"A derrota do SL Benfica frente ao FC Barcelona, expôs uma preocupante falta de "killer instinct" da equipa encarnada. Perante um adversário reduzido a dez jogadores desde o minuto 22, o Benfica não soube capitalizar a vantagem numérica, evidenciando uma ineficácia ofensiva alarmante.
O que se viu em campo foi um Benfica capaz de furar as linhas de pressão catalãs, consistente nas transições e inteligente nas variações do centro de jogo mas que não passou da banalidade assim que esbarrava na defesa adversária e na boa exibição do guarda-redes Szczesny, que, ainda assim, realizou defesas importantes. Mas quantas dessas podemos classificar de "defesas impossíveis"?
É inadmissível que uma equipa como o Benfica não consiga traduzir a superioridade numérica em campo, e estatística em ações ofensivas em golos. Essencialmente numa competição europeia onde as oportunidades como estas são escassas e têm de ser aproveitadas com eficácia. A falta de agressividade, de criatividade, em suma, de assertividade da equipa do SLB no último terço do terreno foi exasperante e colocou em causa a possibilidade da equipa de seguir para os quartos de final da Champions.
O Barcelona, mesmo desfalcado, demonstrou resiliência e eficácia, enquanto o Benfica revelou-se previsível, até mesmo empático para com os naturais desequilíbrios na ocupação dos espaços dos catalães, sem grande rasgo para estraçalhar a defesa Blaugrana. Como que acreditando que relógio no marcador traria por si só o golo que acabou por entrar, mas na baliza errada. E os jogadores que mordem na Liga Portugal, contra o Barça fizeram festinhas.
De que valem remates esperados de posições enquadradas, quase que permitidas pela defesa adversária, quando os executantes do processo defensivo adversário se superiorizam na sua técnica defensiva a momentos de ataque onde o assumir do risco não foi evidente, como tem de acontecer quando o adversário está ferido por uma expulsão desde o minuto 22!
Esta derrota serve para refletir. Não basta dominar a posse de bola ou criar mais oportunidades; é imperativo concretizá-las! É necessário pôr-se tudo o que se tem de talento, de força, e de paixão nos momentos de finalização. Não interessa de nada chutar por chutar e jogar para as estatísticas!
Sem um "killer instinct" apurado, o Benfica arrisca-se a continuar a ser uma equipa de memórias no panorama europeu.
O jogo de ontem foi mais do que uma simples derrota; foi um espelho das fragilidades do futebol português ao mais alto nível. Urge uma mudança de mentalidade para que as equipas nacionais voltem a assumir o protagonismo pelo qual os seus adeptos anseiam.
Caso contrário, o Benfica, assim como o Sporting ou o Porto, continuarão a ser uma presa fácil para os tubarões europeus, incapazes de morderem e matarem as partidas quando têm a oportunidade."

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