sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Regresso...

Derrota Europeia...

Benfica 55 - 76 Besiktas
17-20, 17-21, 9-18, 12-17

Nova derrota, contra uma equipa mais forte, com mais ritmo e com profundidade no banco...
Esta 'subida' nas competições europeias, acabam por ser um passo maior que a perna!!!

Antevisão do fim de semana


"São vários os temas nesta edição da BNews.

1. Jantar-surpresa
Ontem à noite, o aniversariante Nené (75 anos) foi surpreendido ao jantar por antigos companheiros de equipa e pelo Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa. Mais um bonito momento de homenagem.

2. De setes para o sete
As mensagens de parabéns enviadas ontem para Nené de vários futebolistas de águia ao peito e o 7 nas costas.

3. De volta à Luz
Sábado, às 20h45, o Benfica recebe o Estrela da Amadora na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O apoio dos Benfiquistas é fundamental para a obtenção de um triunfo.

4. À Margem do Jogo
Uma reportagem especial com Lena Pauels e Anna Gasper. Para ver nas plataformas de comunicação do Benfica.

5. Vitória concludente
Na jornada inaugural da fase de grupos da Liga dos Campeões de hóquei em patins, o Benfica ganhou ao Valongo por 5-0.

6. Jogo do dia
O Benfica recebe o Besiktas, às 20h30, a contar para a EuroCup de basquetebol no feminino. Eugénio Rodrigues refere: "Vai ser um jogo de dificuldade máxima. Vamos ter de estar em superação para conseguirmos competir."

7. Agenda do fim de semana
No sábado, além do jogo da Taça de Portugal, na Luz, entre Benfica e Estrela da Amadora (20h45), há ainda a partida da equipa B no reduto do Portimonense (11h00), o dérbi com o Sporting em râguebi no feminino e o embate de voleibol, na Luz, com o Leixões (17h00).
No domingo, os Sub-19 visitam o Lusitânia nos Açores (11h00 locais), os Sub-17 deslocam-se à Académica (11h00). Às 11h30 começa o clássico de hóquei em patins, no Dragão Arena, entre FC Porto e Benfica. A equipa feminina de voleibol atua no pavilhão do Braga (15h00). E as equipas femininas de basquetebol e de futsal recebem o CPN (15h00) e o Futsal Feijó (19h30), respetivamente.

8. Distinção
Janice Silva, futsalista do Benfica, recebeu o Prémio Prestígio 2024 na Gala do Desporto da Amadora.

9. Convocatória
Seis futebolistas do Benfica integram a convocatória da Seleção Nacional Sub-15.

10. Showfight 2024
Bons desempenhos de pugilistas do Benfica.

11. Casa Benfica Santarém
Foi há um ano que esta embaixada do benfiquismo reabriu com o conceito 2.0 implementado. O jantar de aniversário foi muito concorrido."

Projeto desportivo: vai ser bom, não foi?


"Não há propriamente uma fronteira 100 por cento objetiva para definir quando é que são projetos desportivos ou quando não o são. Alguns indicadores e factos ajudam-nos a perceber quando são mais robustos, sustentáveis ou têm uma continuidade e uma linha de pensamento, um propósito e uma estratégia. E do outro lado da moeda, algumas decisões e ações que nos remetem para a inexistência disso tudo.
Em Portugal é normal discutir-se o projeto desportivo ou a falta do mesmo. Não apenas por isso, mas também porque muitas vezes, logo a partir da 1.ª jornada, observamos o despedimento de treinadores em massa. Não que o despedimento pontual de um treinador revele que o projeto não existe ou é mau, até pode indicar simplesmente que esse recrutamento não foi eficiente, correu apenas mal, não existiu o tal match que se desejava e não é por isso que o projeto deixa de cumprir os requisitos todos, podendo ser apenas um episódio de exceção.
Convém relembrar que na análise dos projetos de um clube há dimensões como a cultura organizacional, o perfil de pessoas que coabitam dentro da organização e que atrai ou repele um conjunto de pessoas que são competentes ou incompetentes. Existem os objetivos e o propósito do clube e há ainda que contar com o contexto em redor. São muitas dimensões, umas que controlamos e outras que não dependem de nós. E claro está, o fator diferenciador que continuam a ser as pessoas, os profissionais e dirigentes que reúnem um conjunto de competências técnicas, experiência, capacidade de liderar para construir e não destruir, visão, um propósito agregador e valores humanos.
No entanto, quando assistimos a tantos despedimentos, a mudanças de sentido e ziguezagues constantes, há algo que não bate certo. Os treinadores em Portugal torna(ra)m-se numa presa demasiado fácil para quem toma decisões, porque não existindo estratégias, recursos para os objetivos que os dirigentes apontam como possíveis de conseguir, o treinador é o mais fácil e barato de descartar. Tal como se dizia na história da Alice no País das Maravilhas, se não sabes para onde queres ir, qualquer caminho está certo, e neste caso, não estão todos certos, mas quase todos mal.
E isto é apenas um exemplo, pois, infelizmente, existem muitos mais. E no final perdemos todos, muito mais do que apenas o tal clube e o treinador que sai. Porque quem entra — e nas costas dos outros vemos as nossas, diz o bom provérbio português — sabe que não tem tempo e que a sua avaliação resvala para outras dimensões do que apenas a meritocracia. E no final da cadeia alimentar, o desporto sai lesado porque atrai quem não precisa e repele quem poderia acrescentar.
Por isso mesmo, direi que o problema é mais profundo. Vem da liderança dos tais projetos desportivos. Que pedem o céu, quando só têm recursos para ir até ao 1.º andar. Que pedem exigência quando no dia-a-dia são incoerentes entre o que exigem e o modo como atuam. Falta experiência. Falta observar o que se faz de melhor e de pior. Adaptar à nossa realidade. E como já diziam os japoneses, copiar melhor é inovar. Perceber de uma vez por todas, por exemplo, que quem mais troca de treinador são as equipas que acabam por descer. E que Portugal já vai destacado nesse indicador. Aliás, há uma ou duas semanas, Portugal tinha mais despedimentos do que as cinco ligas top de futebol juntas, mas isso devem ser coincidências na cabeça de alguns.
Por isso, para termos projetos dignos desse nome e mais robustos — e vão existir sempre clubes dececionados entre os que definiram como objetivos e o que se conseguiu, até porque no desporto, e há pessoas que se esquecem desse pequeno detalhe, só costuma vencer um — é necessário os clubes e as federações apostarem mais na criação de estruturas com condições. E depois podemos pensar em voos maiores. O inverso acontece como exceção e não como regra, e para isso são necessárias também competências e não apenas recursos. Isto é assim em qualquer país e não são caraterísticas de clubes X ou Y, de culturas A ou B.
Até isto acontecer, ainda vamos passar por tempos complicados e complexos, porque no desporto, seja ele de alta competição ou não, vive-se muito mais próximo da suposta inglória do que a glória, dado que no desporto são muito menos aqueles que vencem do que os que ficam à porta da vitória. Há que estar mentalizado que a posição em si nos aproxima constantemente, claro que depende do clube em que se trabalha, para uma possibilidade de não vencermos e há que estar preparado para isso e encarar como oportunidade de aprendizagem e não de fuga até ao próximo momento da fotografia dos vencedores. Controlar e tornar robusto o que depende de nós.
Para terminar, há quem diga que de boas intenções está o inferno cheio. E eu diria que o desporto tem o condão de atrair mais pessoas para as fotografias das vitórias e de poucas pessoas que aparecem nos momentos de desilusão. É assim, as vitórias sempre tiveram muitas mais mães e pais do que as derrotas. Enquanto for assim, vamos estar mais longe do que se pretende. Se é que realmente se pretende."

75

Está na hora, Portugal!


"Aproximam-se dois jogos decisivos para o futuro imediato da Seleção Nacional feminina. Para marcar presença no Europeu de 2025, na Suíça, as nossas jogadoras têm de eliminar a Chéquia num play-off em que não há segundas oportunidades, só quem vencer estará no Euro.
Cientes desse caráter decisivo, os portugueses estão a responder à chamada e tudo indica poderá estar a caminho um novo recorde de assistência. A Seleção joga pela primeira vez num grande palco, no Estádio do Dragão, e as últimas informações indicam que já foi vendida mais de metade da lotação do recinto. É o Dragão, precisamente, que detém esse recorde, na apresentação da equipa feminina do FC Porto, onde estiveram 31.093 pessoas a assistir… a um amigável. Desta vez num jogo oficial, com ingressos pagos, seria gratificante ver o estádio esgotado.
Era mais um exemplo, se dúvidas ainda persistissem, que o futebol feminino pode atrair multidões e gera cada vez mais interesse em seu redor, apresentando um potencial enorme de evolução.
Pena é que por cá não sigam o que se passa noutras ligas. Em Inglaterra, por exemplo, na última jornada, aproveitando a paragem do futebol masculino, a equipa feminina do Everton recebeu o Liverpool em Goodison Park, o Leicester jogou com o Manchester United no King Power Stadium, o Aston Villa recebeu o Crystal Palace no Villa Park, o Tottenham jogou no seu principal palco e o Chelsea levou mais de 19 mil adeptos a Stamford Bridge na receção ao Manchester City. E esta jornada não foi caso único. A equipa feminina do Arsenal anunciou que fará no total 11 jogos no Emirates, enquanto Leicester e Aston Villa farão todos os jogos da WSL nos seus principais palcos, rodando com as equipas masculinas. Bons exemplos que atraem público, atraem sponsors, proporcionam receitas para dar continuidade aos investimentos nesta área.
Já agora, e ainda por falar em Seleção Nacional feminina, é urgente perceber para onde queremos que a nossa Liga caminhe: basta olhar para convocatória para se constatar o enorme fosso entre os três grandes (Benfica, Sporting e SC Braga) e os outros… Tirando uma exceção, mais nenhuma jogadora dos restantes clubes da Liga BPI foi chamada. Ou seja, das 26 convocadas, 14 jogam nos três grandes, uma fora desse lote em Portugal e as restantes 11 estão no estrangeiro. As desigualdades tenderão a acentuar-se se não se adotarem medidas urgentes que proporcionem meios aos restantes clubes para investirem na formação e segurarem as melhores jogadoras por cá. Está na hora.
Vamos lá, Portugal!"