"Estúpido psicodrama causado em altura decisiva da época revelou presidente sem discernimento nem maturidade; urge clarificação: paz podre não leva a lado nenhum
Este último psicodrama criado por Bruno de Carvalho com posts sucessivos no Facebook (continuo sem perceber o objectivo) teve contornos tão invulgares, tão estúpidos e tão constrangedores para a imagem pública do clube que a reacção dos sportinguistas no estádio (e não só) não podia ser outra. Eles disseram que estão saturados de confusões e de tiros no pé e que Bruno nem é dono da razão nem é dono do Sporting. E também sublinharam uma verdade universal: os adeptos gostam é do clube, independentemente de quem o preside (como se chamava o presidente do Sporting dos fabulosos cinco violinos? Pois...). «O que interessa é o Sporting ganhar, não interessa quem é o presidente!», disse na SIC Notícias um jovem adepto à saída do estádio. Irritado, dorido e não disfarçando a perplexidade, BdC referiu no final do plebiscito falhado que «a ingratidão faz parte da cultura do Sporting» e que não admitia ser insultado pelos adeptos - logo ele que passa a vida a destratar toda a gente utilizando uma linguagem desbragada e rasteira. E de repente Bruno acordou do burnout (stress intenso) para uma realidade que ele desconhecia. Jogadores, treinador, team manager, presidente da AG e do CF de um lado e ele do outro, a esbracejar. Aparentemente isolado. E a única voz autorizada do Sporting ainda teve de ouvir gente que gosta dele e que o apoiou a dizer publicamente que a situação é insustentável e que o seu tempo chegou ao fim.
Não faço ideia de que maneira vai o Sporting resolver o problema que tem nas mãos. Urge uma clarificação rápida porque situações de paz podre não levam a lado nenhum. Parece-me que BdC, pela falta de discernimento e maturidade que mostrou, está irremediavelmente perdido. Mas não o estou a ver sair pelo seu pé ou sem dar luta. Não sei que alternativas reais - repito: reais - estão na mesa e de que forma estão a ser cozinhadas. Acredito é que o Sporting, a curto prazo, precisa de um líder maduro e responsável, imune a estados de alma e crises de confiança, mais própria de adolescentes... e que não passe a vida a postar no Facebook e a falar do Sporting obsessivamente na primeira pessoa do singular. Um homem capaz de continuar a defender intransigentemente os interesses do clube perante terceiros (nisso Bruno nunca falhou), mas também capaz de ouvir e valorizar outras opiniões - o mal dos yes man é que não são capazes de dizer aquilo que o líder não gosta de ouvir. O Sporting cresceu muito nos últimos anos e Bruno de Carvalho tem méritos absolutamente inquestionáveis nesse crescimento. Foi com ele que o Sporting recuperou competitividade, capacidade de mobilizar os adeptos a alimentar sonhos dignos de um clube grande. Foi com ele que o Sporting deixou de ser o parceiro obnóxio da santíssima trindade (a quem FCP e SLA passavam a perna com toda a facilidade) e, convém recordar, foi Bruno o primeiro a denunciar publicamente as práticas questionáveis do Benfica. Mas Bruno não soube, não quis, ou não conseguiu evoluir para a etapa seguinte. Deu cabo de tudo o que fez de uma maneira quase infantil. Não conseguiu perceber que o período guerrilheiro - se calhar inevitável numa primeira fase mais virada para a afirmação pessoal a reboque da notoriedade de clube (foi exactamente assim com Pinto da Costa no FCP e com Vieira no SLB) não se podia prolongar indefinidamente. Há um tempo para tudo.
Ao fim de cinco anos julgo que até os adeptos mais brunistas reconhecem que o Sporting não pode ficar reduzido a isto - uma instituição em guerra permanente com tudo e todos, liderada por um presidente com uma incapacidade de contenção patológica e uma vertigem autofágica ainda mais vincada que a do próprio clube, famoso por dar tiros no pé nas alturas menos apropriadas. O Sporting não pode alimentar folhetins e psicodramas todos os meses nem condicionar a sua existência - e as suas aspirações - às variações de humor e teimosias de um presidente impulsivo, emocional e irreflectido. O Sporting precisa de tranquilidade para continuar a crescer e sedimentar cultura de vitória. Tem de sair rapidamente desta espiral autodestrutiva sob pena de hipotecar tudo aquilo que conseguiu recuperar nos últimos anos - e não foi pouco. Em resumo, o Sporting precisa de um homem capaz de fazer o que os verdadeiros líderes fazem: unir, congregar, cimentar, solidificar.
Para dividir, perturbar, envenenar e fracturar existem os adversários. E os inimigos.
Há uma coisa que um líder nunca pode perder: o respeito dos comandados. Quando o perde nunca mais volta ser olhado da mesma maneira - nem a sua autoridade. Bruno de Carvalho foi muito importante numa altura crucial da vida do clube. Fez um grande trabalho de reconstrução e tem lugar garantido na história do Sporting. Mas o seu prazo de validade chegou ao fim, como sensatamente reconheceu Jaime Marta Soares, presidente da AG do Sporting.
(...)"
André Pipa, in A Bola
PS: Existem aquelas situações, onde acabamos por ter pena dos 'desgraçados', dos 'derrotados' mas com os Lagartos isso é impossível!!! Merecem tudo o que lhes vai acontecer...!!!
Como é que é possível um supostamente jornalista independentemente como o Pipa, depois de tudo o que se tem passado, ainda ter 'tempo' para elogiar o Babalu?!!!!
Reconstruíu o Sporting?!!! Recuperou a fé dos adeptos?!!! A sério?!!!
E já agora, enfia no teu traseiro, 'as práticas questionáveis do Benfica'!!! Inacreditável, como a enxurrada de mentiras, manipulações, difamações, calúnias... continua a ser usada por esta gentalha!!!
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