"No caso dos emails acordou quando a conversa do bruxo já estava estafada.
O PSD retirou uma proposta de alteração legislativa que visava atribuir às Federações com provas profissionais a regulamentação da arbitragem e da disciplina.
Em teoria, com uma mão dava-se mais poder à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e com a outra tirava-se o pouco que a Liga de Clubes tem.
A proposta social-democrata, doutrinariamente falando, fazia sentido, porque a Liga deve concentrar-se, tão-só, na gestão dos quadros competitivos e na defesa da indústria, por sinal muito maltratada, precisamente por aqueles a quem compete cativar público para encher os estádios.
Em termos substantivos, era igual ao litro, pois a Assembleia Geral da FPF já tem poder de veto sobre os regulamentos disciplinar e de arbitragem da Liga – um exemplo paradigmático é o do ‘chumbo’ da polémica norma para proibir o fumo (do cigarro de Bruno de Carvalho) na chamada zona técnica.
O que também não faz sentido é o cada vez mais isolado Pedro Proença – desta vez, célere nas reacções à abortada proposta do PSD, ao contrário do que sucedeu no caso dos queridos emails, acordando quando a conversa do bruxo já tinha passado à reserva – argumentar com um golpe à autorregulação, pois, com estes dirigentes, ela é impossível.
Por isso, é fácil perceber a razão de as receitas dos clubes portugueses serem quase 13 vezes menores do que as dos ingleses."
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