segunda-feira, 22 de junho de 2020

A leveza de um Génio


"Bisou no primeiro jogo pós recomeço, mas foi na segunda partida do Atleti que João Felix “pincelou” com recortes de pura genialidade.
Leveza talvez seja a palavra que melhor se aplica ao jogo do miúdo de, recorde-se, 20 anos."

Mês decisivo

"A Liga NOS caminha rapidamente para o seu final, faltando agora disputar sete jornadas até ao seu epílogo. Será um percurso muito difícil certamente, pois têm sido bem patenteados a qualidade e o empenho de todas as equipas, proporcionando vários resultados, à partida, surpreendentes.
Neste momento, na observância das regras, encontramo-nos no primeiro lugar, porém, caso cheguemos ao final do Campeonato com a mesma pontuação do FC Porto, a vantagem recairá no nosso adversário.
Para sermos bicampeões nacionais teremos de fazer mais pontos que o FC Porto. É com esse objectivo em mente que o nosso plantel trabalha arduamente no Benfica Campus. Um passo de cada vez, colocando o enfoque sempre no jogo seguinte. Agora interessa apenas lutar por um triunfo frente ao Santa Clara (amanhã, terça-feira, às 19h15 no Estádio da Luz) para que possamos somar mais três pontos.
Ao fim de 27 jornadas, a nossa equipa tem 64 pontos, fruto de 20 vitórias, quatro empates e três derrotas. É a equipa mais concretizadora da prova, com 56 golos marcados, e a que sofreu menos golos, 17.
As 20 vitórias alcançadas em 27 jogos constituem-se como uma marca interessante numa perspectiva histórica. Nas 60 edições anteriores do Campeonato Nacional com pelo menos 30 jornadas (desde 1971/72), o Benfica conseguiu um mínimo de vinte vitórias nos primeiros 27 jogos em apenas 17 ocasiões. Na presente época, é a 18.ª vez que o consegue, mas é bem conhecida a relatividade destes dados. O único número que, neste momento, verdadeiramente nos interessa é o 38.
Depois de recebermos o Santa Clara, teremos uma deslocação à Madeira para defrontarmos o Marítimo (29 de Junho, às 18 horas). Seguir-se-á o desafio, na Luz, com o Boavista (4 de Julho, às 21h15). A 9 de Julho, às 21h30, será a vez de visitarmos o Famalicão, para depois recebermos o Vitória de Guimarães, dia 14 de Julho às 21h30. Na penúltima jornada jogaremos na Vila das Aves (21 de Julho, 21h15) e o derradeiro desafio do campeonato será frente ao Sporting (previsto para 26 de Julho). A época será fechada com a final da Taça de Portugal, em princípio no dia 1 de Agosto, em que a nossa equipa tentará conquistar mais um título para o nosso palmarés.
É, sem dúvida, um calendário desafiante, o que reforça a ideia de que todo o nosso foco deverá estar colocado na partida frente ao Santa Clara, por ser o próximo jogo. Foi com essa mentalidade que fomos campeões na temporada passada, é dessa forma que temos de continuar a lutar pelos nossos objectivos.
#PeloBenfica"

Cadomblé do Vata (Santa Clara)

"Objectivos para a recepção ao Santa Clara:
1. Ganhar - por culpa própria estamos numa posição em que os 3 pontos são absolutamente essenciais. Vencer "nem que seja por meio a zero" como diria o genial Quique Flores, que ganhou 1 ponto em 6 possíveis ao Trofense e que só deu a titularidade ao Cardozo, quando já só tinha como alternativas para o ataque o goleador paraguaio e o amuleto mono-menisco angolano.
2. Boa exibição - não quero ser injusto, mas para aí desde a visita a Paços de Ferreira no fim de Janeiro que não metemos 90 minutos à Homem. Em casa arrisco que a última vez foi contra o Famalicão a meio de Dezembro. Ainda a minha mãe não me tinha colocado no sapatinho, as peúgas que trago hoje nos pés
3. Vencer por mais de 1 de diferença - incluindo todas as competições, a última vez que aconteceu foram os 2-0 em Paços de Ferreira. Seria tremendamente patético se o registo na Luz não tivesse que recuar aos 4 secos no Famalicão.Na verdade, nos últimos 40 anos, só aqueles 10 secos aos madeirenses é que foram à Benfica.
4. Um golo de livre directo - se não me falha a memória, este ano só na Supertaça Grimaldo bateu um com tomates peludos lá para dentro. No campeonato atiro o último para um do Jonas nos 10-0 ao Nacional, que foi um tremendo frango. Já vi o Paulo Madeira marcar de livre directo. Porra, não deve ser assim tão difícil.
5. Jogo sem erros do Ferro - gosto do miúdo. Gosto mesmo muito do miúdo. Tem classe na cabeça e talento nos pés. Mas não sei o que bebeu no Reveillon que em 2020 ainda não acertou uma. Começo a temer que mais depressa se encontre vacina para o Covid-19 do que antídoto para a falta de confiança do Chico Ferro."

Modalidades do Benfica: Existe ambição europeia?

"Nos corredores dos pavilhões da Luz - e de acordo com as notícias que têm vindo a público na comunicação social - apenas o Hóquei em Patins e o Futsal, das cinco principais modalidades de pavilhão, irão participar nas competições europeias. Este cenário, a confirmar-se, será um atentado à história e ecletismo do clube.

Andebol Masculino:
A modalidade que maior risco corre com a ausência das competições europeias. O Andebol fez uma razia completa no seu plantel: apenas sete jogadores provêm da época transacta. Todavia, vários jogadores de reconhecida qualidade estão “apalavrados”, e agora, devido a uma incompreensível decisão da direcção, todo o projecto pode ruir ainda antes de se iniciar. Estes jogadores não vêm para Portugal com o sonho de - com todo o respeito que esses clubes nos merecem - defrontar o Boa-Hora, o ISMAI, et cetera. Vêm para jogar nas competições europeias. Se isso, por hipótese, não acontecer, prevemos que alguns possam vir a "roer" os acordos com o Clube, o que seria desastroso para a modalidade.
Neste momento temos um FC Porto bastante competitivo, que tem no seu plantel a base da Selecção Nacional e é uma das 16 melhores equipas da Europa. Como tal, para conseguimos competir com eles, temos de formar uma grande equipa. O Andebol, nos últimos 30 anos ganhou apenas 1 campeonato. Um! Conquistado sob a batuta do malogrado Aleksander Donner, que saiu em 2008. Algo inconcebível para um Clube como o SL Benfica!
Actualmente, só construindo um plantel fortíssimo podemos vir a discutir as competições onde estamos inseridos. Também necessitamos de participar na European Handball League, onde os ritmos competitivos dos jogos internacionais fazem toda a diferença na performance dos jogadores ao longo da época.
Urge começar a encurtar distância para os nossos rivais, nomeadamente o FC Porto, para que o fosso que já existe não se agudizar e ficarmos irremediavelmente fora da luta pelos ambicionados títulos. Esperemos que até segunda-feira, prazo limite para as inscrições, o SL Benfica registe a sua. Caso não o faça, o impacto desportivo dessa medida será desastroso, quiçá, fatal, para a modalidade. 

Voleibol Masculino:
Uma equipa que vem de uma fantástica prestação na Liga dos Campeões, fazendo história, merece, inequivocamente, continuar a ser aposta da direcção. Marcel Matz, pelo trabalho que tem vindo a realizar, conquistou o direito de levar a sua equipa a disputar as competições europeias.
Os tempos que vivemos são difíceis, bem o sabemos. Porém, caso não seja possível participar na Liga dos Campeões - e, também, devido aos custos envolvidos com a montagem do piso, bancada amovível, despesas com publicidade e marketing associados para garantir uma quota de assistência exigida pela CEV -, o mínimo que se requer é a presença na Challenge Cup, onde seriamos considerados um dos candidatos à final da prova.
Jogadores como Hugo Gaspar, André Lopes ou Zelão merecem ter a possibilidade de conquistar um título europeu pelo SL Benfica. Algo que, infelizmente, nos fugiu em 2015.

Basquetebol Masculino:
Todas as equipas que participam nas competições europeias, conquistaram esse direito devido ao seu mérito desportivo. O basquetebol, naturalmente, não é diferente.
Apesar de considerarmos que não existe um verdadeiro projecto nesta modalidade, os embates internacionais são um estímulo fundamental para os jogadores, pois permitem-lhes evoluir e atingir patamar superior em termos de qualidade de jogo. O SL Benfica pode, e deve, fazer melhor neste capítulo.
Com a base de jogadores portugueses que tem, pode, claramente, discutir uma presença entre os quatro melhores da Fiba Europe Cup. Há equipas com orçamentos semelhantes que alcançam essa fase da prova.

Hóquei em Patins Feminino:
Ontem, com o anúncio da nova contratação, Florencia Felamini, tivemos uma grande notícia. Trata-se de uma das melhores jogadoras do mundo e que será, seguramente, uma enorme mais valia para a equipa.
O plantel, neste momento, conta com duas jogadoras do TOP6 Mundial. Foram campeãs europeias em 2015 e finalistas em 2018. Não existem desculpas para não participar nas competições europeias com o historial que já atingimos na competição. E menos ainda quando se trata da única equipa, no que concerne às cinco principais modalidades de pavilhão no Feminino, a representar o SL Benfica a nível europeu.
Depois do que passou com a Taça Intercontinental 2018, em que os dirigentes do Benfica de tudo fizeram para abdicar do direito em participar na prova, não é admissível que volte a acontecer algo semelhante num clube com esta grandeza e que diz estar a viver a sua melhor condição financeira de sempre. Para mais, numa modalidade que pode lutar pelo título europeu "taco-a-taco" contra as melhores equipas. Não se pode apostar numa jogadora que vem de San Juan para a Europa para apenas disputar a - pouco competitiva - Liga Portuguesa.

Futebol Feminino:
Não se percebe a demora por parte da Federação Portuguesa de Futebol em nomear o seu representante para a Liga dos Campeões desta modalidade. O SL Benfica, por todos os critérios e mais alguns, tem de ser o escolhido. E, caso o seja, deve fazer valer o seu direito em participar na prova europeia, apesar das dificuldades pós-Covid19 e pelo limite salarial imposto pela FPF, que não faz o mínimo sentido e que só diminui o Futebol Feminino em Portugal, que estava em franco crescimento.
Devemos participar para começar a ganhar experiência contras as melhores equipas europeias e continuar a consolidar o projecto que se quer que continue a prosperar, vencendo.

Atletismo Masculino:
O Atletismo, na vertente masculina de pista, tem a sido a modalidade mais competente do universo SL Benfica. O grande mérito desse trabalho vai directamente para a Professora Ana Oliveira, uma das poucas pessoas nas modalidades do Clube que tem verdadeira ambição europeia. Ela, mais do que nunca, merece ter a oportunidade de ganhar a TCCE de pista, um troféu que, nos detalhes, nos tem escapado.
Em Agosto irá disputar-se o Nacional de Pista, em Novembro o Nacional de Corta de Mato Longo. O SL Benfica tem equipa para alcançar o triunfo nestas competições e conseguir o apuramento para as Taças dos Clubes Campeões Europeus. Não participar nestas duas provas, com uma eventual desculpa de não haver fundos orçamentais disponíveis, seria uma decisão inadmissível para as reais ambições do clube.

Triatlo:
O Benfica, em 2017, no seu ano de estreia, foi campeão europeu de Triatlo. Depois, em 2018, fez um 3º lugar e, em 2019, um 2º lugar. Por isso, em Outubro de 2020, devemos ter a oportunidade de participar novamente, pois as aspirações de almejar algo grandioso são legítimas.
O SL Benfica tem o melhor leque de triatletas nacionais e tem apostado - nos últimos dois anos - na atleta Katie Zaferes, a N°1 do ranking mundial e actual campeã do mundo, compensando assim a ausência da Vanessa Fernandes. Um quarteto composto por Melanie, Katie, João Silva e João Pereira dá garantias suficientes para disputar a medalha de ouro, por isso, o SL Benfica tem de participar sempre nesta prova, na qual tem reais condições de ser campeão europeu.

Judo Feminino:
O ano passado, em Novembro, participámos pela 1ª vez na Liga dos Campeões de Judo, prova que se realizou em Odivelas. O SL Benfica alcançou o 5º lugar, um lugar, assuma-se sem reservas, aquém das expectativas. Mas isso não deve, de todo, diminuir a nossa ambição e devemos continuar a participar nesta prova com o intuito de a vencer. Com Telma Monteiro, Bárbara Timo, Rochelle Nunes e com os reforços Odette Giuffrida e a Jull Fransen, temos um quinteto de luxo para poder discutir contra as equipas francesas e temos matéria prima para sonhar com o título europeu.
Em jeito de conclusão, as modalidades não podem ser vistas como despesa extra e inconveniente. O SL Benfica tem enormes responsabilidades em várias modalidades e tem que fazer jus à sua grandeza."

Como proteger a mente? O vírus LM

"Terminado o pequeno-almoço, o Treinador Wooden regressou à questão que podia ter comprometido quer o seu comportamento, quer o resultado desse comportamento, quer a forma como se sentia, envergonhado, quer a forma como o jogador se sentia, irritado com aquele comportamento injusto, e perguntou ao Detective Colombo – “afinal que vírus poderá ter-me levado a ter o comportamento que me envergonhou?” (para contextualizar esta questão, sugere-se a consulta do seguinte texto - https://abola.pt/Nnh/Noticias/Ver/841492).
Enquanto o Detective Colombo se preparava para responder, o Treinador Wooden pensava porque esta conversa era importante – “poderia ter um comportamento digno e ajustado, poderia sentir-se orgulhoso de si e poderia tratar os outros com respeito e justiça, evitando um mal-estar geral”. Entretanto, o Detective Colombo perguntou – “Treinador Wooden recorda-se dos seus filhos, quando eram bebés?” Sem estar a perceber a ligação, mas curioso por saber onde a conversa o poderia levar, o Treinador Wooden respondeu – “sim, recordo”. “O que acontecia quando pegava neles ao colo e sorria para eles” – perguntou o Detective Colombo. “Eles sorriam de volta” – devolveu o Treinador Wooden. O olhar de cada um estava nos olhos do outro, parecia que não havia mais nada no mundo, e o Detective Colombo perguntou – “recorda-se de alguma situação em que fazia cara de chateado?” – e perante o acenar do Treinador Wooden, o Detective Colombo continuou – “o que acontecia?” O Treinador Wooden fez uma pausa, recordava os momentos de dar a papa aos filhos, ainda eles não falavam, e fazia diferentes expressões, umas vezes as de chateado, por não estar a conseguir que eles continuassem a comer e respondeu – “eles como que replicavam a minha cara, pareciam chateados”
“Pois bem Treinador Wooden, isso acontece porque existe mais do que a linguagem falada” – começou por dizer o Detective Colombo, que perante o olhar atento do Treinador Wooden continuou – “também, utilizamos a linguagem das atitudes, para comunicar com as outras pessoas”. “Como assim?” – perguntou o Treinador Wooden. “Durante milhões de anos, comunicamos através das expressões corporais, faciais, pelos sons e tons de voz e continuamos a fazê-lo automaticamente, ainda hoje em dia” – disse o Detective Colombo. Depois de um olhar que parecia indicar uma reflexão e que por isso, o Detective Colombo nada disse, o Treinador Wooden prosseguiu – “quer isso dizer que as pessoas também “falam” sem emitirem sons?” – e sem dar qualquer espaço para o Detective Colombo falar, continuou – “já estou a perceber a ligação entre isto e o que se passou naquele jogo. Quando o jogador estava em campo e não estava a dar o seu máximo, aquela atitude estava a “falar” comigo”.
“Boa” – começou por dizer o Detective Colombo e continuou – “essa é uma das partes a ter em conta, quando nos relacionamos com as outras pessoas, a de as suas expressões faciais e corporais e os sons e tons de voz também comunicarem connosco” – e pronta e avidamente, o Treinador Wooden perguntou – “qual ou quais são a ou as outra ou outras parte(s)?”.
Feita uma pequena pausa, o Detective Colombo começou a explorar umas das partes e perguntou – “por que razão é que pensamos que as pessoas estão tristes, quando têm expressões na face em que parecem estar tristes ou pensamos que estão alegres, quando estão a sorrir?” A pergunta não parecia fácil de responder, mas o Treinador Wooden atreveu-se e disse – “porque as nossas atitudes reflectem o que pensamos, como que se fossem espelhos da mente”.
A resposta tinha sido tão profunda que era merecida uma pausa, para ser interiorizada e o Detective Colombo pediu um café 3/4 com canela, como gostava e a seguir, colocou uma nova pergunta – “por que razão é que as nossas atitudes reflectem o que pensamos?”. O Treinador Wooden ficou intrigado, mas procurou responder. Depois de parar e pensar um pouco, disse – “porque acreditamos na nossa capacidade de saber o que as outras pessoas estão a pensar lendo as atitudes das pessoas”. O Detective Colombo esboçou um sorriso e começou a dizer – “a isso chama-se ler a mente” – quando foi interrompido pelo Treinador Wooden.
“Já percebi a ligação, naquele jogo, em que o jogador não estava a jogar com a intensidade que lhe reconhecia e muitas vezes elogiava, naquele momento, eu comecei a pensar que aquele jogador não estava a dar o máximo” – disse o Treinador Wooden, com um olhar que parecia indicar que tinha descoberto algo importante.
O Detective Colombo terminou o café e a seguir disse – “essa é uma das partes a considerar na equação do que eventualmente se poderá ter passado” – e sem mais delonga, o Treinador Wooden perguntou – “qual é a outra parte?”
“Voltemos ao momento daquele jogo, em que é que acreditava naquele momento?” – perguntou o Detective Colombo. “Como assim?” – perguntou o Treinador Wooden. “deixe-me concretizar, por que razão começou a berrar e a repreender aquele jogador?” – perguntou o Detective Colombo. Com um olhar incrédulo, mas disposto a explorar a situação, o Treinador Wooden respondeu – “porque não estava a dar o máximo”. “Por que razão não estava a dar o máximo?” – insistiu o Detective Colombo. Depois de reflectir, o Treinador Wooden respondeu – “porque não queria”.
“Se acreditarmos que as outras pessoas não dão o máximo por que não querem, então quando não estão a dar o máximo, como é que nos sentimos?” – perguntou o Detective Colombo. “Frustrados e irritados” – respondeu o Treinador Wooden e de imediato o Detective Colombo perguntou – “como nos podemos comportar, quando nos sentimos frustrados e irritados?”. O Treinador Wooden começou a ver o quadro geral e disse – “ignorando e ficando chateados ou berrando com os outros” – e depois de uma pausa continuou – “estou a ver a ligação, a atitude do jogador não dar o máximo levou-me a pensar que não estava a dar o máximo por que não queria e isso levou-me a sentir frustrado e irritado e a berrar com ele”. Depois de dar algum espaço para o Treinador Wooden assimilar o que tinha dito, o Detective Colombo perguntou – “o que pensou e como se sentiu, quando o jogador lhe disse que tinha uma entorse e não conseguia correr?”
“Como lhe disse antes do pequeno-almoço (para contextualizar esta questão, sugere-se a consulta do seguinte texto - https://abola.pt/Nnh/Noticias/Ver/841492), pensei que estúpido, como foi possível ter-me comportado daquela maneira, que não era correto estar a repreender uma pessoa por eu pensar que não estava a dar o máximo porque não queria e senti vergonha do meu comportamento” – devolveu o Treinador Wooden e continuou – “percebo que as pessoas também comunicam através das suas atitudes, que acreditamos que as suas atitudes reflectem o que pensam, mas que aquilo que pensamos sobre tudo isso nem sempre corresponde à realidade”.
“Se tivesse verificado a realidade, isto é, por que razão o jogador não estava a dar o máximo, antes de reagir, o que é que tinha descoberto?” – perguntou o Detective Colombo e de imediato o Treinador Wooden respondeu –“tinha chamado o fisioterapeuta, para cuidar do jogador e em momento algum teria berrado com ele, nem teria sentido vergonha, nem irritado o jogador”
“Acreditar que temos a capacidade de ler a mente dos outros com 100% de fiabilidade é uma crença construtiva, útil, razoável, agradável e sensata?” – perguntou o Detective Colombo.
O Treinador Wooden olhou o Detective Colombo e respondeu – “Não” – e continuou – “já descobri um dos vírus da mente, que pode comprometer a forma como pensamos, sentimos, agimos, fazemos os outros sentirem-se e os próprios resultados e que resulta da nossa interpretação da realidade e não da realidade, o vírus Ler a Mente (LM)”.
“Qual poderá ser a alternativa?” – perguntou o Detective Colombo. “Verificar a realidade” – começou por dizer o Treinador Wooden.
Nesse momento, o Treinador Wooden pediu um café e enquanto esperava por ele, começou a pensar na enorme quantidade de situações que como filho, marido, pai, professor e treinador tinha estado aquém do que desejava e queria, por causa do vírus de Ler a Mente, pegou num guardanapo de papel e numa caneta e escreveu – “podemos viver em função das nossas interpretações da realidade, do que penamos que os outros estão a pensar ou podemos verificar se o que estamos a pensar corresponde à realidade e, por baixo, escreveu a letras maiúsculas – Verificar a Realidade”. Estava na hora de ir dar o treino, o Treinador Wooden agradeceu ao Detective Colombo e a caminho dos balneários, pensou como podemos deixar de Ler a Mente dos outros e que outros vírus da mente haveria. Estava curioso e ansioso pela nova conversa com o Detective Colombo."

Estátuas

"A súbita deriva iconoclasta a que temos assistido nos últimos dias, com as estátuas no epicentro da discórdia, dá azo a idiotices, exageros e injustiças da mais variada ordem, não obstante a validade de muitos dos argumentos utilizados e até justeza numa ou noutra situação. De igual modo, tornou-se num manancial para os humoristas, José Pina, dilecto humorista para alguns, adepto sectário para todos, perguntou pela estátua de Eusébio devido a uma fotografia deste com Salazar.
Terá sido, certamente, uma piada em jeito provocatório, mas, quando a Pina, conhecendo-se-lhe inúmeras alarvidades, atoardas e difamações versando o Benfica é legítimo duvidar dos seus propósitos. Inclino-me no entanto, para mais um produto da sua reconhecida veia humorística.
Até porque, se a estátua de Eusébio estivesse mesmo em causa devido a uma fotografia do melhor jogador português de sempre com Salazar, o Sporting, dada a proliferação de figuras proeminentes do Estado Novo nos seus órgãos sociais durante a ditadura, teria de ser extinto.
Basta constatar o currículo dos presidentes dos clubes para se perceber quem teria mais influência nesse período nefasto de Portugal. Com funções relevantes no aparelho fascista houve, pelo menos, Góis Mota, Cazal Ribeiro, Salazar Carreira, Viana Rebelo, Ribeiro Ferreira, Oliveira Duarte e Brás Medeiros no Sporting, e Urgel Horta, Ângelo César, Augusto Pires de Lima, Cesário Bonito e Júlio Ribeiro Campos no FC Porto.
No Benfica, houve Mário Madeira, presidente durante pouco mais de três anos, e com uma diferença significativa em relação aos mencionados acima: foi eleito livre e democraticamente pelos seus consócios, e não por uma assembleia de delegados..."

João Tomaz, in O Benfica

Uma mentira repetida muitas vezes jamais será verdade

"Os estatutos do Sport Lisboa e Benfica conferem a cada Casa do Benfica o direito a 50 votos nas eleições do Clube, desde que à data do acto eleitoral cumpram todos os critérios legais exigíveis. O direito de voto concedido às Casas está consagrado nos estatutos do SLB desde o século passado, muito antes da primeira eleição de Luís Filipe Vieira. Mas, como se tem observado em todas eleições e pelos mais diferentes motivos, nem todas as Casas exercem o seu direito de voto. Em média, participam numa eleição para a presidência do Benfica cerca de 120 Casas (correspondendo a 6000 votos), apesar de as Casas legalmente aptas a poder votar serem cerca de 230 (11500 votos).
Lê-se com frequência, em alguns fóruns benfiquistas, que foi Luís Filipe Vieira quem conferiu às Casas esse direito estatutário, o que, como disse antes, não corresponde à verdade. E diz-se isso para, a reboque dessa falsidade, se espalhar outra grande mentira: a de que tal alteração estatutária teria sido forma maquiavélica 'arquitectada' pelo actual presidente para, mais facilmente, com os votos das Casas, assegurar a sua (re)eleição:
Nada de mais errado. E, para o compreender melhor, basta que façamos um simples exercício: imaginemos que todas as 230 Casas exerceriam o seu direito de voto (o que, como vimos, nunca aconteceu); e, ainda, que todas teriam votado em Luís Filipe Vieira (o que, como é natural de perceber, suponho que também nunca tenha acontecido).
Mas suponhamos que teria sido essa a realidade. Ora, se aos resultados obtidos pelo actual presidente, em cada uma das eleições que disputou, retirássemos a totalidade dos hipotéticos 11500 votos titulados pelas 230 Casas e os atribuíssemos a outro candidato, ou aos brancos/nulos, em 2003 Luís Filipe Vieira teria sido eleito com 84,49%; em 2009 com 8,02%; e em 2012, com 80,55%. Recorde-se que, em 2006 e 2016, Luís Filipe Vieira disputou sozinho as eleições tendo sido eleito com 95,6% e 95,52% dos votos, respectivamente.
Em conclusão: só por desconhecimento, ignorância ou má-fé, acredito, se pode dizer que são as Casas do Benfica que asseguram a eleição do presidente do Sport Lisboa e Benfica.
Do actual, ou de qualquer outro."

Nuno Costa, in O Benfica

Falsos e manipulados

"Na Net não faltam heróis, o pior é na vida real. Vem isto a propósito daquilo a que se tem assistido nos últimos tempos no mundo e em Portugal. Graças a um exército de contas e perfis falsos criados online, assistimos ao crescimento de discussões perigosas e afastadas da realidade,sejam os defensores da Terra plana ou os seguidores de ídolos racistas e pouco dados à inteligência e à cultura. A coisa começou a dar nas vistas nas eleições norte-americanas de 2016 e confirmou-se com as presidenciais brasileiras de 2018. De lá para cá, porque há sempre imitadores à pequena escala, também tivemos em Portugal, fenómenos online que, graças a discursos básicos e xenófobos, garantiram visibilidade pública e parlamentar. Mas o que é que isso tem que ver com SL Benfica? Tudo. Basta percorrer caixas de comentários, grupos ou contas em redes sociais para perceber como é fácil 'mobilizar' apoiantes. É como aqueles eventos online que prometem juntar milhares de pessoas, mas que, quando acontecem na vida real, ficam limitados a umas dezenas de participantes. Há palavras-chave que criam reacções automáticas, geradas artificialmente com um único objectivo: insultar, coagir, fazer passar a mensagem de um pretenso salvador que, na imensa maioria dos casos, assenta a sua estratégia na mentira, na notícia falsa, as famosas fake news. É assim na política, é assim no futebol, é cada vez mais assim quando o tema é Sport Lisboa e Benfica. É óbvio que o trabalho feito no SLB está sujeito a críticas, e os resultados menos conseguidos no futebol masculino (desde Fevereiro) não têm ajudado, mas é difícil acreditar na quantidade de disparates que são diariamente publicados por pretensos adeptos, sócios e simpatizantes do Glorioso.
Cuidado, não partilhe opiniões. Partilhe factos."

Ricardo Santos, in O Benfica

Benfica, ajuda-me a ter apetite

"Há três respostas que não tenho no dia em que escrevo a crónica desta semana: a data para o lançamento de uma vacina que nos proteja da covid-19; a chave do próximo sorteio do Euromilhões; o resultado do jogo do Benfica em Vila do Conde. A resolução deste último enigma é aquela que mais me intriga. Não digo que não gostava de desvendar as outras duas questões. Gostava muito. Primeiro, para planear a minha vida e saber quando poderei ir durante dois meses sossegado para uma praia paradisíaca estender a toalha perto de formosas donzelas que estejam a apanhar sol. Depois, para ter dinheiro que me permita fazer a viagem.
No meio destas dúvidas, o desfecho da visita do Benfica ao Estádio dos Arcos é o que maior influência terá no meu dia a dia. Só uma vitória me pode ajudar a fazer finalmente as pazes com o meu estômago. Já lá vão três meses e meio desde a minha última refeição, um cachorro comido à pressa antes de entrar na Luz para o jogo com o Shakhtar. Desde então que a vontade de comer é nula, mas, se ganharmos em Vila do Conde, talvez devore nove ou dez francesinhas. Ser do Benfica é assim. sentimento que interfere directamente com a nossa estabilidade emocional e no relacionamento com os outros.
Eu sinto que simpatizo muito com as pessoas quando o Benfica ganha, especialmente com aqueles 11 indivíduos que vão para dentro de campo decidir se o meu jantar vai ser um bom bife ou se vou para a cama ter insónias de barriga vazia. Amigos, tratem lá de voltar ao normal, porque fui visitar a minha avó pela primeira vez desde que começou a pandemia, e ela diz que eu estou muito magrinho."

Pedro Soares, in O Benfica

Tiro ao Benfica

"1. Em virtude da pandemia, o jornalismo português está a ser financiado por dinheiros públicos. E não faltam pedidos de ajuda, a puxar à lágrima de potenciais assinantes.
Porém, assente a poeira, rapidamente os vemos largar as máscaras, prestando-se ao sensacionalismo, à clubite, e a sabe Deus mais o quê, com notícia de encomenda, reportagens doentias (de autêntico fogo-de-artifício) e primeiras páginas repugnantes - evidenciando algumas das razões que os levaram ao fosso onde se encontraram, e de onde dificilmente sairão.
O Público já foi outrora um jornal de referência. Agora parece-me cada vez mais o JN. E assim, acho que deve ir pedir dinheiro e assinaturas para outros lados. A campanha negra contra o Benfica continua e não vai cessar. Sabemos quem a patrocínio. Não nos esqueceremos também dos valentões que, na sombra, lhe deram e dão eco, como os Pedros Candeias, os Gonçalos Azevedos Ferreiras, os Carlos Rodrigues Limas, os Paulos Curados e dos Manuéis Carvalhos deste país.
2 - Não sei de que clube dizem ser os criminosos que apedrejaram o autocarro da nossa equipa, e vandalizaram casas de jogadores e técnicos. Benfiquistas não são certamente. E se acaso têm alguma ligação ao nosso clube, há que os expulsar de imediato. Gente deste tipo não tem lugar no Benfica, nem em nenhum recinto desportivo do país.
Estão bem é na cadeia. Sabemos pelos nossos vizinhos da 2.ª Circular como uma corja de delinquentes quase conseguir acabar com um clube. Há que cortar o mal pela raiz, e não permitir que tal exemplo floresça do lado de cá da estrada. Sportingues, já basta um."

Luís Fialho, in O Benfica