segunda-feira, 12 de março de 2012

Ganhar, ganhar...

"1. Têm sido semanas terríveis, em parte por culpa própria, em parte por culpas alheias (campo impraticável na Rússia, arbitragens 'impraticáveis' em Coimbra e contra o FC Porto), em parte, ainda, pelos imponderáveis do Futebol. Estamos com três pontos (e meio...) de atraso, quando deveríamos estar, pelo menos, com dois pontos de vantagem sem falhas de arbitragem (vitória em Coimbra, empate com o FC Porto). Agora, resta-nos ganhar o que há para ganhar daqui em diante, jogo a jogo, acabando com esta malapata e esperando que outros também e venham a sentir.

2. Estou a escrever antes do encontro com o Zenit e por isso mantenho-me no confronto com o FC Porto. Os protestos portistas por causa do jogo ter sido à sexta-feira foram ridículos. E mais ainda se se fizeram contas: os jogadores do Benfica somaram mais tempo nas selecções que os do FC Porto, conte-se todos eles ou apenas aqueles que foram titulares na jornada anterior. Mais importante: nenhum desses titulares portistas jogou mais que 45 minutos e Witsel 58 minutos. Gostaria de perguntar àqueles que se apressaram a fazer eco das críticas portistas se queriam que os 11 (ou 14) jogadores do Benfica (e não apenas 3 ou 4) jogassem com o Zenit dois ou três dias depois de defrontar o FC Porto...

3. Declaração do insuspeito Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, ao JN: 'Nos outros anos, ficávamos divididos, porque metade do nosso ficava na parte de baixo do estádio e a outra na parte de cima. Agora vamos poder ficar todos juntos e isso é bom'. Tudo decorreu sem problemas (e o autocarro do FC Porto viajou e esteve em Lisboa continuando intacto...) e, afinal, a caixa de segurança não é nenhum papão, como quiserem fazer crer os responsáveis do Sporting, antes e depois do jogo.

4. Surgiu agora a ideia de que os árbitros deveriam boicotar o Benfica como fizeram ao Sporting, em função das declarações do treinador e do presidente. Simplesmente, há uma grande diferença que querem esquecer: o Sporting pressionou João Ferreira (e o 'bandeirinha', Pais António) antes do jogo, não o criticou depois. E foi por isso que ele se recusou a arbitrar."


Arons de Carvalho, in O Benfica

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