quinta-feira, 7 de abril de 2016

Os efeitos de uma boa derrota

"Quando ainda ecoam os elogios à prestação do Benfica em Munique, é preciso lembrar aos mais entusiasmados que a conquista da Champions é um paraíso apenas acessível a 4 ou 5 gigantes do futebol europeu. E que o Benfica não está nesse grupo. O que as águias fizeram na Alemanha, no entanto, foi exactamente aquilo que deveriam ter feito - desfrutar o momento, mas com elevado sentido de responsabilidade. Cumpriram-se assim vários objectivos: a equipa ficou a saber que tem condições para criar dificuldades até ao todo-poderoso Bayern (os rivais portugueses sofreram derrotas traumáticas na última vez que pisaram aquele estádio); saiu reforçada a confiança num momento crucial da temporada; o grupo não regressou a casa destroçado; e garantiu-se ainda que a Luz, no jogo da 2.ª mão, vai rebentar pelas costuras, com uma atmosfera especial para um momento também especial.
As consequências do embate com o Bayern não ficam por aqui. Esta exibição da equipa de Rui Vitória representou mais um passo importante na recuperação da dimensão europeia que Vieira sonhou para o Benfica. Por fim, a cereja em cima do bolo foram as palavras de Guardiola nos últimos dois dias. Frases como "Renato Sanches é, de longe, o melhor jogador europeu com a sua idade" ou "há muito tempo que não via uma equipa defender tão bem" chegaram a todos os cantinhos do Mundo. Que valor tem a palavra de Pep? Por fim, quando o Wolfsburgo - 8.º classificado da Bundesliga a 34 pontos do líder Bayern - conseguiu fazer o que ontem vimos frente ao Real Madrid, fica tudo dito em relação ao mérito daquilo que o Benfica fez na Allianz Arena.
Hoje é dia de Sp. Braga-Shakhtar. Um desafio à medida da ambição do presidente António Salvador e da qualidade da equipa de Paulo Fonseca."

1 comentário:

  1. Só os parolos dizem o contrário. Mas ainda vou ouvir dizer que o Guardiola não percebe nada de futebol.

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