terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Cepo

"A base de uma árvore quando é cortada serve daí se aproveitar o que podemos designar por um cepo!
Na linguagem futebolística, apelidamos de um cepo com dois olhos aqueles jogadores que não nos enchem nem a alma nem o coração no exacto momento em queremos ganhar um jogo.
Digamos que é um grito de dor e de revolta, esperançado numa imaginação do desejo não concretizado de fritarmos, explodindo, Golo!
Vem isto a propósito de um certo cepo, que não é jogador, mas que caiu de pára-quedas no mundo do futebol, aliás à imagem de muitos outros que por aí gravitam. Toda esta queda de meteoritos no futebol se deve à massificação da sua indústria e à construção de novas necessidades, por aqueles que querem criar empregos e ganhar muito dinheiro.
Deixo apenas 3 ideias:
- Tentar jogar de bicicleta dentro da área com um adversário por trás a si junto é jogo perigoso!

- Uma coisa é ter um defesa por detrás, rodar e ganhar posição, e outro é ter um defesa por detrás, não rodar e querer à força cair, ainda por cima encostando-se ao defesa!
- Entrar na área, chutar o pé esquerdo no pé direito, cair e com isso dar a impressão visual que o jogador por detrás meteu o pé para impedir que o jogador à sua frente chutasse com o pé direito, já o signatário aprendia quando jogou à bola nos iniciados. É um truque clássico, e com isso o Pizzi faz uma falta que não é falta mas, sim, artimanha e muita artimanha!"


Pragal Colaço, in O Benfica

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