"Na 3ª feira assistiu-se à reprise de um filme déjà vu: grande euforia, grandes esperanças, e depois um balde de água fria que arrefeceu instantaneamente o entusiasmo. Um entusiasmo que fora empolado por um resultado que enganou muita gente: os 7-0 contra a Estónia.
A verdade é que uma equipa de Fernando Santos nunca pode ser assim: alegre, rápida, goleadora. As equipas de Santos são tradicionalmente o oposto: tristonhas, mastigando o jogo, mas competentes. Lembremo-nos que os jogos da fase de apuramento foram ganhos pela diferença mínima. Depois dos 7-0, embandeirámos em arco. Já éramos favoritos: tínhamos um seleccionador corajoso que não receava dizer que queria ganhar, tínhamos o melhor jogador do Mundo, tínhamos adeptos fantásticos que iam encher os estádios. Nada disso se viu. Não jogámos como favoritos, pois não demonstrámos força mental para nos impormos. O seleccionador não foi corajoso e tardou 15 minutos a fazer as substituições depois do golo islandês. O melhor jogador do Mundo não se viu, falhou as poucas oportunidades que teve e nos livres não conseguiu ultrapassar a barreira. Os portugueses não se fizeram ouvir, e foram completamente abafados pelos islandeses, embora em muito menor número.
Quanto aos jogadores, da defesa para a frente, quase tudo claudicou: Danilo esteve demasiado irregular, João Moutinho sem gás, João Mário desinspirado, Ronaldo uma nulidade. Salvaram-se do naufrágio Raphael Guerreiro, André Gomes e Nani. É pouco. Esperemos que, contra a Áustria, regresse a equipa a que Santos nos habituou: tristonha, sem chama, mas competente."
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