quinta-feira, 7 de abril de 2016

Buracos e tacadas

"Há dias, li que, na China, foram encerrados mais de 60 campos de golfe. Segundo a notícia, e não obstante a sua interdição em 2004, continuam a proliferar os campos na razão directa dos novos-ricos e poderosos chineses. De tal modo que as autoridades fazem vista grossa, autorizando os campos desde que não sejam descritos como... de golfe! Uma mestria burocrática para chinês comum (não) ver...
Nunca gostei de golfe, nem aprecio o seu pseudo elitismo. Mas a obsessão contra este desporto, lá considerado factor de corrupção, evidência uma restrição grotesca num país onde, em quase tudo o que cheire a negócio, a ideologia cedeu ligar o lugar ao pragmatismo comercial e do lucro rápido e orientado.
Dizem as autoridades chinesas que o problema é, também, ambiental. Ou seja, não residerá, apenas nos buracos, com também no green. Daí nada melhor que uma boa tacada, clara está acima do par. E, pelos vistos, o handicap depende não do jogador, mas do que está em jogo ditado pela nomenclatura do poder.
Parece que no golf a musculatura é crucial. Eu, que nada percebo deste desporto, transcrevo o que li na Wikipedia: Ter músculos mais fortes nos pulsos pode prevenir que eles acabem torcidos pelo swing, o movimento de rotação feito para realizar uma tacada. Talvez por isso, o partido único da China ache que o golfe é sinónimo de corrupção. Pelo menos muscularmente. Donde há que acautelar o swing das tacadas.
Já no futebol chinês, o par é outro. Brota dinheiro - sabe-se lá de onde - para importar craques futebolistas (mesmo que já em fase de reforma antecipada) e lhes principescamente. Com ou sem tacadas."

Bagão Félix, in A Bola

1 comentário:

  1. O Bagão por vezes mais valia passar a vez. Tanta coisa para se dissertar e ele vem discorrer prosa sobre coisa nenhuma?

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