quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Tão perto, tão longe, tão exacto

"Cá, qualquer SL Benfica - FC Porto ou vice-versa é sempre acompanhado da fantasia regionalista e das suas patetas farsas de trazer por casa.

O Real Madrid - Barcelona
Vi o jogo Real Madrid - Barcelona. Talvez o encontro (entre rivais) mais icónico do planeta. Sempre de resultado imprevisível. Quando me sentei para o ver, devo dizer que já estava de 'barriguinha cheia', depois de ter também acompanhado pela televisão um Arsenal 3 - Liverpool 3, com quatro golos em  minutos e várias viragens do resultado.
Naquelas poucas horas, ali tão perto em Madrid, voltei a sentir o gosto pelo futebol. Puro, emocionante, imprognosticável, jogado apenas nas quatro linhas de um relvado. Sem comentadores aborrecidos ou lapalissianos dos jogos de cá. Sem o insuportável pseudo-moralismo de quem merece ganhar ou não perder. Sem eleger o árbitro como a figura central da partida entre onze de cada lado.
Em Madrid, o que pudemos constatar para além do jogo? Estádio cheio, ainda que a horas só explicáveis para apetência exportadora do espectáculo para a China e Extremo Oriente. Espectadores vibrantes, evidentemente de uma forma maioria merengue, mas com os adeptos do Barça respeitados e respeitadores, sem essas cretinas tarjas e palavreado odiento das claques que, por cá, militam. Presidentes dos dois clubes rivais, lado a lado, serenamente, sem jogos de palavras aparvalhados no antes, no durante e no depois. Treinadores apenas treinadores, não joguetes de recados de bandarilheiros e de instruções de patrões incoerentes e inconsequentes, não artistas foleiros de palavras em ditas e dispensáveis conferências mediáticas.
Acabou o jogo. Tudo sereno. A minoria no Santiago Bernabéu serenamente feliz e contente, e a maioria desoladamente calma. Os jogadores cumprimentaram-se, no fim, com o sentimento de dever cumprido, sem alardes patetas ou provocativos e sem quererem voltar às naturais quezílias dos 90 minutos de boa luta desportiva. Os dois melhores jogadores do mundo cumprimentaram-se antes e depois do jogo, e falaram. Assim Cristiano Ronaldo e Leonel Messi terão desiludido os que sempre procuram encontrar motivos de mal-estar, inveja, senão mesmo de ódio entre os dois mais lídimos embaixadores do futebol planetário. E alguém ouviu ou leu algo de importante sobre a arbitragem do jogo? Alguém reclamou sobre qualquer decisão ou omissão arbitral? Não, evidentemente. Repare-se que este clássico espanhol foi disputado dois dias depois das eleições catalãs e da complexa posição face à independência ou não da Catalunha. Cá, qualquer SL Benfica - FC Porto ou vice-versa é sempre acompanhado da fantasia regionalista e das suas patetas farpas de trazer por casa. Lá, e neste seríssimo ambiente político, um jogo de futebol foi assim e só isso. Aprendam...
Porque, no fim de contas, estes clubes e os seus jogadores, técnicos e empregados sabem quanto os seus rendimentos dependem da preservação saudável do ambiente concorrencial deste desporto. Perceberam que há matérias onde, mais até de que apenas não haver javardice pública de divergências, é imperativo consolidar e robustecer aquilo que a todos deve unir: a grandeza do espectáculo.
No fim, 14 pontos de distância entre o actual campeão do mundo, da Europa e de Espanha - Real Madrid - e o seu eterno rival, o Barcelona, ainda antes de ter terminado a primeira volta da Liga Espanhola. Desilusão dos madrilistas, evidentemente. Mas não desespero, como se o mundo desabasse amanhã. É este o encanto do futebol. Nem sempre se é o melhor, nem sempre se é o pior.
Nesta altura, lembro-me do que agora se vem sentenciando em torno do Benfica. A três pontos da liderança, depois de quatro títulos consecutivos, até parece que tudo já descarrilou e quase tudo também se esfumou da memória recentíssima de quatro anos a tudo vencer. Os seus adversários falam e escrevem como se o Benfica estivesse moribundo. Essa sua (deles) alegria e exageração incontida são a prova da força do SLB e do quanto lhes incomodam estes anos de glória encarnada. Alguém que, por hipótese, chegasse agora cá e ouvisse e lesse o mainstream noticioso e comentarista, logo concluiria que o Porto e o Sporting são os maiores e, coitado, o Benfica um clube que já não ganha nada há longos anos! Deixem-me rir...

Factos: a última década
Vai acabar o ano. Vamos ter um novo ano, o que não significa necessariamente um ano novo. Entre previsões, premonições, desejos e efabulações, uma coisa é segura: podemos falar do passado, com certeza.
Para avivar as memórias do passado mais recente, dei-me ao trabalho de coligir dados e fazer uma análise da última década (2008/2009 até à parte já decorrida da actual) relativamente ao desempenho dos três 'grandes'. Vejamos os quadros:
A Última Década:
2008/09 até 2017/18 (primeira volta)
Benfica - Pontos 80%; Vitórias 74%; Empates 16%; Derrotas 10%
FC Porto - Pontos 79%; Vitórias 73%; Empates 19%; Derrotas 8%
Sporting - Pontos 67%; Vitórias 59%; Empates 24%; Derrotas 17%

Primeira Metade
2008/09 até 2012/13
Benfica - Pontos 76%; Vitórias 71%; Empates 17%; Derrotas 12%
FC Porto - Pontos 83%; Vitórias 77%; Empates 18%; Derrotas 5%
Sporting - Pontos 58%; Vitórias 50%; Empates 25%; Derrotas 25%

Segunda Metade
2013/14 até 2017/18 (primeira volta)
Benfica - Pontos 83%; Vitórias 78%; Empates 14%; Derrotas 8%
FC Porto - Pontos 75%; Vitórias 69%; Empates 19%; Derrotas 12%
Sporting - Pontos 77%; Vitórias 70%; Empates 22%; Derrotas 5%

Algumas óbvias ilações:
1. O Benfica foi o clube com mais pontos conquistados e com o maior número de vitórias
2. O Porto foi a equipa com menos derrotas.
3. O Sporting ficou a uma larga distância em todas estas bitolas.
4. Nos primeiros 5 anos da última década, o Porto foi claramente o melhor em todos os aspectos, com um baixíssimo nível de desaires.
5. Já na segunda metade, é o Benfica a atingir um máximo de 83% de pontos conquistados, tanto quanto o Porto nos anos anteriores.
6. Neste segundo quinquénio, o Porto foi ultrapassado pelo Sporting que tem um assinalável número mínimo de derrotas (5%), embora tenha sido o campeão dos empates (22%).
7. Se fizermos a comparação da primeira parte da década para a segunda (e já incluindo a quase primeira volta completa desta temporada), é notória a melhoria do Benfica (passa de 2.ª para 1.ª) e aumenta em 7 pontos percentuais o total de pontos alcançados. Também o Sporting evidencia uma assinalável melhoria, com um aumento de 19 pontos percentuais, depois de ter apenas atingido pouco mais do que metade dos pontos possíveis nos anos anteriores. Já o Porto, não obstante o desempenho deste ano, baixa de 83% para 75% o seu desempenho pontual.
Outra análise que fiz respeito à classificação final. Vejamos:
Número de Vezes:
Benfica - Campeão: 5; 2.ª: 3; 3.ª: 1
FC Porto - Campeão: 4; 2.ª: 2; 3.ª: 3
Sporting - Campeão: 0; 2.ª: 3; 3.ª: 3; 4.ª: 2; 7.ª: 1

Lugar Médio da década:
Benfica - 1,6.ª
FC Porto - 1,9.ª
Sporting - 3,3.ª

O Benfica apenas no 1.ª ano (2008/09) não foi campeão ou vice-campeão. O Sporting teve a pior classificação de sempre em 2012/13 (7.ª lugar), superando, pelo pior, a mais negativa época do Benfica (2000/2002) com um 6.º lugar e a do Porto que foi 9.ª classificado em 1969/1970.
Se fizermos uma classificação ponderada, dando 1 ponto ao campeão, 2 ao vice-campeão, 3 ao terceiro classificado e assim por adiante, o Benfica e o Porto oscilam entre serem campeões ou vice-campeões (1,6.ª e 1,9.ª, respectivamente) e o Sporting oscila entre o 3.º e o 4.º lugares.
Por mais que se queiram espremer ou torturar os números, eles falam por todas as palavras. Mesmo as que agora se espalham virulentamente pelas redes sociais, em versão facebookiano, tweetista, ou outro qualquer...

P.S. - Hoje, entre o Natal e o Ano Novo, não há contraluz Fico-me pelo contador (da Luz).
(...)"

Bagão Félix, in A Bola

Vénia

"1. Ou muito me engano ou, no final da temporada, o número de conferências de imprensa abandonadas a meio por José Mourinho será tão grande como o número de pontos de atraso para o City.
2. Segundo um artigo recente do El Mundo, o futebol actual do Barcelona é sexo sem amor, por não ter a beleza do passado recente. Com 14 pontos de avanço sobre o Real (menos um jogo), seguramente que os adeptos catalães não se incomodam com os prazeres da carne.
3. Tenho alguma dificuldade em perceber certos desejos dos clubes portugueses. Apenas um exemplo (entre tantos outros): Rúben Ribeiro, 30 anos, é melhor do que Hernâni, 26? Não. É melhor do que Iuri Medeiros, 23? Não. Então...
4. O FC Porto foi multado em 2869 euros pelo facto de, no clássico com o Benfica, no Dragão, um adepto seu ter invadido o relvado para abalroar Pizzi. O V. Setúbal foi multado em 153 euros por causa de um gato preto que, na parte final do jogo com o SC Braga, para a Taça da Liga, se passeou por instantes junto à linha lateral, sem chegar a entrar no relvado. O futebol português é isto.
5. Acho piada à chegada do videoárbitro ao ciclismo. Não estou a dizer que não seja importante vigiar e punir comportamentos entre os corredores durante as etapas, mas todas sabemos que os graves problemas da modalidade estão fora da estrada. Refiro-me à elevação da taxa de ciclistas com doenças (obrigados a tomar medicamentos) ou simplesmente com azar (já ouvimos de tudo, desde rebuçados enviados por uma tia do Peru a hormonas de crescimento para a sogra, passando por frascos de EPO e morfina para o cão). O videoárbitro no ciclismo é, portanto, como filmar uma operação do lado de fora da sala.
6. Eu sei que todos partimos um dia e que a morte não tem critério, mas que maldita doença esta que destrói famílias e sonhos sem dó nem piedade. E tantas vezes cedo de mais. Que o jovem Edu descanse em paz. E uma vénia para o Boavista, que lhe tinha renovado o contrato no dia 7 de Dezembro."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Política, corrupção e desporto


"Não é por acaso que o Colégio Militar é um bom exemplo da aquisição de uma boa formação, integral, através do desporto

Política e corrupção sempre andaram de “mãos dadas” por razões evidentes, ou seja, quem precisa de “resolver” problemas tem que ter a “boa vontade” do poder político, isto é, de quem decide, e, por vezes, essa “boa vontade”, tem um preço, a menos que as escolhas das pessoas para os cargos políticos levem em consideração princípios morais, éticos e deontológicos, o que só teoricamente acontece, já que o escrutínio é feito, em circuito fechado, dentro dos partidos, e estes são o que são, nem todos os seus membros andaram na “catequese” ... e daí, as notícias que temos tido de vários casos de corrupção na política que podem ser confirmados pela nossa “Polícia Judiciária,” que essa sim, tenta proteger a nossa sociedade da corrupção, do crime organizado, do banditismo, da droga, etc. ... etc. ... .
O que queremos dizer, de forma bem explícita, é que é na Escola Primária, e em casa, no seio da família, que se aprendem e assimilam os arquétipos, ou seja, os princípios, para que, depois de completada a nossa formação, possamos servir o País e a Grei, com lealdade e competência.
Mas também é na Escola que existe uma disciplina prática de Educação Pelo Movimento, que é Pedagogia pura, quando bem orientada, e Prática-Pedagógica, quando é bem aplicada.
Quer isto dizer que é através dessa prática, viva, verdadeira, espontânea, que são os “comportamentos em situação”, uma Pedagogia cara aos cinesiologistas, que por sua vez, são aqueles que estudam o “Movimento”.
E o que é o Movimento Humano?. É a forma como o ser humano utiliza as suas alavancas, para se deslocar, ou seja, para se movimentar, a que se chama de “Melodia Cinética”. Cada um tem a sua, que é característica de cada ser humano, tem que ver com a sua genética, com a sua educação, personalidade, carácter (marca) e, sobre tudo, com a sua determinação.
Não é por acaso que o “Colégio Militar” é um bom exemplo da aquisição de uma boa formação, integral, através do desporto, actividade central na vida dos alunos do “Colégio Militar” que é determinante na formação do carácter dos seus alunos. Pena que a Escola Pública, do Ministério da Educação, não tenha a mesma visão do problema, e acima de tudo, que não sinta, nem perceba, a sua importância, e por isso os resultados estão à vista, até se vende droga à porta das Escolas ... . Se não acreditam perguntem às várias Polícias!.
Continuando, como vamos equacionar a questão da droga, da doença, do peso morto, para a sociedade, que esta gente representa, e como vamos poder alterar isto e outras coisas na educação dos Jovens??? .
Ficámos a saber, como é possível afastar políticos incompetentes, em Outubro, quando o Presidente da República disse, de forma clara e directa, ao Governo, ou mudam já os procedimentos e os responsáveis , incompetentes, por tudo o que vem acontecendo desde Pedrógão, ou mudo eu! Esta é a única forma de resolver a questão, porque certos políticos não querem perder o poder político, ou seja, a possibilidade, de mais tarde, terem um futuro melhor, e só por isso é que mudaram a sua postura, de um dia para o outro.
Sem a ameaça do Presidente, tudo teria continuado na mesma. Esta a diferença entre aqueles que tomam decisões e iniciativas, sem terem que ser ameaçados.
É esse o comportamento dos ex-alunos do Colégio Militar, e de todos aqueles que tiveram o privilégio de ter recebido, através da prática do desporto, do verdadeiro, uma formação de carácter. 
Só é pena que o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação, não aprendam, para poderem colocar em marcha um programa deste quilate, antes eu sejam “ameaçados” com uma “Guia de Marcha” .... Bom dia."


É a hora de Vieira

"Se Rui Vitória sente dificuldade em indicar aos jogadores a caminho para alcançar o objectivo supremo, alguém terá de fazê-lo

Pausa nas competições do futebol e, deseja-se, também na barulho patrocinado por insignes figuras da classe dirigente e por não menos notáveis especialistas da área da comunicação.
A poucos dias de mudar o ano e com o Campeonato a duas jornadas da sua metade, na frente da classificação estão os candidatos do costume. O FC Porto é primeiro, por ter marcado mais golos e sofrido menos, mas vês o Sporting colado na sua roda com igual número de pontos. Logo atrás, perfila-se o Benfica, tetracampeão, com desempenhos inconstantes que já provocaram a exibição de lenços brancos por parte de franjas mais irritadas de adeptos. No entanto, olha-se para a tabela e verifica-se que o atraso da águia para dragão e leão é de três pontos, diferença insignificante em competição de 34 jornadas disputadas entre Agosto de um ano e Maio do seguinte, pelo que, apesar dos percalços dos encarnados, se mantém viva a discussão do título a três.
Pode parecer estranho, mas apesar dos muitos reparos que têm sido dirigidos ao trabalho de Rui Vitória, e boa parte deles com fundamento, a verdade é que, mesmo a jogar poucas vezes bem, algumas assim-assim e muitas mal, ainda não deslocou dos rivais, nem se sabe se irá deslocar.
O Benfica já jogou no Dragão e não perdeu, que era o propósito, derivado das circunstâncias, mas no momento presente, depois de vistosa exibição em Tondela, que não passou de oásis no deserto, voltou a enervar a Luz, diante do Portimonense: «Um minuto à Benfica e... todo o resto deprimente», foi com este nítido retrato que o jornalista Nélson Feiteirona titulou a sua crónica em A Bola.

Apesar da depressão ser notória na águia e o duelo com o leão assinalar a entrada no Ano Novo, o treinador encarnado assegura que na luta pelo pentacampeonato é grande a convicção e a determinação, mas como provavelmente lhe escapa a solução para o problema, a terapia aplicada é reflectir, ou prolongar a reflexão que começou no retiro do Seixal, cujos efeitos foram praticamente nulos.
Vitória não precisa de um milagre, mas um empurrãozinho dar-lhe-á jeito, no sentido de devolver o talento e a eficácia que uns perderam a meter na cabeça de outros que um jogo de futebol não é comparável a uma passarela de vaidades: ou há predisposição para meter o pé, correr e lutar com mais força do que os adversários ou, então, se calhar, devem mudar de clube ou de profissão.
Para tentar aliviar a pressão no Benfica aproveitou-se a quadra festiva. Foi toda a gente de férias. Sábia medida, quando se começa a caminhar em circuito redondo e as ideias se esfumam o melhor é parar para pensar. Quase uma semana para espairecer e recuperar ânimo porque importa não desaproveitar a oportunidade que resta ao clube, o Campeonato, a conquista do almejado penta, entendendo eu que ainda há tempo para embrulhar os muitos disparates ditos e feitos, a começar por uma pré-época sem nexo, e fazer coincidir a mudança do ano com mudança de atitude da equipa, à qual se deve exigir que deixe de ser intermitentemente ganhadora para passar a ser continuadamente vencedora.

Não adianta chorar sobre o leite derramado, principalmente sobre o inimaginável descalabro europeu que julgo não ter merecido de Rui Vitória a atenção devida. Foi grave, muito grave, ao pretender justificá-lo como se de um percalço vulgar se tratasse. Foi um lapso comunicacional grosseiro, até de algum desrespeito pela massa adepta. Não o fez por mal, mas neste percurso aos solavancos o próprio treinador, além de embaraçado, ficou prisioneiro do último resultado: se é negativo, diz que é a vida; se é positivo, afirma que a fase é boa.
É pois nesta altura pouco tranquila e a reclamar urgentes respostas que presidente e treinador benfiquistas reflectem, distantes um do outro. Mas, sinceramente, reflectir sobre quê? A meio da época decide-se a avaliam-se responsabilidades. Se há um ano, segundo Vitória, a culpa era de períodos atípicos, agora é de desequilíbrios mentais, o que me leva a supor que o plantel necessita mais de um psicólogo do que de um treinador e, meio a brincar, meio a sério, talvez esteja aqui a chave do problema, aliás um pouco à semelhança do que aconteceu em temporadas transactas.
No essencial, o objectivo supremo mantém-se de pé e vai continuar de pé além do dia 3 de Janeiro, quando o Benfica receber o Sporting, em que os limites da diferença pontual entre ambos vão oscilar entre o zero e o seis, podendo até ficar tudo como está.
Com Champions, Liga Europa, Taça de Portugal, Taça da Liga, todas deitadas à rua, irrecusável é o facto do penta ainda se vislumbrar na linha do horizonte e se Rui Vitória sente dificuldade em indicar aos jogadores o caminho para o alcançar, alguém terá de fazê-lo, e esse alguém é Luís Filipe Vieira, o presidente. Tarefa que para ele não esconde segredos. Já a executou antes..."

Fernando Guerra, in A Bola