terça-feira, 26 de maio de 2020

Silêncio...

"Passaram +48horas desde a notícia, e nada se passou. O nível do futebol português é tão baixo, que tudo isto é encarado com toda a naturalidade.
Deve ser do “Benfiquistão”, claro está.
Não acreditamos em coincidências.
São 4 jogadores do próximo adversário do #PortoaoColo que foram impedidos de treinar, por uma empresa que tem nas suas fileiras os filhos de Fernando Gomes, Presidente da FPF e Luís Filipe Menezes, antigo Presidente da CM Gaia.
É caso para dizer que as facturas, fruta e obras com o € dos contribuintes falam por si.
É por tudo isto que existe uma constante necessidade da Torre das Antas em lançar todo o tipo de poeiras, mentiras e manipulações. Distrair para golpar!
Este caso é gravíssimo e não pode valer literalmente tudo.
O que mais está preparado para estas 10 jornadas?"

SL Benfica | 4 rivais que passaram pelo Seixal

"O SL Benfica tem, ao longo dos anos, formado centenas de jogadores de topo, fazendo com que o clube seja reconhecido internacionalmente como uma fábrica de fazer jogadores.
Nomes como Bernardo Silva e João Félix vêm logo à cabeça de todos quando pensamos na formação encarnada. No entanto, há jogadores que também passaram pela formação do clube da Luz e cujo nome raramente é associado. Portanto, esta semana decidimos recordar quatro jogadores que jogaram no Sporting CP e/ou FC Porto e de cuja passagem pela fábrica de talentos do Benfica nos esquecemos.

1. Miguel Veloso No primeiro lugar da lista vem Miguel Veloso, outra das jóias da coroa da formação dos verde e brancos, e um nome que muito pouca gente associa ao Benfica – tirando o facto do seu pai ser uma das glórias do clube. O médio português, actualmente ao serviço do Hellas Verona, passou pela formação encarnada entre 1995 e 1998, antes de ingressar no CAC Pontinha e, mais tarde, no Sporting.

2- Danilo Pereira Um dos jogadores do núcleo forte do actual FC Porto é um jogador “made in Seixal”. Danilo Pereira chegou às “águias” em 2008, para ingressar na equipa sub-19. Esteve lá dois anos, até que foi para os italianos do Parma Calcio 1913, a custo zero. Danilo iria regressar ao futebol português em 2013, pelo CS Marítimo e, dois anos mais tarde, chegaria ao FC Porto, onde é, actualmente, um dos capitães de equipa.

3. ManichePassou pelos maiores clubes de Espanha, Inglaterra, Itália e Portugal. Quando pensamos em Maniche não nos recordamos logo do Benfica – apesar de ainda ter somado 1747 minutos na equipa dos encarnados. O que é certo é que Maniche acabou por sair das “águias” para ingressar no FC Porto, a custo zero, tendo acabado por ganhar uma UEFA Champions League ao serviço do mesmo.

4. José Sá Chegou ao Benfica na época 2011/12, vindo do Merelinense FC, para ingressar na equipa sub-19 dos encarnados. Após uma época na formação do clube da Luz, Sá transferiu-se para o Marítimo onde, após uma época na equipa “b” dos insulares, foi promovido ao plantel principal. O português iria, mais tarde, ingressar no FC Porto, onde ganhou um título de campeão nacional."

Futsal 2019/20

"A época de Futsal terminou e é altura de fazer uma introspecção à temporada que passou.
Depois da vitória no Campeonato de 2018-19, o Benfica partia para esta temporada com a expectativa de vencer o primeiro bicampeonato do clube em mais de 10 anos. O plantel sofreu uns ajustes mínimos, mas acabou por ser menos forte do que o plantel da temporada passada. Algo que também aconteceu no nosso principal rival, o Sporting. Saíram Cristiano Marques, Marc Tolrà, Silvestre Ferreira e Raúl Campos (os dois jovens portugueses saíram por empréstimo). Para os seus lugares chegaram André Sousa, Fernando Drasler, Célio Coque e já a meio da temporada, Jacaré regressou do empréstimo ao Azeméis.
A linha de pensamento parece-me ter-se focado em (1) melhorar as alternativas para a baliza - apesar do Cristiano ter assumido bem a equipa nos últimos anos, o André Sousa é o guarda-redes da Seleção; (2) trocar Marc Tolrà, que ainda tinha contrato, mas quis sair; (3) visto que o sétimo estrangeiro mal foi utilizado - em Portugal só podem estar 5 estrangeiros na convocatória - , podemos baixar o número de estrangeiros tirando o Raul Campos e a meio a época chamar o Jacaré de volta porque a partir de Janeiro o jovem brasileiro conta como um jogador formado localmente. Facto é que nem tudo saiu como a equipa técnica do Benfica esperava.
O Benfica até fez uma pré-época interessante onde batemos o Inter Movistar por 5-0 e o Kairat por 3-1 na International Masters Cup. Mas quando a época começou, começaram os desastres. Com André Sousa a titular na baliza e sem Roncaglio - que ficou como 6º estrangeiro e foi para a bancada - o Benfica começa a época com um humilhante 6-2 contra o Sporting na Supertaça. Jogo em que o André Sousa não esteve propriamente espetacular. Logo a seguir na primeira jornada do Campeonato empatámos fora contra o Eléctrico por 3-3. A equipa eventualmente assentou, venceu o Sporting à 4º jornada e acabou por saltar para primeiro lugar, que acabaríamos por perder na segunda volta de novo contra o Sporting no João Rocha. Vencemos a Taça da Liga, batendo o Sporting na final por 5-4 e fomos eliminados pelo Sporting na Taça de Portugal no último jogo da época numa derrota por 5-3. Em suma, em cinco jogos contra o Sporting, perdemos três e vencemos dois. Estava tudo muito equilibrado.
Na Europa, vencemos o nosso grupo no Main Round com uma vitória sobre o Araz Naxçivan, outra vitória sobre o Halle-Gooik e um empate contra o Kherson. Na Ronda de Elite foi um desastre completo com lesões e castigos à mistura. Perdemos contra o Pesaro e contra o ElPozo e acabámos por vencer o Kairat já no último jogo. Não deixámos uma boa imagem.
Fernandinho foi o nosso melhor marcador com 31 golos ao todo (20 no Campeonato, 3º melhor da prova). Roncaglio, Robinho, André Coelho também fizeram épocas muito boas. Em especial o guarda-redes, que nos ajuda bastante nos dois lado do campo. O melhor ataque do Benfica é num 5x4 com Roncaglio na frente. Tiago Brito, Bruno Coelho, Fábio Cecílio e Rafael Hemni voltaram a mostrar que o Benfica tem uma boa base para durar vários anos. A grande desilusão da época foi Fernando Drasler que contribuiu muito pouco. Fits continua a ser um jogador que acrescenta pouco nos jogos grandes. Miguel Ângelo já está com 26 anos e continua a não mostrar o nível de um jogador de rotação que exige, como Tiago Brito ou Rafael Hemni. Afonso Jesus voltou a não assumir um lugar.
Há várias questões no plantel nesta altura. Imensos jogadores terminam contrato e ao que tudo indica vai haver saídas de peso. O objectivo no Benfica nesta modalidade deveria ser competir por títulos europeus e como podemos ver nos últimos anos, para fazer isso é preciso mais do que neste momento temos. A situação no plantel neste momento é a seguinte:
1. Guarda-redes. Diego Roncaglio é um dos que termina contrato, mas tem sido uma peça fundamental do Benfica. Tudo indica que irá renovar.. André Sousa e André Correia deverão continuar a ser as alternativas ao brasileiro.
2. Fixo. André Coelho, pelo menos antes da crise do covid-19 rebentar, estava a caminho do Barcelona. Fernando Drasler foi consistentemente o “6º estrangeiro” de Joel Rocha. Apesar de ter contrato, não parece que faça sentido que continue connosco. Fábio Cecílio deverá continuar e a ele deve juntar-se mais um estrangeiro (para o lugar de André Coelho) e Nílson Miguel, fixo do Braga e da selecção nacional (para o lugar do Fernando Drasler). Afonso Jesus e Célio Coque também devem ter um lugar na equipa
3. Alas. Bruno Coelho e Chaguinha estão a caminho de França e de Itália. Ao que tudo indica Robinho e Miguel Ângelo também terminam contrato e não se sabe para já se vão renovar. Os únicos jogadores que garantidamente vão cá estar para o ano parecem ser, para já, Tiago Brito e Rafael Hemni. Um jogador que faria sentido trazer neste sentido era o Júnior do Viseu, que foi o melhor marcador do Campeonato esta temporada e que já passou pela formação no Benfica. Tem apenas 21 anos. Mas já assinou pela Quinta dos Lombos. Saindo o Chaguinha é certo que teremos um novo estrangeiro a ala, podendo ser dois se Robinho não renovar. Para já, Hossein Tayebi, ala/pivot do Irão que levou a sua seleção a um 3º lugar no Mundial de 2016, parece posicionar-se para substituir Chaguinha. Pessoalmente - e devo confessar que o Robinho foi dos melhores jogadores que vi no Benfica - acho que não devíamos renovar com o Robinho. Na próxima temporada tem 38 anos e já percebemos que já não tem aquilo que é preciso para nos levar a um título europeu. Tem-se falado em Arthur do Barcelona para o seu lugar. Para o lugar de Bruno Coelho, Miguel Ângelo e/ou Fábio Cecílio deverão subir na hierarquia, abrindo um lugar para o regresso de Silvestre Ferreira ou Bruno Pinto. O mais provável parece-me ser Bruno Pinto que foi o 11º melhor marcador do Campeonato este ano.
4. Pivot. Fernandinho está de saída para o Kairat. Pela mesma ordem de ideias do Robinho, parece-me um jogador que faz sentido sair, apesar de continuar a ser dos jogadores com maior impacto no marcador. Para o seu lugar, ao que tudo indica, vem o pivot Russo de 24 anos Ivan Chishkala, um dos melhores jogadores russos da actualidade. Fits termina contrato, mas segundo consta deverá renovar. Eu não acho o Fits um mau jogador - já foi à selecção brasileira nos últimos anos diversas vezes - mas faz-me impressão o quão diferente ele era em Itália comparado com estes dois anos no Benfica. Falta a criatividade toda que tinha. Aqui parece um jogador que limita a jogar com o físico.O que também pode ser culpa de Joel Rocha que me parece que lhe pede outras coisas. Jacaré deverá ter um lugar assegurado no plantel.
5. Treinador. Joel Rocha é das personagens mais polarizantes no Benfica neste momento. Há quem o adore. Há quem não o possa ver à frente. Eu gosto muito de Joel Rocha. Gosto muito do trabalho dele no 5x4 quer a atacar quer a defender. Mas também consigo ver que tem tido algumas falhas graves: (1) a falta de evolução de jogadores jovens. Tanto Miguel ngelo, como Cristiano Marques, Afonso Jesus, Silvestre Ferreira, Bruno Graça, Tiaguinho ou Gonçalo Sobral, nenhum jovem se afirmou no Benfica com Joel Rocha; (2) Sistema de jogo muito desajustado ao nosso plantel. O sistema de jogo do Benfica tira muito pouco da qualidade de jogadores como o Fits, torna-nos muito dependentes de Robinho e muito previsíveis quando atacamos em 4x4; (3) As declarações de que conhecia o Drasler há dois anos e depois mal o utiliza durante a época não são nada positivas. Ainda assim, Joel Rocha será quase de certeza o treinador da próxima temporada.
Plantel ainda está longe de estar definido, mas até agora parece-me que o racional por de trás faz sentido. O plantel estava dependente de duas peças já com alguma idade que não sabemos ao certo quando é que os sinais da idade iriam aparecer, mas é sempre melhor não arriscar. Tanto Tayebi como Chishkala são dois jogadores que podem explodir na nossa Liga. Se conseguirmos trocar Drasler por um fixo mais seguro, acho que o nosso plantel vai ter mais soluções e maiores hipótese de sucesso. O Sporting para já também parece que vai ter muitas mudanças. Deo, Leo e Alex, pelo menos, parecem estar de saída e há rumores de que mais gente poderá seguir."

Novo timoneiro no andebol - e agora?

"Há uns meses atrás, após a participação da selecção nacional no EHF Euro 2020, escrevi aqui um artigo no qual falei sobre as coisas que eram necessárias para fazer a secção de andebol do Benfica entrar nos eixos. Por muita coincidência, poucos dias após escrever esse artigo surgiu a notícia de que o Benfica estava em conversações com o espanhol Chema Rodríguez para substituir Carlos Resende no comando técnico da equipa de andebol. Na última quarta-feira, o vice-presidente das Modalidades do Benfica Domingos Almeida confirmou que Chema Rodríguez será o técnico de andebol dos encarnados na próxima época.
Ora, aquando da chegada de Carlos Resende ao Benfica em 2017, o sentimento geral dos benfiquistas que acompanhavam a modalidade era de que este seria o homem que ia recolocar o andebol do Benfica na rota do sucesso. E agora, passados três anos, essas expectativas seriam completamente defraudadas, gerando um sentimento de tristeza e desilusão nos adeptos encarnados.
Como aqui cheguei aqui a mencionar no artigo anterior, na minha opinião, o projecto de Carlos Resende para o Benfica falhou por três motivos:
Primeiro, porque Carlos Resende quis fazer do Benfica uma espécie de "ABC de Lisboa", ou seja, quis construir uma equipa com uma espinha dorsal portuguesa (entre os miúdos da formação e os jogadores que trouxe do ABC), achando que tal seria suficiente para lutar pelo título.
Segundo, porque o clube se mostrou completamente incapaz de assegurar as maiores promessas do andebol nacional , como os casos de André Gomes e Luís Frade, que viriam a rumar para os clubes rivais. 
Terceiro, porque nas três épocas em que treinou o Benfica, Carlos Resende nunca teve uma noção real do que é a dimensão e a realidade do clube e consequentemente, não foi capaz de incutir aos jogadores o grau de exigência necessário para singrar neste clube.
Após o anúncio oficial da uma saída há cerca de duas semanas, Carlos Resende não teve qualquer problema em assumir que falhou em cumprir os objectivos propostos, mostrando ser um homem com H grande e com um carácter inabalável. E apesar das coisas não terem corrido bem, continuarei a ter muita consideração por Carlos Resende pela referência que é na modalidade e pela sua postura e forma de estar no desporto.
E agora, quem é Chema Rodriguez?
Chema Rodriguez é dos grandes nomes do andebol mundial neste século. Como jogador, representou clubes como o Atlético Valladolid, o BM Ciudad Real e o Telekom Veszprem, tendo conquistado vários campeonatos e Taças em Espanha e na Hungria, duas EHF Champions League e ainda se sagrou campeão mundial pela selecção espanhola em 2005.
Como treinador, iniciou a sua carreira como adjunto de István Gulyás na selecção da Hungria, desempenhando também o papel de jogador/treinador-adjunto no clube onde jogava até ao cancelamento do campeonato, o Saran da 2ª divisão francesa.
No entanto, seria no Europeu realizado em Janeiro deste ano que Chema Rodríguez dar-se-ia a conhecer a partir do banco. Apesar da Hungria ser uma potência do andebol mundial, a selecção magiar apresentou-se na competição com uma equipa em renovação, tendo eliminado a Dinamarca na primeira fase, derrotado a Eslovénia e a Islândia na Main Round, e só mesmo a derrota contra a selecção portuguesa os afastou das meias-finais.
Porém, Chema Rodríguez ainda é um treinador em início de carreira e que irá cumprir a sua primeira experiência como treinador principal. Portanto, esta é uma aposta de risco, visto que aquilo que o espanhol vale enquanto treinador é neste momento uma incógnita.
Voltando um pouco atrás no tempo, nesta temporada, bastou-me ver o primeiro jogo oficial contra um adversário directo (recepção ao Sporting em Setembro) para perceber que Carlos Resende não estava mais a altura das exigências. Nessa altura, rapidamente me apercebi que o Benfica precisava de um treinador com um perfil idêntico ao de Magnus Andersson e Thierry Anti: alguém com grande experiência a nível internacional e que seja capaz de implementar novas ideias e métodos de treino. 
Quanto a Chema Rodríguez, a incógnita resume-se sobretudo ao segundo requisito. Enquanto jogador, experiência internacional é coisa que não lhe falta. E isso por si só, pode trazer vantagens que podem ser benéficas para o Benfica.
Primeiro que tudo, já têm sido vários os jogadores que têm sido apontados à equipa de andebol. Todos estes jogadores (sobre os quais falarei num artigo futuro), dão a entender que Chema Rodríguez tem uma extensa rede de contactos. Já tenho vindo aqui a defender que o andebol do Benfica deveria reestruturar o seu scouting e um treinador com este requisito pode ser um passo dado nesse sentido.
Segundo, os acompanhantes da modalidade sabem que nesta momento, a Espanha tem provavelmente, a melhor escola de treinadores do mundo na modalidade. Só para se ter uma ideia, as quatro equipas que chegaram à Final Four da Champions na época passada eram todas treinadas por treinadores espanhóis. Quatro das últimas cinco equipas campeãs europeias também eram treinadas por espanhóis. No Europeu realizado neste anos, 7 das 24 selecções participantes também tinham seleccionadores de origem hispânica. Para terem uma melhor ideia da influência e da popularidade dos treinadores espanhóis no andebol mundial, segue aqui um artigo da MARCA a falar sobre o assunto:
https://www.marca.com/balonmano/2020/05/18/5ec19003e2704eed208b4615.html
Não sabemos que ideias Chema Rodríguez irá trazer ao andebol do Benfica. No entanto, o facto dele vir de uma realidade competitiva muito diferente, poderá implementar uma outra mentalidade no andebol encarnado em termos de exigência e de cultura de trabalho.
Se formos pegar nos exemplos dos dois melhores treinadores da história do andebol do Benfica (Eugene Trofin e Aleksander Donner), ambos eram conhecidos por serem treinadores bastante exigentes e rigorosos, tanto a nível do treino, como a nível mental. E essa exigência natural poderá ser determinante para os jogadores poderem mostrar o que valem.
Nas entrevistas a antigas figuras do andebol do Benfica no Benfica de Quarentena, vários deles fizerem referência ao facto de nos últimos anos, o Benfica ter contratado vários andebolistas reputados a nível nacional e internacional que não viriam a fazer a diferença que se esperava. A meu entender, isto pode acontecer por dois motivos: ou pelo simples facto do jogador não suportar o peso da camisola (e há quem diga que a camisola do Benfica pesa 40 Kg), ou por mera falta de compromisso do próprio jogador, que muitas vezes também é causada pela falta de liderança da estrutura.
Chema Rodríguez ainda não tem o perfil que eu defendia que o andebol do Benfica deveria ter. No entanto, também entendo que, se o Benfica neste momento nem sequer consegue competir com os rivais, também fica mais difícil para o clube conseguir atrair um treinador com esse estatuto. Assim, em vez de gastar uma fortuna num treinador de topo, apostou num treinador em início de carreira, com experiência internacional como jogador e vindo de uma escola de topo, que tem potencial para ter o perfil pretendido.
Outra coisa que acho essencial face a esta mudança, é que Chema Rodríguez tenha na sua equipa técnica um adjunto português e que conheça bem o campeonato. À imagem do que se sucede no FC Porto com Carlos Martingo e no Sporting com Rui Silva, acho muito importante que Chema Rodríguez tenha um braço direito que o possa ajudar a preparar os jogos e a adaptar-se à nossa realidade.
No meio disto tudo, qual é a moral da história? Neste Momento, ainda é impossível para qualquer adepto dar garantias de que Chema Rodríguez é o treinador de que o andebol do Benfica precisa. Ainda existem muitos pontos de interrogação à sua volta e só com tempo e paciência é que teremos as respostas que queremos obter."

A culpa é do Benfica!!!

"O reinício do futebol europeu deu-se na Alemanha. Entretanto, mais 4 campeonatos já recomeçaram (Ilhas Faroé, Arménia, Hungria e Estónia).
Até domingo, regressam os campeonatos da República Checa, Dinamarca, Polónia, Croácia, Israel, Lituânia e Sérvia.
Nada disto seria possível, segundo alguns “iluminados”, caso o Benfica não estivesse em 2º na Liga NOS."

O bulo deu-lhes a volta

"Um dos jogadores que mais paixões (amor / ódio, próprios dos novos tempos das redes sociais) desperta em Portugal, encontrou o patamar intermédio que o seu potencial precisava para continuar a despontar e caminhar para rendimento.
Numa Liga plena de talento, que o coloca à prova a cada instante, mas inserido num contexto muito mais propício às suas qualidades – Um jogo que se parte e onde a sua irreverência quando há espaço, próprio das transições faz a diferença, não apenas na recuperação da posse e do posicionamento defensivo, mas ainda mais na forma como parte o jogo deixando para trás opositores incapazes de acompanhar a velocidade da sua condução.
Está ainda longe do nível a que pode chegar – Continua a ter erros e perdas da posse evitáveis, mas hoje janta na mesma mesa de Neymar, Verratti ou Di Maria para citar apenas alguns dos que lhe fazem companhia na melhor equipa da Liga Francesa, eleita pelo “L’Equipe”.
Uma das contratações mais caras de Luis Campos, o homem que tanto talento “descobriu” e permitiu potenciar nas suas equipas, Renato promete cumprir a tradição dos jovens recrutados pelo director desportivo português.
Um pouco do regresso do Bulo em 2020:

"

Acabar com a confusão

"Neste momento há 14 estádios para receber jogos de futebol.

A questão da aprovação dos estádios com vista à realização dos 90 jogos que faltam para concluir esta atribulada edição do campeonato de futebol da primeira Liga pode ter chegado ontem ao fim. E ainda bem, porque já não era sem tempo.
Aceites os estádios do Rio Ave e do Desportivo das Aves, estão por enquanto de fora apenas aqueles que pertencem ao Famalicão, Moreirense, Vitória de Setúbal e Santa Clara.
Pelas diligências que continuam a ser feitas é ainda possível a junção ao grupo dos 14 aprovados, os estádios famalicense, do Bonfim e de Moreira de Cónegos, estando de parte o da cidade de São Miguel, nos Açores, sabendo-se que o clube açoriano há muito optou por realizar os jogos que lhe faltam em Oeiras, na cidade do futebol, pertença da Federação.
Foi assim em vão tanta discussão ao longo de vários dias, ficando também sem efeito a possibilidade de o Benfica poder utilizar o Dragão e do Futebol Clube do Porto poder vir a jogar em Guimarães, ambos na qualidade de visitantes. E, como estes dois jogos, outros se perfilavam como fazendo parte de um cacharolete que, a consumar-se, não deixaria de provocar enorme discussão.
Está deste modo afastada uma grande parte da confusão que chegou a perspectivar-se.
Mas, em boa verdade, o futebol português já não dispensa estas e outras cenas porque fazem parte do ADN dos nossos clubes e, principalmente, dos seus dirigentes.
Em suspenso vai continuar, entretanto, a questão das equipas de arbitragem e das suas deslocações. E se é verdade que neste aspecto a logística continental é aparentemente mais fácil de resolver, já no que à Região Autónoma da Madeira diz respeito está ainda alguma pedra por partir.
Continuando a perder-se em meandros que ele próprio cria, o futebol português vai ter que encarar mais seriamente algumas questões que ainda não estão definidas, e que têm muito a ver com aspectos de ordem financeira, no fundo o que mais preocupa todos os clubes intervenientes.
A preparação das equipas prossegue, tentando todas elas aproveitar o melhor possível o pouco tempo disponível até ao dia 3 de Junho. E é aí que assenta igualmente uma das maiores preocupações: o espaço é curto, as lesões já começaram a aparecer e oxalá não venha a ser por aqui que surjam os problemas mais delicados."

Trago más notícias: o nosso futebol tem doença em fase terminal

"Ando mal humorado. Não acredito na regeneração do mundo na pós-pandemia e muito menos na reabilitação do futebol português. É uma pena, mas tenho bons motivos para tamanha descrença. Na humanidade e, em específico, nos nossos trágicos dirigentes desportivos.
Sobre o pobre planeta, enfim, as notícias não podiam ser piores. Enquanto for habitado por líderes políticos do quilate de Bolsonaro, Trump, Orban ou Boris Johnson, só podemos esperar e temer o pior. Gente que faz da desfaçatez, da intrujice e do egoísmo as linhas programáticas dos respectivos panfletos governamentais. É demasiado mau. Só de escrever estes quatro nomes sinto náuseas.
Se a sociedade global pouco ou nada aprendeu com os últimos três meses, o frágil microcosmos do nosso futebol muito menos. Num momento de extrema complexidade, onde se exigia uma acção concertada e um protocolo a envolver comunhão de esforços e decisões incontestáveis, apenas se identificam os sintomas de sempre: cada um a olhar por si e a gritar 'salve-se quem puder'.
Este egoísmo militante não é uma novidade. É uma prática corrente, uma característica inamovível na idiossincrasia da bola indígena. Mudam-se os nomes, mantêm-se as vontades. O 'grande' tudo quer, o 'pequeno' suplica pela migalha do barrigudo, a Liga sobrevive ao sabor de humores instáveis e sempre, sempre, enroscada num manto de impotência e incapacidade.
Neste hiato competitivo tudo correu mal. A inenarrável reunião dos três grandes e Proença com a DGS, FPF e o governo, a contestação ao mesmo Pedro Proença, a demissão do Benfica (e Cova da Piedade) da direcção do organismo, as falhas no laboratório responsável pelos testes de despiste aos futebolistas (entretanto desmentidas pela UNILABS), a reacção de alguns clubes contra a Altice. Tão mau, tão feio.
Já o escrevo há vários anos. Há duas situações que têm de ser corrigidas com urgência no nosso futebol. Digo só duas, para não me acusarem de achar que tudo está mal.
Primeiro: os clubes não têm nem maturidade nem equilíbrio para se regerem a si próprios. Por outras palavras, a direcção da Liga não pode ser constituída por membros que decidem em causa própria. Enquanto tivermos cinco emblemas da I Liga e três da II Liga a acompanhar o presidente, persistirá o protecionismo e a falta de fiscalização.
Convido-vos a passar os olhos pelo Regulamento Geral da Liga e a saltarem directamente para a página 18. É de levar as mãos à cabeça.
Segundo: os orçamentos anuais da esmagadora maioria dos clubes da I e II Ligas dependem sobretudo dos acordos efectuados com a operadora televisiva responsável pela transmissão de jogos. Enquanto estas negociações não forem centralizadas e a diferença de valores entre os maiores e os mais pequenos atenuada, a competitividade interna continuará a ser baixa e a contaminar a ambição nas provas da UEFA.
Por falar na UEFA, o organismo escrevia em Janeiro de 2019 que Portugal era «o pior país a distribuir as receitas televisivas». Um dado objectivo.
«Portugal é agora a única maior liga europeia em que os clubes vendem os seus direitos televisivos individualmente, o que se reflecte na enorme diferença entre os três principais clubes e os restantes. O rácio de um clube grande para clube médio é superior a 1.500 por cento em Portugal, comparado com uma média de 240 por cento nas 24 ligas com venda centralizada.»
Em ano e meio, a vergonha é precisamente a mesma, até porque há contratos em vigor. Contratos que reflectem o espírito vigente no nosso futebol: egoísmo, chico espertismo e uma disponibilidade assustadora para vencer no matter what, a qualquer preço. Não há uma visão de negócio, uma estratégia atraente para quem pondera associar a sua empresa a esta actividade. Zero.
Puxe uma cadeira e sente-se, caro leitor. Trago más notícias: a liga portuguesa é uma indústria com doença em fase terminal."

25 de maio de 2005. A final em que eles não podiam dizer que eram jogadores do Liverpool se baixassem a cabeça

"Aquela final louca, em Istambul, onde cada equipa teve a sua parte para ser escandalosamente superior à outra, foi há 15 anos. Os primeiros 45 minutos fizeram o AC Milan desmantelar uma equipa que parecia não ter hipótese de reagir, mas, após o intervalo, o Liverpool ressuscitou com três golos e prolongou a penosa queda dos italianos até aos penáltis, onde Dudek imitou as pernas de esparguete que tinha dado a última Liga dos Campeões ao clube inglês

É o típico desastre anunciado pela pressa com que se tenta remediar o mal: o Liverpool perde a bola, os de vermelho são pacholas de movimentos, chamar de reacção é um eufemismo e quando Gerrard avança sobre um Kaká prestes a receber um passe, fá-lo pelo lado fechado, para onde o brasileiro já denunciou que não irá orientar a recepção. Dá uma ajuda para embelezar ainda mais a forma como médio se livra dele com um toque.
Kaká rodopia o corpo e vira-se, é poesia em movimento, a bola rola-lhe à frente e com o tempo e espaço que arranjou vê Crespo uns 35 metros lá ao fundo, escondido entre lateral e central, o mais esperançoso e otimista dos avançados ao correr pelo passe que, de facto, entrou - mas que para lhe chegar tinha de ser um dos mais geniais passes em finais da Liga dos Campeões, dos que dispensam ver todas as outras finais para se ter esta certeza.
Também com um toque, meio rosca, meio chapéu, num momento técnico de física e cálculo de trajectórias no cérebro, o argentino marca o 3-0 e Rafa Benítez nem o viu. Estava a olhar para o bloco de notas, a escrevinhar, já preocupado com o que haveria de dizer no balneário aos jogadores do Liverpool, ali a serem esquartejados por um AC Milan que espalhava os seus bocados calmamente pelo campo.
Havia 44 minutos de jogo e nada, em nenhures, de vivalma, mostrava que os ingleses tinham hipótese de sobreviver à final. Logo aos 50 segundos fizeram uma falta perto da área, Pirlo cruzou, esqueceram-se do mais rodado entre as gentes em campo e Maldini marcou. Aos 39 minutos, estavam os de Liverpool a refilar com o árbitro por uma suposta mão na área de Nesta enquanto Shevchenko punha Crespo a rematar o seu primeiro.
Era um desastre em curso. Gerrard admitira visualizar antes o jogo “três ou quatro vezes mentalmente”, certamente não este, um cataclismo que parecia roubar o interesse à que poderia vir após o intervalo, pois a ganhar estava o AC Milan, nos tempos em que era um temível portento, maquinado com Nesta, Maldini, Stam, Cafu, Pirlo, Gattuso, Seedorf ou Kaká, além dos já mencionados, todos jogadores que dificilmente amoleciam ou, vá, seriam surpreendidos por uma súbita revolta do orgulho adversário.
Os italianos "tinham os melhores jogadores do mundo em cada posição", sabia o capitão do Liverpool, pleno na sua consciência. "Não éramos tão bons como eles".
Benítez sabê-lo-ia, também, quando caminhou para o balneário, matutava o que poderia dizer e até perguntou a Paco Ayestarán pelo que haveria de puxar para, fora coisas táticas, de posicionamentos, que tinha nas notas, agitar as mentes dos jogadores. Se já difícil era “motivar uma equipa que perde por 3-0 falando em espanhol”, fazê-lo em inglês “ainda ia ser mais duro”, rebobinaria mais tarde, à revista “Panenka”.
Revolveu o óbvio, falou nos erros próprios, os golos eram culpa deles, das suas desatenções, era suicídio continuar a dar uma planície para Kaká galopar ao centro, Hamann entraria para salvar Xabi Alonso e fazer avançar Gerrard.
E depois tocou no orgulho.
A obrigação era que “saíssem de campo orgulhosos” deles próprios”, darem o máximo para “saberem que tinha feito tudo o que estava ao alcance”, porque “deviam algo aos adeptos do Liverpool que ali estavam” e “não se podiam dizer jogadores do Liverpool se baixassem a cabeça” e não voltassem ao campo “com ela levantada”.
Escrito assim, faz parecer que Benítez enfiou a mão na filosofia de bolso e sacou do que pôde, mas, no fim, diz que disse uma frase, e os jogadores já o disseram, que pode ter mexido mais com eles: “Dêem-se a oportunidade de serem heróis”.
Carregaram contra a área, mais pelo orgulho do que em ataque planeado, Riise tentou cruzar da esquerda, as costas de Cafu devolveram-lhe a bola, o norueguês mal olhou de novo e repetiu o provável cruzamento que queria acertar à primeira, rumo à cabeça de Gerrard, deixado sozinho por um erro indesculpável.
Aos 54 minutos tiraram um golo à desvantagem e roubariam outro logo aos 56’, sem cruzamento, mas de novo aproveitando um AC Milan encafuado junto à área, as linhas espremidas como se invadidos por um batalhão, a dar todo o espaço para a bola ser passada até Smicer a rematar de longe. E, aos 60’, com os italianos esbofeteados por palmas invisíveis, Gerrard sprintou campo fora para ir buscar um passe que toda a gente viu antes de acontecer.
Gattuso puxou-o, o capitão do Liverpool caiu e Xabi Alonso falhou o melhor penálti que teve, porque lhe deu a recarga que já celebrava antes de a bater baliza dentro. Um quarto de hora bastou para os ingleses se desentarrarem da cova e, depois, se aguentarem.
Os italianos despertaram da própria hipnose. Eram melhores, e por isso reagiram: Kaká volta a puxar os cordéis e Schevchenko a cabecear, uma e outra vez, contra alguma presença inamovível em cima da linha - Traoré, primeiro, depois Dudek, já no fim do prolongamento, com a dupla parada que salvou ali a Liga dos Campeões para o Liverpool, mesmo que ainda houvesse penáltis depois. 
Encaminhado-se para a baliza, a pensar no Papa João Paulo II para os seus botões, o guarda-redes polaco ouve-se na voz de alguém, “Jerzy! Jerzy! Jerzy!”, é Carragher, o outro dos jogadores nados e criados em Liverpool e com sotaque peculiar, que se apressa a aconselhá-lo: “Lembra-te do Bruce. Ele fez coisas malucas para os desconcentrar em 1984. Tens de fazer o mesmo”.
Este Bruce era Grobbelaar, o guardião do farto bigode que defendia o Liverpool nos tempos mais áureos do clube. Naquela na final de Roma, contra a Roma, no tal ano de 1984, também se foi a penáltis, e Grobbelaar abanou as pernas que nem um embriagado a tentar equilibrar-se antes de os adversários rematarem. Resultou então e resultaria em Istambul, onde Dudek parou duas bolas depois de imitar como pôde as pernas de esparguete e confirmou o auto-resgate do Liverpool.
A haver jogo que justifique o cliché que no futebol diz para se levantarem cabeças, foi este, há 15 anos e em Istambul, quando uma equipa de caras com jogadores inferiores ressuscitou para virar uma final da Liga dos Campeões e dar mais uma história para a coleção que faz muita gente ficar sempre do lado de quem corre por fora - os underdogs, como dizem os ingleses."