quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Agradecimento

" 1. Como não li nenhum comentário acerca da posição pública assumida pelo seleccionador de Cabo Verde no CAN, a decorrer na África do Sul («Cabo Verde é um país lusófono, o português é a língua oficial e quem quiser que se sujeite às regras. Um dos males da língua portuguesa não se afirmar internacionalmente é que gostamos de ser gentis com os estrangeiros e falamos a língua deles...»), quero aqui agradecer ao Sr. Lúcio Antunes a desassombrada lição de patriotismo e de cultura aplicada que nos dá a todos. Esta é mais uma virtude que o aproxima e identifica com Mourinho.
Gostava de ver Vítor Pereira a usar a mesma firmeza para esclarecer a razão porque atira para o rol dos proscritos todos aqueles jogadores que, de algum modo, se atrevem a manifestar o seu desacordo perante alguma decisão dele. Vai longa a lista: Álvaro Pereira, Fucile, Rolando, Iturbe, Souza... Se julga que o ostracismo é o melhor modo de impor a sua autoridade, engana-se redondamente. Esse é o recurso dos pávidos.
Assim como gostava de compreender como é que a SAD do FC Porto tida por intransigente e hábil nos negócios, vendeu 35 por cento do passe de James por 2,55 milhões de euros e agora, decorridos dois anos, os recompra por 8,7 milhões. Mais 6,150 milhões. Uma valorização de 342 por cento!!! Se os números de base estão certos, não se entende...

2. Comemorou-se em Itália o 'Dia da Memória', em homenagem aos milhões de hebreus mortos nos campos de extermínio nazis. O futebol recordou, em particular, uma dessas vítimas, o treinador húngaro de origem judaica Arpad Weisz, o Mourinho de então, que foi campeão com o Inter, onde projectou o desconhecido Giuseppe Meazza, e com o Bolonha. Meazza, que hoje dá nome ao estádio de San Siro, foi o melhor jogador italiano de todos os tempos, duas vezes campeão do Mundo com a squadra azzurra."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

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