sexta-feira, 7 de março de 2025

Benfica mostra os dentes mas não morde


"A derrota do SL Benfica frente ao FC Barcelona, expôs uma preocupante falta de "killer instinct" da equipa encarnada. Perante um adversário reduzido a dez jogadores desde o minuto 22, o Benfica não soube capitalizar a vantagem numérica, evidenciando uma ineficácia ofensiva alarmante.
O que se viu em campo foi um Benfica capaz de furar as linhas de pressão catalãs, consistente nas transições e inteligente nas variações do centro de jogo mas que não passou da banalidade assim que esbarrava na defesa adversária e na boa exibição do guarda-redes Szczesny, que, ainda assim, realizou defesas importantes. Mas quantas dessas podemos classificar de "defesas impossíveis"?
É inadmissível que uma equipa como o Benfica não consiga traduzir a superioridade numérica em campo, e estatística em ações ofensivas em golos. Essencialmente numa competição europeia onde as oportunidades como estas são escassas e têm de ser aproveitadas com eficácia. A falta de agressividade, de criatividade, em suma, de assertividade da equipa do SLB no último terço do terreno foi exasperante e colocou em causa a possibilidade da equipa de seguir para os quartos de final da Champions.
O Barcelona, mesmo desfalcado, demonstrou resiliência e eficácia, enquanto o Benfica revelou-se previsível, até mesmo empático para com os naturais desequilíbrios na ocupação dos espaços dos catalães, sem grande rasgo para estraçalhar a defesa Blaugrana. Como que acreditando que relógio no marcador traria por si só o golo que acabou por entrar, mas na baliza errada. E os jogadores que mordem na Liga Portugal, contra o Barça fizeram festinhas.
De que valem remates esperados de posições enquadradas, quase que permitidas pela defesa adversária, quando os executantes do processo defensivo adversário se superiorizam na sua técnica defensiva a momentos de ataque onde o assumir do risco não foi evidente, como tem de acontecer quando o adversário está ferido por uma expulsão desde o minuto 22!
Esta derrota serve para refletir. Não basta dominar a posse de bola ou criar mais oportunidades; é imperativo concretizá-las! É necessário pôr-se tudo o que se tem de talento, de força, e de paixão nos momentos de finalização. Não interessa de nada chutar por chutar e jogar para as estatísticas!
Sem um "killer instinct" apurado, o Benfica arrisca-se a continuar a ser uma equipa de memórias no panorama europeu.
O jogo de ontem foi mais do que uma simples derrota; foi um espelho das fragilidades do futebol português ao mais alto nível. Urge uma mudança de mentalidade para que as equipas nacionais voltem a assumir o protagonismo pelo qual os seus adeptos anseiam.
Caso contrário, o Benfica, assim como o Sporting ou o Porto, continuarão a ser uma presa fácil para os tubarões europeus, incapazes de morderem e matarem as partidas quando têm a oportunidade."

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