quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Desta também já estamos livres, ou não?

"Conversa entre benfiquista e portista a propósito das últimas e próximas ocorrências, mais ou menos importantes e horrendas, conforme dá jeito.

ACTO 1
- Taça da Liga
«Desta já estamos livres»
Pinto da Costa
20-03-1012
(minutos depois de o FCP ter sido eliminado pelo SLB na meia-final da Taça da Liga de 2012)

FOI de propósito ou não foi de propósito? Eis a questão. Um benfiquista e um portista discutem muito racionalmente a inverosímil falha nos serviços de secretaria do FCP que deverá conduzir ao afastamento do FCP da corrente edição da Taça da Liga, isto se a lei foi igual para todos, o que não é líquido.
- Pronto. Desta também já estão livres! - começa o benfiquista.
- Livres estão vocês de jogar connosco a final dessa horrenda competição - responde-lhe o portista.
- A última e única vez que jogamos com vocês uma final da Taça da Liga levaram três-a-zero.
- Isso foi no Estádio do Algarve, não conta. Praticamente é Marrocos.
- E no ano passado, na meia-final da mesma horrenda competição, levaram três-a-dois no Estádio da Luz.
- Gosto muito do Estádio da Luz, é o nosso salão de festas em Lisboa.
- Tem graça, sempre pensei que o vosso salão de festas em Lisboa fosse a Assembleia da República.
- Invejosos! Fica lá com mais uma Taça da Liga que sempre vos faz muito proveito.
- Calma aí. Para chegarmos à final temos que ir jogar a Braga a meia-final, o que não é fácil.
- Rezo a São Bentinho da Porta Aberta para que levam com o Pedro Proença em Braga para vos acabar com as veleidades.
- Metam uma cunha.
- É o melhor árbitro do mundo, carago! É a melhor coisinha que vocês têm lá no SLB.
- Gostos não se discutem mas, por acaso, estou mais a ver o Pedro Proença a apitar a outra meia-final, o Vitória de Setúbal - Rio Ave. Depois daquele episódio com os «energúmenos» faria todo o sentido.
- Se o FCP for afastado da Taça da Liga na secretaria podes ter a certezinha, amigo, que esta é a última edição da Taça da Liga.
- Mas diz lá, amigo, foi de propósito ou não foi de propósito?
- O quê?
- Que utilizaram indevidamente três jogadores no jogo com o Vitória de Setúbal a contar para essa horrenda competição. Pelo mesmo lapso já foi o Braga B penalizado em 2 pontos...
- Estás tolinho? Estás a comparar o Braga B com o FCP? Faz algum sentido o FCP ser desclassficado por uma questão de 15 minutos em 72 horas?
- A culpa foi do relógio?
- Foi do relógio do Ricardo Costa! Isto são regulamentos do tempo da outra senhora.
- É a vingança do relógio do Calabote. Mas diz-me lá uma coisa, os regulamentos não são iguais para todos?
- Deixem-se de modernices.
- Como no ano passado o presidente do FCP ficou contente por ter sido eliminado pelo SLB dessa horrenda competição pode ter acontecido que algum funcionário diligente da vossa super-organização tenha querido dar-lhe a alegriazinha de se ver da Taça da Liga pela via administrativa.
- Então deve ter sido o mesmo diligente que deixou o Lima ir para o Benfica. Com essa falha administrativa é que eu não me aguento.
- Provavelmente entenderam que Lima não é nome de jogador para o FC Porto.
- Onde é que isso já se viu, carago?
- No Sporting, por exemplo. Quiseram mudar o nome ao Joãozinho porque não tinha nome de jogador para o nível social do Sporting.
- Isso para mim é chinês. Por que é que Lima não haveria de ser nome para um jogador do FCP?
- Porque é nome de fruta - respondeu o benfiquista depois de pensar um bocadinho no assunto.
- Tende vergonha, vocês estão feitos com a Liga. É um escândalo. Até conseguiram pôr no site da Liga que o resultado do SLB-FCP foi 3-2 favorável às vossas cores. Sois ridículos!
- Terá sido um lapso, não? Ainda na segunda-feira, a Sport TV, pôs o FCP a ganhar por 2-0 ao Gil Vicente quando o resultado ainda estava em 1-0.
- Isso não é lapso. Isso é ciência.
- Disseram os responsáveis do site da Liga que foi um lapso que só durou 20 segundos e foi imediatamente corrigido.
- Eu bem vi no fim do jogo o meu presidente, sempre atento, a exibir para as câmaras o seu Blackberry aberto online na página oficial da Liga com esse lapso de 20 segundos.
- Se o teu presidente, sempre atento, tem o Blackberry online na página oficial da Liga não tem desculpa para não saber os regulamentos dessa horrenda competição. Bastava-lhe olhar para o telemóvel e nada disto tinha acontecido.
- Não queremos saber da Taça da Liga para nada. perdemos com vocês de propósito a final de 2010, perdemos com vocês de propósito a meia-final de 2012 e vamos ser afastados de propósitos por via administrativa em 2013.
- Mas que grande organização!
- E em 2014 acabou-se essa horrenda competição para o FCP! Nunca mais lá nos apanham.
- Entendido. Vão fazer à Taça da Liga o mesmo que fizeram à secção de basquetebol. Extingui-la. Dessa também já se livraram.

ACTO 2
- Campeonato
«Em breve seremos líderes»
Helton
16-01-2013

«Estamos a caminho do tri»
Fernando Póvoas
26-02-2013

«Vamos ser campeões»
Defour
28-02-2013

OS mesmos conversam agora sobre o campeonato nacional deixando para trás o assunto da horrenda competição de propósito abandonada por via administrativa.
- Sinfonia, sinfonia, meu amigo. Foi uma sinfonia o jogo com o Gil Vicente!
- Parabéns. Vingaram-se bem vingados dos dois pontos que perderam em Barcelos na primeira volta.
- Fomos roubados em Barcelos.
- Olha que o presidente do teu clube diz que só gente estúpida e ridícula é que fala de árbitros.
- O presidente falava conjunturalmente. Não falava estruturalmente.
- Estavas a contar que o SLB encostasse em  Braga?
- Outra vergonha! O Peseiro facilitou, o árbitro facilitou, o guarda-redes do Braga facilitou, não tendes mérito nenhum.
 - Ah, pronto. Mas ouvindo-vos falar este campeonato está tão no papo que nem sequer vale a pena disputar a segunda volta.
- A segunda volta é um pró-forma, amiguinho.
- De onde vos vem essa certeza toda, essa convicção inabalável? É matéria de ciência?
- É matéria de direito.
- De direito desportivo?
- De direito divino.

ACTO 3
- Taça de Portugal
«Todos querem chegar ao Jamor»
Jorge Jesus
29-01-2013

OS mesmos viram agora a agulha para a Taça de Portugal deixando para trás o assunto do campeonato que já tem vencedor embora ainda vá a meio.
- Vimo-nos aflitos com o Paços na primeira parte mas com o golo do Lima desbloqueámos o jogo - disse o benfiquista.
- Estão todos feitos com vocês. Está feito o Paços, está feito o António Salvador...
- Grande falhanço do vosso scouting este Lima ter ido para o SLB.
- Não jogais nada.
- Mas concordas que na eliminatória anterior o Benfica fez um belo jogo em Coimbra, ou não?
- A Académica é que ofereceu de propósito o jogo ao Benfica. Contra vocês foi só facilidades mas no ano passado, contra nós, esmifraram-se todos e eliminaram-nos da Taça de Portugal...
- ... essa horrenda competição?
- Ou acabam com essa porcaria das finais no Jamor ou desistimos também da Taça de Portugal já a partir da próxima época.
- O quê? Vão fazer à Taça de Portugal o mesmo que fizeram à secção de basquetebol?!"

Leonor Pinhão, in A Bola

Taça roscofe

"Poderia ter sido um Omega. Ou um Jaeger Lecoultre. Ou um Glasshutte. Ou um Baume & Mercier. Ou até um mais banal Swatch. Mas, não. Foi, afinal, um Roskopf de século XIX que, naquela tarde, quis resistir à concorrência e à má fama dos baratuchos e inconsistentes relógios e aportuguesados como 'roscofes'.
Por isso, os 15 minutos que, de facto, faltaram para completar as 72 horas entre dois jogos para três jogadores deveram-se ao falso adiantamento do tal relógio roscofe (em segunda mão) que, prussianamente, foi usado em consonância estética com a barba negligé do treinador Viktor. Não é que o avanço dos ponteiros tenha sido muito. Afinal, 15 minutos em três dias de roscofe dá 5 minutos por cada um deles, coisa que, não raro, também acontece aos melhores.
Mas, o certo é que a perfeita a imaculada organização do clube em causa - que sempre olha para o escrutínio das entidades oficiais com a máxima mais compaginável com o lema por que é conhecido o afamado Omega («não atrasa, nem adianta») - vê-se agora fulminada por culpa de um obsoleto roscofe.
Felizmente, no plano desportivo, nada de grave. Afinal trata-se de uma tacinha desprezível e dispensável. A taça, que já foi maliciosamente conhecida por Taça LB, poderá ser agora cognominada Taça Roscofe.
Uma última observação: consta que um anterior proprietário do relógio padecia de benfiquismo. Lá está, a culpa por aquelas bandas nunca morre solteira. Vai sempre de núpcias com a obsessão da Luz.

P.S. Continua o silêncio a irregularidade de marcação do já efectuado Setúbal-Porto. Sem roscofes..."

Bagão Félix, in A Bola

A Liga e os seus regulamentos

"Os regulamentos são disparatados, mas os clubes aprovam-os e não os conhecem?

O FC Porto vai ser afastado da Taça da Liga porque, por 15 minutos, desrespeitou uma regra criada para as equipas B.
Ao SC Braga foi aplicada pena de derrota diante do Belenenses por ter utilizado um jogador antes de passarem 72 horas sobre a sua utilização (por meia dúzia de minutos) na equipa principal.
Agora, ao Belenenses e ao Sporting B poderão ser aplicadas penas de derrota por terem feito alterações às equipas que em Dezembro não puderam defrontar-se devido a intenso temporal na cidade de Lisboa. Quando jogaram, em Janeiro, os dois clubes mudaram os onzes e, até, os suplentes. Isto porque, apesar de o jogo não ter começado, havia, aparentemente, uma ficha preenchida e assinada e que, quase um mês depois, teria - segundo foi aprovado por todos os clubes - de ser respeitada.
Pergunta óbvia: respeitaram V. Setúbal e FC Porto os mesmos onzes que alinhariam quando o jogo do Bonfim foi adiado, também devido a temporal? Isso não se sabe. É que neste caso, salvo melhor informação, não foi preenchida a ficha de jogo. Ou seja: no reencontro, os dois clubes podiam fazer o que bem entendessem.
Pretendem os regulamentos beneficiar uns clubes em detrimento de outros? Claro que não. Simplesmente, é cada vez mais evidente que na Liga são escritos sem que seja medida a importância das palavras (e aprovados pelos clubes sem o cuidado necessário). Em situação desportivas iguais, não pode haver consequências administrativas diferentes.
Convém não se esquecer o erro cometido, há alguns anos, na elaboração do regulamento da Taça da Liga. Então, dizia expressamente o texto que o desempate seria feito através de goal-average (média de golos), mas acabou por ser aplicado o critério da diferença de golos - era esse o espírito da lei, argumentou-se então. E agora, como se descalça esta bota?"

Nuno Perestrelo, in A Bola

PS: Acho muito estranho não ter sido preenchida a ficha do jogo Setúbal-Corruptos que foi adiado...!!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Já cheira...


Paços de Ferreira 0 - 2 Benfica

Boa vantagem, no intervalo nas Meias-finais da Taça de Portugal... Campo sempre complicado, com um adversário organizado, e aguerrido... podíamos ainda ter marcado na 1.ª parte, o Paços também teve algumas semi-oportunidades mas o Artur teve uma noite calma, os muitos livres laterais do Paços mantiveram a ilusão de perigo - e o absurdo critério disciplinar, manteve os jogadores Benfiquistas amedrontados nas disputas de bola... -, mas o Benfica foi resolvendo os problemas... até que o Lima resolveu manter a onda goleadora, após excelente assistência do Salvio... com a expulsão do Vítor, o 2.º golo do Benfica, ficou ainda mais fácil, mais uma vitória merecida...
Nada está resolvido, mas o caminho para o Jamor está aberto... agora temos que esperar o segundo jogo, e temos que esperar muito!!!
No fim de uma série de 4 jogos consecutivos fora de casa, 100% vitoriosa, só temos que estar satisfeitos, a equipa está bem, e recomenda-se...

O calcanhar de Jesus

"Recordo a passagem de um texto que escrevi a seguir à eliminatória entre o Benfica e o Braga para a Liga Europa: “No conjunto dos dois jogos, o Benfica criou 12 oportunidades de golo e o Braga 3. Além dos 2 golos marcados, o Benfica atirou 2 bolas ao poste, Artur [na altura guarda-redes do Braga] fez 4 defesas impossíveis, e houve 4 perdidas escandalosas de Cardozo e Saviola. Em contrapartida, os dois golos do Braga resultaram de lances fortuitos: um livre e um canto”.
Em jogos anteriores entre Braga e Benfica a exibição foi muitas vezes melhor do que o resultado. No sábado passado, foi ao contrário: o resultado foi melhor do que a exibição.
Jesus foi criticado pela atitude da equipa na 2ª parte. Mas qualquer treinador, apanhando-se a ganhar 2-0 em Braga, faria o que ele fez: procurar controlar o jogo e apostar no contra-ataque.
Só que o Benfica não sabe controlar os jogos nem tem jogadores para isso. O único médio de raiz é Matic. Quanto aos outros, Enzo Perez é um extremo adaptado, Salvio e Ola John são extremos à antiga, Gaitán é um malabarista. Ora, Matic não pode bater-se sozinho contra 3 ou 4 adversários rotinados na função.
O Benfica é muito bom quando consegue meter rapidamente a bola no ataque e jogar no último terço do terreno; quando o jogo se enreda no meio campo (como aconteceu contra o FC Porto e o Braga), é um drama.
Para se tornar definitivamente uma grande equipa, o Benfica tem de aliar, à capacidade de atacar, a sabedoria de “meter o jogo no congelador”. Mas para isso precisa de dois médios típicos, que não tem. 

P.S. – O meu Belenenses ganhou ao Benfica B e está quase na 1ª Liga. Parabéns"

Lixívia 16

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica.........42 (-4 ) = 46
Corruptos......42 (+4 ) = 38
Braga...........29 ( 0 ) = 29
Sporting.........19 (+6 ) = 13

Anda muita gente nervosa !!! Tão nervosa, que não são capazes de dizer duas frases, sem mentir com todos os dentes...!!! A estratégia é simples: atiram-se com supostos factos, todos falsos, ou pelo menos omissos, e deixam-se ficar no 'ar', isto porque ninguém os contraria em directo, ninguém... nem os jornaleiros avençados nem os outros comentadores... Este fim-de-semana começou, no Domingo com o canalha do 'imitador rasca', quando lhe perguntaram para analisar o Braga-Benfica atirou-se logo ao árbitro: Bruno Esteves, disse o canalha, que não o surpreendeu a 'vergonhosa' arbitragem, já que o Bruno Esteves tem um curriculum de 'roubos' a favor do Benfica, e como exemplo falou dos jogos do ano passado entre o Benfica e o Paços!!! Irrita-me profundamente  quando estas bestas dizem as maiores barbaridades e não são contrariados. Se dos jornaleiros eu não espero nada, dos representantes do Benfica, exige-se o mínimo de preparação, e o Gobern - que gostava mais quando não representava o Benfica!!! -, mais um vez riu-se, mas não disse nada...!! E esta até era fácil: os dois jogos da época passada entre o Benfica e o Paços foram, na realidade duas arbitragens vergonhosas, foram dois roubos monumentais, em que o Benfica saiu, sempre muito prejudicado, sendo que em Paços tivemos um famoso penalty não assinalado sobre o Bruno César, que até deu amarelo ao Bruno!!! No total nesse jogo em Paços foram 5 penalty's não assinalados - no video ainda faltam dois, um sobre Nolito e outro sobre o Nelson!!! -, e as duas expulsões no final da partida a jogadores do Paços só pecaram por tardias... No jogo da Luz foi um golo mal anulado, e pelo menos 2 penalty's, um sobre o Matic e outro após cabeceamento do Luisão- não encontrei video sobre os casos deste jogo, assim deixo o link para o resumo normal. Para ver como estas estratégias de difamação mentirosas resultam, recordo ainda que Bruno Esteves no primeiro jogo que apitou do Benfica, há duas épocas, num Benfica 2 - 0 Paços, errou ao marcou um penalty a favor do Benfica, que o Coentrão 'sacou' bem, mas sem influência no resultado, já que o Aimar tinha marcado um grande golo de entrada. Mas como o ataque dos paineleiros foi tão grande, o homem ficou afectado, e nos dois jogos seguintes, que apitou do Benfica, curiosamente também com o Paços, sentiu a obrigação de mostrar o seu afastamento em relação ao Benfica!!!
Adenda: Só agora me lembrei que a época passado o Bruno Esteves também apitou o famoso Feirense-Corruptos em Aveiro, o jogo do murro do James, e onde o Belusha faz um penalty descarado, e o Bruno Esteves mostra amarelo ao jogador do Feirense!!! É preciso ter mesmo muita lata, para ainda afirmar que o Bruno Esteves tem um historial de beneficio ao Benfica... Repito: só gentinha muito canalha!!!



O Gadelhas canalha não ficou por aqui, ainda foi buscar estatísticas!!! Imagine-se a lata !!! Como a única onde aparentemente o Benfica vai à frente é o número de penalty's a favor (7 - 4), esqueceu-se de todas as outras, especialmente aquelas que têm influência directa nos resultados. O Rearviewmirror, compilou os dados das últimas épocas, e os resultados não enganam, e se ele tivesse analisado os dados estatísticos dos últimos 30 anos, os números seriam os mesmos: um beneficio total para os Corruptos, em penalty's a favor, com menos penalty's contra, nos cartões amarelos e vermelhos, em tudo...
O Alguidar Corrupto também vomitou números mentirosos, diz ele que o Benfica beneficia de muitos jogadores castigados que são impedidos de jogar com o Benfica. O Master Groove já o desmascarou, mas nos números do Master não estão incluídos os jogadores emprestados, pelos Corruptos, ou pelos empresários 'amigos' que nas vésperas dos jogos, misteriosamente se lesionam, nem os treinadores que passam os jogos a 'olhar para o chão', nem os bloqueios físicos das equipas, as mesmas que quando defrontam o Benfica, jogam com a dose de cavalo da amarelinha!!!
Aqui ficam as imagens, que demonstram quais as razões do Benfica não estar isolado na liderança do Campeonato nesta primeira metade da época, estas imagens são as verdadeiras estatísticas:

Foi curioso também assistir à palestra que o Gomes da Silva sobre o Calabote: antes de falar era o pagode total, depois da verdade ter sido dita, calaram-se !!! O Corrupto, que não perde uma oportunidade para lançar a farpa do Calabote, armou-se em 'digno' e disse que não quer ofender a memoria da família!!! Hipócrita de merda... O Paliteiro de Merda - é assim que ele se refere ao Benfica!!! - engasgou-se, e começou a falar no diz que disse!!! Provando que nenhum deles sabe o que se passou... Só gente canalha...


Bem, esta semana voltamos a ter uma arbitragem minimamente equilibrada no Braga - Benfica. A não nomeação dos árbitros do 'costume' para os jogos mais importantes do Benfica está a deixar muita gente nervosa!!! É curioso que este facto, o afastamento dos árbitros 'consagrados' - os ligados aos Corruptos - dos jogos do Benfica, realmente indica que finalmente o Vítor Pereira - o ex-árbitro -, está mesmo a contrariar os Corruptos... o engraçado é que isto é visto pelos Corruptos e pelos Lagartos como um sinal que o Benfica está a 'ganhar' terreno no controle da arbitragem nacional!!! Aquilo que eles não dizem, é que nestes três jogos (Sporting-Benfica, Benfica-Corruptos e Braga-Benfica) as arbitragens, foram no geral boas, com erros, mas com critérios iguais para os dois lados, não houve golos irregulares, expulsões injustas ou outras formas canestras de condicionar os jogos... Se quando os outros 'dominam' as nomeações temos regularmente escândalos semana, após semana, e agora os escândalos são menos (não prejudicando ninguém...!!!), porque o Benfica tem influência na nomeação, onde está o problema??? É óbvio que esta pergunta deverá ser feita a quem está de boa fé no futebol, o que em Portugal é quase ninguém!!!

Em Braga, além da habitual pressão caseira, nos lances divididos que caíram sempre para os da casa, nos principais lances não houve erros, sendo que na expulsão do Haas a decisão foi acertada, o Lima ficaria completamente isolado. A única estranheza nesta jogada, foi a Sport TV não ter nenhum câmara com um ângulo apertado sobre o lance, parece que preferiram manter a dúvida (já o tinham feito recentemente com o penalty sobre Garay no jogo com os Corruptos!!!)... Foram ainda marcados erradamente dois foras-de-jogo, um ao Urreta e outro ao João Pedro. Apesar de no pós-jogo só se terem lembrado do fora-de-jogo mal marcado ao Braga...!!!
Uma nota também para os cumentadeiros especialistas, os mesmos que são tão lestos a elogiar todas as equipas que metem o autocarro à frente da baliza, quando jogam contra o Benfica, e que desta vez, não gostaram de ver o Benfica a gerir uma vantagem de dois golos!!! Melhor do que eu, o Gauchos explicou o síndroma anti-Benfiquista que esta gentalha sofre...!!!
Recordo ainda para os mais distraídos, inclusive os Benfiquistas, que têm defendido, que o calendário do Benfica na 2.ª volta é mais complicado. A 14 jornadas do final da época, o Benfica tem 8 jogos em casa, e 6 fora, todos os nossos adversários (Corruptos, Braga e até os Lagartos) têm 6 jogos em casa e 8 jogos fora!!! Eu sei que isto pouco interessa, que as arbitragens são muito mais decisivas - estou muito, mas mesmo muito pessimista em relação à possibilidade do Benfica ser Campeão... -, mas esta mensagem está a ser divulgada exclusivamente para pressionar a equipa do Benfica, e dar folga psicológica aos Corruptos, como também é costume...

Os Lagartos voltaram a ser beneficiados, com um penalty claro, não assinalado perto do fim do jogo... Só o Pedro Henriques na TVI achou que não era penalty porque foi o jogador do Vitória a provocar o contacto!!! Incrível...!!!

Os Corruptos jogaram com o Gil amorfo, com uma boa dose de amarelinha, e ainda beneficiaram da tradicional benevolência disciplinar: ainda na 1.ª parte Fernando resolve dar um pontapé num adversário, e nada foi marcado... em sentido contrário o Cláudio fez duas faltas e foi expulso com dois amarelos!!! Tudo normal...

Anexos:
Benfica
1ª-Braga(c) E(2-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, (3-2), (-2 pontos)
2ª-Setúbal(f) V(0-5), Jorge Sousa, Nada a assinalar
3ª-Nacional(c) V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
4ª-Académica(f) E(2-2), Xistra, Prejudicados, (0-3), (-2 pontos)
5ª-Paços de Ferreira(f) V(1-2), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
6ª-Beira-Mar(c) V(2-1), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado
7ª-Gil Vicente(f) V(0-3), Vasco Santos, Nada a assinalar
8ª-Guimarães(c) V(3-0), João Ferreira, Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
9ª-Rio Ave(f) V(0-1), Bruno Esteves, Nada a assinalar
10ª-Olhanense(c) V(2-0), Rui Silva, Nada a assinalar
11ª-Sporting(f) V(1-3), Marco Ferreira, Nada a assinalar
12ª-Marítimo(c) V(4-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
13ª-Estoril(f) V(1-3), Duarte Pacheco, Nada a assinalar
14ª-Corruptos(c) E(2-2), João Ferreira, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
15ª-Moreirense(f) V(0-2), Capela, Nada a assinalar
16ª-Braga(f) V(1-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar

Sporting
1ª-Guimarães(f) E(0-0), Capela, Nada a assinalar
2ª-Rio Ave(c) D(0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar
-Marítimo(f) E(1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Gil Vicente(c) V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, (2-2), (+2 pontos)
5ª-Estoril(c) E(2-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-3), (+1 ponto)
6ª-Corruptos(f) D(2-0), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-0), Sem influência no resultado
7ª-Académica(c) E(0-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
8ª-Setúbal(f) D(2-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
9ª-Braga(c) V(1-0), Proença, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
10ª-Moreirense(f) E(2-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
11ª-Benfica(c) D(1-3), Marco Ferreira, Nada a assinalar
12ª-Nacional(f) E(1-1), Soares Dias, Nada a assinalar
13ª-Paços de Ferreira(c) D(0-1), Rui Silva, Nada a assinalar
14ª-Olhanense(f) V(0-2), Hugo Pacheco, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
15ª-Beira-Mar(c) V(1-0), Cosme, Nada a assinalar
16ª-Guimarães(c) E(1-1), Xistra, Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)

Corruptos
1ª-Gil Vicente(f) E(0-0), Duarte Gomes, Beneficiado, Prejudicado, (1-1), Sem influência no resultado
2ª-Guimarães(c) V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicado, Sem influência no resultado
3ª-Olhanense(f) V(2-3), João Ferreira, Nada a assinalar
-Beira-Mar(c) V(4-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
5ª-Rio Ave(f) E(2-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
6ª-Sporting(c) V(2-0), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-0), Sem influência no resultado
7ª-Estoril(f) V(1-2), Capela, Nada a assinalar
8ª-Marítimo(c) V(5-0), Cosme, Nada a assinalar
9ª-Académica(c) V(2-1), Hugo Pacheco, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
10ª-Braga(f), V(0-2), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
11ª-Moreirense(c) V(1-0), Vasco Santos, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
12ª-Setúbal(f) V(-3), Proença, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
13ª-Nacional(c) V(1-0), Rui Costa, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
14ª-Benfica(f) E(2-2), João Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
15ª-Paços de Ferreira(c) V(2-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
16ª-Gil Vicente(c) V(5-0), Paulo Baptista, Beneficiados, Sem influência no resultado

Braga
1ª-Benfica(f) E(2-2), Soares Dias, Beneficiado, Prejudicado, (3-2), (+ 1 ponto)
2ª-Beira-Mar(c) V(3-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
3ª-Paços de Ferreira(f) D(2-0), Pedro Proença, Nada assinalar
4ª-Rio Ave(c), V(4-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f), V(0-2), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
6ª-Olhanense(c), E(4-4), Jorge Tavares, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7ª-Marítimo(f), V(0-2), Benquerença, Nada a assinalar
8ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
9ª-Sporting(f) D(1-0), Proença, Prejudicados, (1-1), (-1 ponto)
10ª-Corrutpos(c) D(0-2), Xistra, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
11ª-Académica(f) V(1-4), Soares Dias, Nada a assinalar
12ª-Estoril,(c) V(3-0), Nuno Almeida, Beneficiados, (3-1),Sem influência no resultado
13ª-Moreirense(c) V(1-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
14ª-Nacional(f) D(3-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
15ª-Setúbal(c) V(4-1), Duarte Gomes, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
16ª-Benfica(c) D(1-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O centro do universo

Baú com terra de todos os campos
Um pequeno baú guarda, desde 1941, todo um chão sagrado

Em 1969, o célebre astronauta americano Neil Armstrong trouxe para o nosso planeta uma porção de pó branco que recolheu no local onde andam, desde sempre, as cabeças dos poetas e dos distraídos. Nada de novo. Afinal, já em 1941 o famoso maratonista do Benfica Manuel Dias entrara no Campo Grande com um punhado de terra astronomicamente sagrado. Mas já lá vamos.
Nessa exalta ocasião, o nosso clube inaugurava o seu quinto campo. Embora, na época, a palavra 'reciclagem' não se revestisse da importância que tem hoje, a obra era isso mesmo um produto refeito. No rescaldo da festa, a imprensa classificou de 'condignas' as instalações. O campo recorde-se, havia pertencido ao Sporting, que entretanto se mudara para o Lumiar com a sensação de quem abandonara uma barraca para se instalar num chalé.
Ora, nos dias de hoje, em que os estádios são de outro planeta, o termo 'condignas' só faria sentido numa perspectiva eco-friendly, como, por exemplo, no caso do estádio brasileiro Janguito Malucelli, feito em madeira reciclável, em 2007, para além de outros predicados únicos em matéria de consciência ambiental.
Mas, nos anos 40, o Benfica cumpria ainda a sua sina de Marco Polo contrafeito em deambulação por Lisboa. E o advento do Campo Grande não passava de mais um sonho a que se dava forma com a mesma receita de sempre: madeira e pregos.
Os benfiquistas daquele tempo estavam longe de imaginar a futura 'casa' de cimento que só teriam na década seguinte. E muito menos a 'estação espacial' de arcos vermelhos que seria a Luz do futuro milénio.
Voltando ao grande Manuel Dias e àquela tarde inolvidável de 1941, não posso deixar de ver nele um peculiar Neil Armstrong, finalizando a história 'Estafeta da Saudade' debaixo de uma ovação monumental, como se acabasse de chegar do espaço e transportasse dentro de um 'cofre' o centro do universo. O tesouro seria simbolicamente enterrado no miolo do campo, perto do local onde hoje se encontra o outrora inimaginável Alvalade XXI. No seu interior, sob a forma de terra, residia a memória de todos os campos por onde passara o Benfica.
A tradição manteve-se e o pequeno baú receberia ainda o chão sagrado da desaparecida 'catedral'. Recentemente, submeteu-se a um 'peeling' e vai estar no museu.
Há dias, contei esta história a dois amigos. Um deles, sportinguista, atacou logo: 'Isso de guardar terra num baú é bocado fúnebre!' O outro benfiquista, defendeu que: 'fúnebre, mas sobretudo, I-NÚ-TIL, é guardar lagartos num frasco de álcool desnaturado, como fazia o Darwin. Não se aprende nada com eles!...'.

Luís Lapão, in Mística

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ética e carácter

" «O FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética.»
Vítor Serpa, editorial de 'A Bola'

Ah! Pois não caro Vítor. Tanto assim que não ganhou. Ou terá havido ética em todo aquele comportamento histérico num célebre empate em Manchester obtido à custa de um tal de Ivanov, árbitro russo entretanto desaparecido em combate (não sem antes ter tentado chutar Portugal para fora do Mundial de 2006), e que teria certamente muito para contar se se decidisse a fazê-lo.
Não, o FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética. Nem sequer o Campeonato Nacional, ou a Taça de Portugal...
Se estivesse, não tinha um presidente que recebeu árbitros em casa na véspera de um jogo (terá sido só um?).
Se a ética os preocupasse, não tínhamos assistido às cenas deprimentes de outro árbitro a ser preseguido pelo campo fora por uma equipa inteira. Nem a pedras e bolas de golfe atiradas para dentro do relvado no decorrer de um jogo.
Ora bem! Ética! E um saco de calhaus lançado sobre o carro de um presidente adversário do alto de um viaduto? Será isto ética? E prostitutas enfiadas à sorrelfa nos quartos de mais árbitros? Ah! Os árbitros! Sempre o fascínio dos árbitros! Viagens ao Brasil, envelopes com dinheiro... Os árbitros outra vez!
E a ética? Onde fica? Fica perdida por entre jornalistas espancadas, ameaçados, por entre fotógrafos atropelados? Frase tão mortífera, tão assassina esta: «O FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética». Pois não. Definitivamente não!
A ética pertence ao campo do carácter. E há gente para a qual nem uma coisa nem outra têm significado."

Afonso de Melo, in O Benfica

Calabote não morre

"Há uma semana, muito ao estilo do 'quem não chora, não mama' até houve quem passasse de beato a burro, depois daquela 'só os burros falam de arbitragem'. A lamúria portista foi um desplante, acaso o Benfica - FC Porto havia legitimado semelhante carpideira? O ano passado, sim. Um golo decisivo, em claro fora-de-jogo, deu um triunfo imoral e, se calhar, um Campeonato. Quem era burro até virou beato, até virou santo...
Agora, o pranto é derramado em Braga, onde o Benfica joga o seu próximo compromisso. É só uma casualidade. O líder local queixa-se da expulsão (incorrecta) de um defesa, sugerindo que o árbitro, Duarte Gomes, agiu propositadamente. Por que não se queixa da exibição de mero cartão amarelo (incorrecto) a um dos seus jogadores, depois de uma cotovelada que só poderia conduzir de imediato para o banho?
Pior, muito pior, trouxe à colação Calabote, assumindo arqueológicas dores portistas. Ainda pior, muito pior, não deve saber do que fala. Esclareça-se que o FC Porto até venceu essa edição do Campeonato, que Inocêncio Calabote foi irradiado, que nada sucedeu ao outro árbitro que, nesse mesmo dia, expulsou dois jogadores do Torriense, facilitando o decisivo triunfo azul e branco com dois golos obtidos nos últimos instantes da partida.
Calabote é um história velha, propositadamente mal contada. A pressão sobre as arbitragens é uma história outra vez nova, propositadamente acelerada. Razão? O Benfica. O Benfica e a sua (dolorosa para eles, claro) vertigem ganhadora."

João Malheiro, in O Benfica

Pinto da Costa na corda bamba

"1. A utilização irregular de três jogadores pode valer ao FCPorto a desqualificação na Taça da Liga. É uma notícia, para lá de surpreendente, inimaginável, tratando-se do clube mais organizado de Portugal. Até ali, o stress da gestão e muita incompetência traíram uma máquina julgada infalível. Diz o povo que quando a nódoa cai no melhor pano, os danos são sempre mais visíveis e as consequências sobrevalorizadas. É o caso.
2. Sabe-se como às vezes a aplicação da lei em Portugal é um exercício difícil, em que na maioria dos processos quem julga olha ao nome, ao estatuto e ao volume dos apoios de quem é julgado, e o resultado final, a pena, não reflecte exactamente o que está regulamentado. Esperemos então para ver, porque o assunto está entregue aos advogados de FC Porto, V. Setúbal (parte interessada na desqualificação portista) e ao Conselho de Disciplina. Um cocktail explosivo, é o que é.
3. Aconteça o que acontecer, este caso é um tremendo aborrecimento para a recandidatura de Pinto da Costa. O presidente do FC Porto levantou recentemente a hipótese de dar o lugar a outro, depois de se ter tornado no dirigente mais titulado do Mundo, mas, subitamente, entrou um grão de areia na engrenagem e o que pode acontecer é ter mesmo de se ir embora, mas empurrado por associados e accionistas em fúria com a eliminação da equipa. Na Alemanha, em Inglaterra ou nos Estados Unidos seria assim. Mas estamos em Portugal. E é a FPF liderada por Fernando Gomes que está a julgar o caso. Calma.
4. O Benfica, de Jorge Jesus, ganhou pela primeira vez em Braga. Foi uma vitória conseguida a tremer e ninguém deixou de notar que o treinador das águias mudou a equipa em função do adversário. Medo ou inteligência? Quem quer ser campeão não pode confundir demonstrações de superioridade com necessidade de ganhar.
5. É um dos maiores enigmas do Benfica. Não é do Benfica B, é do Benfica mesmo. Por que é que Miguel Rosa não merece de Jesus o mesmo tratamento que é dispensado a André Gomes e a André Almeida? Enfim, há sempre uns mais iguais do que outros.
6. Apesar do festival de desmentidos, tem-se tornado evidente que José Mourinho não passa nem mais um Natal em Madrid. Aos 50 anos, que mais pode ele desejar do que ganhar a Liga dos Campeões para oferecer a tantos e bons “amigos” espanhóis que tem?
7. As provas começam a cair, uma aqui, outra ali, à medida da vergonha de cada um: a União Ciclista Internacional encobriu um teste positivo de Lance Armstrong, no Tour de 1999; a somar a outro conhecido na Volta à Suíça, já são dois. Quem reescreve a história?

UM CASO SÉRIO
O conceito de carreira no futebol profissional é muito vago. Extremamente vago, até. O que é de certo modo incompreensível quando os “gestores de carreira” pululam de lés a lés. Grosso modo, a carreira é um período profissional onde se tenta conjugar o sucesso desportivo – a obtenção de títulos colectivos – com as vantagens financeiras que daí podem advir. Enfim, se estas duas dimensões puderem coexistir, é a felicidade absoluta. Também aqui cada um tem a que pode.
Mas o que se verifica cada vez mais é que este conceito de carreira se resume às finanças. Vejam-se os casos de Bruno César e Insúa. O primeiro era um dos futebolistas em ascensão no Corinthians, com vontade de vencer na Europa. Bastaram uns petrodólares para que fosse contratado pelos árabes. Para ganhar o quê? Justamente petrodólares. Insúa veio do Liverpool para relançar a carreira em Alvalade. Sai agora, e tanto lhe fazia que fosse para o Grémio, no Brasil, ou o Atlético Madrid, em Espanha. É a carreira. 

MVP: Ricardo Santos
Em 2012 foi uma das grandes revelações do golfe profissional, tendo-lhe sido atribuída a qualificação de estreante do ano. Agora conseguiu uma classificação relevante em Abu Dhabi, onde para trás ficaram vedetas como Rory McIlroy e Tiger Woods. Finalmente, em Portugal o golfe não se limita aos belos campos.

A FRASE: «Estou no topo do futebol português» (por Joãozinho)
O diminutivo não faz do novo lateral-esquerdo do Sporting um jogador acanhado. Ele sabe o que significa passar do Beira-Mar para o luxo da academia leonina. E também não é o gigantismo desta suficiente para o obrigar a mudar de identidade. João é Joãozinho, pois."

Strong

"A recente confissão de Lance Armstrong sobre as práticas de dopagem que  o levaram a tornar-se num dos mais bem sucedidos desportistas de sempre, chocou o Mundo, e, em particular, os fãs do Ciclismo, como é o meu caso.
Na verdade, ao longo da sua triunfante carreira, o hepta-campeão do Tour de France foi objecto de centenas de análises para despiste do consumo de substâncias proibidas, e nenhuma delas acusou qualquer ilegalidade. Só a denúncia de antigos colegas de equipa desencadeou o processo - que terminou agora, com o ex-campeão de joelhos perante o Mundo.
Se a história do Ciclismo tem sido fértil em casos de doping, também é justo dizer-se que a modalidade tem estado quase sempre na vanguarda da luta contra ele. De recolhas sanguíneas surpresa efectuadas durante as férias, até aos chamados 'passaporte biológicos' (onde vão sendo registadas as variações hematológicas de cada atleta), tudo tem sido feito para combater a fraude, pelo que não deixa de causar alguma inquietação a forma como foi possível, ainda assim, alguém enganar tudo e todos durante quase todo o tempo.
Ora, sabendo-se que o tipo de controlo aplicado ao Futebol, comparado com o do Ciclismo, não passa de uma mera e inocente formalidade, a suspeita de que a verdade desportiva nos relvados não passe, também ela, de um embuste, torna-se dramaticamente verosímil. Até porque os muitos milhões de euros envolvidos - bem mais suculentos do Desporto-Rei - são o convite que normalmente seduz os infractores.
Em Portugal, temos casos comprovados de tentativas de falsear a verdade desportiva por outros meios, nomeadamente através da corrupção de árbitros. Ninguém me convencerá facilmente que, esses mesmos corruptores, na ânsia de ganhar a qualquer preço, não se sirvam também de outros expedientes que a fragilidade de vigilância lhes coloca à disposição.
Não me surpreenderia, pois, que um dia o Futebol português revelasse um monstro de dopagem à medida de Armstrong. E com muito mais do que sete títulos para devolver."

Luís Fialho, in O Benfica

Futebol com palavra

"Aquele depoimento do Zé Maria, descendente de pescadores, antigo jogador do Varzim, ficou nos anais da bola, no anedotário da coisa. «O André é o melhor trinco do mundo, eu sou o melhor trinco da Europa.»  
Tenho-me lembrado dessa frase nos últimos tempos, para justificar uma que venho repetindo com frequência. «O Pedro Proença é o melhor árbitro do mundo, exceptuando Portugal». Anedota? Laracha? Porque não realidade? O futebol, nos últimos anos, mudou muito. A bola está mais culta, esperta, fala melhor. Expressões como “chutei com o pé que tinha à mão” ou “estou com uma lesão de stress no joelho” são peças arqueológicas. Hoje, os protagonistas, jogadores e treinadores, têm discurso, muitas vezes escorreito, sumarento, vivificante.
Nos anos 60, os atletas da Académica eram quase excepção num panorama medíocre, sempre que a bola se dava à conversa. Legitimava-se, jocosamente, a ideia de que os futebolistas só tinham inteligência na ponta das chuteiras. Manuel António, Mário e Vítor Campos, Gervásio ou Artur Jorge grifavam a diferença. Na actualidade até nas televisões, antigos executantes cujas carreiras se concluíram há pouco, nada ficam a dever a muitos intelectuais que debitam sobre o universo futebolístico.
As gentes da bola estão a ganhar um novo campeonato, o da palavra, das ideias, da sabedoria. As chuteiras não deixaram de falar, mas as bocas abrem-se para análises com agilidade mental e sem autogolos na língua-mãe. Ainda assim insisto que «Pedro Proença é o melhor árbitro do mundo, exceptuando Portugal»."

A eficácia vital

"Passar em Braga era vital para as aspirações do Benfica na corrida pelo título. Jorge Jesus, finalmente, ganhou no Minho. Embora num jogo que até começou com uma aparente simplificação, mas que se complicou quando o Benfica já julgava tê-lo na mão. Só que os encarnados têm melhores valores individuais, setor a setor. E isto notou-se.
Arrancar a partida praticamente a ganhar é sempre uma vantagem suplementar que conta bastante. Mesmo sem Cardozo, o Benfica deixou Lima na frente, Salvio e Ola John nas alas, mas dispôs de um Gaitan "multiusos" que acabaria por ser determinante em quase tudo o que o movimento ofensivo dos encarnados fabricou. Além de outras situações, vincou-se nos dois golos, em que o argentino é o desequilibrador numérico no lance do primeiro, e o motor de uma jogada de contra-ataque puro no segundo.
No entanto, outras diferenças houve. Uma delas, incontornável, tem a ver com o eixo defensivo. Nos bracarenses, quando se temia que Sasso pudesse ser o problema, afinal foi Haas o elo mais fraco. Ele "está" nos dois golos, se bem que, no segundo, Beto também não fica isento de responsabilidades. O contraponto esteve do outro lado, pois a dupla Luisão/Jardel - e até mais este do que aquele - seria responsável por negar a concretização de jogadas, algumas delas bem construídas pelos minhotos, em especial durante a primeira metade. Enfim, os centrais e Artur.
É verdade que Ruben Amorim, Hugo Viana e Mossoró (e até Alan, enquanto teve alguma velocidade para tal) fizeram o que lhes era possível, simplesmente houve muita elaboração e pouquíssima consequência. O Braga pode sustentar que teve mais cantos e mais remates, só que isto de nada serve se o grau de eficácia é diminuto. O curioso é que a equipa de Peseiro só "saltou" a barreira da inconsequência depois da entrada de João Pedro, o que terá levado Jesus a reformular o meio campo com o trio André Almeida/Enzo/Matic, na expetativa de gerir uma vantagem que, apesar disto, acabaria reduzida.
A expulsão de Haas, em cima dos 85 minutos, "aliviou" a luta dos encarnados na zona central do terreno, se bem que a sucessão de substituições, para ambos os lados, e uma (ainda) maior descida da cadência de jogo, tornasse a parte final da partida em pouco mais do que fazer correr o tempo.
Nota acrescida : insólita a declaração de José Peseiro, que falou de um Braga "sempre prejudicado" nos confrontos com os grandes. Que me lembre, nunca o tinha ouvido falar de uma forma tão abrangente. 
Agora, o Benfica fica à espera do desfecho do desafio entre FC Porto e Gil Vicente, embora não espere, certamente, que algo vá mudar em relação ao duelo que continuará a manter com os dragões. Já o Braga, depois desta derrota, tem o objetivo no campeonato totalmente definido, se é que ainda pensava noutra hipótese : o terceiro lugar é um tesouro a defender firmemente."

72 horas

"Definitivamente, a fórmula “72 horas” entrou no léxico do futebol desta época. Em face das notícias provenientes do Conselho de Disciplina (CD) da FPF, parece que alguns andavam atentos às implicações jurídicas dessa fórmula e outros se distraíram fatalmente.
O conceito terá sido importado das necessidades fisiológicas de recuperação muscular dos atletas entre jogos sucessivos e foi plasmado, expressamente, no art. 23º do Regulamento de Competições da Liga (regras de fixação do dia e hora dos jogos das competições oficiais) e no art. 13º do “Regulamento das Equipas ‘B’” da Liga (regras de utilização dos jogadores na equipa principal e na equipa B).
Esta semana, o CD olhou para este preceito (não sabemos se motivado por denúncia de terceiros), consultou as fichas dos jogos e, por um lado, castigou sumariamente a equipa ‘B’ do Braga e o seu jogador utilizado em violação desse art. 13º e, por outro, instaurou processo disciplinar contra a FC Porto SAD (e, presume-se, contra os seus jogadores). Em causa estão sanções graves: derrota nos jogos e subtracção de pontos para o clube; suspensão de 1 a 4 jogos para os atletas.
Está pois encontrada a “lei desportiva” do momento. “Qualquer jogador apenas poderá ser utilizado pela equipa principal ou equipa ‘B’, decorridas que sejam 72 horas após o final do jogo em que tenha representado qualquer uma das equipas, contadas entre o final do primeiro jogo e o início do segundo”. O Braga ‘B’ não cumpriu o “prazo mínimo” com um jogador no mais recente jogo da II liga e o FCPorto não terá cumprido com três jogadores no último jogo da fase de grupos da Taça da Liga. Agora esperamos por novas “descobertas” noutros jogos…
Os casos lembram-me o “processo Meyong/Belenenses” decidido há uns anos pela Comissão Disciplinar: então, o jogador do Belenenses tinha sido inscrito e registado uma terceira vez e utilizado pelo clube, sem que esta terceira utilização fosse permitida. Então como agora o ilícito é o mesmo: “inclusão irregular de jogadores”. Então como agora as questões são sensivelmente as mesmas (para além da dúvida em computar no “intervalo” os jogos da Taça de Portugal).
Se houver mais do que um jogador envolvido, haverá uma só ou várias infracções disciplinares do clube? Deverá ou não o juízo de ilicitude dirigido ao jogador ser menorizado? Tendo havido erro indesculpável na gestão de equipas profissionais, quem deve ser responsabilizado nas organizações internas? Então como agora, prevejo que, no fim, as “narrativas” se preparem para culpar a Liga, o CD e, quiçá, os relógios…"

De Joãozinho a Godinho, só preocupações

"O Sporting somou a sua terceira vitória de rajada, pequena proeza, é certo, mas nunca vista nem saboreada no decorrer da temporada. Esta “normalização” da equipa de futebol pode ajudar Godinho Lopes a sobreviver aos movimentos de oposição ao seu mandato, nascidos e caldeados pelas patéticas prestações da equipa de futebol até ao momento em que Jesualdo Ferreira deixou de ser o “treinador dos treinadores” para passar a ser o treinador dos jogadores.
O Sporting não é um clube “diferente” dos demais. Tem uma massa adepta que exige resultados e para quem o resto são pormenores contabilísticos e dispõe de uma massa crítica de ex-futuros-dirigentes (ou futuros-ex-dirigentes…) para quem os balancetes são tudo o que há de mais importante. Sobretudo quando, à míngua de resultados, se propiciam revoluções.
Independentemente do que vier a acontecer na propalada assembleia geral de Fevereiro – no caso de se realizar -, sobreviva ou não o presidente levado ao colo pelo treinador e pelos animadores resultados da equipa de futebol, é caso para se dizer que, vistas as coisas com frieza e distância, este modo corrente de funcionar do Sporting não vai longe.
Não pode ir longe. Nem merece ir longe porque uma gestão que, no centro de um vendaval, se preocupa politicamente com futilidades idiotas em nome da suposta superioridade classista do tal clube “diferente” está condenada ao fracasso. Isto para não dizer que está condenada à galhofa. O último ensaio de futilidade correu mal aos ideólogos e propagandistas de Godinho Lopes e teve resposta na hora. Por entenderem que Joãozinho não é nome de jogador de futebol que se possa apresentar em Alvalade – por ser excessivamente popularucho, adivinha-se – quiseram mudar o nome profissional do rapaz emprestado pelo Beira-Mar. Mas o dito Joãozinho não foi nisso, não se atemorizou com os aristocratas de serviço e, pelas suas palavras, pôs um “ponto final” no assunto. Tem personalidade o rapaz, bravo! Pena só que este episódio do diminutivo “inho” tenha servido para explicar a dois dos heróis da equipa B – Zézinho e Betinho – que não têm hipóteses de chegar à equipa A por uma questão de “classe”. O próprio Godinho devia repensar o seu nome, ou não?

ERRAR É HUMANO
Sanduiches só nas rulotes
Perdoem-me os meus amigos benfiquistas, e também os do Vitória de Setúbal, mas a arbitragem de Pedro Proença no Bonfim não teve nada de épico ou de escandaloso que deslustrasse o bom nome do melhor árbitro português. Proença limitou-se a fazer cumprir as leis do jogo. A sucessão de cartões amarelos que levaria às expulsões de Bruno Gallo e de Jorginho obedeceu aos mandamentos disciplinares da FIFA – entradas duras e simulações – e a grande penalidade foi bem apontada. Como é do conhecimento geral, o futebol não permite “sanduiches”. E foi isso mesmo que Pedro Santos e Miguel Lourenço fizeram a Varela. 
Em futebol são só permitidas sanduiches ao balcão das rulotes à entrada dos estádios. No relvado, dentro das quatro linhas, é proibido ensanduichar o adversário. O inevitável ruído em torno da arbitragem de Pedro Proença em Setúbal não passa disso mesmo: folclore do momento. No entanto, há jogos que não acabam quando o árbitro apita para o fim. E o jogo de Setúbal, na noite de quarta-feira, será um deles. Com isenção ou facciosismo, o público já julgou a actuação de Proença. Falta saber como julgarão a mesma actuação os observadores da Liga a quem Proença, recentemente, passou um atestado de suspeição que vai continuar a fazer furor.

POSITIVO
Jackson a somar
O avançado colombiano do FC Porto voltou a liderar a tabela dos goleadores da Liga depois dos dois golos que assinou em Setúbal e que permitiram ao FC Porto tornar fácil uma viagem que se previa difícil. Chapéus há muitos Lima, o brasileiro que o Benfica foi buscar ao Braga, está a especializar-se em golos de chapéu. Marcou um à Académica, para a Taça, e outro ao Moreirense para a Liga. Veremos o que faz no sábado na sua antiga casa.

NEGATIVO
Mistério Leonardo
Permanecem misteriosas e envoltas numa onda de boataria as circunstâncias em que Leonardo Jardim foi despedido do Olympiakos, o líder isolado do campeonato grego com uma margem confortável de avanço. 

PÉROLA
"Seremos líderes em breve", Helton
O guarda-redes do FC Porto não tem dúvidas sobre quem será o campeão este ano e anunciou que o mano-a-mano com o Benfica está para terminar. Para que os seus planos se concretizem convirá a Helton, no entanto, não repetir as suas saídas da área a driblar adversários como aconteceu em Setúbal. Um susto."

No aproveitar esteve o ganho

"Benfica passou tormenta mas "matou o borrego"
Para a enorme tarefa que jogar em Braga sempre implica, Jesus apostou no atrevimento ofensivo e não se deu mal com isso. Em geral, estas missões de maior perigo convidam a uma maior toada de contenção, dentro daquele espírito comezinho do "devagar que tenho pressa" ou do ainda mais irritante "cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém". Como se esse expediente não fosse, muitas vezes, o escape, não do cauteloso, mas do indeciso ou até mesmo do ignorante, que não sabe o que há de fazer. 
Jorge Jesus, porém, sabia muito bem qual a receita a aplicar. Sem Cardozo, lesionado, embora contasse com Rodrigo no banco, o técnico encarnado, com apenas uma unidade mais destacada na frente (Lima), não deixou, contudo, de optar pelo ataque declarado, mas com epicentro no miolo, em cuja zona se colocaram Sálvio e Ola John, nas alas, e ainda Gaitán, no meio. Enquanto isso, à retaguarda, para lá do quarteto habitual, o Benfica apresentava uma dupla de trincos constituída por Matic e Enzo Perez.
Foi assim artilhado e vocacionado para a luta que os encarnados se lançaram sobre a baliza contrária, marcando logo ao minuto 5, por Sálvio, com algumas culpas para Beto, que não segurou, e muitas mais para Haas, a deixar-se antecipar na recarga que se seguiu. Estava dado o mote, já que o 0-2 (Lima, 35') também surgiu de brinde, mas aqui de exclusiva responsabilidade do guardião da casa.
Isto numa altura em que a partida dava já então mostras de um maior equilíbrio no chamado jogo-jogado em todo o terreno, pois que em matéria de ocasiões (e de perigo) para o Braga, essas houve-as também de início, com Haas e Mossoró como protagonistas, a que Artur, ao contrário de Beto, sempre se opôs com segurança. A diferença esteve foi nos guarda-redes e na consequente capacidade de aproveitamento dos dois ataques.
Na 2ª parte, o Braga mostrou-se naturalmente mais insatisfeito, a equipa subiu no terreno, num mais claro apoio a Éder, com o Benfica a dar-se ao luxo de controlar a situação, o que sempre fez com acerto. Peseiro fez então a primeira mudança, com a troca de um médio (Amorim) por um avançado (João Pedro), numa tentativa de reforçar o jogo de ataque. Jesus respondeu com a entrada de André Almeida para o lugar de Ola John, o que fez alterar o posicionamento e, com ele, as funções de Gaitán e dos trincos.
O Braga ganhou com a troca e não apenas pelo golo que o mesmo João Pedro conseguiu aos 77', relançando a partida, mas porque os da casa se mostravam mais ameaçadores e surgiam com mais insistência e mais espaços nas linhas recuadas da Luz. Ficou a ideia de que Peseiro, perdido por um, perdido por mil, tardou em fazer entrar Ruben Micael (isso só aconteceria aos 86') ou até mesmo José Luís  para tirar partido da nova situação.
Valeu aos encarnados a expulsão de Haas (por suposto derrube a Lima), o que retirou todas as reservas que ainda restavam à formação bracarense, obrigando nesta a compensação à retaguarda (recuou Custódio), quando o objectivo era então o assalto em força às redes de Artur, em busca da igualdade. Como se não tivessem bastado os lapsos nos golos, a abrir o jogo, esta exclusão ainda estava no programa, a fechá-lo.
Pelo pragmatismo e dinâmica imprimida de início por Jesus, que se revelaram determinantes, o Benfica fez jus ao triunfo, mas o Braga, obrigado logo a abrir a lutar pela recuperação, não teve tarefa fácil e foi adversário bastante meritório. Para um candidato ao pódio, porém, cometeu erros grosseiros e comprometedores em demasia."

Gaita(n) é outra música

"O Benfica entrou na pedreira a cortar pedra. Como se sabe, Jesus apresenta uma estratégia diferente para cada jogo e ontem repetiria a equipa de Moreira de Cónegos se Cardozo não se tivesse lesionado. Obrigado a alterar, Jesus acabou por criar outro estratagema, que assentou que nem uma luva a Gaitan, um autêntico Fórmula 1 entre dois carros de baixa cilindrada, (H. Viana e Custódio).
Aliás, Gaitan foi o motor da equipa na primeira parte. Período onde o Benfica impôs o seu futebol dominante.
Apesar dos golos do Benfica terem sido marcados em dois contra ataques eficazes, Gaitan foi o principal protagonista na elaboração dos mesmos. No primeiro golo isolou Sálvio, no segundo solicitou Lima.
 No futebol, o mérito de uns usufrui do demérito de outros. Já realçamos a importância da elaboração e da finalização, mas os centrais do Braga, e Beto, ao não abordaram os lances correctamente foram cúmplices nos golos que sofreram.
Mas se ambas as equipas jogaram em 4x3x3, pergunta-se então porque é que o Benfica foi superior na primeira metade. A resposta esteve na liberdade de acção de Gaitan, que com a sua velocidade, técnica, e inteligência acabou por abrir buracos no sector defensivo do Braga, algo que o seu homólogo Mossoró, apesar de se ter esforçado, não conseguiu fazer perante a rapidez do trio intermédio das águias. Outra das causas para a vantagem do Benfica na primeira parte, foi a falta de incisão dos laterais bracarenses, que só se preocupavam em defender sem seguir os alas dos encarnados quando estes inflectiam para o centro.
No decorrer da segunda parte tudo mudou. Jesus surpreendeu, e ao contrário da regra (ataque) avançou com a exceção (defesa). Com essa intenção, tirou Ola John aos 67 minutos e colocou André Almeida no meio campo. Mas neste esquema, uma equipa que tem uma filosofia atacante e é obrigada a jogar contra natura acaba por sentir dificuldades com uma postura defensiva. O SC Braga na etapa final veio com outra atitude e aproveitou o espaço que o Benfica lhe proporcionou. Com a entrada de João Pedro os arcebispos imprimiram outro ritmo, passaram de dominados a dominantes e acabaram por marcar um golo. De saudar ainda o facto da equipa de Peseiro conseguir manter a pressão ofensiva mesmo reduzida a 10 unidades. E não foi por acaso que o Braga foi superior na estatística.
O Benfica continua imparável, e ao somar três pontos em Braga consolidou a manutenção da liderança. Venceu com todo o mérito, e demonstrou durante todo o jogo, que está muito forte na organização colectiva  na acção das contínuas, e sincronizadas movimentações dos jogadores! Se na primeira parte a tendência atacante cativou os apaixonados do futebol, também a segurança pragmática da vitória satisfez os adeptos do Benfica."

domingo, 27 de janeiro de 2013

A caminho da época perfeita !!!


Benfica 85 - 74 Académica
23-14, 25-20, 19-20, 18-20

Mais um troféu, numa época que se quer perfeita... as expectativas são muito altas, por isso mesmo, o grau de exigência é alto, e só o pleno nos troféus poderá satisfazer minimamente os adeptos , porque além das vitórias, queremos ver bom Basket... Este é o terceiro caneco da época, agora só faltam os dois mais importantes: a Taça de Portugal e o Campeonato. 
Hoje até começamos bem, mas nunca conseguimos 'matar' a partida, e a Académica - com muita gente formada no Benfica !!! - foi acreditando. Já nos últimos 5 minutos eles aproximaram-se perigosamente, mas com um tempo de desconto, a equipa acalmou, e voltámos a ter os 10 pontos de vantagem, que soubemos gerir nos últimos segundos.
O MVP da final foi o Betinho, com os 25 pontos - ontem tinha marcado somente 6 !!! -, mas para mim o jogador mais importante foi o Diogo Carreira. Após todos os problemas de saúde, o Carreira demorou algum tempo a recuperar a forma, chegou mesmo a ser a última opção no banco, mas não desistiu, e regressou à sua melhor forma... se calhar até voltou melhor!!! Hoje, é o principal base da equipa, além dos pontos que marca, apreendeu a gerir os tempos de ataque, algo que antigamente fazia com dificuldade... hoje, no momento mais complicado no 4.º período, foi o Diogo que empurrou a equipa para a vitória, com pontos e assistências...

A organização

"O descuido do FC Porto na violação das regras de utilização de jogadores da equipa B antes do tempo permitido na formação principal foi uma enorme surpresa para todos os que se habituaram a considerar a organização portista uma máquina infalível.
Desta vez, parece não se ter tratado de mais uma esperteza para reverter em próprio benefício a ingenuidade dos adversários, nem mais um episódio de batota ou abuso de confiança. No meio da obsessão com os habituais tratamentos de favor ao Benfica, agora à cata dos cartões mostrados ou por mostrar nos jogos do rival e nos dos seus adversários seguintes, a tal máquina descuidou-se e trabalhou com uma falta de rigor que assusta.
Estes acidentes de percurso têm sempre um lado positivo, despertando mentes adormecidas pela rotina do sucesso fácil implantado por José Mourinho no ano antes do Apito Dourado: “Em condições normais vamos ser campeões e em condições anormais também seremos campeões”. Pela conversa de Vítor Pereira, que imita terrivelmente as poses afectadas  a barba descuidada e o tom agreste, o FC Porto não teria adversários privados de jogadores expulsos ou com 5 amarelos, quando na verdade idênticas limitações afectaram metade dos seus opositores na 1.ª volta da Liga, atirando para cima do Benfica o odioso de uma situação que o beneficia por igual.
Quando a organização coloca o treinador nos ecrãs a manipular estatísticas, também aposta na ignorância e na falta de referências dos concorrentes, sempre lerdos a reagir e normalmente apanhados desprevenidos pela capacidade de antecipação das diatribes portistas, para quem a generalidade dos meios de comunicação são mais complacentes.
O rigor é o primeiro mandamento da cartilha profissional e a sua falta acarreta uma má imagem para as instituições, não se percebendo que a Liga tenha demorado três semanas a detectar uma falha tão evidente, ou que esperasse que ela prescrevesse sem ninguém dar por nada. Esta é uma daquelas situações anormais a que Mourinho ou o seu émulo se podiam referir em voz ameaçadora e serem na mesma campeões."

Eliminação


Guimarães 3 - 1 Benfica
10-25, 25-17, 25-18, 25-22

Ontem tinha avisado que este não seria fácil, como não vi o jogo não posso comentar as suas incidências, mas parece que com a vitória no 1.º Set por 10-25 a equipa ficou convencida que seria fácil...!!!
Nas últimas épocas temos falhado no Campeonato, e conquistado a Taça, espero que este ano seja ao contrário... não existe margem de erro, agora que estamos fora da Taça, o único caminho é a vitória...

adenda: O Miguel Tavares, lesionou-se durante a partida, com o Vinhedo indisponível, coube ao Júnior Miguel Rodrigues, que já tinha jogado um bocadinho na véspera com o Esmoriz, ocupar a posição de Distribuidor. Creio que esta situação explica o que se passou...

sábado, 26 de janeiro de 2013

Algum dia (noite) tinha que ser !!!


Braga 1 - 2 Benfica

Vitória da malapata do Jesus vs. o síndroma Peseiro - explico: durante muitos anos em Portugal, o fenómeno Fernando Mamede (derrotas sempre nos momentos decisivos) foi analisado até à exaustão, acho que já é tempo do Peseiro ter o mesmo tratamento!!! E eu até acho que as equipas do Peseiro jogam bonito... -, comparando este jogo, com os desaires dos últimos anos em Braga, sou forçado a admitir que este foi provavelmente o melhor jogo do Braga!!! Mas como fora do campo o ambiente - apesar das palavras aparvalhadas (ou não) do Pedreiro a semana passada... -, até foi relativamente normal, e como a arbitragem também foi equilibrada, o Benfica acabou por vencer com naturalidade... É verdade, que esta noite tivemos alguma fortuna, o Benfica não costuma permitir tantos remates à própria baliza - comparando o trabalho do Artur hoje, com o do jogo com os Corruptos, ficamos sem saber quem deveria estar a disputar o título com o Benfica!!! -, mas também não é necessário massacrar todos os jogos, para vencer as partidas, existem momentos onde sem dominar, também temos que ganhar... e ganhámos limpinho, sem ajudar externas - outras equipas quando jogam menos bem, têm sempre uma rede de segurança!!!
Curiosamente a história deste jogo foi ao contrário, daquilo que tem sido habitual no Benfica deste ano: o Benfica entra a vencer, com vantagem dupla, em vez de entrar a perder, e ser obrigado à remontada... apesar disso, o 'terror' dos últimos minutos acabou por acontecer na mesma. Eu sou daqueles adeptos, chatos, que quando estamos a vencer por 2-0, digo sempre que 2-0 é um resultado muito perigoso, e a partir do minuto 77 - golo do Braga - sofri bastante, e a expulsão do central do Braga, não alterou o meu estado cardíaco.... mas até ao minuto 77, até foi um dos jogos mais pacíficos que assisti nos últimos tempos!!!
Excelente primeira parte, com o Nico em grande forma... na 2.ª parte começamos a controlar o resultado demasiado cedo, o Nico ficou sem pernas, e a equipa deixou de ter capacidade para esticar o jogo...

PS1: Obrigado Beto !!!

PS2: Fiquei a saber antes do inicio do jogo. Os meu pêsames para a família do Vítor Hugo, do Força Mágico SLB, perdeu a guerra com a leucemia, mas 'festejou' hoje a vitória do nosso Benfica!!!