"Bruno Lage saiu perturbado de Rio Maior. Rui Costa saiu perturbado de Rio Maior. Os jogadores saíram perturbados de Rio Maior. Quem trabalha no Benfica, e não tenha saído perturbado daquele jogo, eu diria que está a mais no Clube.
Ainda a quente, o treinador foi confrontado por adeptos, também eles naturalmente perturbados. Com transparência, com coragem, genuíno como sempre, Lage, numa linguagem livre, deu a cara e tentou dar explicações. Alguém sem escrúpulos gravou a conversa a vendeu-a à comunicação social - ávida de sangue para alimentar audiências.
Daquilo que ouvi na gravação, não apenas percebo como concordo com tudo o que foi dito. E, palavreado à parte, confesso que até gostei da energia e da confiança reveladas pelo técnico.
É claro que só as vitórias vão fazer esquecer o episódio, e trazes a paz ao Benfica - à semelhança do que acontece com todas as grandes equipas, que vivem de triunfos. E, a cada mau resultado, iremos ver um exército alinhado, qual pelotão de fuzilamento, arranjando argumentos para deitar abaixo o treinador, e depois o presidente, e depois todo o Clube.
Com Bruno Lage no banco, já assistimos a grandes jogos de futebol. Recordo as goleadas ao Atlético de Madrid e ao FC Porto, sendo que uma boa falta de partida com o Barcelona teve registo semelhante. O único troféu disputado foi conquistado com toda a justiça. O Campeonato não está fácil, mas, com as voltas e reviravoltas que teve até aqui, é perfeitamente alcançável. A temporada pode ainda vir a ser gloriosa.
Tudo está bem? Naturalmente que não, como já não estava com Roger Schmidt. Trocar de treinador seria iludir os problemas, seria voltar novamente à estava zero. Bruno Lage, com a determinação que revela, com o conhecimento que tem da casa, é o homem certo para devolver o Benfica aos títulos."
Luís Fialho, in O Benfica

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