetente e, afinal, portam-se como aquilo que são: repetentes e sem grandes capacidades de aprendizagem. Enquanto lhes foi permitido somar três pontos, falaram da qualidade de jogo e do grupo 'coeso'. Quando empataram na Madeira - resultado justo em função do que mostraram -, a culpa foi do batatal. E os opinadores foram atrás do logro, deixando para segundo plano jogo jogado. Já pouco se fala de futebol jogado.
Os nove minutos de descontos não chegaram, nem os mergulhos para a piscina ou a ira e o desespero quando viram que, afinal, há árbitros que não apitam sempre a seu favor. Passaram toda a esta semana a chorar e a troçar galhardetes com o presidente do CS Marítimo, mas a fatura já está a ser preparada. Só precisamos de ter calma e continuar a fazer o nosso trabalho, mas atentos. É que, neste fim de semana, recebemos o Tondela na Catedral, e cheira-me que vem aí matéria para análise. Se não for já, aguardem pela viagem do Glorioso aos Açores. O mundo pode ter mudado, e com ele a forma de comunicar, mas no futebol português sabemos sempre com o que contar quando se fala de FC Porto. O modus operandi é o mesmo há 40 anos: protestar, chorar, coagir e indignar-se, como se já não soubéssemos todos o que a casa asta. Os patos continuarão a cair na cilada."

Ricardo Santos, in O Benfica

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