"Primeira parte boa em controlo e domínio, mas escassa em criação. O Benfica teve o mérito de encostar o PAOK atrás durante largos períodos, muito por uma reactividade à perda muito importante, mas sem surpresa perante a boa, sólida e solidária organização defensiva do PAOK, não foi capaz de criar lances suficientes em ataque organizado. O pouco que criou, Seferovic desperdiçou no ar. E se não criou em Organização, não teve qualquer bola em Transição para poder ser perigoso – Tal como se previa vir a acontecer pela previsível “inteligência” no plano de uma equipa de segundas linhas mas bem pensada tacticamente.
Posicionamentos no Ataque Organizado – Taarabt saltou entre frente / trás da linha média do PAOK; Pedrinho e Pizzi alternavam espaço central / espaço direito; Weigl na ajuda à construção
O Segundo Período trouxe a fadiga habitual em Taarabt e o marroquino que esteve em bom nível no primeiro tempo para além de ter passado a somar erros, deixou de ter capacidade para restabelecer equilibrios e garantir presença defensiva ao lado de Weigl. O alemão que quando o Benfica encosta opositores atrás está bem confortável, mas que quando o espaço para defender aumenta deixa de ter capacidade para assegurar transição defensiva de excelência.
Pressão do Benfica sobre a saída do PAOK
Pouquissímo tempo em Organização Defensiva, mas o suficiente para se perceber os posicionamentos
O Benfica levou muitos anos a enfraquecer a qualidade da sua equipa e na presente época contratou bem – Everton mostrou estar furos acima de todos os restantes na frente de ataque. Porém, é fácil de perceber a urgência que deveria haver em fazer chegar um médio e no mínimo segurar e aproveitar Florentino, que tem condições para disfarçar o facto de ter por perto um colega sem andamento para a posição.
Jorge Jesus resolverá problemas, e com o investimento que o Benfica terá, a obrigação de ser muito melhor é uma realidade. Estranhas foram as opções na partida de hoje – Ao entrar com um onze muito similar ao da temporada passada, difícil seria esperar excelência. O Benfica não tem nem de perto a Super Equipa apregoada, e se não se reforçar seriamente num sector tão fulcral como o do meio campo vai continuar a somar dissabores e a partir atrás até na competição nacional – O desequilíbrio é fundamental, mas o equilíbrio também ganha provas.
Impressionante a forma como em ambos os golos os jogadores do PAOK foram contornando alguns elementos do Benfica. A primeira aparição séria da equipa voltou a demonstrar o problema maior da temporada transata – Falta de Qualidade – Uns sem nível com bola, outros que sem esta não recuperam uma posse e são sempre contornados, permitindo início de desequilíbrios adversários.
Inicio do desequilíbrio no lance do 1 a 0 – Situação aparentemente controlada, ultrapassagem no 1×1 e desequilíbrio criado
O jogo é dos jogadores e mesmo que o Benfica tenha ainda graves lacunas – Agora imagine as que tiveram Bruno Lage e Rui Vitória, as opções de Jesus demonstraram uma sobranceria (porque não optou pelos melhores na frente de ataque) que pagou caro."
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