sábado, 22 de junho de 2019

13.ª Medalha num Europeu !!!

Em 16 épocas, a Telma, só falhou uma medalha num Europeu por três vezes - duas delas estava lesionada! Curiosamente, só no Europeu de Lisboa, falhou!!!
Hoje nos Europeus de Judo, incorporados nos Jogos Europeus de Minsk, voltou a conquistar o Bronze...
Foi pena a derrota nas Meias-Finais, com 3 castigos (os últimos dois, praticamente de seguida!!!), porque a Telma estava com gás para ir até à Final...
É claramente o melhor resultado, no período pós lesão (pós-Rio), é verdade que 'faltaram' as adversárias não-Europeias, mas apesar da idade, a qualidade não desapareceu...

São 5 Ouros, 1 Prata e agora 7 Bronzes, em Campeonatos da Europa, currículo extraordinário!

O sarilho que Vieira arranjou aos outros

"Se é verdade que um clube estrangeiro bateu no milhões da cláusula de João Félix, se é verdade que o presidente do Benfica não vendeu o jogador por 1 cêntimo a menos do que estava estipulado, é então caso para se dizer que não havia coisa pior que pudesse ter acontecido aos presidentes dos dois clubes rivais. Agora, e por uma adivinhável questão de autoestima, vão as massas adeptas do Sporting e do FC Porto exigir a Frederico Varandas e a Pinto da Costa que nenhum jogador dos seus seja vendido abaixo da respectiva cláusula de rescisão.
Os fãs do Sporting e do FC Porto não vão perdoar descontos forçados pelas circunstâncias que, como é do domínio público, são dominadas pela lei da oferta e da procura.
E, justamente, foi este o sarilho maior que Luís Filipe Vieira arranjou aos seus congéneres de Alvalade e do Dragão. Com que cara enfrentará Frederico Varandas os sócios do Sporting se for forçado, pelas tais circunstâncias, a vender Bruno Fernandes abaixo dos 100 milhões de euros que constam na cláusula de rescisão? E, depois de ver partir Brahimi e Herrera a lucro zero, com que face se apresentará Pinto da Costa perante os sócios do FC Porto se as circunstâncias o obrigarem a vender Alex Telles abaixo dos 40 milhões de euros convencionados na cláusula de rescisão do jogador brasileiro? E até onde irá a paciência dos jogadores cobiçados e dos emblemas que pretendem adquirir os seus serviços?
Os 120 milhões que o Benfica se prepara para receber pela transferência de João Félix moem muito o ânimo dos seus rivais directos porque lhes tornam, pelos próximos tempos, desfavoráveis todas as comparações no negócio de vender jogadores aos estrangeiros.
Como se não bastasse, as acções do clube dispararam na Bolsa de Lisboa, continuando assim este feito mercantil de proporções inauditas a moer o ânimo dos rivais internos do Benfica porque isto também conta. Já para não falar dos 120 milhões propriamente ditos.
Michel Platini foi levado para a cadeia a contas com uma suspeita de corrupção na entrega do Mundial de 2022 ao Qatar. Platini é acusado de ter recebido contrapartidas indevidas a troco de votos na candidatura do Qatar. O advogado de Platini é o mesmo advogado de Rui Pinto, o hacker. O Mundo é muito pequeno. É a única explicação plausível.
O telefonema do presidente do FC Porto para um programa transmitido no Porto Canal onde se debatiam questões prementes do futebol da casa foi um momento bastante constrangedor. Audivelmente abatido, Pinto da Costa exortou os profissionais do canal oficial a não darem importância ao que um determinado jornal – o’Correio da Manhã’ – publica sobre o clube e terminou voluntariando-se para ir à CMTV, presume-se, pôr tudo em pratos limpos. É assim, aos ziguezagues, que anda a comunicação do FC Porto."

Aparentemente, a SIC N, vai regressar à Madeira!

"Prepara-se novo circo nos bastidores para alimentar a Comunicação Social, na próxima semana. Será mais um teste a todos os Benfiquistas e ao Sport Lisboa e Benfica.
Não há nada com que se devam preocupar, no entanto, sabemos de antemão aquilo que a cartilha oficiosa e oficial da Aliança Altis está a planear fazer e o que vos iremos pedir é que não dêem audiências a determinados programas desportivos cujos comentadores se alimentam exclusivamente do ódio que nutrem pelo Sport Lisboa e Benfica. 
Deixem-nos chafurdar na própria lama e ignorem-nos completamente. Lembrem-se que são as audiências que lhes dão emprego e é o Benfica quem os alimenta."

Futsal 2018/1019 - Análise

"O jejum foi quebrado. Após três temporadas a seco (maior seca de campeonatos do futsal encarnado), o Benfica matou o borrego e conquistou o oitavo campeonato na modalidade. Foi a terceira reconquista da temporada.
Após uma época em que se assistiu a uma das finais mais renhidas de sempre, a felicidade acabaria por sorrir aos leões nas grandes penalidades. Apesar disso, houve vários sinais positivos a retirar dessa temporada que serviram como base no planeamento desta época. A equipa segurou a sua espinha dorsal e reforçou apenas as posições onde estavam mais carenciados: com a chegada de Fits, a equipa ganhou um pivot que fosse uma referência fixa no ataque que faltou na época anterior; e com Marc Tolrá, a equipa ganharia mais um fixo para fazer frente aos pivots do rival da Segunda Circular.
As impressões dadas na pré-temporada foram muito positivas, com a equipa a conseguir derrotar o Inter Movistar e o Magnus Futsal na Futsal Masters Cup, para além de ter ganho 4 torneios particulares. No arranque oficial da época, a equipa deu continuidade à sequência de vitórias.
No início de Outubro, a equipa disputou a Main Round da UEFA Futsal Champions League, onde a equipa conseguiu terminar na liderança do Grupo, em igualdade pontual com o FC Barcelona mas com maior diferença de golos, conseguindo assim tornar-se cabeça de série no sorteio da Ronda de Elite.
No campeonato, a equipa continuou com a sequência vitoriosa, com destaque para a vitória por 4-1 sobre o Sporting CP no Pavilhão Fidelidade, que colocaria os encarnados a cinco pontos de vantagem sobre os verde e brancos (fruto de um empate dos leões contra o Quinta dos Lombos).
Em Novembro disputou-se a Ronda de Elite da UEFA Futsal Cup, onde os rivais de Lisboa voltariam a encontrar-se. Apesar do Benfica ter sido cabeça de série do sorteio, não organizou a Ronda de Elite, que então ficaria a cargo do Sporting CP, que ficaria sorteado no mesmo grupo do Benfica. Com o Sporting a jogar sempre depois do Benfica em cada jornada, saberia assim qual o resultado que lhe convinha, conseguindo chegar assim ao derby da decisão com maior diferença de golos.
No derby, o Benfica entrou melhor e fez o 0-1 por intermédio de Robinho. Mas já à beira do intervalo, um livre de 10 metros mal assinalado daria o empate à equipa da casa. Na segunda parte, assistiu-se a um Sporting a segurar o empate a todo o custo, empate esse que esteve quase a ser desfeito quando André Coelho atirou uma bola à barra já no último minuto, mas o resultado não se alterou mais e o Sporting carimbou o acesso à Final Four.
Podem dizer o que quiserem, mas a mim ninguém me tira este pensamento da cabeça: embora tenha havido outra nuances que tiveram influência no apuramento do Sporting, se o Benfica tivesse organizado a Ronda de Elite, podia muito bem ter erguido o troféu de campeão europeu no lugar dos leões.
Entretanto, o Benfica continuou a arrepiar caminho no campeonato e em Janeiro teria a primeira conquista da época. No Pavilhão Multiusos de Sines, os encarnados revalidaram a conquista da Taça da Liga, eliminando o Futsal Azeméis nos quartos-de-final, o Módicus nas meias-finais e derrotando o SC Braga/AAUM na final por 3-0. Restavam mais duas competições pela frente.
Cerca de um mês depois, o Benfica teria o primeiro e único desaire na Fase Regular do campeonato, quando perdeu por 6-1 contra o Sporting no Pavilhão João Rocha, um resultado completamente enganador face àquilo que se viu dentro da quadra. Apesar da goleada, a equipa orientada por Joel Rocha mostrou nos jogos restantes da Fase Regular que esta não passou de um percalço, vencendo os jogos que restaram, assegurando a liderança da Fase Regular com o melhor ataque e a melhor defesa e consequentemente, o factor-casa no play-off.
Na última semana de Março, disputou-se a Final 8 da Taça de Portugal em Gondomar. Depois do Benfica ter eliminado o Quinta dos Lombos nos quartos-de-final e o AD Fundão nas meias-finais, estava agendado um novo derby para a final. Com um empate a cinco golos após prolongamento, o Benfica voltou a sucumbir perante a "maldição" das grandes penalidades e o Sporting revalidou a conquista da Taça.
Chegado o play-off, o Benfica eliminou na primeira ronda a equipa-sensação do campeonato: o Eléctrico de Ponde de Sôr. Seguiu-se o AD Fundão nas meias-finais, onde depois de uma vitória por 1-7 na primeira mão, a equipa beirã ainda deu um ar da sua graça ao ganhar o segundo jogo na Luz por 3-5. O Benfica acabaria por impor a lei do mais forte na negra ao ganhar por 7-3. Na outra meia-final, o Sporting também teria de recorrer à negra para eliminar o Módicus.
Chegada a final, com o primeiro jogo a ser disputado na Luz, o Benfica acabaria por desiludir ao perder por 5-4 após prolongamento. Apesar do jogo ter sido disputado até ao fim, a equipa encarnada cometeu uma série de erros clamorosos e pouco habituais que deitariam o factor-casa pelo cano abaixo. Apesar de tudo, a equipa aprendeu com os erros e no segundo jogo reestabeleceu a igualdade na final com uma segunda parte de grande nível. A equipa deu continuidade às boas exibições no terceiro jogo novamente no pavilhão da Luz, onde a equipa daria a volta na eliminatória vencendo por 4-3, resultado curto para a superioridade da equipa de Joel Rocha, sobretudo na primeira parte. Faltava uma vitória para o título, mas o "fantasma" da época passada ainda pairava na minha cabeça. 
No quarto jogo no João Rocha, a equipa encarnada voltou a rubricar uma exibição muito pobre na primeira parte estando a perder por 2-1 ao intervalo, mas a equipa reagiu bem na segunda parte, conseguindo dar a cambalhota do marcador a pouco mais de um minuto e meio do fim. O Sporting avançou para o 5x4 e Rocha consegue empatar o jogo a cerca de 30 segundos do final. O Sporting acabou por se colocar em vantagem já no prolongamento na recarga de um livre de 10 metros mal assinalado, carimbando o 5-3 final logo a seguir por intermédio de Pany Varela.
Após um polémico quarto jogo, o título voltaria a decidir-se na "negra". No dia 16 de Junho assistiu-se a uma final onde houve emoção até ao fim, com uma primeira parte de loucos e uma segunda parte menos bem jogada, mas com incerteza no marcador até ao final. O empate esteve nos pés de Cavinato a sete segundos do fim, mas o ala internacional italiano rematou ao poste após livre cobrado por Alex Merlim.
E assim ficavam fechadas as contas do título. Apenas pela segunda vez na história do campeonato, a equipa que venceu o primeiro jogo da final do play-off não foi campeã nacional. Desde a pré-temporada que o Benfica mostrou que a sua equipa não era nada inferior à do Sporting e conseguiu mostrar isso na quadra. Na Fase Regular, onde salvo algumas excepções, a equipa jogou um futsal dominante com grande acutilância ofensiva, batendo o record de golos marcados na Fase Regular. Segue agora uma análise individual a alguns elementos da equipa:
Bruno Coelho - quando ele foi promovido a capitão principal em 2017, fui o primeiro a dizer que a braçadeira não podia estar mais bem entregue. Bruno Coelho é Benfica dos pés à cabeça. Foi candidato a melhor jogador do mundo no ano passado e é dono de uma entrega inesgotável. A sua liderança é fundamental na equipa e vê-lo a erguer um troféu de é o Benfica no seu estado mais puro. 
Robinho e Fernandinho - são os dois jogadores mais velhos do plantel, mas também são os melhores. Robinho é o principal desequilibrador da equipa, aquele jogador capaz de criar uma ocasião do nada, sendo dono de um pé esquerdo de excelência. Já Fernandinho é sinónimo de golos, terminando a Liga Sport Zone como melhor marcador da competição com 39 golos apontados. Apesar de ambos já não irem para novos, enquanto mantiverem este nível, espero que sejam para manter.
André Coelho - o fixo do Benfica e da selecção nacional foi dos pilares da equipa nesta época. Jogador de grande estampa física, é um dos homens que marca os pivots adversários. Para além disso, também é uma arma importante no ataque com o seu potente remate, marcando em quatro dos cinco jogos da final, terminando a época com 29 golos marcados em todas as competições. Na minha opinião, foi o melhor jogador da equipa a seguir ao Robinho e ao Fernandinho.
Chaguinha - Não é fácil recuperar de uma lesão gravíssima. Quando um jogador fica apto para jogar, está recuperado fisicamente, mas a recuperação psicológica ainda pode demorar. Esta época serviu para isso mesmo, para recuperar os seus índices físicos e a sua confiança. Para além do mais, o ala brasileiro, é um exemplo de profissionalismo e dedicação ao clube, sendo um de nós dentro da quadra. De forma algo surpreendente, foi aposta nos cinco jogos da final e deu uma excelente resposta, mostrando grande intensidade e entrega ao jogo quando era chamado a intervir. Veremos como será o seu futuro, mas estas finais mostraram que ele ainda pode ter muito para dar.
Fits - em 16/17 jogava na segunda divisão italiana, agora é campeão nacional num dos melhores clubes do mundo e internacional pela canarinha. Fits foi uma das contratações cirúrgicas para esta temporada e tem aquilo que um pivot deve ter. É uma referência fixa na área capaz de segurar a bola e dar profundidade à sua equipa. É também um bom finalizador e também sabe servir os colegas. Na final do play-off esteve abaixo do seu nível, fruto de alguns problemas físicos que o levaram a falhar o terceiro e o quinto jogo, mas tem condições para ser um dos melhores pivots da história do futsal encarnado. É uma das maiores descobertas do futsal do Benfica.
Diego Roncaglio - esteve para sair no ano passado devido aos constantes actos irreflectidos que acabavam em expulsão. Tal acabou por não acontecer e ainda bem. Roncalgio acabou a época com 8 golos marcados e é também uma garantia entre os postes. Apesar disso, cometeu algumas falhas nas finais que levantaram algumas críticas. Quanto a isso é assim: não existem guarda-redes consistentes no futsal. Podem defender tudo e mais alguma coisa e ficarem mal na fotografia num golo sofrido. Roncalgio ficou mal na fotografia nalguns sofridos, da mesma mesma que Guitta também ficou. Para mim, Roncaglio é o segundo melhor guarda-redes da história do futsal do Benfica, só mesmo atrás do gigante Juanjo.
Raúl Campos e Marc Tolrá - os dois internacionais espanhóis estão de regresso ao seu país, mas não sem terem deixado a sua marca nesta temporada. O fixo contratado ao Barcelona foi mais uma arma recrutada para fazer frente aos pivots adversários e cumpriu esse papel com distinção. Acabou por falhar três jogos da final devido a lesão. Com ele apto, quem sabe se tivéssemos assegurado o título mais cedo... Já Raúl Campos, depois de ter sido o melhor marcador da equipa na época passada, perdeu bastante espaço nesta época devido ao limite de jogadores não-formados localmente, ficando muitos jogos de fora. Ainda assim, quando foi opção, mostrou que podem contar com ele, como ficou bem visível na negra, no único jogo da final em que foi convocado onde assumiu o papel de herói ao apontar um hat-trick. São dois jogadores que irão deixar saudades.
Gonçalo Alves - a sua passagem para o cargo de Team Manager em 2017 ditou uma mudança de paradigma no futsal encarnado. A partir dessa altura, o Benfica passou a fazer fortes investimentos na modalidade, com todas as contratações a passarem pelas suas mãos. Outro pormenor importante é que apesar deste não ser benfiquista de nascença, defende o Benfica como poucos. Ao todo, já são 12 anos de casa e seis campeonatos conquistados, o primeiro como Team Manager.
Para além das saídas dos atletas internacionais espanhóis que já foram oficializadas pelo clube, há-de ainda haver mais mexidas no plantel. Para ser sincero, este plantel não tem muito onde se possa mexer. A meu ver, aquilo de que a equipa de futsal do Benfica precisa neste momento é de um fixo de classe mundial, um guarda-redes suplente e de ou um dois alas estrangeiros que possam rodar com o Robinho e o Fernandinho de modo a resguardá-los fisicamente.
Veremos o que este defeso nos reserva..."

Basquetebol 18/19

"Terminou na passada segunda-feira a época do Basquetebol e agora é a altura ideal de fazer uma introspecção da época. O Benfica voltou a deixar escapar o título (desta vez ainda fomos à Final), fomos eliminados na primeira ronda da FIBA Europe Cup, ficámos nos quartos-de-final da Taça de Portugal e fomos finalistas vencidos na Taça Hugo dos Santos. Pelo meio tivemos um total de oito estrangeiros quando o limite é de apenas quatro e dois treinadores. Foi o descalabro total para aquilo que era suposto ser uma temporada completamente diferente. Dos 18 atletas que fizeram parte desta equipa neste ano, apenas 4 estavam cá no últimos anos e outros 2 eram da equipa B. Tudo o resto foi contratado no último verão.
A época começou logo com a eliminação na 2º Eliminatória da Qualificação para FIBA Europe Cup. Apanhámos o Dinamo Sassari, que viria a vencer a prova e está neste momento a discutir o Campeonato Italiano na Final contra o Venezia. Aqui nada a dizer, foi muito azar. De resto, o início da temporada foi bastante bom. Tivemos quinze vitórias consecutivas na Liga, onde se destaca uma vitória contra o Porto e outro contra a Oliveirense. No final de Janeiro chegou a primeira derrota, no Dragão Caixa, e a partir daí foi sempre a descer. Duas semanas depois perdíamos a Taça Hugo dos Santos na Final. Na semana a seguir somavamos a segunda derrota na Liga em Oliveira de Azeméis. Em Março fomos eliminados da Taça de Portugal pela Ovarense. Arturo Alvarez é despedido e Carlos Lisboa assume o lugar. Mas nas semanas a seguir somámos mais três derrotas para o Campeonato (Ovarense, Oliveirense e FC Porto). Terminámos a Fase Regular com cinco vitórias consecutivas e com o 2º lugar na Classificação.
No playoff, demos continuidade às vitórias e batemos CAB e FC Porto ambos por 3-0 em jogos. Foi a nossa segunda sequência maior de vitórias consecutivas. Na Final até ganhámos o jogo 2 em Oliveira de Azeméis, mas na Luz perdemos a vantagem caseira que tínhamos ganho. A Oliveirense foi Campeã por 3-1 em jogos e o grande investimento que o Benfica fez revelou-se inútil
Os erros foram muitos. A começar pela escolha dos treinadores. Arturo Alvarez nunca trouxe um Basquetebol muito eficaz ou inteligente. Depois, os jogadores que foi trazendo, revelaram-se apostas completamente ao lado. Kris Joseph não ficou um mês. Xavi Rey fez 11 jogos. Álex Suarez só serve para lançar de 3pts e não é todos os dias. Quentin Snider nunca foi bem utilizado, mas no Imortal fez um belo fim de época. Juan Cantero tem algumas coisas que se aproveitam. Mickell Gladness é o rei dos turnovers. É impressionante como é que um clube como o Benfica é tão mau a contratar estrangeiros. Todos estes jogadores vieram de bons Campeonatos. Ainda assim, pareceram inúteis contra a Oliveirense que foi buscar Travante Williams à Georgia, Eric Coleman à Liga Angolana, James Ellisor à 2º Divisão Francesa, Thomas de Thaey à 3º Divisão Francesa. Não faz sentido nenhum.
Para o ano, parece que Carlos Lisboa vai continuar. Para mim é um erro. Foi despedido porque o Basquetebol que a equipa apresentava era fraco. Esteve três meses na equipa principal e o Basquetebol continuou a ser fraco. É o principal responsável pela derrota na Final, pois apesar dos nossos estrangeiros serem algo limitados, a verdade é que a maneira como a equipa defendia e preparava o ataque era a maior limitação. O Benfica perde o Jogo 3 no Prolongamento depois da Oliveirense repetir a mesma jogada ofensiva e defensiva 3-4 vezes, sem que Lisboa tivesse pedido um timeout a corrigir os erros.
Cláudio Fonseca vai para o Sporting. Imagino que dos estrangeiros todos, talvez só fique o Micah Downs, se ficar. Todos os outros devem sair. Dos portugueses (além do Cláudio Fonseca), devem continuar todos ou quase todos. Arnette Hallman, Miguel Maria e Fábio Lima foram contratados o ano passado. Não faria sentido saírem. José Silva tem contrato. Gonçalo Delgado e Rafael Lisboa são da formação. As únicas dúvidas são Jacques Conceição e Tomás Barroso. A nível de reforços está já assegurado o regresso de Betinho Gomes.
Para mim o Basquetebol é a modalidade que deveria ter o orçamento mais baixo do Benfica. É a modalidade onde há mais atletas acima da média para a nossa Liga e é também a modalidade onde temos menos probabilidades de ganhar na Europa. A Oliveirense foi Campeã com jogadores de Divisões de quarta/quinta linha da nível Europeu. Com um bom departamento de prospecção seríamos capazes de ter uma equipa muito mais competitiva e a um orçamento muito mais baixo. Desbloqueando orçamento para o Futsal, para o Hóquei e Voleibol onde temos reais hipóteses em provas europeias."

É tão fácil ser Lage: um manual para românticos

"Ser Lage é ser feliz. A naturalidade e a simplicidade de Bruno apenas ajudam a destacar o jogo dentro das quatro linhas, onde se realmente baseia a nossa felicidade semana a semana. O forrobodó mediático, a obsessão pelo detalhe e pelo erro alheio esbarram na postura amigável do setubalense, nascido e criado na cidade que descansa junto ao Sado.
Cidade portuária, foi o principal pólo do êxodo alentejano na primeira metade do século XX, na procura pelos novos empregos gerados pela industrialização da pesca. A miscigenação entre o que é tipicamente setubalense e os valores alentejanos criaram um dos espécimes tipo da sociedade portuguesa: o corajoso humilde, o gingão honesto, o aventureiro responsável. A dicotomia do protótipo setubalense é todo ele resumido na figura de Bruno Lage, a máxima expressão de 100 anos de aglutinação social, figura que se torna central na história moderna do Benfica e que deu ao maior clube português um dos títulos com mais peripécias do futebol português.
A simbiose entre Lage e aquele Benfica moribundo do final de Dezembro foi o casamento perfeito. Joseph Campbell, no seu conceito do Monomito, explica-nos em 12 passos a estrutura das epopeias clássicas, diferenciando as fases pelas quais o herói passa até chegar á vitória final e que se tornaram, naturalmente, cliché cinematográfico.
Bruno funciona como mentor do herói Benfica, ajudando-o a reconhecer o que está mal: a 3 de Janeiro, Benfica é 4.º classificado. Com ou sem luzes, até aí o Benfica era um herói indiferente aos seus próprios problemas. Apático, sem chama, irresponsável. Fraco, por vezes atingido por febres altíssimas, como em Portimão ou num Jamor em noite diluviana.
O mentor Lage faz o herói perceber que existe um distanciamento entre a realidade e o seu potencial intrínseco. Faz-lhe perceber que é urgente um corte pela raiz dos problemas, um renascer com outros ideais. Bruno assume as operações, indica o caminho ao cadavérico Benfica e, com a subtileza dos predestinados, dá-lhe a sua benção sobrenatural.
4-4-2, recuperação psicológica, métodos de treino realmente eficazes, testes e mais testes num calendário recheado: o herói Benfica recupera e aprende as regras do mundo especial, enfrentando agora uma realidade completamente diferente, na qual é líder.
Os deuses sentiram a poética necessidade de juntar, com o auxílio do destino, Bruno e Benfica. Mentor e herói de 6 milhões, protótipo do homem português de valores benfiquistas e o maior clube português, arrastado pela lama pelos demónios do mau futebol e do insucesso. Com fair-play e respeito pelo próximo, sem nunca se rebaixar, Bruno tem tudo para ascender ao Olimpo de braço dado com o seu herói, bastando para isso ser o mais setubalense possível em 2019-2020."

Os 5 momentos da época 2018/2019

"1. 37 – Previsível, eu sei. Mas neste top nunca poderia não pôr a Reconquista em primeiro lugar ou sequer deixá-la de fora. Quanto a ela não há muito a dizer – já quase tudo foi dito e tudo foi já sentido.
2. Mudança de treinador – Spoiler Alert: este só não é o melhor momento da época porque houve uma Reconquista. Já ninguém podia ouvir a calma de Rui Vitória nas conferências. O “jogo a jogo”, o “caminho faz-se caminhando” e os pais de família, já faziam todos emitir sons animalescos em jeito de desespero.
Bruno Lage foi, para mim, O momento da época; O homem da temporada. Tudo na mudança de treinador foi um balde de água fresca, uma lufada de ar fresco, um qualquer adjectivo ou expressão muito positiva que nos deixou maravilhados. Tudo foi bonito: os resultados, o futebol, as apostas… o campeonato. Ficou só a faltar um Benfica longe na Europa.
3. Assalto ao primeiro lugar – Dois a um. 1-2. O Benfica foi ganhar ao dragão e começou a bela caminhada até ao 37, sem mais sair do primeiro lugar. O resto é história. E a beleza foi qualquer coisa ainda melhor que a vitória grande, em golos, em Alvalade.
4. Vitória em Alvalade – 4-2, contra o Sporting, em Alvalade. Depois de três anos e cerca de cinco meses de medos e receios contra os rivais, o Benfica foi ao vizinho da 2ª circular, não só dar um show de bola, como marcar quatro golos para êxtase de todos os benfiquistas.
5. Made in Seixal – A aposta na formação é, como se diz na gíria, um pau de dois bicos. Bruno Lage veio mostrar o lado bom da formação. Depois de Rui Vitória fazer uma pobre aposta (não quantitativamente, mas qualitativamente) nos miúdos da formação, veio Bruno Lage. João Félix começou a render, o Benfica ganhou um “centralão”, trouxe-nos Florentino para alegrar os dias… E mostrou que vale a pena ir ao Seixal. Mas com jeito e maneiras."

A força da propaganda

"Dos dois jogadores que o futebol português tinha para oferecer no primeiro mercado internacional deste verão, um terá atingido o valor astronómico da cláusula de rescisão e o outro é mantido num limbo de falta de interesse que começa a exasperar. Assistimos a uma espécie de “derby” do mercado, em que o Benfica está a vencer o Sporting, quando faltam ainda mais de dois meses de jogo e, sobretudo, falta liquidez em circulação para desatar uma série de negócios que estão alinhavados há muito.
Dir-se-á que é uma relação normal de oferta e procura, em que o saber esperar pela melhor oportunidade também conta, mas há quem atribua a espera à falta de boas relações com determinado agente ou às opções de comunicação do respectivo clube. Segundo esta teoria, Bruno Fernandes ainda não foi vendido porque, sem a intermediação de Jorge Mendes e mais visibilidade nos media, ninguém leva a sério a sua capacidade de garantir um golo por jogo, entre finalizações e passes decisivos, que fizeram dele um dos melhores médios de ataque da Europa.
Para calafetar esta brecha de raciocínio, sugere-se mais e melhor promoção dos jogadores que se pretende vender. Sim, porque se não fosse a propaganda da imprensa e televisões nacionais, que esgotam as suas edições internacionais por essa Europa fora, nunca o Atlético de Madrid ou o Manchester City aceitariam pagar 120 milhões por João Félix: sem a fortíssima propaganda do Benfica, ele não valeria mais do que os 15 milhões da chamada “taxa Mendes”.
Existe uma casta de inteligentes na área da informação, a maioria dos quais desaguou no parasitismo das agências de comunicação, que confina a diferença entre sucesso e insucesso ao dinheiro que se “investe” nos seus serviços: para o bem ou para o mal, a culpa é do mensageiro.
Dizem que vendem presidentes da República e agora parece que pensam que também vendem jogadores de futebol. Os “scouters”, os “labs”, os treinadores, os dirigentes profissionais e os relatórios de anos e anos de análise a jovens com mais de dez anos de competições internacionais contam pouco quando comparados com a força de meia dúzia de manchetes “fabricadas” pelos influenciadores da imprensa desportiva.
De Jong foi do Ajax para o Barcelona por 85 milhões graças à óbvia facilidade de leitura dos catalães quando se trata de jornais e televisões neerlandesas. Os alemães de Munique deliraram de tal forma com as promoções da imprensa de Madrid sobre Lucas Hernandez que aceitaram pagar 70 milhões por um defesa. No sentido inverso, a Madrid chegou fortíssima a propaganda alemã (e talvez servo-croata) sobre Luca Jovic.
Sem esquecer o Éder Militão e a receptividade dos decisores madrilenos aos nossos falantes de portunhol!"

A maior delícia

"Quando parte dos benfiquistas está triste por ver sair Félix, os adversários aprofundaram o azedume, a angústia e o desespero

Alguns representantes dos nossos rivais em programas televisivos são a nossa maior delícia em períodos de menor densidade desportiva. Incrédulos com a venda de um promissor jogador de 19 anos por 120 milhões de euros, incapazes de reconhecer o mérito do Benfica, desataram a criar realidades alternativas para nelas poderem habitar.
Depois de afirmarem, semanas a fio, a impossibilidade de tal acontecer, viram-se esmagados pela realidade e, em vez de festejarem o facto de já não ser do Benfica aquele que lhe marcava golos e os afastava dos títulos, optam pelo negacionismo próprio de cognitivos deslizantes em situação de pré-coma.
Uma delicia. Quando parte dos adeptos benfiquistas estão tristes por verem sair um talento prodigioso, mesmo que por valores astronómicos, os nossos adversários aprofundam o azedume, a angústia e o desespero apenas par aumentarem o nosso deleite.
O FC Porto até fez um encaixe maior com a nossa venda de João Félix, que, com a saída de Brahimi e Herrera, constitui uma ajuda para as difíceis contratações pedidas por Sérgio Conceição à SAD azul e branca.
João Félix foi vendido por 120 milhões, o Benfica fez um fantástico negócio, o Atlético de Madrid tem tudo para também ter feito uma contratação muito interessante, mas tenho dúvidas se João Félix fez a melhor opção. Espero e desejo que a sua qualidade possa superar todas as adversidades. A nossa situação desportiva, económica e financeira é agira uma obrigação acrescida face aos rivais no lançamento da nova época. As nossas contratações devem ser poucas e de elevada qualidade.
O último fim de semana foi desportivamente agradável para o Benfica. Os juvenis de futebol sagraram-se bicampeões nacionais a duas jornadas do fim. Se é certo que na formação o mais importante é crescer, no Benfica o mais importante é ganhar.
O futsal reconquistou o título de campeão nacional de forma inteiramente justa, frente a um Sporting de qualidade, numa final decidida na 'negra' pelos detalhes, pela vontade e pela alma e qualidade duma equipa que foi a melhor em toda a época regular. Juntar o campeonato nacional à Taça da Liga faz desta uma óptima época para o futsal do Benfica. Este ano demos com um poste no azar do último ano. Ganhar é bom, ganhar assim é fantástico."

Sílvio Cervan, in A Bola

Poderia ter sido melhor

"O título nacional de futebol nos juvenis resultou de um percurso brilhante na fase final, conseguido com duas jornadas por disputar das apenas dez nesta fase. O bicampeonato neste escalão evidencia a existência de talento e atesta o desenvolvimento competente deste, o que é vital para a prossecução da aposta estratégica na formação que o clube tem vindo a implementar.
Quanto ao futsal, tratou-se de um triunfo sobre o antidesportivismo, a selvajaria, a propaganda e o investimento desmedido. E igualmente sobre uma grande equipa. Este título chegou com um ano de atraso, face à manifesta falta de sorte benfiquista na temporada transacta.
E termino pela negativa. No basket, pelo segundo ano consecutivo, não celebrámos o título nacional. Nas seis épocas anteriores, com Carlos Lisboa ao leme da equipa, ganháramos cinco vezes. A equipa técnica há-de ter as suas responsabilidades, mas essas terão de ser apuradas à Luz do contexto em que, em meados de Março, Carlos Lisboa regressou. Só por ignorância, preconceito, antipatia pessoal ou má-fé se poderá escamotear que já não era possível, por questões regulamentares, remodelar o plantel reconhecidamente desequilibrado e desunido, além da queda vertiginosa do rendimento da equipa que levou à saída de Alvarez. Ainda assim, chegou à final após eliminar brilhantemente, por 3-0 o FC Porto, melhorando o desempenho relativamente ao ano anterior, com José Ricardo. Na final, a campeã em título Oliveirense foi mais forte, mas ficou a ideia de que o desfecho poderia ter sido outro com um pouco mais de competência em momentos decisivos. Não tenho quaisquer dúvidas que o Benfica, com Lisboa, será o principal candidato ao título na próxima época!"

João Tomaz, in O Benfica

No teu lugar...

"Se eu tivesse 19 anos e fosse um craque da bola, não iria para o Atlético de Madrid nem que me pagassem sete milhões de euros por ano. Tenho pouca coisa contra o segundo clube mais importante da capital espanhola. Mas ainda menos a favor. Os rapazes dos colchões lembram-me sempre um clube do Campo Grande - na sombra de duas poderosas equipas e sem jeito, carisma ou estrutura para ser realmente grande no futebol. Calma, se calhar até estou a ser preconceituoso com o Atleti, porque, com Simoene, a equipa foi à final da Champions e teve sucesso na Europa, mas basicamente é isso. No campeonato interno, o clube espanhol, vai batendo o pé a Real e Barcelona até onde pode, mas falta-lhe sempre qualquer coisa.
Se calhar, é essa 'coisa' que estão a ver com João Félix, potencial salvador para uma equipa envelhecida e que se viu traída pelos desejos de grandeza de Antoine, um francês que, à semelhança da equipa onde actuou, pensa ser melhor do que realmente é. É uma jogada corajosa, esta de pagar a cláusula de rescisão de um predestinado com apenas 19 anos.  E talvez seja isso que o Atlético de Madrid precisa para ganhar terrenos aos galácticos brancos e grenás. Desde Paulo Futre, não vi nenhum jogador verdadeiramente fora de série a vestir de vermelho às riscas, mas parece que vai ser desta que o Atlético pode voltar a ter uma estrela de qualidade, não criada pela comunicação social. 
Volto ao início: no lugar do jovem de 19 anos, eu não iria nunca para o Atlético de Madrid, mas a verdade é que eu tenho mais do dobro da idade dele e não jogo nada à bola. Qualquer que seja a escolha e o futuro, obrigado, João! E boa sorte."

Ricardo Santos, in O Benfica

João Félix

"Supostamente o presente artigo deveria incidir sobre a parte II da sentença que condenou o Futebol Clube do Porto, a SAD do Futebol Clube do Porto, Futebol Clube do porto Media S.A. e Francisco J. Marques. No entanto, como o artigo é semanal, muitos acontecimentos existiram durante a semana e é impossível por ora, continuar a escrever sobre o tema.
Um dos acontecimentos que se nos atravessou no nosso dia a dia, foi a venda de João Félix ao Atlético de Madrid.
No momento e que escrevo este artigo ainda não está concretizada e transferência de João Félix para o Atlético de Madrid, mas viajemos pelo campo da hipóteses.
O jornal o Record publicou no dia 18/6/2019, (...)
Se analisarmos pela perspectiva dos clubes compradores, quer na internacional, que na nacional os clubes compradores pertencem sempre ao mesmo grupo.
São clubes como Atlético de Madrid, Mónaco, Manchester City, Zenit, PSG, Barcelona e Wolverhampton.
Se a transferência se concretizar, será (?) a 4.ª maior transferência de sempre em termos internacionais e constituirá o dobro da anterior maior transferência nacional, que foi a de Hulk para o Zenit em 2012 por 60 milhões de euros.
Mas este quadro estará certo?
Desde logo não relevamos no presente estudo uma análise criteriosa das comissões envolvidas, dos custos inerentes às transferências, das variáveis potenciais e efectivas de cada transferência, o que em termos reais e concretos poderá influenciar o quatro apresentado.
Mas a verdade é que o quadro retirado do celebérrimo jornal o Record, não está correcto.
Se consultarmos as contas da Porto SAD de 2012/2013, constatamos quanto a Hulk o seguinte:
Alienação dos direitos de inscrição desportiva do jogador Hulk, ao Zenit St. Petersbourg, pelo montante de 40.000.000 de euros, que gerou uma mais valia de, aproximadamente 23.871.000 euros, após dedução: (i) do efeito da actualização financeira das contas a receber a médio prazo originadas por estas transacções, no montante de, aproximadamente, 2.040.000 Euros; (ii) do valor líquido contabilístico do passe à data da alienação, no montante de, aproximadamente, 16.402.000 euros; e acréscimo (iii) de anulação de prémios de fidelidade e de comissões no montante de, aproximadamente, 2.313.000 euros. Foram 40 milhões ilíquidos e não 60.
Também com referência a James Rodriguez, constatamos nas mesmas contas o seguinte:
Alienação dos direitos do inscrição desportiva do jogador James Rodriguez ao AS Mónaco, pelo montante de 45.000.000 de euros, que gerou uma mais-valia de, aproximadamente, 25.757.000 euros, após dedução: (i) custos com serviços de intermediação no montante de 4.383.238 euros prestados pela entidade Gestifute; (ii) da proporção no valor de venda do passe detidas pela Orel (10%) no montante de 3.945.814 euros; (iii) de responsabilidades com o mecanismo de solidariedade no montante aproximado de 1.158.000 euros; e (iv) do valor líquido contabilístico do passe à data da alienação, no montante de, aproximadamente, 9.755.000 euros. Este está certo.
Mas já com referência a Mangala constatamos na mesmas contas o seguinte:
Alienação dos direitos de inscrição desportiva do jogador Mangala ao Manchester City, pelo montante de 30.503.590 euros, que gerou uma mais-valia de 22.806.942 euros, após dedução do valor global de 11.073.331 euros relativo a: (i) efeito da actualização financeira das contas a receber a médio prazo originadas por estas transacções; (ii) responsabilidades com o mecanismo de solidariedade; (iii) custos com serviços de intermediação prestados pela Gestifute - Gestão de carreiras de Profissionais Desportivos S.A.; (iv) valores a pagar ao jogador a título de indemnização; (v) do valor líquido contabilístico do passe à data da alienação. Adicionalmente, o clube comprador assumiu a obrigação de pagar directamente à Doyen a proporção que esta entidade detinha sobre os direitos económicos do jogador pelo que o passivo reconhecido na rubrica de 'Outros Credores' em 30 de Junho de 2014, no montante de 3.376.684 euros, foi revertido e reconhecido no cálculo da mais-valia. Está errado!
Já quanto a Witsel consultando o relatório consolidado da Benfica SAD do ano de 2012/2013, verificamos que o mesmo foi efectivamente alienado pelo valor de 40 milhões.
Aqui chegados pergunta-se:
Qual a razão pela qual o jornal o Record inflacionou o valor das vendas de jogadores do Porto?
Mas há algo que é indiscutível. Se a transferência se realizar por 120 milhões, então estamos perante 1/5 do volume de negócios da Liga Portugal.
Impressionante!!

Pragal Colaço, in O Benfica

João Félix: a novela do verão

"Contactei a ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) por uma questão de segurança e confirmei aquilo que suspeitava: não me será aplicada qualquer coima se o tema desta crónica não for o João Félix. Ao longo das últimas semanas fiquei convencido da existência de uma lei que obrigava os media a analisarem ao pormenor todos os passos dados pelo João, daí o meu receio. Afinal não existe nenhuma lei, é mesmo obsessão. Se as televisões passassem aquele golo no Dragão em loop até seria agradável, mas para ver alguém em tronco nu a bronzear na praia, então prefiro navegar no Instagram. A minha avó já mal se lembra do nome de alguns netos, mas sabe que o João Félix esteve de férias em Ibiza. Esta novela adquiriu uma dimensão descomunal e há quem questione a capacidade do João para ligar com a pressão? Deixemo-nos de brincadeiras. Pressão de quê? Brilhar no relvado? Marcar golos ao SCP com 18 anos e ao FCP com 19 qualquer um faz. Por acaso até nem me estou a lembrar de mais ninguém que tenha conseguido, mas não é assim tão difícil. Pressão senti eu ainda mais novo, que aos 16 tinha de conseguir aceder à galeria de fotografias do telemóvel durante os exames sem os professores darem conta. À hora a que escrevo este artigo ainda não se conhece o futuro do João, mas os adeptos já manifestaram posições diversas. Os benfiquistas estão desanimados pela eventual transferência, os portistas esfregam as mãos de alegria. Ao que parece, o FCP pode amealhar 1,2M com este negócio devido aos direitos de formação. Não é nenhuma fortuna, mas compreendo o entusiasmo: o Herrera e o Brahimi não vão render tanto dinheiro juntos."

Pedro Soares, in O Benfica